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A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) anunciou nesta sexta-feira, por meio de comunicado oficial, que decidiu abrir inquérito administrativo contra a velocista Vanda Gomes, que criticou a confederação depois de o revezamento 4x100m brasileiro ser eliminado na final do Mundial de Moscou, em agosto.

De acordo com a CBAt, o caso será encaminhado à Comissão Disciplinar Nacional, do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que decidirá pela punição à atleta. Anteriormente, a confederação já havia levantado a hipótese de pedir uma suspensão de seis meses a um ano para a velocista.

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Logo após a prova no Estádio Olímpico de Moscou, Vanda reclamou que a equipe treinou pouco e que, por 40 dias, alimentou-se e dormiu mal. "Alguém ficaria dormindo e se alimentando mal por 40 dias sem reclamar? Nós não recebemos nenhuma reclamação dessa atleta. É muito estranho receber essas críticas depois", rebateu, depois, o treinador-chefe, Ricardo D'Ângelo.

Em reunião interna quinta-feira, a CBAt também concluiu que a queda do bastão na final do revezamento 4x100m feminino foi fruto de "uma falha técnica na passagem do bastão".

O erro na passagem do último bastão do revezamento feminino 4x100m na final do Mundial de Moscou vai custar caro a Vanda Gomes, Evelyn dos Santos e Rosângela Santos. Por conta desse erro, as três atletas ficaram fora da relação de atletas contempladas pela Bolsa Pódio, do governo federal, que paga até R$ 15 mil mensais aos atletas com chances reais de medalha nos Jogos do Rio/2016 e ainda garante o investimento em equipe multidisciplinar para atuar ao lado do esportista.

Isso porque o Plano Brasil Medalhas estipula que têm direito à bolsa todos os atletas que constarem entre os 20 melhores do ranking mundial. No caso do atletismo, a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) negociou com o Ministério do Esporte para conceder a bolsa também aos revezamentos que terminassem o Mundial de Moscou entre os oito primeiros colocados.

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O erro na passagem do último bastão, de Franciela Krasucki para Vanda Gomes, fez a equipe brasileira ser desclassifica. Assim, oficialmente, o Brasil não teve uma posição específica na final do Mundial. Terminou como desclassificada, mesmo terminando entre as oito primeiras. E as atletas do revezamento, sétimo melhor do ranking mundial, acabaram fora da lista passada pela CBAt ao Ministério do Esporte nesta quinta-feira.

"O programa prevê atletas entre os 20 primeiros no ranking mundial nas provas individuais. Excepcionalmente a CBAt conseguiu junto ao Ministério que os revezamentos que ficassem entre os oito primeiros no Mundial de Moscou também entrariam. O 4x400m masculino obteve isto, mas o 4x100m feminino foi desclassificado. Portanto, não obteve classificação, infelizmente", explicou a CBAt, em nota.

Assim, as cinco atletas que compuseram o revezamento no Mundial (Rosângela correu as eliminatórias) não terão direito a esta bolsa por conta do 4x100m. Mas Ana Cláudia Lemos e Franciela Krasucki acabaram contempladas por estarem entre as 20 primeiras do ranking dos 100m após o Mundial, respectivamente no 12º e no 16º lugares.

A lista de indicados pela CBAt - que ainda deverão ser aprovados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Caixa Econômica Federal (patrocinadora da CBAt) e Ministério do Esporte - tem 18 nomes. Entre os contemplados estão Bruno Lins (200m), Anderson Henriques (400m), Thiago Braz, Augusto Dutra e Fabiana Murer (salto com vara), Duda (salto em distância), Carlos Chinin (decatlo) e Keila Costa (salto triplo).

O Plano Brasil Medalhas, anunciado em setembro do ano passado, pretende gastar R$ 1 bilhão durante o ciclo olímpico para investir nos atletas com chance de pódio nos Jogos do Rio. Além de bolsa de R$ 15 mil, com validade de um ano, os atletas também têm direito a R$ 20 mil para compra de equipamentos e participação em competições e treinamentos. Ainda ganham uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais como preparador físico e nutricionista, com salários individuais de até R$ 5 mil pagos pelo governo.

