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 A primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, se vestiu de palhaça para participar do lançamento da campanha “Respeitável Circo”, da Secretaria de Cultura, que busca fomentar o setor. O evento, que aconteceu nesta sexta (22), também contou com a presença do secretário Mário Frias, que utilizou a novidade do programa para voltar a atacar artistas.

“Hoje, lançamos uma importante campanha de valorização do circo. Uma área por muito tempo desvalorizada, por não servir ao glamour que movimentava a elite artística que monopolizava as verbas públicas da Cultura”, escreveu o secretário Mario Frias, no Twitter.

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As artes circenses são contempladas em políticas de incentivo à cultura desde 1991, dentro da categoria de artes cênicas. Durante o lançamento da nova iniciativa, o governo federal anunciou o selo municipal Amigo do Circo, uma premiação nacional que deve ocorrer no primeiro semestre de 2022, para cidades que apoiam o setor.

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O espetáculo Lerygou-Princesa do Pitiú discute temas como sexualização do corpo negro, preterimento e racismo através da comicidade e da palhaçaria. A artista Assucena Pereira utiliza o teatro de rua como base para a criação, na tentativa de buscar no riso um lugar onde essas vulnerabilidades possam ser trabalhadas. 

Com a arte da palhaçaria, a artista trata de problemas que moldam a realidade brasileira atual, principalmente no contexto da pandemia de covid-19. Tais como "genocídio da população negra e a discussão sobre dívidas históricas da branquitude".

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O espetáculo nasce de uma inquietação da artista com o que é considerado certo ou errado dentro do universo da palhaçaria, principalmente em relação à política. “Acredito que quando se colocam limites, aí é um problema, porque eu como palhaça preta posso ser e ocupar os espaços que quiser. Pensei bastante neste trabalho, que também surgiu pela vontade de criar algo que misturasse política e comicidade”, explicou Assucena.

A artista espera que os espectadores possam refletir sobre o racismo. “Eu quero me comunicar acerca dos meus recortes sociais, enquanto mulher, palhaça, preta e gorda. O resto vem como consequência do trabalho, tento não me prender tanto nisso. Espero apenas que toque as pessoas de alguma forma, mas não tenho o controle de que maneira vai ser”, afirmou a artista. 

A classificação indicativa de Lerygou-Princesa do Pitiú é de 14 anos. O projeto faz parte do edital de construção de Solo da Secult Pará, pela lei Aldir Blanc, e tem direção de Alysson Lemos. 

Assucena Pereira é palhaça, pesquisadora e professora. Atua desde 2014 no cenário artístico, pesquisando comicidade, teatro político e teatro popular. É também membro e fundadora do Zecas Coletivo de Teatro e integrante do Grupo Folhas de Papel, onde desenvolve a função de produção. Colabora nos grupos Imundas e Varisteiros. É graduada em Licenciatura em Letras língua espanhola pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e formada no curso técnico em teatro pela Escola de Teatro e Dança da UFPA.

Serviço

 Lerygou-Princesa do Pitiú.

Datas: 19 e 20 de março.

Horário: 20h.

Perfil da transmissão: @cenasdeassu.

Mais informações: 91 99377-2930.

Por Ariela Motizuki.

A atriz e palhaça Hilary Chaplain vem ao Recife para ministrar uma oficina específica para palhaças. Uma das mais elogiadas artistas do segmento no mundo, a estadunidense vai abrir a programação Palhaçaria – I Festival Internacional de Palhaças do Recife, que começa dia 14 de setembro. As aulas acontecem entre 17 e 19 deste mês, dentro da programação do festival.

As interessadas devem enviar currículo e carta de intenção para o email aslevianas@gmail.com. As inscrições devem ser feitas até o dia 10 e e as aulas acontecem das 9h às 15h. Chaplain traz ao Brasil seu espetáculo solo A Life in Her Day, um retrato extremamente engraçado e não convencional de uma mulher que deseja apenas ser amada.

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