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O apresentador da cerimônia do Oscar deste ano, o humorista Seth MacFarlane, afirmou nesta terça-feira que não voltará a comandar a premiação, depois de ter sua atuação criticada como ofensiva e entediante. O criador da série animada Family Guy disse, no entanto, que foi divertido ter apresentado o 85º. Oscar, apesar das críticas que recebeu, principalmente por brincar com os seios das atrizes e os judeus de Hollywood.

A escolha de MacFarlane como apresentador do Oscar foi vista como uma tentativa de atrair o público mais jovem para a cerimônia. As cifras iniciais sugerem que a estratégia funcionou, pois a audiência doméstica do show subiu 11%, ou seja, cerca de 40 milhões de pessoas a mais viram a transmissão, de acordo com o instituto Nielsen.

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Mas MacFarlane postou em seu Twitter, respondendo a um fã, que não pretende repetir a dose. "Nem pensar. Mas foi divertido", tuitou ele. O humorista já tinha comentado, antes do show, que provavelmente não se apresentaria de novo. "Mesmo que seja ótimo, eu não acho que possa fazer isso de novo", afirmou, em uma entrevista. "É muita coisa com todo o resto que tenho que fazer", explicou.

Mesmo assim, MacFarlane não perdeu a pose irônica e, nesta terça, em seu Twitter, postou um link para "os artigos mais interessantes e críticos sobre a canção dos peitos das atrizes".

Agências de notícias iranianas manifestaram descontentamento com a escolha de Argo, de Ben Affleck, como melhor filme. A produção narra a história da retirada do país de seis funcionários da embaixada americana em Teerã, em 1979. Para a agência Mehr, a escolha da primeira-dama Michelle Obama para anunciar a vitória do filme "é um sinal claro da politização da premiação". "Hollywood abriu mão da qualidade cinematográfica em nome da distorção da realidade."

Segundo o cineasta iraniano Behruz Afjami, o filme de Ben Affleck foi feito "com fins propagandísticos" e sua vitória "é o maior golpe que se podia dar no prestígio da Academia de Hollywood". "Como filme, Argo não merecia prêmio algum", afirmou outro cineasta, Sirus Alvand, ao diário Aftab.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O departamento americano de Estado, ainda de luto pela perda de diplomatas no sangrento ataque a uma missão na Líbia, aplaudiu nesta segunda-feira o Oscar para o filme Argo, baseado em uma história real sobre a coragem diplomática. "Acho que todos se emocionaram ao ver que ganhou", disse o porta-voz do departamento de Estado Patrick Ventrell aos jornalistas ao comentar sobre o thriller de Ben Affleck, que se destacou com o cobiçado Oscar de Melhor filme no domingo.

O longa conta a história de uma operação da CIA para retirar seis diplomatas americanos do Irã no auge da crise dos reféns de 1979, quando estudantes islâmicos tomaram a embaixada dos Estados Unidos em Teerã mantendo 52 reféns durante 444 dias. Apesar de alguns dos eventos retratados terem sido filmados com um amplo grau de liberdade artística, o departamento de Estado permitiu a equipe de Ben Affleck gravar algumas cenas em seu edifício principal em Washington.

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O novo secretário de Estado, John Kerry, enviou um post no Twitter no domingo, antes da cerimônia de premiação em Los Angeles, desejando "Boa sorte @BenAffleck e #Argo" e acrescentou: "que agradável ver o @StateDept e nosso serviço exterior na telona - JK". Affleck, que também é produtor e protagonista do filme, respondeu ao post no Twitter: "Agradeço pelo excelente serviço e pelo sacrifício dos diplomatas americanos e suas famílias!"

Ventrell não rebateu os comentários sobre as acusações de iranianos de que o Oscar dado a Argo, longa que também levou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição e Montagem, era um prêmio "político". O porta-voz do departamento de Estado se limitou a dizer que o Oscar foi uma decisão da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A emissora estatal iraniana criticou a 85a edição da principal festa de premiação do cinema norte-americano como "o Oscar mais político", e acusou Affleck de se especializar "no exagero, na desproporção das coisas e na criação de cenas falsas".

Taiwan expressou sua satisfação nesta segunda-feira, depois que o cineasta Ang Lee ganhou o Oscar de melhor diretor por sua fantasia épica "As aventuras de Pi", rodada na ilha onde nasceu.

A ministra da Cultura Lung Ying-tai enviou um telegrama de felicitações a Lee pouco depois de divulgada a notícia de que ele conquistara mais um Oscar como melhor diretor.

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"Estou muito contente por ter me enteirado que vocês ganhou as honras do Oscar. Nós nos sentimos muito orgulhosos de você", afirma o texto.

"Não teria feito este filme sem a ajuda de Taiwan. Foi lá onde filmamos", afirmou o diretor de 58 anos.

"Quero agradecer a todos que nos ajudaram, especialmente a cidade de Taichung", acrescentou.

O prefeito de Taichung, Jason Hu, por sua vez, declarou que o Oscar conquistado por Lee demonstra que Taiwan é capaz "de fazer muitas coisas bem". "Taiwan mereceu!", acrescentou.

Para a mídia iraniana, o Oscar de melhor filme a "Argo", longa-metragem de Ben Affleck que fala sobre a crise dos reféns americanos de 1979, teve um fundo político, e a aparição da primeira-dama americana Michelle Obama, que anunciou o prêmio, também foi alvo de críticas.

A 85ª cerimônia do Oscar, que aconteceu neste domingo, foi "a mais política de todos os tempos', avaliou a televisão estatal iraniana, evocando a vitória de "Argo".

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O apresentador do canal iraniano acusou Ben Affleck, diretor e ator principal do filme, de ter se especializado no "exagero", criticando-o de "aumentar as coisas de tamanho e criar cenas falsas".

Explorando alguns aspectos da realidade, o filme retoma a complicada retirada pela CIA de seis diplomatas americanos refugiados na embaixada do Canadá em Teerã. Para deixar o país, os reféns se passaram por membros da produção de um filme de ficção científica.

Os diplomatas conseguiram deixar a embaixada americana por uma porta arrombada no dia 4 de novembro de 1979 quando estudantes islamistas fizeram 52 pessoas reféns, que só foram liberadas 444 dias depois.

"Argo" levou diversos prêmios ao redor do mundo.