Yelena Isinbayeva agradeceu ao seu técnico, Yegveniy Trofimov, pela chance de voltar a ser uma campeã. A russa, que conquistou nesta terça-feira o ouro no salto com vara do Mundial de Moscou, disse que após a Olimpíada de Londres simplesmente não conseguia pensar mais em saltar. E classificou a conquista em sua casa como a mais querida de toda a sua premiada carreira.

"Depois de Londres eu disse que iria parar, que eu não tinha mais forças, não conseguia mais treinar. Quando fomos começar a temporada de inverno (no fim do ano passado), disse que não conseguia. E ele me questionou: quanto tempo você precisa? Eu falei que do inverno todo. E ele me deu essa chance, nunca me pressionou, pelo contrário, me guiou. Ele é um homem muito sábio."

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Isinbayeva afirmou que o técnico, que a revelou e com quem voltou a trabalhar em 2010, prometeu que ela voltaria a ser a número 1 do mundo. "Mas eu não acreditava, meu salto não funcionava, nada dava certo. Hoje agradeço a ele, à minha família e meus amigos, porque eles confiaram mais em mim do que eu mesma."

A saltadora afirmou que a ajuda da torcida foi fundamental para a sua conquista e garantiu que, se a Olimpíada de 2012 tivesse sido em Moscou, em vez de Londres, a história poderia ter sido diferente.

Os altos e baixos pelos quais passou desde 2009, quando zerou na final do Mundial de Berlim, fizeram com que a campeã mudasse sua perspectiva diante do esporte. Disse, por exemplo, o motivo de não mais se esconder atrás de um boné enquanto suas rivais saltavam. "Eu vivia em uma bolha. Não me importava e com as derrotas que eu sofri, as coisas mudaram. Eu mudei, minhas adversárias também. Antes eu achava que ninguém poderia ser melhor do que eu, realmente acreditava nisso. E de repente vi que elas voavam, e eu estava saltando pior que elas."

A russa afirmou, mais uma vez, que não está se aposentando. "Vou fazer uma parada para ter um bebê. Quero competir no Rio. Se depois de ser mãe não tiver condições de voltar a saltar bem, vou anunciar minha aposentadoria de maneira oficial, em um comunicado."

Bicampeã olímpica, Shelly-Ann Fraser-Pryce comprovou nesta segunda-feira que é a mulher mais rápida do mundo. A jamaicana de 26 anos venceu os 100m no Mundial de Atletismo de Moscou com o tempo de 10s72, aproximando-se do seu recorde pessoal. A velocista já havia sido campeã da distância em Berlim/2009, mas terminou apenas em quarto em Daegu/2011.

Em todas essas conquistas, Fraser-Pryce nunca havia sido tão rápida quanto nesta segunda. Nos Jogos de Londres, por exemplo, ela venceu com 10s75. A jamaicana, que chegou a Moscou como favorita ao ouro, só não fez seu recorde pessoal porque no ano passado correu para 10s70 no campeonato nacional.

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Classificada à final com o segundo melhor tempo, Carmelita Jeter (EUA) terminou apenas com o bronze, com 10s94. A prata ficou com a surpreendente Murielle Ahoure, da Costa do Marfim, que chegou à frente da norte-americana por um centésimo. Ainda segunda do ranking mundial, a nigeriana Blessing Okagbare ficou apenas em sexto.

OUTRAS FINAIS - A neozelandesa Valerie Adams faturou o tetracampeonato mundial na disputa do arremesso de peso, com 20,88 metros. Assim, ela se tornou a primeira mulher na história a conquistar quatro títulos mundiais no atletismo. A alemã Christina Schwanitz faturou a medalha de prata, com 20,41 metros, enquanto a chinesa Gong Lijiao of China conquistou o bronze, com 19,95 metros.

Com uma arrancada impressionante nos 60 metros finais, a britânica Christine Ohuruogu venceu a disputa dos 400 metros com o tempo de 49s41 e repetiu a sua conquista de 2007. A marca foi a mesma de Amantle Montsho, de Botsuana, que liderou quase toda a prova, mas acabou ficando em segundo lugar. A russa ficou na terceira colocação, com 49s78.

