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Apesar de uma melhora nos últimos anos, mais de 69 milhões de crianças vivem na pobreza nos 40 países mais ricos do planeta, ou seja, mais de uma criança em cada cinco vive nesta condição, segundo um relatório do Unicef publicado na noite desta terça-feira (5).

Entre os períodos 2012-2014 e 2019-2021, o número de crianças em situação de pobreza diminuiu cerca de 8% nos cerca 40 países da União Europeia e da OCDE analisados.

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Isto representa "cerca de seis milhões" de crianças que superaram a pobreza, segundo o informe do Unicef Innocenti, braço de pesquisas do Fundo das Nações Unidas para a Infância.

Mas no final de 2021, "ainda havia mais de 69 milhões de crianças pobres" nestes países, segundo o informe.

Com uma pobreza infantil de 35%, a Colômbia destacou-se como o país com a pior taxa de pobreza neste segmento da população, seguida de Turquia (33,8%), Romênia (29%), Espanha (28%), México (27,3%), Estados Unidos (26,6%) e Chile (21,6%) no período 2019-2021. Com 9,9%, o aluno exemplar foi a Dinamarca, seguida de Eslovênia (10%), Finlândia (10,1%), República Tcheca (11,6%) e Noruega (12%).

"Mais que dinheiro"

"A pobreza vai além da falta de dinheiro", adverte o informe.

"Para a maioria das crianças, isto representa um risco de crescer sem alimentos nutritivos, sem roupas, material escolar ou calefação suficiente", comenta Bo Viktor Nylund, do Unicef Innocenti, alertando para os riscos à "saúde física e mental".

O Unicef se baseia na "pobreza relativa", que corresponde a 60% da renda média nacional, frequentemente usada pelos países desenvolvidos para delimitar a linha da pobreza.

O informe reforça a necessidade de se criar ferramentas de proteção social específicas para garantir o bem-estar das crianças e a "vontade política" dos governantes.

É que tirar os menores da pobreza não é uma consequência automática da riqueza de um país.

Apesar da melhora geral observada na última década, há diferenças entre os países. A principal é que os que "mais conseguiram reduzir a pobreza infantil não são nem os mais ricos, nem os que mais cresceram", destaca o informe.

De fato, desde 2012, os reveses mais importantes foram observados em países ricos como Reino Unido, onde a pobreza infantil aumentou 19,6%, Islândia (+11%) e França (+10,4%).

E os que mais a reduziram foram Polônia (-37,6%), Eslovênia (-31,4%), Letônia (-31%) e Lituânia (-30,6%).

Nos Estados Unidos, o número de menores vivendo na pobreza diminuiu 6,7%, embora mais de uma criança em cada quatro viva na pobreza relativa - o dobro da Dinamarca no 2019-2021, um país com renda per capita similar.

O maior risco de pobreza infantil assombra as crianças de famílias monoparentais, as pertencentes a minorias e as de migrantes.

Nos Estados Unidos, por exemplo, 30% das crianças afro-americanas, 29% das nativas americanas e 22% das hispânicas vivem abaixo da linha nacional da pobreza, contra 10% das crianças brancas não hispânicas.

Na UE, uma criança filha de pais não comunitários tem 2,4 vezes mais probabilidades de ser pobre do que uma filha de pais europeus.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está a caminho de Nova Déli, capital da Índia, onde participará da 18ª Cúpula do G20, grupo que reúne as 19 nações de maior economia do mundo e a União Europeia. A comitiva brasileira embarcou logo após o desfile do Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios, na quinta-feira (7), com previsão de chegada à cidade indiana no final da noite desta sexta-feira (8), pelo horário oficial de Brasília, manhã de sábado no país asiático. A reunião de líderes ocorre nos dias 9 e 10.

A cúpula é o ponto alto das atividades do G20, e marcará também a reta final da presidência rotativa do bloco, atualmente com a Índia, e que será assumida pelo Brasil, pela primeira vez, a partir do dia 1º de dezembro. Uma série de reuniões técnicas ocorreram e seguem ocorrendo, inclusive em escala ministerial, entre os países do grupo.

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Na terça-feira (5), durante o programa Conversa com o Presidente, transmitido pelo Canal Gov, Lula deu alguns detalhes sobre pontos que abordará na capital indiana. Um dos destaques é um acordo com a Índia envolvendo combustível renovável e a luta contra a desigualdade.

“O Brasil tem muita conversa para fazer. Brasil e Índia vão discutir a questão do etanol como combustível alternativo, que é extremamente importante, e nós temos que discutir com os outros países uma luta contra a desigualdade”, anunciou Lula.

Programação

A programação oficial da cúpula do G20 prevê pelo menos três sessões temáticas principais. No sábado, o presidente Lula participa de duas delas, sendo uma o painel Um Planeta, que se ocupará de temas como desenvolvimento sustentável, transição energética, mudanças climáticas, preservação ambiental e emissões de carbono. A segunda atividade é o painel Uma Família, que tratará de temas como crescimento inclusivo, progresso nos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), educação, saúde e desenvolvimento liderado por mulheres.

No domingo (10), está prevista a terceira sessão da cúpula, intitulada Um Futuro, painel que terá como temas as transformações tecnológicas, a infraestrutura pública digital, reformas multilaterais e o futuro do trabalho e emprego.

Presidência

Na sequência da terceira reunião, haverá a cerimônia de transferência da presidência do G20. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, falará sobre a presidência da Índia este ano, numa espécie de balanço. Já o presidente Lula vai encerrar o evento, apresentando as prioridades e os desafios da futura presidência brasileira, que começa efetivamente a partir de 1º de dezembro. O Palácio do Planalto não detalhou os possíveis encontros bilaterais de Lula com outros chefes de Estado e de governo.

A presidência rotativa do Brasil no G20 vai até o fim de 2024, quando uma nova cúpula será realizada, no Brasil, no Rio de Janeiro. O encontro está previsto para ocorrer nos dias 18 e 19 de novembro do ano que vem.

Na entrevista concedida ao programa Conversa com o Presidente, Lula também ressaltou o protagonismo do Brasil em nível mundial ao longo dos próximos anos, que, segundo ele, reforçam que o país voltou a ter prestígio junto à comunidade internacional.

“Ano que vem o Brasil vai sediar o G20, que será no Rio de Janeiro. Nós vamos presidir o G20 ano que vem, em 2025 nós vamos presidir os Brics, e também em 2025 vamos fazer a COP30, em Belém. São três megaeventos que vão dar ao Brasil uma visibilidade diferente do que ele teve nos últimos anos”, frisou. “O Brasil volta a fazer com que o mundo nos respeite pela seriedade com que a gente trata as pessoas e a seriedade com que a gente trata a questão do clima”, disse o presidente.

