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Os haitianos afetados pelo poderoso furacão Matthew vivem em condições "desumanas" em abrigos temporários, três semanas depois da passagem da tempestade, lamentou na terça-feira um especialista independente da ONU para os direitos humanos.

Cerca de 3.000 vítimas do furacão, refugiadas no colégio de Nord Alexis, na cidade de Jeremie, vivem "em condições lamentáveis: sem alimentos, sem acesso a serviços de saúde, sem água potável, sem instalações higiênicas e sanitárias apropriadas", disse o especialista Gustavo Gallon em uma coletiva de imprensa em Porto Príncipe, após visitar este abrigo.

Gallon fez as declarações ao concluir, nesta terça-feira, uma visita de nove dias ao país.

O furacão Matthew arrasou a península sul do Haiti em 4 de outubro, deixando 546 mortos e mais de 175.000 pessoas desabrigadas, segundo o último boletim oficial.

No Nord Alexis, "estas pessoas estão amontoadas em 20 salas do colégio, e têm fome. Há dois bebês que nasceram neste lugar sem assistência ao parto e há cerca de 20 grávidas", afirmou Gallon, um jurista colombiano.

"Todas as pessoas estão afetadas psicologicamente devido ao que aconteceu. (...) Uma jovem me disse: 'todos nos tornamos dontes mentais'. As condições nas que estão essas pessoas são desumanas e deveriam ser resolvidas imediatamente", afirmou Gallon.

Segundo a Proteção Civil do Haiti, o furacão destruiu mais de 770 escolas, e as que ficaram intactas foram ocupadas por milhares de famílias afetadas.

Cerca de 800 casos de cólera foram registrados em uma semana no Haiti após a passagem do furacão Matthew, anunciou nesta quarta-feira (19) a Organização Mundial da Saúde (OMS). "O número de casos de cólera aumentou depois do furacão", declarou Jean-Luc Poncelet, representante da OMS no Haiti.

Em uma conferência telefônica com jornalistas na ONU em Genebra, Poncelet explicou que as autoridades e a OMS "tinham tido problemas para enviar as amostras" de casos de suspeita de cólera.

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Desde terça-feira, porém, este sistema que permite confirmar a doença voltou a estar operativo, permitindo "confirmar que grande parte destes casos (de suspeita) são casos confirmados de cólera", afirmou o médico.

Segundo a OMS, que cita dados do Ministério da Saúde haitiano, foram registrados 773 casos de cólera em todo o país entre 9 e 15 de outubro, 464 deles no departamento do Sul e 167 no departamento da Grand'Anse.

A epidemia de cólera começou no Haiti em 2010, chegando a mais de 300.000 casos em 2011, e diminuiu para menos de 30.000 nos últimos anos. Antes do furacão Matthew, mais de 28.000 casos tinham sido constatados.

Mais de dois milhões de pessoas foram afetadas pela passagem de Matthew, e 1,4 milhão precisaram de assistência imediata, segundo Poncelet, que explicou que cerca de 200.000 haitianos moram em zonas montanhosas de acesso "muito difícil".

O governo brasileiro anunciou nesta sexta-feira (14) que doará US$ 250 mil para o Programa Mundial de Alimentos (PMA), destinado à "aquisição e distribuição imediata de alimentos e outros itens de primeira necessidade" para vítimas do furacão Matthew no Haiti. Os recursos sairão do orçamento de cooperação internacional humanitária da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), que integra a estrutura do Ministério das Relações Exteriores.

De acordo com o Itamaraty, os recursos vão se somar a outras formas de ajuda oferecidas pelo governo brasileiro. Uma aeronave 767 da Força Aérea Brasileira (FAB) partiu nesta sexta da capital federal transportando 120 barracas. A área de cada uma delas é 25 metros quadrados, e a estimativa é que elas possam abrigar 700 pessoas. Dois servidores da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD) do Ministério da Integração Nacional vão acompanhar o envio.

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Na próxima segunda-feira (17), o Ministério da Defesa enviará um avião com cerca de dez toneladas de itens de primeira necessidade, "com o apoio da Rede de Solidariedade ao Haiti e do Ordinariado Militar do Brasil". Além disso, informa a nota do Itamaraty, o contingente brasileiro da Minustah lidera os esforços de assistência às vítimas e apoia os trabalhos de desobstrução das ligações entre Porto Príncipe e a Península Sul, área mais afetada pelo furacão.