Os 110m com barreiras foram dominados pelos Estados Unidos. Dos quatro norte-americanos na final, o pior foi o favoritíssimo Aries Merritt, campeão olímpico, que terminou em sexto. David Oliver surpreendeu todo mundo e faturou o ouro, com 13s00 cravados. A prata foi para o seu compatriota Ryan Wilson (13s13), seguido de Sergey Shubenkov, da Rússia, com 13s24.

Já no lançamento de martelo o novo campeão mundial é o polonês Pawel Fajdek, que fez a melhor marca da temporada no mundo e também da sua carreira para conquistar uma inesperada medalha de ouro com um lançamento de 81,97m conseguido logo na sua primeira de seis tentativas. Kristian Pars (Hungria), campeão olímpico, e Lukas Melich (República Checa) completaram o pódio.

Usain Bolt já ganhou tudo o que é possível. Neste domingo, no Estádio Luzhniki, em Moscou, retomou o título mundial da prova dos 100 metros que havia perdido há dois anos, em Daegu, após queimar a largada na final. Para o jamaicano, continuar buscando vitórias faz parte de um objetivo maior: ele quer se tornar "memorável".

"Quero ser memorável. Quero ser um dos grandes, como Pelé, Maradona, Michael Jordan, Muhammad Ali. Quero ser lembrado como eles são. Esse é o meu objetivo, por isso quero continuar vencendo", afirmou o recordista mundial, que ganhou com o tempo de 9s77, sua melhor marca na temporada, e se autointitulou como uma lenda após a conquista do segundo tricampeonato olímpico, em Londres/2012.

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Após ser uma lenda e se tornar memorável, Bolt garantiu que ainda quer ser jogador de futebol. Se possível, atuar como lateral e defender o Manchester United, seu time de coração. Ele ainda disse que, para ele, o francês Zinedine Zidane é o melhor de todos os tempos, dentre os que viu jogar. Mas seu preferido, atualmente, é o português Cristiano Ronaldo.

Bolt fez elogios à sua prova, afirmando que fez uma boa saída, o que é seu maior problema na corrida em que não se permite erros. "Foi boa - para os meus padrões, foi perfeita -, e tratei de manter o foco, correndo atrás de Justin (Gatlin) nos primeiros 15 metros. Ele é um cara que não se deixa abalar", disse Bolt, que enfatizou: "Eu diria que não foi das melhores largadas. Mas não me preocupei porque pude me recuperar".

A chuva que desabou na hora da prova, garante, não foi um problema. "Chuva é chuva, sabe? Não me afeta. Não sei se a pista seria diferente, talvez eu possa dizer após os 200 metros, mas para mim pareceu normal. Não tenho do que reclamar. Minhas pernas estão bem, meus músculos funcionaram", ressaltou.

Carlos Chinin mostrou poder de superação neste domingo, mas não conseguiu chegar ao pódio no decatlo no Mundial de Atletismo de Moscou, na Rússia. O brasileiro começou o dia em 10º e terminou no 6º lugar, após disputar as cinco provas restantes da modalidade.

Com 8.809 pontos, a medalha de ouro ficou com o norte-americano Ashton Eaton, campeão olímpico em Londres e atual recordista mundial. Eaton havia faturado a prata no Mundial de Daegu, na Coreia do Sul, há dois anos. Na Rússia, o segundo lugar ficou com o alemão Michael Schrader (8.670) e o bronze, com o canadense Damian Warner (8.512).

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Chinin terminou as cinco provas disputadas no sábado na 10ª colocação geral, após figurar até em 6º. Neste domingo, ele voltou a se destacar e apareceu em 5º depois do salto com vara. Antes, havia competido nos 110 metros com barreiras, o lançamento de disco. Depois manteve a posição no lançamento de dardo, mas caiu de rendimento na última prova, o tiro de 1.500 metros. Acabou com a competição com 8.388 pontos.