Entenda o G20

O G20 foi criado em 1999, como uma forma de coordenação entre os países no nível ministerial, após uma sequência de crises econômicas internacionais: a crise do México de 1994; a crise asiática de 1997 - que atingiu especialmente Tailândia, Indonésia e Coreia do Sul - e a crise da Rússia de 1998. Em 2008, no auge da crise causada pela quebra do banco Lehmann Brothers, nos Estados Unidos, os países fizeram a primeira cúpula de chefes de Estado, em Washington. A reunião foi realizada semestralmente em 2009 e 2010 e vem ocorrendo uma vez por ano desde 2011.

O grupo é formado por 19 países dos cinco continentes, mais a União Europeia, unindo nações consideradas desenvolvidas e em desenvolvimento. Integram o G20 a África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia.

Para esta cúpula, outros nove países foram convidados: Bangladesh, Egito, Emirados Árabes, Espanha, Ilhas Maurício, Nigéria, Omã, Países Baixos e Singapura. Também participam da reunião organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial, Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização Internacional do Trabalho (OIT), União Africana, Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Somados, os países do G20 respondem conjuntamente por cerca de 80% do Produto Interno Bruto (PIB), por dois terços da população e 60% do território do planeta.

 

A pobreza caiu para 6,5% no Chile em 2022, o menor indicador desde que começaram os registros, devido ao aumento da renda e dos subsídios domésticos.

A queda é explicada por "uma recuperação da renda autônoma (ou total), o que responde a uma política de crescimento e à criação de empregos", explicou o ministro de Desenvolvimento Social, Giorgio Jackson, ao anunciar os resultados da última pesquisa de Caracterização Socioeconômica Nacional (Casen).

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No mesmo período, registrou-se um aumento dos subsídios e transferências diretas do Estado para os lares, sobretudo os mais pobres, acrescentou o ministro.

A redução ocorreu no mesmo ano em que o Chile enfrentou o maior aumento da inflação em três décadas (12,8%), e significa a volta à tendência histórica de queda deste indicador desde o retorno à democracia, em 1990, quando a pobreza chegava a 40%.

Com exceção do ano de 2020, em plena pandemia, quando a pobreza aumentou para 10,7%, este indicador registra uma queda sustentada no Chile. Em 2017, chegou a 8,5%, segundo a pesquisa Casen. No ano de 2006, em que teve início a medição oficial, a pobreza no país era de 28,7%.

Os 6,5% de pobreza no Chile, uma das taxas mais baixas da América Latina, equivalem a 1.292.521 pessoas. Destas, 2%, ou 387.963, vivem em condições de extrema pobreza. Em Santiago, onde vivem mais de 7 milhões dos 19 milhões de habitantes do país, o indicador de pobreza foi de 4,4%.

A pesquisa Casen foi realizada entre 1º de novembro de 2022 e 2 de fevereiro de 2023, e ouviu 202.231 pessoas.

As crises registradas desde 2020, como a pandemia, a inflação ou a guerra na Ucrânia, levaram 165 milhões de pessoas à pobreza, informou a ONU, que pediu uma pausa no pagamento da dívida dos países em desenvolvimento para inverter a tendência.

O impacto acumulado das crises levou 75 milhões de pessoas a uma situação de extrema pobreza (menos de 2,15 dólares por dia, R$ 10,3 na cotação atual) entre 2020 e o fim de 2023 e mais 90 milhões a viver abaixo do limite da pobreza, com 3,65 dólares (R$ 17,5 na cotação atual) por dia, de acordo com projeções do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

"Os países que conseguiram investir em medidas de proteção nos últimos anos evitaram que muitas pessoas caíssem na pobreza”, afirmou o diretor do PNUD, Achim Steiner, em um comunicado.

"Mas nos países muito endividados há uma correlação entre elevados níveis de dívida, gastos sociais insuficientes e um aumento alarmante dos níveis de pobreza", alertou.

O PNUD pede uma "pausa" nos pagamentos das dívidas nestes países, que devem optar entre pagar a dívida ou ajudar a população.

De acordo com outro relatório da ONU, publicado na quarta-feira, 3,3 bilhões de pessoas, quase metade da população mundial, vivem em países que gastam mais para pagar os juros da dívida do que em áreas como educação e saúde.

Os países em desenvolvimento, apesar do nível de dívida menor - mas que aumenta rapidamente -, pagam mais juros devido ao aumento das taxas.

Diante do cenário, o PNUD pede uma "pausa" para destinar o pagamento da dívidas ao financiamento de medidas sociais destinadas a amortecer os efeitos dos choques econômicos. A ONU acredita que "a solução não está fora do alcance do sistema multilateral".

De acordo com cálculos do PNUD, retirar estas 165 milhões de pessoas da pobreza custaria 14 bilhões de dólares por ano, o equivalente 0,009% do PIB mundial em 2022, e menos de 4% do serviço da dívida dos países em desenvolvimento.

Ao considerar também as perdas de renda das pessoas que já estavam abaixo da linha da pobreza antes das crises recentes, o custo do alívio seria de 107 bilhões de dólares (0,065% do PIB, quase 25% do serviço da dívida).

"Há um custo humano para a inação a respeito da reestruturação da dívida soberana dos países em desenvolvimento", recorda Achim Steiner. "Precisamos de novos mecanismos para antecipar e absorver os impactos e para que a arquitetura financeira funcione para os mais vulneráveis".

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que pede uma reforma das instituições financeiras internacionais, criticou mais uma vez esta semana um sistema "obsoleto que reflete as dinâmicas coloniais da época em que foi criado".

O combate à pobreza é fundamental para atingir a proteção do Planeta Terra, dizem importantes líderes mundiais em artigo assinado por presidentes como o do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, dos EUA, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron. O artigo, divulgado hoje na Bloomberg, afirma que a Cúpula de Paris, que acontecerá na quinta e sexta-feira, será usada para acelerar os esforços em busca do desenvolvimento sustentável.

No texto, os líderes reconhecem que o mundo ainda está longe de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) como meta até 2030. Para atingi-los, as nações afirmam ser necessário um novo modelo econômico que reconheça o valor da natureza, e que os países trabalhem coletivamente, com maior atenção aos países em desenvolvimento, para que todos atinjam as metas de financiamento climático coletivo.

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Parte dos esforços dos países, além de dedicar recursos ao combate às mudanças climáticas, será de buscar novas formas de financiamento, como recompra de dívidas, engajamento de setores que prosperam e mercados de crédito de carbono e biodiversidade mais confiáveis. "Nosso sistema precisa reduzir o custo de capital para o desenvolvimento sustentável, inclusive por meio da transição verde", afirma o documento.

Os líderes afirmam também que o sistema econômico e os países devem entregar mais ao planeta, implementando uma reforma no sistema de bancos multilaterais de desenvolvimento, que precisam captar muito mais recursos. "A redução da pobreza e a proteção do planeta são objetivos convergentes", disseram.

