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Diante do impasse nas negociações para que PT e PSB estejam juntos no palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, dirigentes dos dois partidos já admitem que uma eventual chapa do petista com Geraldo Alckmin de vice pode levar a uma situação inusitada em São Paulo. Como o PT insiste em lançar Fernando Haddad ao governo paulista e o PSB não abre mão da candidatura de Márcio França, a solução, caso não haja acordo nacional entre os dois partidos, seria Lula fazer campanha com Haddad e Alckmin subir no palanque de França.

Por esse raciocínio, que agrada a pessebistas e petistas ouvidos pela reportagem, todos sairiam ganhando. Há no PT, porém, quem defenda que Alckmin se filie a outro partido para ser vice de Lula, sendo o PV e o Solidariedade opções - ambos já sinalizaram interesse na filiação do ex-tucano.

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Segundo relato de participantes, na última reunião entre Lula e o PSB, na semana passada, um acordo chegou a ser colocado na mesa: em maio de 2022 os partidos fariam uma pesquisa qualitativa em São Paulo para saber quem estaria melhor colocado, Haddad ou França. E o pior colocado abriria mão da candidatura.

Há, porém, desconfiança dos dois lados em relação a esse cenário. Procurado, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que a candidatura de França "está colocada". "Se for prejudicial para a esquerda, então tira a do Haddad", disse. Depois da reunião com o PSB, Lula participou de um evento com catadores, como faz tradicionalmente desde o início de seu primeiro mandato, em 2003. Durante seu discurso, falou que Haddad vai ganhar a eleição ao governo de São Paulo, o que foi interpretado como um sinal de que a candidatura é inegociável.

Outros

O presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro Sergio Moro (Podemos) e o governador João Doria (PSDB) já têm candidaturas consolidadas em São Paulo, o maior colégio eleitoral do País com 33 milhões de eleitores. Bolsonaro lançou seu ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e a expectativa entre bolsonaristas é que o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, seja candidato ao Senado. Já Moro se aliou ao deputado Artur do Val (Patriotas), integrante do MBL, grupo que o apoia. Foi a primeira articulação regional do ex-ministro. Em 2020, Do Val disputou a prefeitura da capital e teve 10% dos votos. Já Doria aposta na ampla coligação de seu vice, Rodrigo Garcia (PSDB), para tentar ampliar seu leque de aliança.

Federação esbarra na eleição municipal

As conversas entre PT, PSB e PCdoB para formação de uma federação partidária em 2022 enfrentam novos obstáculos: as eleições municipais de 2024 e a composição da direção. Os dirigentes não conseguiram chegar a um acordo sobre como seria a representação de cada legenda no comando da agremiação nem como seriam escolhidos os candidatos a prefeito.

Há o temor de que o PT imponha uma maioria que relegue às demais agremiações o papel de "satélites". O PSOL já se afastou das negociações com o PT e prioriza formar federação com a Rede. Procurada, a assessoria do PT afirmou que estes assuntos só entrarão em debate em janeiro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A entrada de Jair Bolsonaro no PL, marcada para o próximo dia 22, já começou a provocar problemas para a montagem de palanques com aliados do presidente. Em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, o PL apoiará a candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) ao Palácio dos Bandeirantes, embora Bolsonaro quisesse que seu novo partido lançasse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, à sucessão de João Doria.

A equação política para esse impasse não está fechada. Uma das alternativas cogitadas agora pela cúpula do PL é lançar Tarcísio como candidato ao Senado por Goiás. Mesmo assim, em conversas reservadas, bolsonaristas avaliam que costurar um acordo com Garcia equivale a ajudar Doria, ferrenho adversário do presidente, e tentam barrar esse acerto. Se o apoio do PL à candidatura de Garcia for mantido, deputados federais de São Paulo aliados de Bolsonaro já avaliam a possibilidade de não entrar no novo partido do presidente.

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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, avisou a Bolsonaro ter dado a palavra a Doria de que vai aderir à campanha de Garcia. O PL integra o Centrão, tem indicações no governo de São Paulo na área de infraestrutura e comanda estruturas como o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

TARCÍSIO. Não é apenas a aliança com Doria que complica a situação do PL com Bolsonaro no Estado. Costa Neto também vê com reserva o nome de Tarcísio. Motivo: o ministro da Infraestrutura demitiu pessoas ligadas ao PL. Durante anos, a área de transportes foi feudo do partido chefiado por Costa Neto, condenado e preso no escândalo do mensalão.

As divergências, porém, não se resumem a São Paulo. O PL e Bolsonaro têm obstáculos a superar no Estados do Piauí e Alagoas - onde o partido de Costa Neto deve apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - e no Amazonas, onde o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos é adversário de Bolsonaro e ameaça sair do PL.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Lula (PT) já deixou avisado, antes de viajar à Itália, que vai conversar com o deputado federal e presidente do PP em Pernambuco, Eduardo da Fonte, na próxima semana. O petista também confirmou que vai negociar pessoalmente a construção do palanque para a reeleição de Dilma Rousseff (PT) no estado. 