"A resposta humanitária brasileira é fruto de uma atuação integrada entre o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Saúde, o Ministério da Integração Nacional e o Ministério da Defesa, e tem o objetivo de mitigar a situação haitiana, considerada a mais dramática desde o terremoto ocorrido no ano de 2010", diz a nota. "No início da próxima semana, as equipes do Governo Federal voltam a se reunir para definir novas ações de apoio, como o envio de kits humanitários e medicamentos." A embaixada brasileira em Porto Príncipe segue monitorando a situação no país.

Um recorde de inundações após o furacão Matthew atingiu a parte central e o leste do estado da Carolina do Norte, deixando centenas de pessoas desabrigadas e pelo menos 20 mortas no sudeste.

Na Carolina do Norte, 10 pessoas morreram, disse o governador do estado, Pat McCrory. A contagem anterior era de 8 fatalidades.

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Uma barragem em Lumberton quebrou, inundando um bairro e deixando cerca de 1500 pessoas presas em suas casas. A maior parte da água estava "até os joelhos" e algumas pessoas fugiram para seus telhados, disse McCrory, salientando que equipes de emergência em helicópteros e barcos iniciaram uma evacuação em massa do local.

Partes da estrada interestadual 95, a principal da costa leste que liga o sul dos Estados Unidos ao nrote, permaneciam fechadas nesta segunda-feira. O governador pediu que qualquer pessoa viajando para o norte ou sul na 95 pare antes de chegar na Carolina do Norte.

Enquanto os residentes do estado lidam com as inundações, a tempestade que causou os estragos já chegou ao mar e se dissipou. O furacão Matthew, que atingiu com força o Haiti e outras partes do Caribe antes de chegar na costa leste, da Flórida a Carolina do Norte, foi rebaixado nesta segunda-feira para uma tempestade pós-tropical, já bem adentro do Oceano Atlântico.

Os estados da Flórida, Georgia e Carolina do Sul passaram a segunda-feira arrumando os estragos causados pela tempestade, com a população voltando para suas casas e equipes reestruturando a energia.

Ao menos 1,2 milhão de pessoas permaneciam sem energia até esta segunda-feira, à medida que equipes da Flórida até a Virginia continuavam com os trabalhos de reparação. Fonte: Dow Jones Newswires.

Pelo menos três pessoas na Carolina do Norte morreram em decorrência das fortes chuvas causadas pelo furacão Matthew, que se movia para o norte. Uma pessoa morreu após seu carro derrapar no condado de Sampson e outras duas no condado de Bladen ao enfrentarem uma enchente em seu veículo, disse o governador Pat McCrory.

O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos advertiu para chuvas torrenciais na Carolina do Norte e na do Sul. A área atingida tem "condições extremamente perigosas" na noite deste sábado (8), disse McCrory.

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Pelo menos seis pessoas morreram na Flórida durante a passagem de Matthew pelo Estado. Na Geórgia, pelo menos uma morte foi confirmada.

Matthew foi rebaixado para furacão de Categoria 1, com rajadas de 120 quilômetros por hora. A governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, disse que as tempestades geravam enchentes em muitos condados do leste de seu Estado. Os ventos derrubaram árvores e chegaram a deixar 437 mil residências sem energia, disse a governadora. Muitas outras pessoas enfrentavam o mesmo problema nos outros Estados atingidos.

O número de mortos pelo furacão no Haiti ainda não está claro. Segundo estimativas do governo, pelo menos 336 mortes foram confirmadas. Meios de comunicação chegaram a divulgar que teriam havido mais 800 mortes no país, principalmente no sudoeste, mas esse número ainda não foi confirmado oficialmente. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Agência Americana Oceânica e Atmosférica (NOAA) divulgou nessa sexta-feira (6) o vídeo de um voo feito pela sua equipe que atravessou o olho do furacão Matthew – tempestade que já causou a morte de mais 840 pessoas no Haiti. Em meio a ondas de evacuação na Flórida (EUA), uma equipe de corajosos tripulantes registrou uma impressionante turbulência ao enfrentar o fenômeno com um avião turboélice. Assista abaixo.

Enquanto os pilotos de voos comerciais são orientados a evitar o mau tempo, a tripulação do órgão meteorológico americano voa em direção ao perigo para reproduzir informações que ajudam na previsão do comportamento de fenômenos como um furacão. O vídeo mostra que os condutores se mantêm calmos, apesar de uma forte turbulência atingir a aeronave WP-3D Orion, que é constantemente golpeada pelo vento e chuva.