Foi pontuado também que é preciso acompanhar o progresso pelo desenvolvimento sustentável por meio de novas métricas, e os países vão se debruçar sobre novos instrumentos de prestação de contas para garantir que todos estão trabalhando. Os países se comprometeram em aumentar os investimentos de longo prazo em todos os lugares. "Não haverá transição se não houver solidariedade entre países, oportunidades econômicas e crescimento sustentável para todos", pontuaram os autores.

Além de Lula, Biden e Macron, assinaram o documento o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michael, a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, o presidente do Quênia, William Ruto, o presidente do Senegal, Macky Sall, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Mohammed bin Zayed Al Nahyan.

Os principais problemas de saúde mental de jovens têm origem na pobreza, na violência e nas normas de gênero, revela estudo que ouviu adolescentes no Brasil, na Índia e no Quênia. A pesquisa foi feita pela organização não governamental (ONG) Plan International, que defende os direitos das crianças e a igualdade para as meninas.

O estudo destacou alguns dos motivos das preocupações com a saúde mental de adolescentes e possíveis soluções, além da relação entre saúde mental e doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). 

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“O dado mais relevante da pesquisa é que os fatores externos que afetam a saúde mental e o bem-estar de jovens estão significativamente relacionados ao gênero. Jovens de ambos os sexos ouvidos pela pesquisa afirmam que meninas são particularmente afetadas pelo baixo status na sociedade, pela falta de autonomia e pelo risco de sofrer violência baseada em gênero. A pressão e as expectativas relacionadas aos meninos também são fontes de sofrimento quando eles não correspondem ao padrão esperado da sociedade”, diz a coordenadora do Programa Adolescente Saudável na Plan International Brasil, Angélica Duarte. 

O Estudo sobre Saúde Mental e Bem-estar de Adolescentes ouviu 67 adolescentes em grupos focais, sendo 19 no Brasil, 25 na Índia e 23 no Quênia. Entre os jovens de 10 a 19 anos, 15 foram selecionados para fazer entrevistas em profundidade. A pesquisa é parte do Programa Adolescente Saudável, uma iniciativa de investimento comunitário global da AstraZeneca desenvolvida em parceria com a Plan International. 

Jovens que responderam à pesquisa disseram que os principais fatores que levam ao sofrimento emocional são externos, causados pelo ambiente em que vivem. Entre os causadores de estresse estão a pobreza, a violência física e/ou sexual e as normas de gênero, que impedem as meninas de alcançar suas aspirações, e os meninos, de expressar emoções ou buscar apoio.

Entre as meninas, as restrições enfrentadas pela falta dificuldade de gerenciar o período menstrual, sobretudo pela falta de acesso a produtos para esse ciclo, também contribuem para que elas se sintam isoladas e deprimidas. 

“Com os meninos, há uma demanda para serem ‘machos’. Desde que são crianças, há essa exigência. Apesar de eu ainda ser criança e ser normal ter a voz fina, as pessoas diziam: ‘engrosse essa voz, fale como um homem! Seja homem’. Eles estimulam os meninos assim. Os meninos não podem chorar ou expressar emoções. E isso afeta sua vida adulta. Eu vi pesquisas que dizem que uma grande porcentagem de homens têm dificuldade para expressar suas emoções”, diz um dos brasileiros ouvidos na pesquisa.

Segundo Angélica Duarte, apesar das diferenças entre os países, todos os entrevistados disseram que questões externas como pobreza e violência baseada em gênero têm forte impacto na saúde mental e no bem-estar dos jovens. “Ainda que as violências e desigualdades se manifestem de maneiras diferentes em cada país e cultura, estes são fatores externos que desempenham papel significativo na saúde mental dos jovens.” 

Apoio

A pesquisa também apontou que os jovens não conseguem alcançar uma saúde mental positiva sem o apoio dos adultos que são importantes em sua vida. O estudo destaca que jovens adolescentes não sentem que têm os recursos necessários para lidar com problemas de saúde mental por conta própria. Dependendo do contexto, o apoio vem de pessoas importantes, como mães, pais e professores, além de líderes comunitários.

Um dos participantes da pesquisa lamentou a falta de diálogo em casa. “É difícil. Você pode até sentir vontade de falar, mas os jovens não querem falar. Dizem que você é ‘maricas’, se quiser conversar. Não tenho com quem conversar, apenas um amigo, que uma vez impediu que eu me matasse. Eu não falo muito com meus pais, porque eles não aceitam muito. Então, eu não falo nada, para a gente não brigar”, afirma outro menino participante. 

“Muitos jovens falaram sobre a falta de adultos confiáveis para compartilhar problemas, destacando que muitos são incapazes de ouvir sem recorrer ao julgamento ou à violência” ressalta a coordenadora do Programa Adolescente Saudável.

“Pais e responsáveis têm papel fundamental na criação de um ambiente seguro para que os jovens possam expressar sentimentos, problemas e inquietações sem se sentirem julgados ou ameaçados. Familiares também podem procurar apoio em serviços de saúde e orientar os próprios jovens a usar esses recursos, mas estabelecer um espaço de diálogo e acolhimento familiar é igualmente importante na promoção do bem-estar dos jovens”, afirma Angélica.

Álcool e drogas

A pesquisa revela que comportamentos de risco para as DCNTs, como tabagismo, uso excessivo de álcool, sedentarismo e alimentação pouco saudável, são estratégias para controlar o estresse, a ansiedade, a depressão, a insatisfação e o tédio. Para os adolescentes que responderam à pesquisa, tais comportamentos levam a uma espiral emocional descendente da qual é difícil sair. “Eles fazem isso para desviar a tristeza para outras coisas. Acham que vai ajudar”, disse um dos participantes.

As normas de gênero também impactam a saúde mental de adolescentes, revelou a pesquisa. Na prática, as meninas têm menos liberdade para fazer o que querem e os meninos não compartilham seus sentimentos, nem buscam ajuda de outros jovens, parentes e profissionais. Há ainda o medo de que uma fraqueza compartilhada com outras pessoas possa ser usada como arma contra eles. 

“O estudo mostrou que adolescentes do Brasil classificam a saúde mental positiva como sendo a sensação de se ‘sentirem leves’ e a saúde mental precária, como os momentos ‘em que a pessoa não está se sentindo equilibrada ou quando não consegue lidar com os problemas da vida’. Assim, reconhecem que as pessoas têm problemas diferentes e a forma como lidam com eles lhes trará uma qualidade de vida melhor ou pior”, afirma Angélica.

Adolescente Saudável

Para abordar a saúde mental e a saúde em geral de jovens, desde 2010, o Programa Adolescente Saudável já treinou mais de mil educadores pares no Brasil, divulgando informações de saúde sobre a prevenção de DCNTs e fatores de risco. 