A grande surpresa da noite dos Oscar ficou por conta da primeira-dama americana Michelle Obama, que abriu o envelope e anunciou o filme vencedor diretamente da Casa Branca.

Para a televisão iraniana, esta intervenção "reforça as dúvidas que a recompensa do filme tinha motivos políticos".

Para a agência Fars, afiliada à Guarda Revolucionária do Irã, força de elite do exército, "Argo" é um filme "anti-iraniano", financiado "por uma empresa sionista", em alusão ao estúdio da Califórnia Warner Bros.

A agência Fars também criticou a primeira-dama americana e seu vestido de lamê que deixava os braços à mostra, seus ombros e uma parte do colo, o que seria proibido na República Islâmica, onde o código de vestimenta é rigoroso para as mulheres.

A foto publicada pela agência parece ter sido modificada, já que o retrato mostra Michelle Obama de ombros cobertos.

Na última quarta-feira o guia supremo iraniano, o aiatolá Khamenei, já tinha acusado Hollywood de ser uma máquina "totalmente política" destinada a propagar a mensagem de Washington.

"Hollywood é totalmente política. Se não fosse, teria deixado nosso filme antissionista participar dos festivais de cinema", afirmou o aiatolá em seu site oficial (khamenei.ir).

"Fazer filmes políticos anti-iranianos e recompensá-los é um sinal claro que política e arte se misturam nos Estados Unidos", disse o guia supremo, em alusão a "Argo".

Em 2007, a epopeia hollywoodiana "300", que conta a história das guerras greco-persas, apresentando os persas como sanguinários, despertou a cólera dos iranianos.

As relações entre Hollywood e Irã pareciam ter aquecido no ano passado quando o filme iraniano "Separação" levou o Oscar de melhor filme estrangeiro.

No plano político, Irã e Estados Unidos não têm mais relações diplomáticas desde a crise dos reféns. As tensões permanecem com o programa nuclear iraniano, suspeito pelos países ocidentais de ter um viés militar apesar das negativas de Teerã.

O Oscar conquistado pelo americano Ben Affleck, cujo filme "Argo" triunfou na noite deste domingo como melhor filme, recompensou a produção de um filme inicialmente esnobado pela Academia, que o deixou de fora das indicações a melhor diretor e melhor ator.

"Argo", thriller sobre a crise dos reféns americanos no Irã, é dirigido e protagonizado por Affleck. O filme é um vencedor pouco comum na história dos Oscar, ao ganhar a estatueta de melhor filme sem que o ator principal nem o diretor fossem indicados.

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Também é a primeira vez, desde "Conduzindo Miss Daisy", em 1990, que um cineasta ganha na categoria melhor filme sem ter concorrido ao prêmio da direção.

O anfitrião da festa, o ácido Seth MacFarlane, não se privou de brincar com Affleck sobre o assunto. "A história por trás desse filme era tão confidencial que até mesmo o diretor era um desconhecido da Academia".

Na sala de imprensa do teatro Dolby, passagem obrigatória aos vencedores, Affleck reconheceu que, "logicamente ficou decepcionado" quando a lista de indicados foi anunciada.

"Mas quando vi os outros diretores que também ficaram de fora, Paul Thomas Anderson, Kathryn Bigelow, Tom Hooper, Quentin Tarantino...são todos diretores incríveis que admiro muito. Acontece que foi um ano muito difícil", disse.

Aos 40 anos, Affleck tem uma carreira cinematográfica inconstante.

"A princípio, era um desconhecido que fazia testes, logo me converti em um talento emergente, depois em roteirista e depois ganhei um Oscar", disse recentemente ao The New York Times.

"Logo fui visto como um ator de filmes de grande orçamento, depois como um ator com uma carreira desajustada, antes de renascer como diretor. Agora, penso que me vêem apenas como alguém que trabalha em Hollywood", confessou.

Amigo íntimo de Matt Damon, iniciou sua carreira atuando em publicidades e séries de televisão antes de trabalhar com Kevin Smith, com quem fez várias comédias.

Mas foi o filme "Gênio Indomável", de 1997 - co-escrito e co-interpretado com Matt Damon - que deu a Affleck um lugar em Hollywood. Ele foi premiado com o Oscar de melhor roteiro.

O ator virou umas das figuras mais presentes na imprensa hollywoodiana por seus namoros com Gwyneth Paltrow e Jennifer López, de quem se separou em 2004, em meio aos holofotes.

Depois de um período de reclusão e em companhia da esposa, a atriz Jennifer Garner, o cineasta renasceu ao dirigir os filmes "Medo da Verdade" (2007), "Atração Perigosa" (2010) e fnalmente "Argo" (2012).

Pai de três filhos, Affleck cultiva uma imagem de "homem do bem" e parece querer concentrar-se mais na direção, especialmente por nunca ter recebido nenhum prêmio importante como ator.

No palco do Oscar, neste domingo, parecia em paz consigo mesmo.

"Nunca teria pensado que estaria aqui de novo", disse. "Muitas pessoas me deram a mão em momentos em que não poderia dar-lhes nada em troca [...]. Quero agradecer a todos e dizer-lhes que me ensinaram que devemos trabalhar o mais duro possível e não guardar mágoas", acrescentou.

Christoph Waltz ainda estava hipnotizado quando chegou à sala de entrevistas, depois de receber seu segundo Oscar como coadjuvante, agora por Django Livre, outro filme de Quentin Tarantino - o anterior foi Bastardos Inglórios. "Faz alguns minutos que tudo aconteceu mas ainda não saí do estado de graça", confessou ainda ele.

O ator relembrou a surpresa que o tomou assim que seu nome foi anunciado como vencedor. "O fato de concorrer ao lado de nomes como Robert De Niro e Alan Arkin, que me inspiraram no início da carreira, além de Philip Seymour Hoffman e Tommy Lee Jones, não pode deixar ninguém impassível quando o próprio nome é anunciado como vencedor."

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Indagado sobre se tinha preparado um discurso, ele foi direto. "Pensei em algumas palavras, mas, no momento, foi tudo improvisado."

Mesmo com uma parceria de tamanho sucesso, Waltz ainda não tem planos de um novo trabalho com Quentin Tarantino, por quem revelou grande admiração. "Gosto muito desse filme porque, além de entreter (e o resultado da bilheteria prova isso), também traz mensagens profundas." Ele garantiu ter ficado surpreso ao ler o roteiro pela primeira vez. "Página a página, descobria sua poesia e sabia que seria um grande filme."