"A sensação é de trabalho cumprido. Eu acho que decatlo é uma prova sem grande ídolos. E os que tivemos, estavam muito ausentes. Tive que trabalhar bastante, junto aos patrocinadores, aos treinadores. E tudo foi muito valido. Aconteceu tudo ao mesmo tempo e está dando certo. É legal saber que está dando certo", comentou o atleta, em entrevista à Sportv.

Motivado pelo bom resultado, o brasileiro já disse pensar na medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. "Hoje estou bastante consciente, convicto do que é um treinamento para a Olimpíada. O pensamento da confederação e o meu e o ouro. Vou chegar ao Rio preparado para brigar pela medalha de ouro", garantiu Chinin, de 28 anos.

Usain Bolt não se intimidou com a chuva que caía no Estádio Luzhniki, em Moscou, neste domingo (11), e faturou mais uma medalha de ouro para sua coleção. O jamaicano deixou os rivais para trás e venceu os 100 metros com o tempo de 9s77, sua melhor marca da temporada. O norte-americano Justin Gatlin levou a prata, com 9s85, e o jamaicano Nesta Carter ficou com o bronze - 9s95.

Ao contrário do que aconteceu na semifinal, Bolt fez boa largada, sem mostrar a mesma cautela da disputa anterior, apesar da chuva. Com a pista do estádio molhada, o recordista mundial disparou e não teve dificuldade para emparelhar com Gatlin até superar o americano nos metros finais.

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A boa marca de Bolt foi conquistada com vento contra, com velocidade de 0,3 m/s. Mesmo assim, registrou o segundo melhor tempo da temporada. Só ficou atrás dos 9s75 do americano Tyson Gay, que deve ter cassado suas marcas porque admitiu ter sido flagrado em teste antidoping há poucas semanas. Foi por isso que Gay não participou do Mundial.

Com mais esta vitória, Bolt se sagrou bicampeão mundial nos 100 metros e superou o trauma do último Mundial. Em Daegu, na Coreia do Sul, em 2011, ele perdeu a chance de faturar o segundo título ao queimar a largada - a conquista acabou ficando com o compatriota Yohan Blake. O primeiro ouro mundial de Bolt foi obtido em Berlim, em 2009. Na ocasião, ele havia cravado o recorde mundial de 9s58

O triunfo deste domingo confirma a hegemonia de Bolt em uma das provas mais tradicionais do atletismo. Neste ano, ele não vinha exibindo as mesmas performances dos anos anteriores, o que levantava suspeita sobre suas futuras conquistas e até seu potencial para os Jogos do Rio, em 2016.

No entanto, o jamaicano reagiu novamente com mais uma vitória incontestável, a exemplo do que fez na Olimpíada de Londres, quando foi bicampeão dos 100 e 200 metros e do revezamento 4x100m. Em Moscou, ele ainda vai buscar a medalha de ouro nestas outras duas provas.

A aposentadoria de Yelena Isinbayeva não é definitiva. A saltadora, que está classificada para final do salto com vara de terça-feira, em Moscou, disse que seu próximo objetivo é se tornar mãe no ano que vem. Após realizar o desejo, ela afirmou que quer, sim, competir na Olimpíada de 2016.

"Meu objetivo agora é ser mãe, mas eu quero muito competir a Olimpíada no Rio", declarou a russa após a prova deste domingo, em entrevista à Sportv. "O clima em 2016 será incrível, fico imaginando como será a cerimônia de abertura, com as músicas brasileiras, o samba. Definitivamente, quero muito estar lá."

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Isinbayeva anunciou que daria o adeus ao atletismo após ganhar o Campeonato Russo, no mês passado. Mas seu técnico, Evgeniy Trofimov, tinha dito que esperava uma aposentadoria momentânea. A saltadora, pelo visto, mais uma vez voltou atrás, já que após a Olimpíada de Londres, havia confirmado sua presença nos Jogos que serão realizados no Brasil.

A atleta justificou que a imprensa mundial teria compreendido suas declarações de forma equivocada. Seu objetivo é apenas deixar de competir por alguns meses para poder ter um filho. Depois da gestação, ela pretende retomar os treinos para avaliar sua condição física. Se conseguir competir em alto nível, deverá estar no Rio daqui a três anos.