Os educadores pares treinados multiplicaram seus conhecimentos para mais de 130 mil jovens com informações de saúde, contribuindo para mudanças comportamentais sustentáveis. O programa também alcançou mais de 4 milhões de jovens por meio de conteúdos em redes sociais e campanhas de conscientização.

O Programa Adolescente Saudável (chamado de PAS no Brasil e de YHP no resto do mundo) é uma iniciativa de investimento comunitário global desenvolvida em ambientes urbanos com foco em jovens de 10 a 24 anos na prevenção das DCNTs mais comuns: câncer, diabetes, doenças cardíacas e respiratórias e saúde mental.

Executado em parceria pela Plan International e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) com base em pesquisas da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, o programa combina ações de âmbito local, pesquisa e advocacy direcionadas aos fatores de risco, como tabagismo, uso nocivo do álcool, sedentarismo, dietas pouco saudáveis e exposição à poluição do ar, que podem levar a DCNTs na vida adulta.

Desde 2010, a Plan International implementa o PAS no Brasil, na Colômbia, no Egito, na Índia, na Indonésia, em Mianmar, no Quênia, no Reino Unido, na Tailândia, no Vietnã e na Zâmbia. 

Recomendações

Com base nos problemas citados, a pesquisa da Plan International Brasil diz o que os jovens precisam fazer para melhorar a saúde mental: 

. Buscar e receber o apoio necessário, sem estigma e sem vergonha. Os problemas emocionais são comuns e muito debilitantes. 

· Promover discussões abertas sobre saúde mental e bem-estar nas famílias, escolas, instituições religiosas e outros lugares onde jovens se reúnem. 

· Acesso a serviços de apoio, que precisam incluir uma ampla gama de serviços, como planejamento familiar ou tratamento de acne.

  · Proporcionar aos jovens formas saudáveis de lidar com o estresse, como a zumba, para que assim possam fazer mais exercícios, se divertir e fugir do tédio e da tristeza, diz uma das participantes do estudo. 

· Reconhecer que a adolescência e a fase de crescimento são momentos muito estressantes para jovens.

No Brasil, reduzir em 1% a parcela da população que vive com renda familiar mensal abaixo de R$ 70 por pessoa significa diminuir o desmatamento em 4%. De outra forma, é dizer que, ao tirar 136 mil pessoas da condição de extrema pobreza, como consequência, deixa-se de perder uma área de 42,7 mil hectares de floresta. Essa é uma das associações destacadas no estudo O Combate à Pobreza Pode Contribuir com o Fim do Desmatamento no Brasil?, do Instituto Escolhas. 

Quando se trata do grupo em situação de pobreza, isto é, que tem renda familiar mensal inferior a R$ 140, a proporção é de 1% de queda para a preservação de 29 mil hectares. Ainda segundo a entidade, garantir carteira assinada a trabalhadores consiste em uma ação de impacto ambiental. Ao se aumentar 1% o índice de emprego formal, há possibilidade de se reduzir o desmatamento em 8,2% (87,6 mil hectares).

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No contexto da Amazônia Legal, os números mudam, embora os efeitos, não. Ao se retirar 35 mil pessoas da extrema pobreza (1%) e 74 mil da pobreza (1%), obtêm-se reduções de áreas de desmatamento de 27 mil e 18,7 mil hectares, respectivamente. Quanto a formalizar 1% de vínculos de trabalho na região, beneficiando 42 mil pessoas, a medida acabaria por recuperar ou proteger um perímetro de 67,2 mil hectares, maior do que a capital catarinense, Florianópolis.

Ao demonstrar os resultados, a pesquisa se propõe a contestar a suposição de que pessoas de baixa renda seriam um dos principais agentes de desmatamento, em troca de seu sustento. Para o instituto, tal afirmação desconsidera "que são muitos e diversos os indivíduos e grupos que promovem a derrubada da vegetação nativa, seja de forma legal ou ilegal".

"Mas esse nevoeiro que se forma em torno do tema não deve impedir a análise sobre a relação entre pobreza e desmatamento no Brasil, que oferece dados preciosos sobre o conjunto das ações necessárias para o combate ao desmatamento. Investigar se as privações econômicas poderiam impactar o desmatamento não é o mesmo que colocar a culpa nos pobres. Muitos estudos já foram realizados nesse sentido. Parte deles identificou que não existe relação unívoca entre pobreza e desmatamento. Em alguns casos, a falta de recursos financeiros leva à proteção das florestas, uma vez que essas populações se organizam com base em economias não conectadas aos mercados consumidores", aponta o estudo.

Outro ponto em destaque é a constatação de que há diferença entre se implementar políticas articuladas. Segundo a equipe de pesquisadores, "ao considerar os efeitos da redução da pobreza e do aumento da oferta de empregos nos municípios vizinhos, a análise espacial mostra que tais políticas públicas sociais devem ser promovidas regionalmente para aumentar o potencial de redução do desmatamento". "Políticas isoladas tendem a ser pouco eficazes, devido à abrangência e conexão dos fatores associados ao desmatamento entre os municípios como, por exemplo, migração da mão de obra." 

Os pesquisadores adotaram o modelo econométrico para desenvolver o estudo. Foram cruzados dados do período de 2012 a 2019, de diversas fontes, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério da Cidadania, Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MapBiomas) e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Em 2021, 18,7% dos pernambucanos viveram com cerca de R$ 171 por mês, o que se encaixa no parâmetro de extrema pobreza do Banco Mundial. O percentual equivale a aproximadamente 1,8 milhão de pessoas e é o segundo maior de todo o Brasil, estando atrás, apenas, do estado do Maranhão. A informação foi divulgada pelo IBGE nessa sexta-feira (2), através da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2021. 

O rendimento médio domiciliar per capita também foi o maior desde 2012. Apesar do valor ser quase cinco vezes maior que o obtido pelo grupo da extrema pobreza, o pernambucano médio sobreviveu, no ano passado, com cerca de R$ 828. No recorte por gênero, homens ganharam mais, com R$ 871 frente a R$ 807 das mulheres. Já no recorte de raça, a diferença aumentou: R$ 1.184 para brancos e R$ 676 para pretos ou pardos.  

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Além disso, 51% da população do estado, ou 4,9 milhões de pessoas, está abaixo da linha da pobreza, delimitada por rendimentos de até US$ 5,5 por dia, ou seja, R$ 495 por mês. Este percentual está atrás apenas dos estados do Maranhão e Alagoas. A pesquisa estima que, se não houvesse nenhum tipo de benefícios sociais, 25,5% dos pernambucanos viveriam na extrema pobreza e 55% da população viveria na pobreza. 