A premiação também reverenciou, de uma certa forma, o Chile com o diretor de fotografia Claudio Miranda, homenageado por seu trabalho em As Aventuras de Pi, embora ele tenha deixado o país quando tinha apenas 11 anos. "É uma vitória do meu país", disse ele, que também creditou o prêmio aos detalhes do projeto do diretor Ang Lee. "O longa tem algo de sensível, apesar da história recheada de momentos violentos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

E o primeiro prêmio da 85.ª cerimônia de entrega do Oscar foi para... Christoph Waltz, por Django Livre. Contrariando as apostas que davam como certo o troféu para Tommy Lee Jones, o austríaco Waltz ganhou seu segundo Oscar de melhor coadjuvante por um papel que Quentin Tarantino escreveu especialmente para ele - após o primeiro prêmio, por Bastardos Inglórios, há três anos. Steven Spielberg podia começar a se preocupar. Campeão de indicações, com 12, Lincoln foi perdendo a preferência com a proximidade da festa, mas permaneciam, como intocáveis, os prêmios para Tommy Lee Jones e Daniel Day-Lewis, o Lincoln.

Se o favoritismo de Lee Jones não se confirmou, o prêmio de melhor atriz coadjuvante consagrou Anne Hathaway e todos os indicadores - os prêmios das Guilds, o Globo de Ouro - apontavam para a vitória da Fantine de Os Miseráveis, de Tom Hooper. A festa começou pontualmente às 22h30, horário do Brasil, e após oito minutos de falatório do âncora Seth MacFarlane, até o capitão Kirk, William Shatner (da série Jornada nas Estrelas), deu o ar da graça. Ele veio do túnel do tempo para antecipar as manchetes dos jornais de hoje - que em todo mundo devem estar anunciando que MacFarlane foi o pior apresentador do Oscar em todos os tempos. Era piada, mas, infelizmente, não muito longe da verdade. Popular entre os jovens, por Uma Família da Pesada e Ted, MacFarlane se pauta por um humor politicamente incorreto. A Academia fez questão de proclamar que não iria censurá-lo. Suas piadas começaram de gosto duvidoso - uma canção sobre os seios das atrizes - e foram ficando anódinas, só retomando a incorreção num inesperado diálogo entre Mark Wahlberg e o próprio Ted sobre o que é ser judeu em Hollywood.

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Para complicar, o Oscar deste ano teve um tema - a celebração do musical. Mas era preciso gostar muito do gênero cantado e dançado para apreciar tantos números sem graça. A coisa até que começara promissora.

No pré-Oscar, Charlize Theron arrasou no tapete vermelho e o aspirante a melhor ator Bradley Cooper chegou com a mãe. Amanda Seyfried, Jessica Chastain e Jennifer Lawrence - as duas últimas indicadas para o prêmio de melhor atriz - foram instantaneamente escolhidas como as mais bem vestidas da noite. Claro que houve o Valentino vermelho de Jennifer Aniston e Hugh Jackman, que deu uma de Wolverine, pegando a mulher e a entrevistadora no colo. Tudo isso foi perfumaria para a festa que, exatamente às 23 h, anunciou o Oscar de melhor longa de animação - Valente, da dupla Mark Walters/Brenda Chapman. A heroína de cabelo vermelho merecia melhor que o texto incrivelmente pífio que Paul Rudd e Melissa McCarthy, não sem algum constrangimento, recitaram para um bilhão de espectadores ao redor do mundo.

A esta altura, a cerimônia, na tentativa de recuperar a audiência - que tem despencado nos últimos anos -, já estava disparando para todos os lados. Maior sucesso de público do ano, Os Vingadores colocou no palco do Dolby Theatre cinco de seus atores - Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo, Jeremy Renner e Samuel L. Jackson - para entregar o prêmio de fotografia para Claudio Miranda, por As Aventuras de Pi. O mesmo quinteto ficou no palco para entregar o Oscar de efeitos visuais, e ele também foi para o filme de Ang Lee.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Apple aproveitou a premiação do Oscar, que aconteceu na noite de ontem (24), em Los Angeles, para veicular mais um comercial dos seus iPads. 

Vídeos como esse já haviam sido veiculados em outras ocasiões. Desta vez, os termos destacados foram os clássicos “luz, câmera, ação” (“lights, camera, action”), já que o VT — intitulado “Hollywood” — foca-se exatamente em apps de cinema disponível na Apple Store.

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A propaganda destaca tanto o modelo de quarta geração, quanto o mini, exibindo cenas de grandes produções cinematográficas. 

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A festa do Oscar não afeta somente os fãs do mundo inteiro, mas também os profissionais estrangeiros ligados à Sétima Arte.

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A AFP conversou com atores e diretores que vão concorrer ou estar presentes no principal prêmio do cinema.

A seguir, uma seleção de curiosidades do Oscar 2013.

- Indicado na categoria melhor trilha sonora por "Lincoln", John Williams alcança com esta edição 48 indicações ao Oscar. Apenas Walt Disney o supera na história desse prêmio, com 59 indicações. Woody Allen é o segundo artista vivo com mais indicações, 23.

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- Emmanuelle Riva, de 85 anos, é a atriz mais idosa da história do Oscar a competir como melhor atriz. No domingo, ela enfrentará Quvenzhane Wallis, de 9 anos, por sua vez a atriz mais jovem a disputar um Oscar.

- "Amor" é o quinto filme a ser indicado tanto como melhor filme como melhor filme estrangeiro. Isso aconteceu com "Z", de Costa-Gavras, "Os Imigrantes", de Jan Troell, "A vida é bela", de Roberto Benigni, e "O tigre e o dragão", de Ang Lee.

Todos estes filmes, exceto "Os Imigrantes", que perdeu nas duas categorias, ganharam o Oscar de melhor filme estrangeiro.

- Caso vença, Emmanuelle Riva se unirá ao grupo de cinco atores e atrizes vencedores de um Oscar por um papel falado em outro idioma que não o inglês: Sophia Loren, Robert De Niro, Roberto Benigni, Benicio Del Toro e Marion Cotillard.

A esta lista se soma a atriz surda Marlee Matlin, cujo papel em "Os filhos do silêncio" foi interpretado totalmente através da linguagem dos sinais. E quanto a Jean Dujardin, ganhador em 2012 por "O Artista", seu papel era de um ator na época do cinema mudo.