O russo Aleksandr Ivanov, de apenas 20 anos, levantou a torcida presente no Estádio Luzhniki ao conquistar o ouro na marcha atlética de 20 quilômetros no Mundial de Atletismo de Moscou, neste domingo. Foi a primeira medalha dos anfitriões nesta edição da competição.

Ivanov chegou na frente com boa vantagem para o segundo colocado, com o tempo de 1h20min58s. A prata ficou com o chinês Chen Ding, campeão olímpico nos Jogos de Londres. Ele marcou 1h21min09s. O espanhol Miguel Ángel López, que registrou 1h21min21s, levou o bronze.

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Para chegar ao triunfo, Ivanov contou com punições aplicadas aos rivais. O guatemalteco Erick Barrondo, medalha de prata na Olimpíada de 2012, e o chinês Zhen Wang, bronze em Londres, foram desclassificados e tiveram que deixar a prova a poucos quilômetros do fim por terem "flutuado", ou seja, levantaram os dois pés do chão ao mesmo tempo, o que é proibido na marcha.

O mesmo aconteceu com Caio Bonfim, único brasileiro na disputa. A prova não contou com a participação do bicampeão da marcha, o russo Valeriy Borchin - venceu em 2009 e 2011. O atleta está machucado.

Ana Cláudia Lemos e Franciela Krasucki voaram nas eliminatórias dos 100 metros do Mundial de Atletismo de Moscou, na madrugada deste domingo. Com tempos muito próximos aos melhores de suas carreiras, as brasileiras estão classificadas para a semifinal desta segunda-feira. A briga por uma vaga na decisão será às 12h35 (de Brasília) e a final, às 14h50.

Ana Cláudia superou as eliminatórias com o quarto melhor tempo, 11s08, apenas três centésimos acima do recorde continental que estabeleceu no GP de Belém, em maio. O clima em Moscou - quente e úmido - tem animado a velocista.

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"Adoro! Para mim o clima está ótimo, eu não mudaria nada", brincou. Para a segunda-feira, a meta da brasileira é chegar o mais próximo possível dos 10 segundos, meta estipulada desde o início da temporada. "Espero que (o sub-11) saia, porque trabalhei muito para isso. Quero fazer o meu melhor resultado. Ir à final é difícil, mas não impossível."

Franciela Krasucki fez o terceiro melhor tempo da carreira, 11s17, quatro centésimos acima de seu recorde pessoal. Ela foi a segunda da bateria que teve Shelly-Ann Fraser-Price, bicampeã olímpica da prova. "Tenho uma admiração muito grande por ela e correr na mesma bateria é um grande prazer. Ainda mais correndo tão perto", disse, a respeito da posição e do tempo da jamaicana, que fez 11s05.

Tal como Ana Cláudia, Franciela vai para a semifinal pensando em fazer o melhor tempo de sua vida. "Quero correr abaixo de minha melhor marca. Para ir à final, tenho que correr perto dos 11s. Tenho como fazer, só preciso me concentrar e fazer minha prova", afirmou. "Vim para cá querendo dar um passo de cada vez. O primeiro já foi dado."

Nos 400 metros, a boa surpresa do dia foi o velocista gaúcho Anderson Henriques, que venceu sua bateria eliminatória com o tempo de 45s13, recorde pessoal. Ele disputa a semifinal nesta segunda, às 13h05.

"Estou muito bem preparado para essa competição. Estou fazendo marcas boas no treino e acredito no meu trabalho. Vou tentar fazer outra excelente prova como foi essa. Gostei muito", afirmou. Henriques teve o quarto melhor tempo das eliminatórias, vencidas pelo americano LaShawn Merritt, o único a correr na casa dos 44 segundos (44s92). O campeão olímpico e mundial, Kirani James, cravou 45s.

No arremesso do peso, Geisa Arcanjo, que foi sétima na Olimpíada de Londres, não conseguiu passar à final.

Após fazer sua estreia em Moscou, Usain Bolt afirmou neste sábado (10) que a largada queimada logo em sua série na eliminatória dos 100 metros não prejudicou sua concentração. O jamaicano, que venceu com facilidade a disputa e avançou às semifinais, havia sido desclassificado no último Mundial, justamente por ter queimado a largada.

Desta vez, quem disparou antes do tiro foi o velocista Kemar Hyman, das Ilhas Cayman. Ele correria ao lado de Bolt, mas acabou sendo eliminado de forma precoce na disputa. Sem se abater com o imprevisto, o jamaicano fez boa largada no segundo tiro e não teve problemas para chegar na frente dos rivais.

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"Eu realmente não estava preocupado. Estava atento ao tiro. A falsa largada não me afetou. Eu cometi este erro em Daegu, mas agora estou muito focado", afirmou o superfavorito ao título nos 100 metros. "Estou satisfeito com meu desempenho e empolgado com o Mundial".

Sem fazer muito esforço neste sábado, Bolt completou a prova com o tempo de 10s07, o sétimo tempo das eliminatórias. Sem a concorrência de Tyson Gay e Asafa Powell, cortados do Mundial por doping, terá como principal concorrente nos 100m o norte-americano Justin Gatlin, que fez o segundo tempo do dia, com 9s99.

Um dos principais destaques dos Jogos de Londres, o britânico Mo Farah confirmou o favoritismo neste sábado ao faturar a medalha de ouro nos 10.000 metros no Mundial de Atletismo de Moscou, na Rússia.

Campeão olímpico, Farah se sagrou campeão mundial ao marcar 27min21s71 e superar o etíope Ibrahim Jeilan, que tentava defender o título conquistado em Daegu/2011. Desta vez, Jeilan teve que se contentar com a prata, ao registrar 27min22s23. O queniano Paul Tanui levou o bronze, com 27min22s61.

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Ao vencer a corrida deste sábado, Farah superou a prata do último Mundial, em Daegu, na Coreia do Sul. E levantou a torcida presente no Estádio Luzhniki. Agora, ele buscará o ouro também nos 5.000 metros, prova que venceu há dois anos.

Usain Bolt não teve dificuldade para estrear com um bom resultado no Mundial de Atletismo de Moscou, neste sábado. Superfavorito, o jamaicano venceu com boa vantagem sua série nas eliminatórias dos 100 metros e garantiu seu lugar nas semifinais da tradicional prova, em busca de mais uma medalha de ouro na carreira. As semifinais serão disputadas neste domingo.

Bolt fez boa largada, mas aliviou o ritmo na metade da prova e só administrou a vantagem até cruzar a linha de chegada na frente dos rivais. Acabou fazendo o modesto tempo de 10s07, acima da sua melhor marca da temporada, que é de 9s85. E muito distante do recorde mundial de 9s58, do qual é o dono.

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Antes de assegurar sua classificação, o jamaicano levou um susto. A prova teve largada queimada, lembrando a decepção protagonizada no último Mundial, em Daegu, na Coreia do Sul, em 2011. Na época, Bolt foi desclassificado e acabou vendo o compatriota Yohan Blake faturar o título mundial. Blake não competirá desta vez por motivos de lesão.

Em Moscou, o jamaicano é o grande favorito para levar o ouro que não conquistou há dois anos. Ele terá a concorrência do compatriota Asafa Powell e do norte-americano Tyson Gay, ambos flagrados em testes antidoping há poucas semanas. Gay era o dono dos dois melhores tempos da temporada até agora.

O maior rival de Bolt em Moscou deve ser o norte-americano Justin Gatlin, medalha de bronze na Olimpíada de Londres. Neste sábado, ele hesitou no início de sua série, mas mostrou forte recuperação e venceu a disputa, apesar do vento contrário. Ele registrou o tempo de 9s99 e foi o primeiro a correr abaixo da marca de 10 segundos.

Depois dos 100 metros, Bolt ainda buscará os títulos mundiais dos 200 metros e do revezamento 4x100 metros, junto dos seus compatriotas. Nas duas provas, ele mira o tricampeonato mundial.