Entre os 40% de pessoas com menores rendimentos, o rendimento domiciliar médio per capita é de R$ 188, o segundo menor do país, mais uma vez, atrás apenas do Maranhão. Já os 10% da população com maiores rendimentos recebem, em média, R$ 3.943. Isso significa que o percentual de população com maiores rendimentos recebe 21 vezes mais do que o percentual de população com menores rendimentos. 

Concentração de renda 

Em 2021, Pernambuco voltou a ter a terceira maior concentração de renda do Brasil, de 0,579, atrás apenas de Roraima (0,596) e Rio Grande do Norte (0,587). O estado teve o maior indicador desde 2012, quando a pesquisa passou a usar os dados da PNAD Contínua. Já a média nacional foi de 0,544, a mesma do ano anterior. 

O Recife, por sua vez, foi a segunda capital mais desigual do país em 2021, com índice de Gini de 0,606, atrás apenas de Aracaju (0,618). Em 2020, a cidade ocupou a quarta posição e, em 2019, a capital pernambucana havia alcançado o maior índice. A Síntese de Indicadores Sociais estima que, sem benefícios de programas sociais ou governamentais, o Índice de Gini em Pernambuco e no Recife pularia para 0,627 e 0,634, respectivamente. 

Desemprego 

De acordo com a pesquisa, a taxa de desocupação em Pernambuco aumentou em 2021, chegando a 20,2%. É o terceiro maior índice do país, superado apenas pela Bahia (21,3%) e por Sergipe (20,6%). Em números absolutos, 830 mil pessoas procuraram emprego em algum momento do ano passado e não encontraram. Em 2020, o mesmo índice havia sido de 17,1%. 

No recorte por sexo, a desocupação entre as mulheres foi ainda maior, alcançando 25% no período, enquanto, para os homens, o índice era de 16,9%. Por cor ou raça, a taxa de desocupação entre os brancos foi de 18,6%. Entre os pretos e pardos, o percentual aumenta para 21,1%.  

A SIS também mostra o quanto os jovens sofreram com o desemprego no estado em 2021: a taxa de desocupação foi de 32,1% entre a população de 14 a 29 anos, contra 17% para a faixa de 30 a 49 anos e 8,7% para os trabalhadores de 50 anos ou mais. 

A pobreza extrema afetará 82 milhões de pessoas na América Latina em 2022, apesar da redução da pobreza em geral, em um contexto de desaceleração econômica e de inflação alta – alertou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), nesta quinta-feira (24).

"Não se conseguiu inverter os impactos da pandemia em termos de pobreza e pobreza extrema, e os países enfrentam uma crise silenciosa na educação, que afeta o futuro das novas gerações", afirmou o secretário-executivo da Cepal, José Manuel Salazar-Xirinachs, ao apresentar o relatório "Panorama Social da América Latina e Caribe 2022".

Segundo a Cepal, em 2021 a taxa de pobreza na América Latina atingiu 32,3% da população total, marcando uma queda de 0,5 ponto percentual (pp) em relação a 2020. Em 2022, o percentual cairá ligeiramente, para 32,1%, o equivalente a 201 milhões de pessoas.

Já a pobreza extrema chegará a 13,1% este ano, o que representa 82 milhões de pessoas. Em 2021, esse número foi de 12,9% da população regional.

A explicação para este aumento da pobreza mais aguda são os "efeitos combinados do crescimento econômico, da dinâmica do mercado de trabalho e da inflação".

Se comparado a 2019, ano anterior à pandemia, haverá mais 12 milhões de pessoas em extrema pobreza e mais 15 milhões em situação de pobreza, segundo a Cepal.

Os níveis projetados de pobreza extrema em 2022 representam "um retrocesso de um quarto de século para a região", acrescentou o órgão regional com sede em Santiago.

Na educação, América Latina e Caribe sofrem as consequências do tempo prolongado em que as escolas ficaram fechadas durante os dois primeiros anos da pandemia: em média, 70 semanas de fechamento dos estabelecimentos de ensino, contra 41 semanas no restante do mundo.

As consequências desse grande apagão educacional já são visíveis, adverte a Cepal. Na América Latina e no Caribe, o percentual de jovens (18 a 24 anos) que não estudam nem trabalham de forma remunerada aumentou de 22,3%, em 2019, para 28,7%, em 2020.

Eleita como a primeira governadora de Pernambuco com 58,85% dos votos, Raquel Lyra (PSDB) assume a cadeira do Palácio do Campo das Princesas no dia 1º de janeiro, depois de oito anos da gestão de Paulo Câmara, e 16 do PSB no Estado. A governadora eleita tem como prioridades de governo o combate à fome e a pobreza, e a ampliação da oferta de serviços públicos de qualidade para as populações mais vulneráveis. 

Segundo informações enviadas pela assessoria, para o combate à fome, a tucana tem como plano instituir o programa Mães de Pernambuco, que visa oferecer, a curto prazo, R$ 300 às mães e filhos de até seis anos de idade. Além disso, uma rede de restaurantes populares para ofertar refeições saudáveis e nutritivas a preços simbólicos, o Bom Prato Pernambucano, também faz parte da sua prioridade. 

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“Paralelo a isso, também será retomado o investimento público, gerando empregos e melhoria da qualidade de vida para todos os pernambucanos e pernambucanas, além de programas que irão estimular a geração de oportunidades, como o Trilhatec, que irá integrar a Educação Profissional e Tecnológica ao Ensino Médio, e o Bora Empreender!, que oferecerá consultoria e crédito desburocratizado para pequenos empreendedores”, informou a assessoria.

A ampliação da oferta de serviços para crianças, mães e pessoas com deficiência é um dos objetivos da governadora eleita. Ela assegura a criação de 60 mil novas vagas de creche, construção de cinco grandes maternidades em locais estratégicos do estado, e a garantia de políticas de inclusão para pessoas com deficiência.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira, 19, mostra que o presidente Jair Bolsonaro (PL) ampliou a vantagem para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segmento evangélico. No novo levantamento, o candidato à reeleição tem 66% dos votos desse eleitorado contra 65% no anterior, publicado no dia 14. Já o petista caiu de 31% para 28% nesse grupo. A diferença entre ambos é de 38 pontos porcentuais.

Em aceno ao segmento, Lula divulgou nesta quarta, 19, uma "carta aos evangélicos" em que defendeu liberdade religiosa e separação entre Igreja e Estado. A ação é um contraponto ao adversário, que tem reforçado a campanha junto a essa parcela do eleitorado.

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Entre os católicos, no entanto, o petista lidera e oscilou positivamente um ponto porcentual, de 57% para 58%. Nesse grupo, Bolsonaro segue estável, com 37%.

Mais pobres

Lula segue liderando com folga entre os eleitores mais pobres, com renda familiar de até dois salários mínimos mensais. O petista tem 57% dos votos contra 37% de Bolsonaro no segmento. No grupo, porém, o ex-presidente oscilou um ponto para baixo em relação à pesquisa anterior. O candidato á reeleição oscilou um ponto para cima.

