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O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, apresentou sua renúncia nesta quinta-feira (21), informou a assessoria de imprensa da Presidência, depois que seu governo de coalizão de unidade nacional entrou em colapso.

Draghi "reiterou sua renúncia e a do Executivo que chefia", disse a presidência em um breve comunicado, especificando que "foi informada" da decisão e que ele permanecerá no cargo por enquanto para "dirigir os assuntos atuais".

Muito aplaudido nesta quinta-feira na Câmara dos Deputados, Draghi solicitou de imediato a suspensão da sessão para se deslocar ao palácio presidencial do Quirinal, onde chegou pouco depois das 09h15 locais (04h15 em Brasília) para comunicar a sua "decisão" ao presidente Sergio Mattarella.

O chefe de Estado, árbitro da política na Itália, deve abrir um processo, de acordo com as regras de uma democracia parlamentar, que na opinião de muitos observadores levará a eleições antecipadas para a primeira ou segunda semana de outubro.

Uma conclusão esperada depois que o Forza Italia, o partido de direita de Silvio Berlusconi, a Liga, o partido de extrema-direita de Matteo Salvini e o partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5E) se recusaram a participar de um voto de confiança solicitado na quarta-feira pelo primeiro-ministro no Senado.

O economista Mario Draghi deve aceitar oficialmente, nesta sexta-feira (12), o cargo de primeiro-ministro da Itália, após ter conquistado o apoio de quase todos os partidos políticos para formar um governo de unidade que tire o país da emergência econômica e sanitária.

O ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) comparecerá durante o dia ao Palácio Quirinal para se reunir com o presidente Sergio Mattarella e assumir o cargo, conforme previsto pela Constituição.

Draghi substitui Giuseppe Conte, que teve que renunciar ao cargo após perder o apoio de um partido-chave de sua coalizão.

"Super Mario", como costuma ser chamado pelo seu papel na crise da dívida europeia em 2012, deverá depois apresentar seu gabinete de governo e submeter-se ao voto de confiança no Parlamento na próxima semana.

A Itália viveu em fevereiro uma crise política delicada em plena pandemia e com a pior recessão de sua história recente.

Com um terno completo e gravata, Draghi escutou esta semana os líderes de todos os partidos políticos, assim como os representantes das partes sociais e os defensores do meio ambiente, com o objetivo de formar um governo heterogêneo, de unidade e sem conotações políticas.

O renomado economista conta com o apoio do maior partido de centro-esquerda, Partido Democrático (PD), da extrema direita Liga de Matteo Salvini, além do partido da direita moderada Força Itália de Silvio Berlusconi.

No último minuto, o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5E), o maior partido no Parlamento depois de chegar ao poder há quase três anos, votou a favor na quinta-feira, com 59,3%, de um governo liderado por Draghi.

Apesar disso, as dificuldades apenas começaram para este italiano, de 73 anos, conhecido pela sua discrição, seriedade e determinação.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, deu uma clara sinalização ontem de que a instituição está disposta a "aumentar a pressão" e expandir seus programas de compras de ativos se a inflação da zona do euro não retornar à meta. "Vamos continuar a cumprir nossa responsabilidade", disse Draghi, em discurso numa conferência bancária.

"Faremos o que for preciso para elevar a inflação e as expectativas de inflação o mais rápido possível, como exige nosso mandato de estabilidade dos preços."

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Segundo Draghi, se a atual trajetória da política do BCE não for suficiente ou se surgirem novos riscos à perspectiva da inflação, "vamos aumentar a pressão e ampliar ainda mais os canais pelos quais intervimos, alterando o tamanho, o ritmo e a composição de nossas compras". Em outubro, a inflação anual da zona do euro foi de 0,4%, bem abaixo da meta do BCE, que é de taxa ligeiramente inferior a 2,0%.

Nos últimos meses, o BCE tem respondido aos riscos da inflação muito baixa reduzindo as taxas de juros aos menores níveis da história, emitindo empréstimos bancários baratos com vencimento de quatro anos e iniciando programas de compra de bônus cobertos e títulos lastreados em ativos (ABS, na sigla em inglês). Muitos analistas esperam que o BCE tome medidas mais drásticas, que poderão incluir compras em larga escala de bônus, no começo do próximo ano.

Draghi disse ainda que é essencial trazer a inflação de volta à meta "sem atraso" e ficar "bem atento" para que os preços baixos não permeiem a economia da zona do euro. "A política monetária (política de juros) pode e vai fazer sua parte para atingir isso", afirmou, acrescentando que são necessárias outras medidas fora das responsabilidades da instituição, como política fiscal (política de arrecadação e de gastos) para impulsionar a demanda.

