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No dia 16 de abril é comemorado o Dia Mundial da Voz e para celebrar a data, o Conselho de Fonoaudiologia está realizando uma ação especial no Parque da Jaqueira, na Zona Norte do Recife. São oferecidas triagens vocais gratuitas e palestras de conscientização no local. O evento segue até às 17h desta quarta-feira (16).

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Estão presentes no evento fonoaudiólogos e estudante de Fonoaudiologia dos três cursos em Pernambuco (Universidade Federal de Pernambuco, Funeso e Universidade Católica). Para Ana Nery Araújo, professora do curso de fonoaudiologia da UFPE, o intuito é chamar a atenção da população. “Eu percebo que há falta de conhecimento, inclusive pelos profissionais da voz, que seriam os professores, atores, locutores e radialistas”, comenta.

“As pessoas também possuem muitos mitos. Acreditam que fazer gargarejo com pimenta, ou tomar vinagre melhora a condição da voz, mas é o contrário. A dica é beber água, mel, comer maçã, dormir bem e ter uma alimentação saudável”, conclui a professora.

A comerciante Girlene Elizabete, de 25 anos, decidiu passar pela triagem com os filhos. “Sou rouca desde pequena. Após ser consultada aqui me recomendaram procurar um otorrinolaringologista”, comenta. A aposentada Maria Guadelupe Silvas, 78, estava contente com o resultado da sua avaliação. “Eu vim por precaução, pois faço parte de um coral e gosto de testar minha voz. Eu já tenho o hábito de fazer exercícios vocais e gargarejos”, explica.

Rouquidão, cansaço, pigarro, cansaço para falar e voz sumindo ou falhando podem indicar problemas sérios no sistema responsável pela voz. Outras recomendações dadas por especialistas: não gritar, utilizar microfone para falar em público, aquecer a voz, não pigarrear, não fumar e falar devagar. 

A sociedade Pernambucana de Otorrinolaringologia disponibilizará 200 videolaringoscopias gratuitas no IMIP, Hospital do Câncer, Hospital Agamenon Magalhães e Hospital das Clínicas. 

À espera do transporte público ou no caminho para casa. Nas ruas, nos ambientes de trabalho e, para alguns, até mesmo na hora de dormir. Usar fones de ouvido se tornou um hábito tão comum na sociedade moderna como ter um aparelho celular e fazer parte de uma rede social. Porém, a utilização constante e sem cuidado pode acarretar graves problemas à saúde, inclusive perda parcial ou total da audição. 

Uma pesquisa recente do Departamento de Saúde de Nova York revelou que um entre quatro jovens e adultos da cidade, entre 18 e 44 anos, declarou ter perda auditiva por conta dos fones. Questionados sobre como fazem uso do equipamento, 23% afirmaram utilizar fones de ouvidos em volume alto, no mínimo cinco dias por semana, durante quatro horas ao dia, em média. O levantamento conclui: pessoas que usam fones exageradamente têm mais do que o dobro de chance de ter dificuldades auditivas do que os demais.

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Chefe do serviço de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas, o médico Sílvio Caldas afirmou que, por ser um fenômeno ainda recente, ainda não se podem ver na prática os efeitos danosos o uso dos fones. “O que não impede a afirmação de que os fones são, sim, prejudiciais à saúde. Trabalhos científicos já mostram isso”, disse o especialista. 

Duas dicas básicas são dadas pelo otorrinolaringologista. “A primeira é evitar usar fones de ouvidos num volume que as pessoas ao redor consigam escutar a música. A outra é que, se você está com fones e não consegue escutar as pessoas ao redor, então a música está alta demais e é contraindicado”, explicou Caldas. 

Tipos de fones – Segundo o médico do HC, os fones de ouvido intra-auriculares, com borrachas de silicone nas partes de encaixe, são os mais prejudiciais. “Esses que vedam muito o conduto auditivo são os mais perigosos. Os headphones deixam escapar mais o som e protegem um pouco mais os ouvidos”, indicou Sílvio Caldas. 

O especialista explicou que, a partir de 90 decibéis, entra-se no grupo de risco para lesão do órgão auditivo. “Não significa que você vai ter, porque isso depende do tempo de exposição. Se você usar um fone com 120 decibéis, mas por apenas um minuto, não vai prejudicar”. Segundo Caldas, os fones costumam ter a capacidade de até 110 decibéis. “Se pensarmos que a pessoa vai utilizar neste limite, o ideal é apenas usar os fones durante 30 minutos por dia. Isto dá um nível de segurança grande, é um bom nível de proteção”. 

Fogos de artifício, buzinas, carros de som, música alta... todos estes exemplos fazem parte da virada de ano e podem causar problemas auditivos. Segundo a Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia (SBORL), a exposição a sons intensos é a segunda causa mais comum de deficiência auditiva.

“Ficar longe dos fogos de artifício, carros de som e caixas de som nas festas pode evitar que a audição sofra algum dano. Esses equipamentos têm uma potência alta, que permite ouvi-los a uma grande distância. Então, o melhor é manter-se um pouco mais afastado”, aconselha a fonoaudióloga Isabela Gomes, da Telex Soluções Auditivas.

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A fonoaudióloga ainda lembra que o excesso de barulho, ao longo do tempo, pode levar à surdez. “A exposição de pelo menos meia hora por dia em lugares muito barulhentos – não significando somente lugares fechados, mas também nas ruas, em trios elétricos, festas e micaretas – pode contribuir para a perda auditiva gradual, pois os ruídos elevados são capazes de afetar diretamente a audição", explica.

Mas o som alto não prejudica apenas a audição. Ansiedade, alterações de humor, irritabilidade e hipertensão arterial também são possíveis sintomas dessa exposição. Ruídos acima de 85 decibéis, equivalente a um grito, já são prejudiciais. A música alta em shows, boates e balada costuma atingir mais de 100 decibéis.

É possível que muitas pessoas já sofram com alterações na audição mas não percebam de imediato. Por isso, Isabela recomenda a consulta a um médico otorrinolaringologista uma vez ao ano. “Em muitos casos, o uso do aparelho auditivo resolve o problema”, comenta a especialista. 

Com informações da assessoria

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