- "O lado bom da vida" é o primeiro filme desde "Reds", de Warren Beatty (1981), a competir tanto como melhor filme, melhor direção, melhor roteiro, e nas quatro categorias de interpretação.

- Kathleen Kennedy e Steven Spielberg são os produtores mais indicados da história do Oscar, com 8 indicações cada um.

- Com sua indicação por melhor filme como produtor, George Clooney compartilha com Warren Beatty o privilégio de ter sido indicado nas categorias melhor, filme, ator, roteirista e direção ao longo de sua carreira.

Além da diferença de gerações entre o veterano Steven Spielberg e o iniciante Ben Affleck, o duelo entre "Argo" e "Lincoln", favoritos ao Oscar deste domingo, ilustra a boa forma dos estúdios de Hollywood, que ganham força na corrida pelas estatuetas.

As últimas edições dos Oscar não foram muito gloriosas para os "grandões" hollywoodianos. "O Artista", laureado melhor filme em 2012, e "O discurso do rei", vencedor em 2011, eram ambos distribuídos pela The Weinstein Company, empresa independente dos irmãos Weinstein, com sede em Nova York.

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Em 2010 o Oscar de melhor filme foi para "Guerra ao Terror", distribuído pelo mini-estúdio Summit Entertainment. É preciso ir até 2009 com "Quem quer ser um milionário?" para encontrar um vencedor dos grandes estúdios.

Mas a safra de 2013 marca o impressionante retorno destes estúdios. Os dois favoritos pertencem à velha e boa aristocracia hollywoodiana, com "Lincoln" distribuído pela Disney e "Argo" pela Warner. E até mesmo seus mais sérios concorrentes seguem o movimento, de "As Aventuras de Pi" (Fox) à "Hora mais escura" (Columbia), passando por "Os Miseráveis" (Universal).

"É um ótimo ano pois muitos filmes destes importantes estúdios não são apenas filmes bons, mas também sucessos de bilheteria", declarou à AFP o produtor Mark Johnson, vencedor do Oscar de melhor filme em 1989 por "Rain Man".

Na verdade, "Argo" e "Lincoln" ultrapassaram os 100 milhões de dólares de lucro na América do Norte, assim como "As aventuras de Pi" e "Os Miseráveis" - um número que não foi alcançado nem por "O Artista" nem por "Guerra ao terror".

Para Jason E. Squire, escritor e professor da Universidade do Sul da Califórnia (USC), em Los Angeles, é esta abundância de filmes de qualidade que deu início à maratona deste ano.

"Isto reflete a boa forma do mercado", explicou à AFP.

"Havia um claro favorito, 'Lincoln', que não é mais hoje, e parece que foi dada a largada", depois que "Argo" conquistou os principais prêmios pré-Oscar.

"Os profissionais de diferentes sindicatos (atores, produtores, diretores) votaram em 'Argo', expressando sua preferência pelo filme do ponto de vista profissional. Quando você tem um duelo de titãs como este, significa que a indústria está a todo vapor", disse o professor.

O cineasta Richard LaGravenese, diretor do recente "Dezesseis luas" e indicado ao Oscar de melhor roteiro original em 1992 por "O Pescador de Ilusões", também aproveita este novo fôlego numa corrida em que "a vitória de 'Lincoln' já parecia estar decidida desde antes".

Ele ressalta que os 6.000 membros da Academia de Artes Cinematográficas, responsável pelo Oscar, votaram mais cedo do que o costume para as indicações, sem influências de outros prêmios ou seleções.

"Eles nos fizeram votar muito cedo, antes que as indicações dos sindicatos dos roteiristas e diretores saíssem. E antes da cerimônia do Globo de Ouro", declarou à AFP.

Se os prognósticos se confirmarem, "Argo" e seu ator-diretor-produtor Ben Affleck deverão levar a estatueta dourada de melhor filme para casa.

E Steven Spielberg, que só levou o troféu de melhor filme em 1994, por "A Lista de Schindler", iria embora com seu terceiro prêmio de melhor diretor - pelo filme de 1994 e por "O Resgate do Soldado Ryan", em 1999 - na ausência de Afflec na categoria.

Uma espécie de julgamento de Salomão, que não desagradaria Sam Raimi, diretor da trilogia "Homem Aranha".

"Argo" e "Lincoln" são "filmes formidáveis. Eu adoro os dois", revelou Raimi à AFP.

"Sempre fui grande fã de Steven Spielberg, mas foi uma grande surpresa ver Ben Affleck virar um cineasta brilhante. Ele fica melhor a cada dia que passa".

Lincoln, de Steven Spielberg, é o filme com mais indicações ao Oscar, 12 no total, à frente de As Aventuras de Pi, de Ang Lee, com 11. As duas produções foram indicadas para a cobiçada categoria de melhor filme, junto com O Lado Bom da Vida e Os Miseráveis, que receberam oito indicações cada uma, além do thriller político Argo, dirigido por Ben Affleck, que levou sete.

Argo e A Hora mais Escura foram indicados para melhor filme, mas seus respectivos diretores, Ben Affleck e Kathryn Bigelow - favoritos teóricos nesta categoria - foram deixados de fora das indicações. Uma das curiosidades deste ano está na categoria melhor atriz, em que a veterana Emmanuelle Riva, de 85 anos, vai enfrentar a novata Quvenzhane Wallis, de apenas 9.

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A corrida pelo Oscar de melhor filme tem nove competidores: Amor, Argo, Indomável sonhadora, Django Livre, Os Miseráveis, As aventuras de Pi, Lincoln, O lado bom da vida e A hora mais escura.