Nas demais faixas de renda, a vantagem é de Bolsonaro. Ele tem 53% a 41% entre os que têm renda de dois a cinco salários; 54% a 41% na faixa de cinco a dez salários; e 55% a 41% entre os mais ricos, com mais de dez salários.

O mundo não conseguirá erradicar a pobreza extrema em 2030, data estabelecida pela Assembleia Geral da ONU para cumprir com seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável adotados em 2015, estimou o Banco Mundial (BM) em um relatório nesta quarta-feira (5).

O atraso se deve, segundo a instituição financeira, à pandemia de Covid-19, que provocou o maior aumento da pobreza desde 1990, tendência que poderia ser reforçada com a guerra da Ucrânia, segundo seu relatório anual sobre a pobreza.

Cerca de 70 milhões de pessoas caíram na pobreza extrema em 2020, segundo o BM, que estima que quase 720 milhões de pessoas viviam com menos de 2,15 dólares por dia no final desse ano.

Durante a pandemia, a renda dos 40% mais pobres, muitas vezes procedentes da economia informal em muitos países, caiu em média duas vezes mais do que os dos 20% mais ricos, aprofundando as desigualdades.

"Inflação, desvalorizações cambiais e crises sobrepostas" apontam para uma perspectiva sombria, disse o presidente do Banco Mundial, David Malpass, em nota.

"O progresso na redução da pobreza extrema estagnou junto com o crescimento econômico global moderado", acrescentou.

A África Subsaariana concentra 60% dos mais pobres, ou seja, quase 390 milhões de pessoas, com uma taxa de pobreza de 35%.

Para eliminar a pobreza extrema no continente africano para 2030, o Banco Mundial estima que seria necessário um crescimento de 9% por ano em cada país desta região no final da década, "uma marca particularmente alta para países cujo crescimento do PIB per capita foi em média de 1,2% durante a década anterior à pandemia", estima o Banco Mundial.

"Investir em melhores serviços de saúde e educação será crucial para as economias em desenvolvimento na próxima década", disse o economista-chefe do Banco Mundial, Indermit Gill.

Para reverter a tendência, a instituição pede aos governos que direcionem melhor a ajuda para reservá-la para os mais pobres, incentivem o investimento em educação, pesquisa e desenvolvimento e considerem uma tributação que leve mais em consideração as rendas.

Nesta quarta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmaram que o Brasil não tem tantas pessoas com fome. Durante entrevista à emissora católica Rede Vida, o presidente relacionou a pobreza ao comodismo. 

Bolsonaro negou que mais de 33 milhões de brasileiros estejam passando fome, como expôs o estudo apresentado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), em julho. "Não é esse número todo", divergiu. 

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Na sua visão, as pessoas são pobres por estarem acomodadas. Outro motivo levantado pelo presidente seria a recusa do Estado em oferecer ensino profissionalizante.

"Agora, tirar as pessoas da linha da pobreza é um trabalho gigantesco. São pessoas que foram ao longo dos anos acostumadas a não se preocupar ou o estado negar uma forma de ela aprender uma profissão", sugeriu. 

Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também criticou o resultado da pesquisa durante um evento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo. Ele afirmou que "33 milhões de pessoas passando fome é mentira" e ressaltou que o poder de compra foi preservado.  

“É impossível ter 33 milhões de pessoas passando fome. Por mais que tenha havido inflação, não foi três vezes mais. O poder de compra está mais do que preservado por essa nova transferência de renda”, rebateu. "Nós estamos transferindo para os mais pobres, com o Auxílio Brasil, 1,5% do PIB, três vezes mais do que recebiam antes", acrescentou o ministro. 

O Projeto de Lei 4540/21 altera o Código Penal para determinar que não haverá prisão no caso de furto por necessidade ou de valores insignificantes. O furto por necessidade ocorre quando o autor do crime estiver em situação de pobreza ou extrema pobreza e quando o bem subtraído tem o objetivo de saciar sua fome ou necessidade básica imediata sua ou de sua família. 

A proposta também determina que a ação penal em caso de furto só será levada adiante mediante queixa do ofendido. O furto é a subtração de valores e bens sem que haja violência na ação. 

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O projeto foi apresentado pela deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) e outros sete deputados, com apoio de defensores públicos e instituições. O texto determina que o juiz, caso não possa absolver o autor, deverá aplicar uma pena restritiva de direitos ou multa, sem prisão. A regra vale inclusive para reincidentes, desde que o furto seja por necessidade ou de valores insignificantes. 

Jurisprudência restrita O Código Penal já permite livrar de punição os crimes cometidos em estado de necessidade, caso que abrange o chamado “crime famélico”, motivado pela necessidade de se alimentar.  Segundo os autores do projeto, no entanto, o Judiciário tem interpretação restrita do princípio e mantém encarceradas pessoas que furtaram alimentos ou valores muito pequenos. Por isso, cabe ao Legislativo aperfeiçoar a lei para garantir que não haja injustiças. 

“A prática judiciária cotidiana se depara com inúmeras situações de furtos motivados por necessidades materiais urgentes, e muitas vezes se recusa, sob variados argumentos, a reconhecer a situação de necessidade do autor”, dizem os autores.  Os parlamentares citam casos de pessoas encarceradas pelo furto de uma cartela de barbeadores (R$ 22); de alimentos vencidos de um supermercado (R$ 50); e até de água. 

“A criminalização de atos de baixíssima repercussão social, que configuram expressão de uma profunda crise social e econômica, gera uma distorção, na medida que coloca o aparato estatal a serviço da proteção de bens de valores irrisórios, gerando uma sobrecarga do Judiciário”, avaliam. 

Além disso, os autores destacam que o furto é um crime sem características violentas a que responde cerca de 11% da população carcerária e, em grande maioria, negros. “O delito de furto, que é um crime sem violência contra a pessoa e, em geral, de baixa lesividade, resulta em altas taxas de encarceramento seletivo”, avaliam.

  Tramitação

A proposta está apensada ao PL 1244/11 e poderá ser votada no Plenário se for aprovado requerimento de urgência. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Um levantamento do National Institutes of Health, conjunto de centro de pesquisas nos Estados Unidos, mostrou que a pobreza, combinada com outros tipos de adversidades nos primeiros anos de vida, está associada a uma chance maior de morte prematura. No detalhamento do trabalho, publicado no “The Lancet Regional Health – Americas”, crianças que, além de pobres, viviam em moradias inadequadas, tinham risco de morte precoce aumentado em 41% se comparadas com as que se encontravam em um ambiente estável. Caso o agravante à pobreza fosse a separação dos pais, o percentual subia para 50%. Os dados foram extraídos de uma base composta por mais de 46 mil pessoas.  