O encontro com Da Fonte, estava agendado para esta semana, no entanto não aconteceu. O progressista se encontrou apenas com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para tratar da pauta. O assunto do encontro será o anseio do PP em configurar uma candidatura própria para o governo de Pernambuco, ofertando dois palanques para Dilma, já que um deles é o do senador Armando Monteiro (PTB). 

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Com o rompimento do PTB com o PSB do governador Eduardo Campos, o senador Armando Monteiro (PTB) além de iniciar intensa movimentação pelo Estado de Pernambuco visando sua candidatura, começa a soltar farpas a Campos e até relembrar o apoio dado ao socialista, tempos atrás. “O povo de Pernambuco já permitiu que ele trabalhasse. Agora, ao final desses dois mandatos, abre-se um novo momento na vida política de Pernambuco”, disse, durante entrevista nesse domingo (15), após visita ao Sertão do Pajeú. 

O petebista realizou uma maratona de reuniões de trabalho em dez municípios do Sertão do Pajeú. Ele reuniu-se com dezenas de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, lideranças políticas de diversos partidos e representantes de entidades da sociedade civil e passou por Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Tabira, São José do Egito, Santa Terezinha, Brejinho, Itapetim, Tuparetama e Iguaracy. Nas reuniões, Armando discutiu o apoio a projetos de interesse dos municípios, falou do apoio à reeleição da presidente Dilma Roussef  (PT) e de sua pré-candidatura ao governo de Pernambuco, além de deixar claro que já cumpriu seus compromissos com o governador Eduardo Campos, ao apoiar sua eleição e reeleição. 

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O senador afirmou que o projeto de candidatura para sucessão de Campos não é contra o governador, mas sim, uma missão de responsabilidade para Pernambuco. “(...) Esse projeto novo não é contra ninguém, não é contra o governador, mas nós temos que dizer que o governador já pode em dois mandatos. O povo de Pernambuco já permitiu que ele trabalhasse. Agora, ao final desses dois mandatos, abre-se um novo momento na vida política de Pernambuco”, frisou. 

Armando Monteiro também criticou as ações feitas no Estado e considerou a necessidade de se ter mais equilíbrio. “Pernambuco tem que ser um Estado mais equilibrado e menos desigual. Isso significa que não é justo que o pernambucano do Sertão tenha um terço da renda do pernambucano da área metropolitana. Nós precisamos encurtar as distâncias sociais que ainda existem em Pernambuco. E para isso, o Estado precisa exercer um papel fundamental, uma ação firme, uma ação indutora do desenvolvimento, que crie novos polos de desenvolvimento nas regiões mais interiorizadas de Pernambuco”, pontuou. 

Apoio a Dilma – Defendendo a presidente da República pelos quatro cantos, o petebista disse não ser justo abandonar a petista no meio do caminho. “Eu pergunto: seria justo nós abandonarmos a presidente Dilma no meio do caminho, quando a legislação permite que ela se candidate à reeleição? Será que não seria de nossa parte uma manifestação de ingratidão pelo muito que a presidente vem fazendo por Pernambuco? Então, o nosso entendimento, o entendimento do meu partido, é que não devemos abandonar a presidente no meio do caminho, nós temos que apostar no sentido de somarmos e cerrarmos fileiras para apoiar a reeleição da presidente”, discursou em tom de pré-campanha. 

Base fortalecida – O senador da República garantiu ainda que haverá no Estado um palanque forte para apoiar Dilma. “Não tenham a menor dúvida de que nos 185 municípios de Pernambuco nós teremos palanques fortes. Teremos palanques fortes em todas as regiões. Se o palanque estará representado pelo prefeito, pela oposição no município, ou se ambos, no futuro saberemos. Mas que nós teremos palanques eu não tenho a menor sombra de dúvida disso”, disparou. 

*Com informações da assesoria

A cúpula do PMDB exige do PT o direito do uso de imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff no horário eleitoral gratuito durante as campanhas estaduais de 2014 nos até agora onze Estados onde candidatos dos dois partidos se enfrentarão nas urnas.

O tema foi abordado durante encontro dos comandos dos dois partidos realizado no último final de semana em Brasília com a presença do vice-presidente da República, Michel Temer; do presidente interino do PMDB, senador Valdir Raupp (RO); além de Lula, Dilma e do presidente do PT, Rui Falcão.