A seguir, as principais indicações:

Melhor filme

Amor

Argo

Indomável Sonhadora

Django Livre

Os Miseráveis

As Aventuras de Pi

Lincoln

O Lado Bom da Vida

A Hora Mais Escura

Melhor ator

Bradley Cooper por O Lado Bom da Vida

Daniel Day-Lewis por Lincoln

Hugh Jackman por Os Miseráveis

Joaquin Phoenix por O Mestre

Denzel Washington por O Voo

Melhor atriz

Jessica Chastain por A Hora Mais Escura

Jennifer Lawrence por O Lado Bom da Vida

Emmanuelle Riva por Amor

Quvenzhané Wallis por Indomável Sonhadora

Naomi Watts por O Impossível

Melhor ator coadjuvante

Alan Arkin por Argo

Robert De Niro por O Lado Bom da Vida

Philip Seymour Hoffman por O Mestre

Tommy Lee Jones por Lincoln

Christoph Waltz por Django Livre

Atriz coadjuvante

Amy Adams por O Mestre

Sally Field por Lincoln

Anne Hathaway por Os Miseráveis

Helen Hunt por As Sessões

Jacki Weaver por O Lado Bom da Vida

Melhor direção

Michael Haneke por Amor

Ang Lee por As Aventuras de Pi

David O. Russell por O Lado Bom da Vida

Steven Spielberg por Lincoln

Benh Zeitlin por Indomável Sonhadora

Melhor roteiro original

Amor (Michael Haneke)

Django Livre (Quentin Tarantino)

O Voo (John Gatins)

Moonrise Kingdom (Wes Anderson, Roman Coppola)

A Hora Mais Escura ( Mark Boal)

Melhor roteiro adaptado

Argo (Chris Terrio)

Indomável Sonhadora (Lucy Alibar, Benh Zeitlin)

As Aventuras de Pi (David Magee)

Lincoln (Tony Kushner)

O Lado Bom da Vida (David O. Russell)

Melhor filme estrangeiro

No (Chile)

Amor (Áustria)

O Amante da Rainha (Dinamarca)

Kon-Tiki (Noruega)

War Witch (Canadá)

Melhor filme de animação

Valente

Frankenweenie

ParaNorman

Piratas Pirados!

Detona Ralph

Melhor fotografia

Anna Karenina: Seamus McGarvey

Django Livre: Robert Richardson

As Aventuras de Pi: Claudio Miranda

Lincoln: Janusz Kaminski

007 - Operação Skyfall: Roger Deakins

Melhor edição

Argo: William Goldenberg

As Aventuras de Pi: Tim Squyres

Lincoln: Michael Kahn

O Lado Bom da Vida: Jay Cassidy, Crispin Struthers

A Hora Mais Escura: William Goldenberg, Dylan Tichenor

Melhor design de produção

Anna Karenina: Sarah Greenwood, Katie Spencer

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada: Dan Hennah, Ra Vincent, Simon Bright

Os Miseráveis: Eve Stewart, Anna Lynch-Robinson

As Aventuras de Pi: David Gropman, Anna Pinnock

Lincoln: Rick Carter, Jim Erickson

Melhor figurino

Anna Karenina: Jacqueline Durran

Os Miseráveis: Paco Delgado

Lincoln: Joanna Johnston

Espelho, Espelho Meu: Eiko Ishioka

Branca de Neve e o Caçador: Colleen Atwood

Melhor maquiagem

Hitchcock

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada

Os Miseráveis

Melhor trilha sonora original

Anna Karenina: Dario Marianelli

Argo: Alexandre Desplat

As Aventuras de Pi: Mychael Danna

Lincoln: John Williams

007 - Operação Skyfall: Thomas Newman

Melhor canção

Chasing Ice, de J. Ralph ("Before My Time")

Os Miseráveis, de Alain Boublil, Claude-Michel Schönberg, Herbert Kretzmer ("Suddenly")

As Aventuras de Pi , de Mychael Danna, Bombay Jayshree ("Pi's Lullaby")

007 - Operação Skyfall, de Adele, Paul Epworth ("Skyfall")

Ted, de Walter Murphy, Seth MacFarlane ("Everybody Needs a Best Friend")

Melhor edição de som

Argo

Django Livre

As Aventuras de Pi

007 - Operação Skyfall

A Hora Mais Escura

Melhor mixagem de som

Argo

Os Miseráveis

As Aventuras de Pi

Lincoln

007 - Operação Skyfall

Melhores efeitos visuais

The Avengers - Os Vingadores

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada

As Aventuras de Pi

Prometheus

Branca de Neve e o Caçador

Melhor documentário

5 Broken Cameras

The Gatekeepers

How to Survive a Plague

The Invisible War

Searching for Sugar Man

Melhor documentário curta

Inocente

Kings Point

Mondays at Racine

Open Heart

Redemption

Melhor curta

Asad

Buzkashi Boys

Curfew

Dood van een Schaduw

Henry

Melhor curta animado

Adam and Dog

Fresh Guacamole

Head Over Heels

Paperman

The Simpsons: The Longest Daycare

Exibidos em 2012, ano eleitoral nos Estados Unidos, os os grandes favoritos da 83ª edição do Oscar têm um forte componente político, o que pode influenciar o caminho para a conquista do prêmios mais ambicionado por Hollywood.

Coincidência ou não, as críticas que defensores de um maior controle sobre o porte de armas fizeram contra o sangrento "Django Livre" e as discussões sobre as torturas feitas pela CIA, tema de "A hora mais escura", alimentaram calorosos debates políticos.

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Mas o filme mais político a caminho da glória nos prêmios da Academia no próximo domingo é "Lincoln", de Steven Spielberg, elogiado pelo ex-presidente americano Bill Clinton durante aparição surpresa na premiação dos Globo de Ouro, em janeiro passado.

Clinton usou o embate político por Lincoln no filme para fazer alusão ao confronto entre democratas e republicanos do governo Barack Obama.

"Uma dura batalha para aprovar uma lei numa câmara de representantes muito dividida", disse Clinton. "Para ganhar, o presidente precisou chegar a muitos acordos desagradáveis... eu não sei nada disso", ironizou.

Em "Lincoln", o 16º presidente americano busca o apoio do Congresso para implementar a 13ª emenda constitucional, que pôs fim à escravidão.

"Lincoln" chega à 85ª edição da entrega dos Oscar com a maior quantidade de indicações (12). Mesmo assim - e com o ilustre apoio de Clinton - não tem vitória garantida na cerimônia, que se tornou a mais imprevisível dos últimos tempos.

Já o thriller político "Argo", que conquistou quase todos os prêmios pré-Oscar da temporada, conta a história de como a CIA, com a ajuda de Hollywood, resgatou seis diplomatas americanos escondidos na embaixada do Canadá em Teerã durante a revolução iraniana de 1979.

O desastre diplomático dos Estados Unidos poderia ter decidido definitivamente o destino do então presidente democrata Jimmy Carter.

