Michael B. Jordan, que viveu o inimigo Killmonger em Pantera Negra, fez uma homenagem emocionante a Chadwick Boseman que morreu no dia 28 de agosto, aos 43 anos de idade, após perder a luta contra o câncer no cólon.
Por meio do Instagram, o astro publicou diversas fotos em que aparece ao lado do amigo e escreveu o seguinte: "Tenho tentado encontrar as palavras, mas nada chega perto de como me sinto. Estive refletindo sobre cada momento, cada conversa, cada risada, cada desacordo, cada abraço... tudo".
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"Gostaria que tivéssemos mais tempo. Uma das últimas vezes que nos falamos, você disse que estávamos para sempre ligados, e agora a verdade disso significa mais para mim do que nunca. Quase desde o início da minha carreira, começando com All My Children, quando eu tinha 16 anos, você abriu o caminho para mim", emendou.
Logo depois, Jordan disse: "Você me mostrou como ser melhor, honrar o propósito e criar um legado. E quer você saiba disso ou não... Tenho observado, aprendido e constantemente motivado por sua grandeza. Gostaria que tivéssemos mais tempo. Tudo o que você deu ao mundo... as lendas e heróis que você nos mostrou nós somos... viverão para sempre.
E seguiu: "Mas o que mais dói é que agora entendo o quanto VOCÊ é uma lenda e herói. Em meio a tudo isso, você nunca perdeu de vista o que mais amava. Você se importava com sua família, seus amigos, sua arte, seu espírito. Você se preocupou com as crianças, a comunidade, nossa cultura e humanidade".
Por fim, conclui: "Você se importava comigo. Você é meu irmão mais velho, mas nunca tive a chance de lhe dizer totalmente, ou de realmente lhe dar suas flores enquanto você estava aqui. Gostaria que tivéssemos mais tempo. Estou mais ciente agora do que nunca de que o tempo é curto com as pessoas que nós amamos e admiramos. Vou sentir falta da sua honestidade, generosidade, senso de humor e dons incríveis. Vou sentir falta do dom de compartilhar o espaço com você nas cenas. Estou dedicando o resto dos meus dias para viver do jeito que você viveu. Com graça, coragem e sem arrependimentos. Este é o seu rei?! Sim. ele é! Descanse no poder, irmão".
Segundo informações do TMZ, mesmo após a sua morte, Chadwick está ajudando pessoas. Isso porque diversas organizações focadas em vencer o câncer colorretal - que é a terceira principal forma de câncer em homens e mulheres nos Estados Unidos, disseram que houve um aumento instantâneo na conscientização e em doações para aqueles que lidam com a doença.
Anjee Davis, por exemplo, presidente da Fight Colorectal Cancer [Luta contra o câncer colorretal, em livre tradução], disse que além de muito pesar pela morte do ator, sua organização teve um grande aumento de apoio nas redes sociais e conseguiu arrecadar quase dez mil dólares, algo em torno de 54 mil e 925 reais.
Já Michael Sapienza, CEO da Colorectal Cancer Alliance [Aliança do câncer colorretal, em livre tradução] disse que a morte de Chadwick já trouxe a mudança mais monumental na forma como as pessoas veem a doença. Cindy Borassi, presidente interina da Fundação do Câncer do Cólon, também aponta o crescente impacto sobre a doença nos americanos mais jovens e diz que, para piorar as coisas, os exames diminuíram devido à pandemia. Porém, ela diz que as doações à organização aumentaram pelo menos 300% desde a morte do ator e ela acredita que isso poderá inspirar grandes empresas como Disney e Marvel a unir forças no esforço para erradicar o câncer de cólon.
Todos os líderes de organização concordam, porém, que apesar de Chadwick ter mantido a sua luta longe dos holofotes, o ideal é encorajar o público a ser mais aberto em relação à discussão sobre o câncer que está afetando cada vez mais pessoas jovens. Além disso, concluem que às vezes é necessária uma personalidade maior do que a vida, como o ator, para chamar a atenção para a causa.