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Segundo Raupp, a ideia é que, nos Estados onde não houver união dos dois partidos em uma coalizão formal, os peemedebistas possam recorrer à vídeos com Lula e Dilma realizados durante eventos como inaugurações e encontros na região. "Esse modelo está sendo discutido. Ainda não foi batido o martelo, mas é natural que seja assim. Eu mesmo na minha última campanha usei a imagem do Lula estando em palanque diferente do PT", afirmou Raupp ao Estado. Ele disse que, a princípio, a imagem da presidente e do ex-presidente não devem fazer parte do material impresso dos candidatos do partido.

Sobre a reação dos petistas no encontro ao pedido colocado pelos peemedebistas, Raupp disse que Dilma não deu sinais de contrariedade. "A própria presidente Dilma colocou que seria difícil proibir o uso da imagem dela", afirmou o senador. Petistas disseram se tratar apenas de um início de negociação sobre esse assunto.

Além do início da discussão do direito de uso de imagem, foi iniciada no encontro do final de semana uma negociação de não agressão ao candidato do partido que estiver lutando pela reeleição. "Deverá haver neutralidade onde tiver palanques duplos em que os candidatos não estiverem disputando a reeleição", afirmou Raupp. São citados como exemplo Roraima, onde o governador Confúncio Moura (PMDB) tentará a reeleição. Lá, o PT deverá, segundo esse modelo, aceitar um pacto de não-agressão contra o pemedebista.

Apesar do pedido da cúpula do PMDB, o tema sobre o uso da imagem dos candidatos no âmbito nacional serem utilizados por adversários no âmbito estadual ainda é controverso no meio jurídico eleitoral. Por meio da assessoria, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que o tema não está "pacificado". Entre os principais focos de disputa entre as duas legendas está o Estado do Rio de Janeiro. O PMDB exige que o PT apoie o nome do vice-governador Luiz Fernando Pezão para candidato ao governo. Os petistas, no entanto, querem lançar o nome do senador Lindbergh Farias. Há problemas também no Ceará, onde o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, que fazer um palanque ao governo com apoio do PT e do PROS comandado pelo atual governador Cid Gomes e pelo ex-ministro Ciro Gomes.

O comando encarregado de preparar a reeleição de Dilma Rousseff avaliou nesta quinta-feira (10) que a prioridade deve ser dada aos palanques estaduais para tentar assegurar uma ampla aliança nacional. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em alguns Estados a presidente poderá ter dois ou mais palanques.

"Importante, muito importante, é manter o governo ativo, com realizações. E segurar na nossa aliança os partidos que fazem parte da base de sustentação da presidente, valorizando todos os partidos que dela participam", disse o ministro após uma reunião no Palácio da Alvorada.

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O encontro foi na residência oficial da presidente e durou quatro horas. Dele participaram também, além de Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro Franklin Martins, o marqueteiro João Santana, o presidente do PT, Rui Falcão, e o chefe de gabinete da presidente, Giles Azevedo. "O que nos dá a certeza da vitória é a qualidade do governo. Por isso a presidente Dilma é só beijos", reforçou Mercadante, referindo-se à declaração da presidente, de que vive uma fase "de beijos".

Mercadante informou ainda que, mesmo com a constatação de que é preciso segurar todos os partidos na base da presidente, até o fim do ano não será feita nenhuma reforma ministerial. "Não há essa possibilidade de reforma. A presidente já decidiu, e todos nós concordamos, que todas as trocas vão ser feitas no fim do ano. Assim, quem assumir o ministério poderá pegar a máquina azeitada, sem perda de tempo para continuar tocando os projetos de cada uma das pastas."

A informação no Palácio do Planalto é de que, na maioria dos ministérios, Dilma promoverá para o cargo de ministro o secretário executivo. Em alguns casos, poderá pôr na vaga um aliado, desde que não vá disputar a eleição do ano que vem.

Outra avaliação no encontro é de que a aliança entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-ministra Marina Silva poderá transformar o presidente nacional do PSB no principal candidato de oposição na sucessão presidencial, superando o senador Aécio Neves (PSDB).

Porém, de acordo com as análises da cúpula da campanha de Dilma, a coligação, que surpreendeu a todos, corre o risco de perder força daqui para a frente, pois o encanto por Marina poderá se arrefecer diante da constatação de que ela migrou para uma legenda tradicional, o PSB, diante do fato de o registro do seu partido, a Rede Sustentabilidade, ter sido negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por não atingir o número mínimo necessário de assinaturas.

Lula disse aos presentes que a aliança Campos-Marina foi, de fato, uma "ótima jogada", mas que não "resultará em muitos gols". Segundo o ex-presidente, Dilma poderá anular os avanços da dupla mostrando resultados de seu governo, além de continuar a se expor nos meios de comunicação.

Espera

Devido ao encontro no Alvorada para tratar de eleição, Dilma deixou o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, esperando por quase três horas. O empresário deixou o Palácio do Planalto apressadamente e negando que tenha ficado chateado de ter passado a tarde à espera da presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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