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As imagens foram publicadas no Facebook e já acumulam quase dois milhões de visualizações. O órgão aproveitou a popularidade do vídeo para compartilhar um alerta. "Se você está numa área que pode ser impactada pela tempestade, nós pedimos que você siga as instruções das equipes de segurança de sua região", diz a mensagem.

Nos EUA, o furacão atingiu a Carolina do Sul, logo após passar pela Georgia e Flórida. Algumas zonas precisaram ser evacuadas e milhares de pessoas ficaram sem energia. Moradores reportaram que os fortes ventos levantaram parte dos telhados de suas casas. Autoridades afirmam que o fenômeno seguirá para o norte, em direção à costa durante a manhã deste sábado (8).

O furacão Matthew se enfraqueceu nas primeiras horas desta sexta-feira, da categoria 4 para 3, antes de chegar à Flórida (EUA).

Por volta das 3h (de Brasília), o Matthew tinha ventos sustentados de 120 milhas por hora, segundo o Centro Nacional de Furacões de Miami. As previsões são de que o olho do furacão passará sobre a costa leste da Flórida hoje.

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"Vamos ter uma tempestade catastrófica", comentou o governador da Flórida, Rick Scott. "Não temos uma tempestade assim na Costa Leste há bastante tempo."

O Matthew deixou um rastro de morte e destruição no Caribe. Pelo menos 283 pessoas morreram no Haiti e outras seis mortes foram atribuídas ao furacão em outros países da região, segundo a Associated Press. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu, nesta quarta-feira, que os moradores da Flórida e de outros estados que podem ser afetados pelo furacão Matthew levem a ameaça a sério.

O furacão está ganhando mais força em sua trajetória até a Flórida e, de acordo com Obama, mesmo em estados que não vejam todo o potencial do furacão, há potencial para efeitos devastadores dos ventos de força tropical. "Se você perceber uma ordem de evacuação, basta lembrar que você sempre pode reconstruir a sua propriedade, mas não pode restaurar uma vida que for perdida", afirmou o presidente americano.

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Autoridades do governo estão preocupadas com a complacência, especialmente no sul da Florida, que não tem visto um grande furacão em 11 anos.

A previsão é que Matthew, tormenta de categoria 3, com ventos sustentados de 190 quilômetros por hora, deve se aproximar da costa atlântica da Flórida quinta-feira à noite. Pelo menos 11 mortes no Caribe foram atribuídas à tempestade. "Esperamos o melhor, mas queremos nos preparar para o pior", afirmou Obama. Fonte: Associated Press

O furacão Matthew deixou pelo menos 11 mortes em sua violenta passagem na última semana pelo Caribe. No Haiti, o fenômeno atingiu o sudoeste do país com ventos de 233 quilômetros por hora, derrubou árvores e telhados na área em grande medida pobre e rural, além de causar grandes inundações e deixar um rastro de lama. Milhares de pessoas tiveram de deixar suas casas no Haiti para se abrigar das chuvas, dos fortes ventos e de suas consequências.

Com uma importante ponte derrubada, rodovias interditadas e a comunicação por telefone interrompida na área mais atingida, autoridades disseram que ainda não é possível avaliar todo o impacto do furacão. Além do Haiti, Matthew passou por uma área pouco povoada do leste de Cuba, na noite de terça-feira, seguiu pelas Bahamas e deve chegar perto da costa dos Estados Unidos.

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No fim da terça-feira, a imprensa estatal cubana afirmou que não havia relatos de grandes estragos na ilha. As fortes chuvas causaram algumas inundações em Cuba, na região da cidade de Baracoa.

Pelo menos cinco mortes foram atribuídas ao furacão no Haiti, entre elas a de um homem de 26 anos que se afogou quando tentava resgatar uma criança que caiu num rio, disseram autoridades. A criança foi salva. O prefeito da inundada cidade de Petit-Goâve relatou a morte de duas pessoas apenas na área, entre elas uma mulher vitimada pela queda de um poste de fiação elétrica. Quatro mortes ocorreram na vizinha República Dominicana, uma na Colômbia e a outra em São Vicente e Granadinas.

Meteorologistas disseram que o furacão pode ameaçar a Flórida na noite de quinta-feira e deve seguir pela Costa Leste dos EUA ao longo do fim de semana. O alerta fez muitos correrem para estocar comida, gasolina e suprimentos de emergência.

O furacão chegou a ter força suficiente para ser considerado o mais poderoso na região em quase uma década. Matthew atingiu uma área do Haiti onde muitas pessoas vivem em barracos de madeira ou em casas também precárias de blocos de concreto.

Vice-representante especial do secretário-geral da Organização das Nações Unidas para o Haiti, Mourad Wahba disse que pelo menos 10 mil pessoas foram para abrigos e hospitais e relatou o risco de falta de água potável no país. Segundo comunicado de Wahba, a destruição causada pelo furacão representa "o maior evento humanitário" no Haiti desde o devastador terremoto que atingiu o país em janeiro de 2010.

Matthew deixou a península que fica ao longo da costa sul do Haiti isolada do restante do país. Autoridades tentaram retirar pessoas de áreas mais vulneráveis, mas muitas pessoas relutavam em deixar suas casas. Matthew chegou brevemente a atingir a classificação máxima para um furacão, a Categoria 5, quando se movia pelo Caribe no fim da semana passada. Com isso, ele se tornou o furacão mais violento desde a passagem de Felix em 2007. Fonte: Associated Press.

O furacão Matthew, um dos mais fortes dos últimos anos na região, estava rondando hoje a costa das ilhas caribenhas rumo ao Haiti e Jamaica, onde residentes estão estocando suprimentos e autoridades pedem para que as pessoas evacuem locais perigosos. Especialistas apontaram que há possibilidade do furacão se deslocar para os Estados Unidos.

Matthew recentemente estava no top da classificação, com categoria 5, antes de perder força e estabilizar na categoria 4, com ventos de 240 quilômetros por hora. Esse é o furacão mais forte desde Felix, em 2007. A estimativa é que ele atinja a Jamaica na segunda-feira, provocando chuvas fortes, e passe após pelo Haiti.

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Depois de atingir esses dois países, é esperado que o furacão passe por Cuba na terça-feira, o que poderia ter impacto direto sob a base da Marinha dos Estados Unidos na baía de Guantánamo. Há cerca de 5.500 pessoas vivendo nela, incluindo 61 no centro de detenção. Um pedido de evacuação foi feito.

A previsão é que o furacão também possa atingir parte da Flórida, nos Estados Unidos, mas ele levaria dias para chegar até lá. "É muito cedo para descartar os impactos nos Estados Unidos e Flórida", disse Dennis Feltgen, porta-voz do Centro de Furacões (NHC).

Após ter se fortalecido durante a madrugada e subir para a categoria 5, o furacão Matthew perdeu força e retornou à categoria 4, atingindo a costa da Colômbia. Jamaica, Haiti e Cuba estão no caminho previsto para a passagem do furacão. Ao atingir a categoria 5, Matthew se tornou o mais forte furacão do Atlântico desde o Felix, de 2007.

Ao passar pelo norte do América do Sul, foram relatadas fortes inundações e ao menos uma morte, de homem de 67 anos - a segunda provocada pelo furacão. A primeira vítima foi um jovem de 16 anos, que morreu na quarta-feira quando o furacão atingiu o continente. Autoridades colombianas informaram que ao menos 18 casas foram danificadas na península costeira de Guajira, que vinha sofrendo há vários anos com estiagens.

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Autoridades do país fecharam o acesso às praias e pediram a moradores de regiões próximas ao oceano para se dirigirem para o interior do país, tendo em vista a perspectiva de ocorrência de tempestades mais intensas neste sábado.

Há preocupação de que as chuvas fortes em boa parte do país diminuam a participação popular no referendo marcado para este domingo sobre o acordo de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias do país (Farc).

O Centro Nacional de Furacões dos EUA, com base em Miami, informou que os ventos chegaram a atingir 260 quilômetros por hora, para depois recuar para a velocidade de 230 quilômetros por hora, ainda considerada devastadora. A previsão é que Matthew chegará à costa da Jamaica na segunda-feira. O furacão também deve atingir as Bahamas e há uma chance remota de chegar ao Estado da Flórida, nos EUA.

Na Jamaica, a população começou a estocar provimentos e o Primeiro Ministro do país, Andrew Holness, convocou ontem uma reunião de emergência do Parlamento para discutir os preparativos para a tempestade.

Um alerta de tempestade tropical foi emitido para a costa sudoeste do Haiti, que o país divide com a capital da República Dominicana, Porto Príncipe. Fonte: Associated Press.

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