Tópicos | meningite meningocócica

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) informou que foram confirmados quatro de meningite meningocócica em Campos dos Goytacazes, no norte do fluminense, em menos de um mês. Porém, a situação não é considerada surto da doença.

Com isso, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde da cidade, foi iniciado um monitoramento na região e adotadas medidas de reforço contra a doença, como a atualização do cartão de vacina nas creches e escolas dos pacientes infectados e ações nos quatro bairros que apresentaram os casos: Tocos, Jockey Club, Penha e Morro do Coco.

##RECOMENDA##

De acordo com a SES-RJ, os quatro pacientes não estavam com o esquema vacinal contra a doença completo e foi iniciado o tratamento precoce com quimioprofilaxia das pessoas que tiveram contato próximo com eles, como forma de prevenção.

Segundo informou a pasta, o secretário, Dr. Luizinho, afirmou que a resposta rápida ocorreu graças ao novo Centro de Inteligência em Saúde (CIS).

“Esse é um trabalho de Vigilância e, graças ao nosso novo Centro de Inteligência em Saúde, tivemos uma análise rápida da Sala de Situação de Campos em diversos formatos, com gráficos, mapas, documentos técnicos e relatórios estratégicos para contribuir com as autoridades municipais e adotar as medidas necessárias”.

A secretaria explica que as Salas de Situação são “espaços de inteligência em saúde, dotados de visão integral e intersetorial que, partindo da análise e da avaliação permanente da situação de saúde”.

Doença

A meningite é a inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, chamadas de meninges, e pode ser causado por agentes como vírus e bactérias. A meningite meningocócica, a mais frequente no Brasil, é causada pelos meningococos Neisseria meningitidis.

Os sintomas iniciais são febre alta, dor de cabeça, náusea, vômito e fotofobia. Sintomas mais específicos envolvem rigidez do pescoço e da nuca e manchas marrom-arroxeadas na pele. A doença é fatal entre 20% e 30% dos casos e deixa sequelas entre 10% e 20% dos pacientes recuperados, como surdez, amputação de membros ou comprometimentos neurológicos. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, por gotículas e secreções do nariz e da garganta.

De acordo com a SES-RJ, o estado registrou este ano 26 casos e 5 óbitos provocados pela meningite meningocócica.

A Prefeitura de São Paulo confirmou mais duas mortes causadas pela meningite meningocócica na cidade de segunda-feira (3) para terça-feira (4). As vítimas são uma mulher de 20 anos de idade, moradora da zona Sul, e um homem de 22 anos de idade, residente na zona norte. O resultado da análise laboratorial dos dois casos, que sai em 5 dias, deve revelar o tipo de bactéria do sorogrupo.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ressaltou que os casos são isolados e não têm relação com o surto na Vila Formosa e Aricanduva, onde foram registrados cinco casos de meningite meningocócica do mesmo tipo C, no período de 16 de julho a 15 de setembro, com um óbito.

##RECOMENDA##

“A SMS esclarece que se considera surto da doença meningocócica quando há ocorrência de três ou mais casos do mesmo tipo em um período de 90 dias na mesma localidade”, disse a secretaria.

Segundo o balanço atualizado da prefeitura, a cidade soma 58 casos da doença meningocócica desde o início do ano. De janeiro a setembro de 2019, foram registrados 158 casos da doença, ou seja, uma redução de 63,2% no âmbito geral. O número de óbitos decorrentes da doença somam agora dez em 2022, ante 28 entre janeiro e setembro de 2019.

Vacinação

Como parte do calendário vacinal de rotina, o imunizante contra a meningite meningocócica C deve ser aplicado em bebês de 3, 5 e 12 meses. Já o de meningite ACWY atualmente é aplicado na faixa etária de 11 a 14 anos de idade (a vacinação foi ampliada no dia 19 de setembro também para adolescentes de 13 a 14 anos, até junho de 2023 conforme definições do Programa Nacional de Imunizações).

Apenas em situações excepcionais, como a do surto localizado que ocorre no momento nos distritos da Vila Formosa e Aricanduva, os imunizantes são indicados para adultos. A exceção são profissionais de saúde, que podem ser vacinados mediante comprovante de vínculo empregatício em serviço de saúde do município de São Paulo, documento de conselho de classe, comprovante de profissão, certificado ou diploma. A vacinação desses profissionais está liberada até fevereiro de 2023.

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu na tarde desta sexta-feira (1º) à Justiça Federal em Curitiba para deixar a prisão e comparecer ao velório do neto, Arthur Lula da Silva, de 7 anos, que morreu vítima de meningite meningocócica, em Santo André (SP). 

Na petição encaminhada à juíza Carolina Lebbos, os advogados do ex-presidente argumentaram que Lei de Execução Penal (LEP) prevê que presos possam deixar a prisão para comparecer ao velório de um parente próximo.

##RECOMENDA##

Lula está preso desde 7 de abril do ano passado por ter sua condenação no caso confirmada pelo Tribunal Regional Federal (4ª Região), que impôs pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).

Em janeiro, Lula também pediu para deixar a prisão para comparecer ao velório do irmão, Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, que morreu em decorrência de câncer no pulmão.  No entanto, o pedido foi negado pela juíza Carolina Lebbos.

A decisão foi confirmada pelo desembargador federal Leandro Paulsen, do TRF4, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, aceitou recurso da defesa e autorizou a saída de Lula. No entanto, o ex-presidente não aceitou as condições da decisão, que determinava que o encontro com os parentes deveria ocorrer em um quartel das Forças Armadas. Além disso, a liminar foi deferida quando o velório tinha começado. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando