Três acusados vão responder por crime de homicídio por não prestar socorro ao estudante paraibano Hector Igor Souza Lopes, de 20 anos, encontrado morto em uma festa rave em fevereiro deste ano. Dentre os acusados, um deles é um policial civil aposentado. O resultado do inquérito foi divulgado nesta segunda-feira (29).
De acordo com o delegado Guilherme Caracioulo, Hector estava na rave, começou a ter alucinações e, depois, saiu para a festa Brega, que ficava ao lado da outra, localizada em Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. Ele morreu algemado e com as pernas amarradas.
##RECOMENDA##"A vítima começou a causar confusão na outra festa e colocaram ele para fora. Depois, o sócio e o segurança da festa brega mandaram algemar Hector, que depois de meia hora, teve convulsões. Eles até procuraram os médicos, mas tinham que levá-lo até o posto e isso não ocorreu. Ele não foi encontrado com as algemas e nem as fitas que prendiam as pernas", afirma o delegado.
No laudo tanacoscópico foi comprovado o uso de maconha e cocaína pelo estudante, que causou a morte por overdose. Mas, por ser algemado e não ter recebido socorro, o segurança e policial civil aposentado, Jair Francisco dos Santos, de 52 anos e o sócio e organizador da festa Brega, Flávio Elias Barbosa, 34, - preso três vezes por roubo - foram indiciados pelo crime.
Outro homem que vestia uma camisa listrada não foi identificado e a polícia pede ajuda a população para que ele seja encontrado. As festas foram realizadas no dia 2 de fevereiro e o jovem morreu por volta das 5h30 do dia 3.