A pesquisa confirma sobre o "expossoma", termo criado para designar a totalidade dos impactos a que o ser humano é submetido da concepção ao fim da existência. O conceito se baseia em três domínios, começando pelos fatores internos: idade, fisiologia e genoma. Os outros dois são os fatores externos gerais: condições socioeconômicas, aspectos sociodemográficos, local de moradia, entre outros; e externos específicos, como a dieta alimentar, ocupação e estilo de vida.

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“O estudo vai nos ajudar a entender o peso das experiências nos primeiros anos de existência na saúde humana. No longo prazo, esperamos desenvolver estratégias e intervenções para reduzir a exposição a essas adversidades” afirmou o principal autor, Stephen Gilman.

Os participantes eram filhos de mulheres que integraram um projeto chamado “Collaborative Perinatal” que cobriu um período de cinco décadas. Foram criadas cinco classificações para as dificuldades enfrentadas: 

Baixa: sem registro de incidente adverso significativo – 48% 

Negligência e castigos físicos ou abusos emocionais provocados pelos pais – 4%  

Instabilidade familiar, como divórcio, morte de pai, mãe ou irmão, mudanças frequentes de residência - 9%  

Pobreza combinada com condições de superlotação de moradia – 21%  

Pobreza combinada com separação dos pais, ajuda assistencial – 19%  

 

 O candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT) apresentou, nesta terça-feira (16), como proposta de governo, o programa "Eduardo Suplicy", que pretende fornecer R$ 1 mil para famílias que vivem em situação de pobreza.

"O Programa de Renda Mínima ‘Eduardo Suplicy’ será o maior programa de transferência de renda da nossa história. Ele vai garantir uma renda de R$ 1 mil, em média, para 24,2 milhões de famílias carentes", prometeu o candidato em postagem nas redes sociais

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De acordo com Ciro, o dinheiro utilizado para a realização da proposta seria de programas de transferência de renda já existentes (como o Auxílio Brasil, antigo Bolsa Família) + imposto sobre grandes fortunas e taxação de lucros e dividendos. Além disso, o candidato detalhou que terão acesso ao dinheiro todas as famílias pobres. 

Por fim, Ciro escreveu, em tom de disputa, que " Enquanto eles matam com esmola, vou garantir a sobrevivência do povo", "ainda dá tempo de você salvar o Brasil". Vale destacar, que de acordo com a última pesquisa eleitoral do IPEC, o candidato aparece em terceiro lugar com 6% das intenções de voto, bem atrás do primeiro lugar, o candidato Lula (PT), que aparece com 44% e do atual presidente Bolsonaro (PL), que vem em segundo lugar, com 32% dos votos.

A taxa de pobreza nas regiões metropolitanas do Brasil subiu de 16%, em 2014, para 23,7%, em 2021. Em termos absolutos, isso significa que houve um aumento de 12,5 milhões de pessoas pobres para 19,8 milhões. Em relação à extrema pobreza, a taxa evoluiu de 2,7% para 6,3% no período pesquisado, o que representou aumento de 2,1 milhões para 5,2 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza - aquelas que vivem com R$ 160 mensais ou menos - nas grandes cidades brasileiras.

Os dados constam na 9ª edição do “Boletim Desigualdade nas Metrópoles”, elaborado em conjunto pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), o Observatório das Metrópoles e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), divulgado hoje (8).

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A base para a sondagem é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD Contínua) versão anual, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esta versão permite ver todas as formas de rendimento do domicílio, a partir das quais foi calculada a renda domiciliar per capita (por membro da família), informou à Agência Brasil o economista Marcelo Ribeiro, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR-UFRJ e um dos coordenadores do estudo e membro do Observatório das Metrópoles.

Poder de compra

Foram analisadas as 22 principais áreas metropolitanas do país, de acordo com as definições do IBGE. Todos os dados estão deflacionados para o ano de 2021, de acordo com o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA). O estudo trabalhou com a linha de pobreza definida pelo Banco Mundial (Bird) para países de renda média alta, caso do Brasil.

“O Banco Mundial se baseia na paridade de poder de compra (PPC) para estabelecer uma medida comparável entre os diversos países e estabelece um valor que corresponde a essa PPC”, informou Ribeiro.

Os pesquisadores transformaram isso na moeda nacional brasileira, o real. Com base na paridade de poder de compra (PPC), a linha de pobreza correspondia a US$ 5,50 por dia, enquanto a PPC para a extrema pobreza era de US$ 1,90. Em valores de 2021, em reais, a linha de pobreza alcança cerca de R$ 465 por mês per capita; a linha de extrema pobreza é de aproximadamente R$ 160 per capita mensais.

Pandemia

As regiões metropolitanas concentram quase 40% da população brasileira - mais de 80 milhões de pessoas. Tais regiões são estratégicas do ponto de vista econômico, político e social, mas também concentram desafios e problemas que afligem a sociedade brasileira, destacaram os autores do boletim. Em relação às desigualdades e à pobreza, em especial, o cenário que se vê nos últimos anos é de grave crise social, aprofundada pelos efeitos da pandemia da covid-19.

De acordo com o boletim, na região metropolitana de São Paulo - a maior e mais importante do ponto de vista econômico do país - o número de extremamente pobres cresceu de 381 mil para 1,027 milhão de pessoas entre 2014 e 2021. Na situação de pobreza, o número é bem maior, tendo evoluído de 1,986 milhão, em 2014, para 3,922 milhões, em 2021. No mesmo período, nas regiões metropolitanas de Salvador e do Rio de Janeiro, por exemplo, o número de extremamente pobres pulou de 103 mil para 483 mil, e de 336 mil para 926 mil, respectivamente.

Segundo Andre Salata, professor da PUCRS e um dos coordenadores do estudo, os efeitos da pandemia da covid-19 agravaram uma situação que já vinha piorando há alguns anos. “A pandemia age, então, sobre um patamar de vulnerabilidade que já estava muito elevado mesmo para os nossos padrões.”

Salata explicou que isso ocorreu com a renda dos mais pobres. No ano de 2014, os 40% mais pobres das regiões metropolitanas brasileiras tinham renda média de R$ 515. Cinco anos depois, em 2019, essa cifra caiu para R$ 470. Já no contexto da pandemia, em 2021, a renda média havia chegado a R$ 396. 

A análise de cada região metropolitana separadamente mostra padrão semelhante. Entre 2014 e 2021, a renda dos mais pobres cai de R$ 535 para R$ 404, no Rio de Janeiro; de R$ 354 para R$ 246, no Recife; e de R$ 714 para R$ 581, em Curitiba.

Desemprego e inflação

Marcelo Ribeiro acrescentou que o país já estava com uma trajetória de aumento da pobreza desde 2015. Quando chegou o ano de 2020, em plena pandemia de covid-19, a política expansionista de renda fez com que a taxa de pobreza diminuísse, “pelo valor da transferência de renda que passou a ser feito do auxílio emergencial”. Mas, a partir de 2021, o nível de pobreza aumentou. 