Lembrar os eleitores americanos desta débacle talvez não tenha ajudado muito os democratas ano passado, já que o filme focaliza a audácia do corpo operacional da CIA e salva a pele do presidente Carter.

Um filme indicado ao Oscar que definitivamente serve para melhorar a imagem de Obama é definitivamente "A hora mais escura", história de Kathryn Bigelow sobre os 10 anos da busca ao chefe da Al-Qaida, Osama Bin Laden.

Na verdade, o risco de que fosse considerado propaganda política era tanto (o clímax se passava no maior trunfo militar de Obama: a emboscada ao esconderijo de Bon Laden no Paquistão), que o filme só estreou em 6 de novembro, depois que as eleições presidenciais terminaram.

Mas logo teve início um caloroso debate sobre a descrição feita pelo filme das "técnicas melhoradas de interrogatório" - ou tortura - e especificamente sobre o papel desempenhado por elas na descoberta de Bin Laden.

O chefe da CIA e muitos congressistas criticaram o filme por fazer crer que a tortura foi a chave para chegar até Bin Laden, acusação que a vencedora do Oscar Bigelow desmentiu repetidas vezes.

"Acredito que Osama Bon Laden foi encontrado graças a um engenhoso trabalho de investigação. A tortura foi, contudo, e como todos nós sabemos, usada durante os primeiros anos desta busca. Isso não significa que tenha sido fundamental", afirmou a diretora.

Seja como for, o debate pode ter diminuído as possibilidades do filme ganhar o Oscar de melhor filme, já que o júri poderia resistir a votar em um filme tão político.

Contudo, a controvérsia política mais evidente chegou pelas mãos de "Django Livre", de Quentin Tarantino.

Com o toque pessoal do diretor, o filme sobre um escravo libertado por um caçador de recompensas nos anos que antecederam a Guerra Civil mostra quase três horas de caos sangrento.

Dias antes da estreia, o massacre de 20 crianças em uma escola da cidade de Newtown, Connecticut, levou os americanos a debaterem novamente o tema da violência no cinema, o que levou Tarantino a adiar em uma semana o lançamento do filme.

O diretor Spike Lee qualificou o filme de "desrespeitoso". Vários bonecos que representavam os personagens da trama acabaram sendo retirados do mercado.

Tarantino, que está acostumado a defender a violência de seus filmes, disse à rádio NPR: "Sim, estou muito chateado". O filme não tem nada a ver com o massacre da escola, afirmou.

"Isto é um desrespeito à memória das crianças. O tema deve ser o controle de armas e a saúde mental", disse Tarantino.

Apesar dos argumentos, "Django" teve as possibilidades de levar a estatueta dourada reduzidas subitamente.

A premiação do Oscar será realizada no próximo domingo (24) e para festejar o evento o Google lançou uma página especialmente dedicada a maior premiação do cinema mundial, a The Oscars, nessa quarta-feira (20).

Na página é possível encontrar infográficos animados com informações sobre os indicados, além de uma premiação exclusiva que mostra os mais procurados em seu buscador durante o último ano. Uma lista completa das 24 categorias e os detalhes de cada uma delas também estão disponíveis.

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O usuário também poderá ter acesso ao aplicativo oficial do Oscar para Android, link para a página oficial do Google+, buscas relacionadas, hangouts e outras atividades. O teatro onde será realizada a cerimônia poderá ser visto através do Google Maps.

 

O diretor de cinema palestino Emad Burnat foi detido no aeroporto de Los Angeles, onde desembarcou para assistir, no domingo, à entrega do Oscar, para o qual seu último filme foi indicado, informou o cineasta Michael Moore.

Burnat, co-diretor com o israelense Guy Davidi do filme "Five Broken Camaras", indicado ao prêmio de Melhor Filme Documentário na 85ª edição dos Prêmios da Academia, ficou detido durante uma hora e meia em uma área de espera do aeroporto LAX de Los Angeles, junto com sua esposa e seu filho de oito anos, segundo Moore.

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"Apesar de ter apresentado o convite para a cerimônia do Oscar, isso não foi suficiente para as autoridades, que o ameaçaram de enviar de volta à Palestina", disse Moore em seu Twitter ao relatar o incidente que ocorreu terça-feira à noite.

"Os agentes de Imigração e Alfândega não puderam entender como um palestino poderia ter sido indicado ao Oscar. Emad me enviou uma mensagem pedindo ajuda", acrescentou.

Moore, um conhecido ativista, acrescentou que o cineasta palestino "tinha certeza de que ele seria deportado", concluiu o cineasta.

O cineasta palestino referiu-se ao incidente como um acontecimento "desagradável".

"Ontem à noite, em minha viagem da Turquia para Los Angeles, minha família e eu fomos detidos por funcionários de imigração durante aproximadamente uma hora e interrogados sobre o propósito da minha visita aos Estados Unidos", disse Burnat através de um comunicado.

Os funcionários da imigração queriam provas de que foi indicado a um prêmio da Academia "e me disseram que se não pudesse provar o motivo da minha visita, minha esposa, Soraya, meu filho Gibreel e eu seríamos enviados de volta à Turquia no mesmo dia".

"Depois de 40 minutos de perguntas e respostas, Gibreel me perguntou porque ainda estávamos esperando neste pequeno quarto. Simplesmente, disse a ele a verdade: 'Talvez tenhamos que voltar. Pude ver a aflição em seu coração", contou o diretor.

Em seguida, acrescentou, "embora esta tenha sido uma experiência desagradável, este é um fato cotidiano para os palestinos, todos os dias, em toda a Cisjordânia".

"Há mais de 500 postos de controle israelenses, bloqueios de rodovias e outras barreiras à circulação em nossa terra e não há nenhum de nós que tenha se livrado da experiência que eu e minha família vivemos ontem", emendou.

"O que ocorreu conosco é um exemplo muito pequeno do que meu povo enfrenta a cada dia", acrescentou Burnat.

Um porta-voz do Departamento de Alfândega e Proteção Fronteiriça dos Estados Unidos (CBP) disse que não podia comentar casos individuais devido a leis de privacidade.

Mas em um comunicado, a agência informou que a CBP "se esforça por tratar todos os passageiros com respeito e de forma profissional, mantendo o foco em nossa missão de proteger todos os cidadãos e visitantes dos Estados Unidos".