O brasileiro Carlos Chinin fechou o primeiro dia do Mundial de Atletismo de Moscou na 10ª colocação do decatlo. O atleta caiu de rendimento nas últimas provas deste sábado e soma 4.251 pontos, próximo aos 4.427 do alemão Michael Schrader, atual terceiro colocado. O decatlo será encerrado neste domingo.

Chinin se destacou nas primeiras provas do dia, nos 100 metros e no salto em distância. No entanto, não teve o mesmo desempenho no lançamento de peso, no salto em altura e na corrida de 400 metros, quando disputou a série mais difícil.

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Terminou em oitavo, mas somou pontos suficientes para seguir entre os 10 melhores no geral. Neste domingo, ele disputará os 110 metros com barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de martelo e a corrida de 1.500 metros.

Ao fim das disputas deste sábado, Chinin admitiu a queda de rendimento, mas mostrou confiança em brigar por um lugar no pódio. "Na verdade, não está como a gente tinha imaginado. No salto em distância, eu senti uma pequena dor no tornozelo. Mas estou preparado. Amanhã tem mais cinco provas. Aí vem surpresa. Todos estão muito embolados. Se eu alcançar boas marcas amanhã, pode dar surpresa", projetou.

Longe de exibir sua melhor marca, Joelma das Neves não conseguiu avançar nas eliminatórias dos 400 metros no Mundial de Atletismo de Moscou, neste sábado. A brasileira foi a sexta colocada em sua série e somente a 29ª colocada no geral, sem conseguir chegar às semifinais.

Joelma marcou o tempo de 53s01, bem acima dos 51s54, que é sua melhor marca da carreira. Acabou ficando meio segundo acima do tempo das rivais que avançaram na prova. A mais rápida das eliminatórias foi a britânica Christine Ohuruogu, com 50s20.

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"Não foi uma questão de raia. Dei o meu máximo. Tentei fazer o melhor. Saí muito bem, mas cansei. Era o que eu tinha para oferecer", lamentou a corredora, em entrevista à Sportv. "É bom mostrar para todos que o sonho é possível. Estive aqui e fiz o máximo que conseguiria. Só tenho a agradecer. Estar aqui já é uma vitória", disse.

"Entrei, fiz minha corrida, que foi boa, do meu ponto de vista. Tive muita força de vontade. Só tenho a agradecer pelas mensagens de apoio, à minha mãe, ao meu pai. Vim aqui e fiz o que eu pude", declarou Joelma.

Augusto Dutra conseguiu driblar a ansiedade da estreia e passou à final do salto com vara, que começa ao meio-dia de segunda-feira. Com a marca de 5,55 metros, ele passou em 6º lugar. "Foi muita pressão na hora, porque é a estreia, meu primeiro Mundial. Eu demorei um pouco a me situar na prova. Mas agora passei, e estou muito feliz, confiante para a final", contou.

O atleta, que despontou nessa temporada, chegou ao recorde sul-americano (5,82 m), que perdeu para o companheiro Thiago Braz. O campeão mundial juvenil e dono da melhor marca continental ficou muito perto do seu objetivo (ir à decisão), mas não conseguiu. Com 5,40 m, ele ficou em 14º lugar, e 13 saltadores se classificaram.

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O outro brasileiro da prova, João Gabriel Sousa, também estreante em Mundiais, ficou longe de seu melhor resultado, 5,61 m. Ele só saltou 5,25 m e parou na qualificatória.

Fernanda Borges, do lançamento do disco, foi a primeira atleta do Brasil a entrar no Estádio Luzhniki, mas não teve bom desempenho. Ela queimou suas três tentativas de classificação - nas duas primeiras, o disco bateu na gaiola. Na terceira, o objeto voou para fora da área válida.

Nos 800 metros, Kleberson Davide não conseguiu chegar à semifinal. É o quarto Mundial do meio-fundista, que sofreu com lesões na temporada.

O Brasil terá sete atletas em ação no primeiro dia do Mundial de Moscou, que começa na madrugada de sábado. A primeira participação do País será na classificação do lançamento do disco, com a gaúcha Fernanda Borges, de 25 anos. Em seu primeiro Mundial, a campeã sul-americana entra no Estádio Luzhniki às 9 horas locais (2 horas de Brasília).