Como efeito da pandemia, não somente as desigualdades aumentaram, como a média de rendimentos caiu e atingiu os menores valores da série histórica. O rendimento médio no conjunto das regiões metropolitanas, em 2019, era de R$ 1.935; em 2020, ele caiu para R$ 1.830; e, em 2021, chegou a R$ 1.698. No Distrito Federal, a renda média caiu de R$ 2.784 para R$ 2.476 no período. Na região metropolitana de Recife, a queda foi de R$ 1.593 para R$ 1.079 e, em Porto Alegre, foi de R$ 2.218 para R$ 1.947.

O estudo mostra ainda que os efeitos da pandemia da covid-19 sobre os indicadores de pobreza e desigualdades se fizeram sentir a partir de 2021, quando aumentaram de forma abrupta. Entre o final de 2020 e o início de 2021, a taxa de pobreza evoluiu rapidamente de 19% para 24,7%, enquanto a extrema pobreza subiu de 4,1% para 6,7%.

Tendência

Apesar de observar, nos últimos meses, uma redução da taxa de desemprego no país, embora ainda permaneça em patamares elevados, o professor do IPPUR-UFRJ afirmou que se essa queda do desemprego se mantiver, isso teria um efeito positivo para contribuir na reversão desse processo. Observou, porém, que há uma permanência da taxa de inflação em patamares elevados, o que reduz o poder de compra da população. “Só o fato dela ter acesso à renda, com aumento do emprego, não é suficiente se a inflação continuar elevada. As pessoas vão ter acesso à renda, mas com poder de compra muito reduzido, o que faz com que elas continuem nesta situação.”

Com a alta do preço do leite, 23% dos brasileiros substituíram o produto por soro de leite na hora da compra, de acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada nesta terça-feira (2). Um quinto dos entrevistados, ou seja, 20%, também disseram ter adquirido sobras de frango, carne ou pele de frango, ao invés de mercadorias que ficaram mais caras ou não couberam no orçamento. 

A pesquisa ouviu 2.556 pessoas em 183 cidades do Brasil de forma presencial nos dias 27 e 28 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. 

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Quase 61% dos entrevistados também disseram que compram produtos de marcas mais baratas, e 29% adquirem mercadorias próximas do vencimento. A busca por produtos mais baratos é maior entre os que recebem o Auxílio Brasil (31%) compraram sobras de carnes, mesmo número dos que adquiriram soro de leite. 

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o preço do leite longa vida cresceu 42% de janeiro a junho deste ano. Alguns mercados vendem o litro acima de R$ 10, enquanto o soro do leite é encontrado na casa dos R$ 5. 

Brasileiros sem comida suficiente em casa

A pesquisa também mostrou que um em cada três brasileiros declara não ter quantidade suficiente de comida em casa para alimentar a família. O levantamento mostra um aumento no percentual de pessoas que têm menos comida do que o suficiente em casa. De maio até junho, o índice subiu de 26% para 33%. Enquanto isso, também diminuiu a quantidade de brasileiros que relatam ter comida suficiente, de 62% em maio para 55% em julho. 

A quantidade de pessoas que não têm comida suficiente é maior entre as mulheres (37%), famílias com renda de até dois salários mínimos (46%), autodeclarados pretos (40%) e residentes da região Nordeste (42%). 

Ainda de acordo com a pesquisa, 45% dos que dizem não ter comida suficiente pretendem votar no ex-presidente Lula (PT). Os outros 32% votam em Ciro Gomes (PDT) e 12% no presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Neste levantamento, 17% dos entrevistados estão em famílias que venderam algum bem ou objeto de valor para comprar alimentos e itens básicos de supermercado nos últimos meses. O contingente vai a 32% entre desempregados, 27% entre famílias beneficiárias do Auxílio Brasil, e 24% entre os mais pobres.

Nesta quinta-feira (07), a pré-candidata ao Governo do Estado Raquel Lyra (PSDB) voltou a afirmar que o seu Plano de Governo tem no centro das prioridades o combate às desigualdades, com políticas públicas estruturantes nas áreas de educação e geração de empregos, além de ações emergenciais que atendam aos mais vulneráveis, como a implantação de restaurantes populares em todo o Estado.

“O combate à extrema pobreza não é prioridade do atual governo, mas será do meu. Construiremos políticas de ação social estruturantes e aquelas mais imediatas. É urgente, por exemplo, combater a fome. Com o programa Bom Prato Pernambucano, vamos abrir restaurantes populares fixos e móveis para garantir alimentação à população mais vulnerável”, disse Raquel em entrevista à rádio Nova Brasil FM.

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De acordo com Mapa da Nova Pobreza, divulgado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), Pernambuco ocupa o quarto pior lugar do país, com 50,32% dos habitantes com renda per capita abaixo de R$ 497 mensais, no ano passado.

“O Governo do Estado assiste à miséria em Pernambuco pela televisão, sem tomar atitude. São projetos habitacionais cujas obras estão paralisadas há anos. Não há solução única, tem que ter estratégia, planejamento, capacidade de buscar recursos para tirar os projetos do papel e transformar a vida da população”, declarou a tucana.

A pré-candidata ao Governo de Pernambuco pelo Solidariedade, Marília Arraes, prometeu dobrar o Fundo Estadual de Combate à Miséria e destinar R$ 1 bilhão em recursos para o orçamento. A proposta visa redistribuir a arrecadação com multas de impostos atrasados.

O valor da arrecadação com o atraso no pagamento de multas alcançou R$ 460 milhões em 2021, apontou a deputada federal. Com metade da população abaixo da linha da pobreza, ou seja, com renda mensal menor que R$ 497, Marília alerta para o aumento da fome em Pernambuco. 

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“Erradicar a miséria em Pernambuco será uma das nossas prioridades a partir de 2023, ao lado da geração de emprego e renda para a população pernambucana”, prometeu a pré-candidata. “São 4,8 milhões de pernambucanos nessa situação e o governo do PSB assiste a tudo isso sem fazer nada. De 2019 a 2021, a pobreza cresceu mais de 8% em Pernambuco, quase o dobro da média nacional (4,5%), da taxa na Bahia (4,9%) e duas vezes e meia a taxa do Ceará (3,8%)”, comparou.

Investimento sem novos impostos

Marília reforçou que a proposta não será implementada com o aumento de impostos. “As multas já são cobradas naturalmente quando as empresas pagam os impostos em atraso. Não teremos nenhum aumento”, acrescentou.

“O presidente Lula já tirou o Brasil do Mapa da Fome e tenho certeza que fará isso novamente. E aqui em Pernambuco, nós vamos fazer a nossa parte para que isso aconteça o mais rápido possível”, concluiu.

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