Moore, que conquistou o Oscar de Melhor Filme Documentário em 2003 por "Tiros em Columbine", sobre o controle das armas de fogo, afirmou que entrou em contato com funcionários da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que consultaram seus advogados.

"Depois de uma hora e meia, decidiram deixá-lo em liberdade", afirmou Moore.

Um porta-voz do Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos, Jaime Ruiz, disse que a agência irá emitir uma declaração sobre o incidente, mas não fez nenhum comentário adicional, quando contactado pela AFP.

A entrega das estatuetas da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (AMPAS), prêmios mais cobiçados do cinema, que serão distribuídos no próximo domingo, passa a se chamar "The Oscars".

A Academia, que organiza a premiação, não confirmou oficialmente a mudança, revelada pelo co-produtor da festa, Neil Meron, ao afirmar que referir-se ao evento como "os 85ºs Prêmios da Academia" era muito "antiquado".

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A mudança parece certa, pelo menos este ano. As referências aos prêmios e ao fato de ser a 85ª edição do show desapareceram discretamente do material da Academia há algumas semanas.

"Estamos fazendo uma mudança de imagem", disse Neil Meron ao site de entretenimento The Wrap, em entrevista junto com o co-produtor Craig Zadan, esta semana, a poucos dias da entrega das estatuetas, no Teatro Dolby de Hollywood.

"Não a estamos chamado 'a 85ª edição dos Prêmios da Academia', que soa muito antiquado. A chamamos 'The Oscars'", acrescentou.

Contatada pela AFP um porta-voz da AMPAS não confirmou a mudança e disse que os "Prêmios da Academia" e "Os Oscars" são dois nomes que têm sido utilizados indistintamente durante anos.

O cartaz da cerimônia do ano passado destacava muito claramente o nome da 84ª edição da festa de entrega dos prêmios da Academia ao lado de uma estatueta dourada com desenho sóbrio. O deste ano mostra o sorridente anfitrião Seth McFarlane debaixo do título "The Oscars".

Não se sabe se cantarão na chuva, mas alguém talvez exclame "Mamma mia!" quando Jean Valjean se perguntar "Quem sou eu" e outra pessoa responder "Isso é Chicago": a festa de entrega do Oscar, no próximo domingo, será uma homenagem aos musicais. O show, que acontece no teatro Dolby, em Hollywood, terá apresentações da britânica Adele, da lendária diva Barbra Streisand e da jazzista Norah Jones. Além de Shirley Bassey, veterana voz de várias canções do agente 007.

Muitas surpresas são aguardadas da parte de Seth MacFarlane, o irreverente criador das séries de animação Family Guy e American Dad, que apresentará pela primeira vez a cerimônia. Um dos números mais aguardados da noite é a paródia de The Master of the House, canção do filme - candidato ao prêmio máximo - Les Misérables. MacFarlane é cantor e pianista.

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Os produtores do Oscar, Craig Zadan e Neil Meron, anunciaram que a festa celebrará os musicais da última década, com homenagens especiais a Chicago, Dreamgirls e Les Misérables, que concorre a oito estatuetas. Chicago, cuja produção esteve a cargo de Zadan e Meron, triunfou com seis Oscars em 2003 e foi, até o momento, o último musical a ganhar o prêmio de melhor filme.

A experiência passada dos produtores, que estão por trás de outros musicais de sucesso como os televisivos Annie e Cinderela, além do clássico dos anos 1980 Footloose (1984 e 2011) e o remake Hairspary (2007), ajudou a conduzir naturalmente o show à temática musical. "O musical como gênero cinematográfico viveu um notório renascimento na última década", afirmou a dupla, em comunicado divulgado em janeiro, ampliado pouco depois que as estrelas de Chicago Renée Zellweger, Catherine Zeta-Jones, Richard Gere e Queen Latifah participarão da entrega de prêmios.

Ainda não se sabe se os artistas indicados por Les Misérables - Anne Hathaway e Hugh Jackman - farão algum número, mas curiosamente o casal já fez um duo em 2009, quando Jackman foi o anfitrião da premiação. Se Zadan e Meron não revelaram se a homenagem ao gênero musical incluirá mais filmes, a revista especializada HitFix disse considerar "Um pouco estranha a exclusão de O Fantasma da Ópera, Sweeney Todd e Nine", que também já foram indicadas ao Oscar.

Outros apostam que será feito um tributo a Mamma mia!, com Meryl Streep; Os Produtores, com Matthew Broderick e Rock of Ages, com Tom Cruise. Na falta de certezas, as expectativas se concentram no anfitrião da noite, Seth MacFarlane, que criou a comédia Ted, sobre um ursinho de pelúcia maconheiro e desbocado. MacFarlane, expert do politicamente incorreto, é um músico reconhecido que faz os números musicais de suas séries animadas e lançou um álbum em 2011.

Norah Jones interpretará Everybody Needs a Best Friend, composição de MacFarlane para Ted e indicada a melhor canção original. Numa noite que prestará tributo aos 50 anos da saga de James Bond, Adele cantará Skyfall, co-escrita por ela para o último filme do agente 007, também indicada ao prêmio de melhor canção. Quando um jornalista perguntou a Adele, na entrega dos Grammy na semana passada, como ela se preparava para sua atuação no palco dos Oscar, ela respondeu sem hesitar que estava "passando mal" de tanto medo.

À lista de vozes se somará Shirley Bassey, cantora britânica de 76 anos, conhecida por interpretar as principais músicas dos filmes de James Bond Goldfinger, Os diamantes são eternosFoguete da Morte. Por último, Barbra Streisand, de 70 anos, aparece pela primeira vez nos Oscar desde 1977, quando cantou a canção vencedora de Nasce uma Estrela.

"Como uma noite que celebra o talento no cinema e na música poderia estar completa sem Barbra Streisand?", questionaram os produtores.

Os atores Jennifer Aniston e Paul Rudd se unirão ao time de ganhadores do Oscar Michael Douglas e Jamie Foxx - protagonista de "Django Livre", indicado a várias categorias - para entregar as estatuetas na maior festa do cinema hollywodiano no domingo, anunciaram nesta terça-feira os organizadores.

A atriz Jennifer Aniston, a estrela da emblemática série de televisão "Friends", protagonizou junto a Paul Rudd a comédia "Loucuras no Paraíso" ("Wanderlust") no ano passado.