A principal expectativa é pela classificação do salto com vara masculino, às 3h15. A prova experimenta grande expansão no Brasil. Pela primeira vez, o País leva cinco saltadores para uma competição - três deles são homens.

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O jovem Thiago Braz, de apenas 19 anos e em sua primeira temporada como adulto, bateu o recorde sul-americano às vésperas do Mundial, ao saltar 5,83 metros. Ele tirou a marca continental do amigo e conterrâneo Augusto Dutra (ambos são de Marília-SP), que fez 5,82 m na Alemanha, em junho. O outro brasileiro na prova é João Gabriel Sousa, que tem 5,61 m como recorde pessoal.

Thiago é o atual campeão mundial juvenil, título que conquistou em Barcelona no ano passado. Ele disse que a experiência de 2012 tem ajudado em Moscou. "O Mundial juvenil me preparou para estar aqui, me mostrou que tenho que estar focado, concentrado, é uma referência para o adulto", afirmou.

Sem pressão por resultados devido à idade, Thiago diz que sua meta principal é ir à final. Para isso, estima ter que saltar entre 5,65 m e 5,70 m. "Para mim é um desafio. Não espero um bom resultado agora, mas, sim, para os próximos Mundiais. Estar na final vai ser bom para ver como é."

Carlos Chinin, de 28 anos, que bateu o recorde sul-americano do decatlo no Troféu Brasil, em junho, disputa a primeira de suas cinco provas do dia às 2h35. Ele não compete em um Mundial desde Osaka/2007, quando se machucou durante a disputa.

Kleberson Davide, em seu quarto Mundial, participa das eliminatórias dos 800 metros, a partir das 4h20 - ele nunca conseguiu passar à final. A prova está desfalcada de seu principal astro, David Rudisha. O queniano, recordista mundial e campeão mundial e olímpico, sofreu uma lesão no joelho e não está em Moscou.

Joelma das Neves é a última brasileira a competir no primeiro dia do Mundial. Ela disputa as eliminatórias dos 400 metros rasos às 11h05.

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) convocou os 32 atletas com índice que vão representar o país no Campeonato Mundial de Atletismo de Moscou, na Rússia. Serão 20 homens e 12 mulheres. 

O principal evento esportivo da modalidade desta temporada acontece entre os dias 10 e 18 de agosto.

Confira a lista completa dos atletas brasileiros no Mundial de Moscou 2013:

Masculino 

Bruno Lins - 200 m

Aldemir Gomes - 200 m

Anderson Henriques - 400 m - 4x400 m

Kleberson Davide - 800 m

Mahau Suguimati - 400m com barreiras

Hugo Balduíno de Sousa - 4x400 m

Pedro Luiz Burmann - 4x400 m

Wagner Francisco Cardoso - 4x400 m

Jonathan Henrique da Silva - 4x400 m

Thiago Braz - salto com vara

Augusto Dutra - salto com vara

João Gabriel Santos Souza - salto com vara

Mauro Vinícius da Silva, o Duda - salto em distância

Jefferson Sabino - salto triplo

Ronald Julião - lançamento do disco

Carlos Chinin – decatlo

Solonei Rocha da Silva – maratona

Paulo Roberto de Almeida Paula – maratona

Caio Bonfim - 20 km marcha

Mário José dos Santos Júnior - 50 km marcha

Feminino

Ana Cláudia Lemos - 100 m - 200 m - 4x100 m

Franciela Krasucki - 100 m - 200 m - 4x100 m

Joelma Sousa - 400 m

Rosangela Santos - 4x100 m

Evelyn Carolina dos Santos - 4x100 m

Vanda Gomes - 4x100 m

Keila Costa - salto triplo

Fabiana Murer - salto com vara

Karla Rosa da Silva - salto com vara  

Geisa Arcanjo - arremesso do peso

Fernanda Borges - lançamento do disco

Jucilene Lima - lançamento do disco 

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