Draghi também afirmou que, no longo prazo, as expectativas de inflação futura continuam ancoradas perto do nível que o BCE considera consistente com a meta. "No período mais curto, entretanto, os indicadores têm declinado para níveis que eu considero excessivamente baixos", disse.

Obstáculo

Para Jens Weidmann, membro do conselho do BCE, a falta de uma grande reforma estrutural é um obstáculo maior para o crescimento econômico na Europa do que as condições de financiamento auspiciosas, sugerindo que mais medidas de estímulo monetário podem ser inúteis se não forem complementadas com programas governamentais de reforma.

"Serão necessárias mais do que apenas condições favoráveis de financiamento para estimular o crédito", disse Weidmann, que também preside o Banco Central da Alemanha. "É muito mais importante melhorar as perspectivas de receita no longo prazo de empresas não financeiras. E também é importante melhorar a sustentabilidade das perspectivas de emprego. Ambos objetivos só podem ser atingidos por meio de reformas estruturais que impulsionam a competitividade e o potencial de crescimento das economias." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse hoje que as últimas decisões da instituição têm como objetivo garantir que a transmissão da política monetária funcione adequadamente na zona do euro, o que significa que os custos de financiamento do setor privado precisam ter uma relação "estável" com as taxas de juros definidas pelo banco. Para Draghi, a transmissão das políticas para a economia real é "crucial".

Durante discurso em Milão, Draghi afirmou que os yields (retorno ao investidor) dos bônus soberanos não precisam ser iguais nos 17 países da zona do euro, mas ressaltou que é inaceitável que eles divirjam por receios de que haja uma ruptura da união monetária.

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Segundo Draghi, o BCE elaborou o esquema de Transações Monetárias Diretas (OTMs, na sigla em inglês), seu novo programa de compras de dívida soberana, como uma forma de aperfeiçoar a transmissão da política monetária e para oferecer um instrumento confiável contra o risco de uma "catástrofe".

Embora o programa não tenha sido usado ainda, já está tendo o efeito de reduzir os yields e, o que é mais importante, de facilitar as emissões de dívida por empresas da periferia da zona do euro, comentou o presidente do BC europeu.

Draghi reiterou também que as novas compras de bônus serão esterilizadas e não significam financiamento monetário de governos, além de não representarem risco para os contribuintes, a menos que os países da região não consigam implementar políticas fiscais sustentáveis. As informações são da Dow Jones.

Os Estados-membros da zona do euro precisam tomar medidas para aumentar a integridade de suas economias e fiscalizar os orçamentos de outros países da região, afirmou neste sábado (13) o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. "Está claro que precisamos nos mover em direção a uma integração econômica maior entre os países que dividem o euro", afirmou, em texto prévio de uma mensagem em vídeo a ser apresentada em cerimônia de entrega de prêmios em Veneza, na Itália.

"A supervisão multilateral real" de orçamentos de membros da zona do euro e políticas de reformas é "vital", considerando que "as decisões de política econômica se tornam, em grande parte, decisões coletivas", disse a autoridade.

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O presidente do BCE também elogiou o "progresso significativo" já feito para fortalecer o sistema financeiro da Europa, mas salientou que "ainda resta muito a ser feito, particularmente em relação ao projeto de uma nova estrutura institucional para a zona do euro". "Nenhuma união pode ter como base a avaliação de que cada país pode causar danos externos e econômicos a outro país-membro por ter suas prioridades de política econômica nacional", concluiu.

As informações são da Dow Jones.

O recém-empossado presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, estava na Itália neste sábado e visitava Mario Monti, que foi indicado para senador vitalício italiano e que está sendo aventado para ser o chefe do novo governo emergencial da terceira maior economia da zona do euro. Segundo informações da Sky Itália, Draghi foi recebido por Monti em seu escritório no Senado. Fontes confirmaram a visita.

Monti deve ser indicado para chefiar o governo de união na Itália, após a confirmação da promessa de renúncia do primeiro-ministro Silvio Berlusconi. O premiê prometeu deixar o poder após o Parlamento aprovar o orçamento de 2012. A votação deve ocorrer ainda neste sábado.

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No início de agosto, Draghi, quando ainda era governador do Banco da Itália, assinou em conjunto com Jean-Claude Trichet, que estava à frente do BCE até o início do mês, uma carta a Berlusconi, na qual listou uma série de reformas econômicas consideradas necessárias. A proposta orçamentária contém várias respostas a essas exigências. As informações são da Dow Jones.

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