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Michael Douglas ganhou seu primeiro Oscar como produtor do 'thriller' de 1975 "Um Estranho no Ninho", e logo em 1988 pelo papel de Gordon Gekko em "Wall Street".

Jamie Foxx, que vive o ex-escravo de "Django Livre", foi indicado a melhor ator coadjuvante por "Colateral" (2004) e recebeu em 2005 a estatueta de melhor ator pelo papel principal em "Ray".

Os quatro apresentadores se inserem numa lista de artistas que inclui Salma Hayek, John Travolta, Ben Affleck, Jessica Chastain, Jennifer Lawrence, Halle Berry, Sandra Bullock, Nicole Kidman, Reese Witherspoon e Mark Wahlberg, entre outros.

As estrelas do musical "Chicago" (Renee Zellweger, Catherine Zeta-Jones, Richard Gere e Queen Latifah), assim como as de "Os Vingadores" (Robert Downey Jr., Chris Evans, Samuel L. Jackson, Jeremy Renner e Mark Ruffalo) também entregarão um Oscar na gala do teatro Dolby de Hollywood.

Outros apresentadores já anunciados são os ganhadores do ano passado Jean Dujardin, Meryl Streep, Octavia Spencer e Christopher Plummer.

A cantora britânica Adele cantará o tema de "007 - Operação Skyfall" o último filme da franquia sobre o espião britânico James Bond, também indicado a melhor canção original.

Outros artistas convidados a cantar na próxima entrega dos prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas são Norah Jones e Barbra Streisand, que não subia ao palco do Oscar desde 1977, quando interpretou "Nasce uma Estrela" ("A Star Is Born").

A 85a edição do prêmio Oscar será realizada no próximo dia 24 de fevereiro no teatro Dolby (antigo teatro Kodak) de Hollywood.

 

Ela conseguiu o papel mentindo sobre sua idade: Quvenzhane Wallis tinha 5 anos, mas a produção do filme "Indomável Sonhadora" só estava fazendo testes com meninas com pelo menos 6.

Sem desconfiarem, deixaram que ela fizesse o teste e ficaram impressionados com sua atuação, o que lhe valeu o papel de protagonista dessa produção independente de baixo custo.

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Ela simplesmente desbancou outras 4.000 candidatas.

No próximo domingo, 24 de fevereiro, quando acontece a 85ª edição do Oscar, Quvenzhane Wallis pode se tornar a mais jovem ganhadora do prêmio de melhor atriz concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográfocas, o troféu mais ambicionado do cinema.

"Estava muito claro... não se encontra meninas de 6 anos que tenham esse talento", disse o diretor do filme, Benh Zeitlin. "Ela tinha esse carisma natural, concentração, força, sabedoria e moralidade", explicou.

"Vindo de um corpo tão pequeno e de uma cabeça tão jovem, é quase fora do normal de uma maneira que vai diretamente ao seu coração... é a perspectiva dela dá o tom de verdade ao filme", disse ainda.

Esse carisma ficou óbvio ao se ver Wallis dando entrevistas para promover o filme durante estes últimos meses, mesmo antes de ser alçada à fama com a indicação ao Oscar em janeiro.

"Ainda estava dormindo no meu quarto", contou Wallis ao famoso apresentador Jay Leno, ao ser perguntada sobre como ficou sabendo que tinha sido indicada junto a nomes de peso como Jessica Chastain, Jennifer Lawrence, Naomi Watts e Emmanuelle Riva, francesa de 85 anos que é a mais velha atriz a concorrer ao prêmio.

"Ainda que não tenha demonstrado, estava dando cambalhotas e coisas do tipo por dentro", afirmou a jovem atriz ao apresentador, a quem repreendeu, graciosamente, por fazer a ela uma pergunta mais apropriada ao diretor.

No filme, Wallis dá vida a Hushpuppy, uma menina que vive nos pântanos de Louisiana com seu pai irascível e doente, Wink, em uma comunidade ameaçada pelas inundações provocadas pelo derretimento das calotas polares.

"Indomável Sonhadora" ganhou o prestigioso Caméra D'Or no último Festival de Cannes, na França, e o Prêmio do Júri de melhor drama no Festival de Sundance.

Além disso, a locação da filmagem fica perto da casa de Wallis: a atriz, cujo nome se pronuncia Qua-ven-zhah-nay, nasceu em Houma, no estado da Louisiana, em 28 de agosto de 2003. O "zhane" no final de seu nome significa "nada" em swahili.

"Indomável Sonhadora" é o primeiro trabalho da menina como atriz, e ela só conseguiu o papel por ter ignorado as regras do teste de elenco. Uma decisão que muito bem poderia ter sido tomada pela personagem que iria interpretar.

"Era para meninas entre 6 e 9 anos de idade e meu pai me disse que eu não podia ir porque só tinha 5. Mas finalmente fomos e agimos como se não tivéssemos nada a esconder", lembra a menina.

"A personagem de Hushpuppy faz o que dá na telha e não tem medo de nada e foi isso o que fiz no teste", disse Willis.

Quvenzhane é a mais jovem atriz a concorrer ao prêmio de melhor atriz no Oscar. A segunda mais jovem, Keisha Castle-Hughes, tinha 13 anos quando foi indicada, em 2003, pelo filme "A Encantadora de Baleias". A terceira, Jennifer Lawrence, no páreo novamente este ano, concorreu a uma estatueta aos 20 anos pelo filme "Inverno da Alma", em 2010.

Por enquanto, a mais jovem ganhadora da história do Oscar de melhor atriz é Marlee Matlin, que aos 21 anos levou o prêmio por "Filhos do Silêncio", em 1986.

A pessoa mais jovem a ganhar o prêmio em qualquer categoria foi Tatum O'Neal, que tinha apenas 10 anos quando conquistou a estatueta de melhor atriz coadjuvante em 1973.

Wallis já está fazendo seu terceiro filme, "Twelve Years a Slave", com Brad Pitt, Benedict Cumberbatch e Michael Fassbender, e que tem estreia prevista para setembro. Além disso, atuou em "Boneshaker", curta-metragem sobre uma família africana perdida nos Estados Unidos.

Ganhando ou não o Oscar - as mais cotadas para a estatueta são Chastain e Lawrence -, a jovem atriz já é um novo talento a se levar em conta e observar de perto nos próximos anos.

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