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Na manhã desta terça-feira, dia 26, Antônio Fagundes esteve no Encontro ao lado de Bruno Fagundes e juntos falaram sobre o amor entre pai e filho. Durante o programa matinal, o ator de 34 anos de idade falou sobre a decisão de ter revelado publicamente a sua sexualidade e o relacionamento com Igor Fernandez.

- Eu acho que eu comecei a entrar em um processo de encontrar a minha paz. É muito incômodo quando você não consegue se sentir confortável na própria pele. De repente, por que a gente tem que falar sobre isso ainda? Quanto mais a gente naturaliza o afeto e o amor, é melhor para a sociedade como um todo. Eu realmente queria pode encontrar a minha paz de poder existir plenamente.

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Ao ser questionado por Patrícia Poeta se pensou em ajudar outras pessoas LGBTQIAP+ ao fazer o anúncio, Bruno explicou que estava buscando sua própria liberdade:

- Não fiz com essa pretensão, acho que fiz para me ajudar e para me sentir bem e para romper todos os medos. Eu percebi uma época da minha vida que esse era o maior medo que eu tinha. Eu tinha medo de que as pessoas soubesse, eu tinha medo de falar sobre qualquer assunto relacionado à minha vida pessoal. Aí eu percebi que isso era uma agressão.

O artista ainda celebrou o fato de receber todo o carinho e apoio dos pais.

- Meu pai e minha mãe são dois aliados. Quando você tem sua família como aliada, não tem barreira. Você não tem outra opção que não seja ser feliz. Foi um processo que a gente construiu, não foi da noite para o dia. Claro, é uma estrutura que está nas nossas costas. Uma estrutura geracional, ainda mais nós que temos uma diferença de uma geração mesmo entre mim e meu pai. A gente entendeu que o amor é a saída mesmo, não tem outro jeito.

E Antonio Fagundes aproveitou para defender que todos deveriam se despir de preconceitos e abandonar conceitos impostos por gerações passadas.

- A minha geração foi criada embaixo dessa estrutura machista, patriarcal, reacionária, onde a pessoa não existe, existem valores que são infringidos a você desde criança que você carrega para o resto da vida sem nem saber por quê. Ninguém merece viver assim. Eu acho que a gente tem que passar por isso, entender isso e acabar com isso de uma vez. Tem que acabar com a misoginia, com a homofobia, com o patriarcalismo, com o machismo, com o sexismo, com o racismo e todas essas estruturas que foram montadas e não dependem da gente, mas que a gente está carregando à frente. Nós temos que romper com isso.

Bruna Griphao revelou sua sexualidade durante sua participação no BBB 23. A atriz é bissexual e disse, durante entrevista, que ter aberto esse detalhe pessoal diante do Brasil mudou sua vida. Segundo ela, as paqueras aumentaram.

Griphao falou sobre o assunto em entrevista ao GShow. Segundo a atriz, abrir a sexualidade melhorou sua vida. "Me sinto mais livre para olhar, viver e entender o que eu quero, sem julgamentos. Acho que eu me sinto muito mais liberta para o olhar de todo mundo. Me sinto muito mais livre para viver e entender o que eu quero, sem julgamentos, sem nada disso. Acho que após ter assumido no Big Brother ser uma mulher bi, ficou mais fluído, digamos assim. Ficou mais leve, mais fácil, digamos assim", disse.

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Mas, apesar da boa fase, a atriz garantiu não estar pensando em um relacionamento no momento. "Estou vivendo, estou livre, estou focada em mim, agora. Não estou a fim de ter um relacionamento. Não estou a fim de entrar em nada. Agora estou focada na minha carreira, na minha saúde mental, no meu bem-estar, no meu trabalho, na minha família. Não estou focada em namorar, em paquerar, nada disso. Mas as pessoas chegam ou tentam. Normal, né."

Machismo, feminismo, cultura LGBTQIA+. Esses são conceitos trabalhados durante a eletiva ‘Introdução ao Estudo de Gênero’ ofertada na Escola Estadual de Referência em Ensino Médio (EREM) Frei Caneca, localizada no município de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Com ementa própria, idealizada pela educadora de apoio e professora de história Myllena Lyra Valença, a eletiva traz conceitos básicos de gênero e sexualidades a serem trabalhados com os alunos do ensino médio inscritos na disciplina. No projeto, também estão as professoras Alessandra Lyra Valença, que leciona química e fora responsável pelo núcleo de estudos de gênero na instituição de ensino, e Jéssica Pereira da Silva, docente da disciplina de língua portuguesa.

“A temática é muito importante e os alunos precisam ter acesso a ela. Na eletiva, os estudantes conseguem problematizar e é possível trazer esses conteúdos para dentro da carga horária dos professores. Nesta eletiva, a gente começa com alguns conceitos básicos: patriarcado, machismo, a sigla LGBTQIA+, o que é cada uma dessas categorias. É algo muito dinâmico e a gente parte também do conhecimento que parte delas e deles [alunos]. As próximas etapas da eletiva, que provavelmente será no segundo semestre, terá feminismo negro, teoria queer e transfeminismo”, explica Myllena Lyra à reportagem.

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Educadora de apoio e professora de história Myllena Lyra Valença. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

O acesso a essas temáticas nas escolas estaduais de Pernambuco é uma premissa que existe desde o surgimento das Escolas de Referência com a implantação dos Núcleos de Gênero. Em entrevista ao LeiaJá, a coordenadora da Unidade para as Relações de Gênero e Sexualidades (UNERGS), vinculada à Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE), Aline Malta, calcula que cerca de 300 escolas da rede estadual possuem esses núcleos. Além disso, apesar do retrocesso nacional vivido nos últimos seis anos, ela ressalta que Pernambuco foi na contramão ao dar continuidade aos debates no ambiente escolar.

“A discussão acerca de gênero e sexualidades sempre existiu e vai existir. No entanto, essas questões não podem ser pautadas pelo 'achismo', é preciso ter embasamento. Muitas pessoas, para deslegitimar essa discussão, alegam que a escola não é espaço para isso e que os pais devem assumir esse debate. Entretanto, é necessário destacar que as escolas são espaços para essas discussões, as escolas são espaços para debater ciência, entre outras coisas”, frisa.

Diante desses 'achismos' e preconceitos sobre a temática, as professoras da EREM Frei Caneca apontam que poucos alunos ficaram interessados pela eletiva, que possui uma dinâmica de que, para ter acesso à disciplina, o estudante precisa realizar uma inscrição. De acordo com Alessandra Lyra, o tímido quantitativo de adolescentes que optaram pela iniciativa reflete na participação no debate em sala de aula. “É sempre o mesmo grupo que participa das discussões”, salienta.

A docente também ressalta que muitos discentes foram surpreendidos pelo formato e conteúdos da eletiva. “Muitos alunos chegaram a dizer que ficaram surpresos com a disciplina porque acharam que era uma coisa quando, na verdade, é outra. Tem também os que dizem que a eletiva está sendo a melhor e que não esperavam que a gente iria discutir esses temas de uma forma diferenciada. É nesse momento que a gente vê que, apesar da resistência, eles estão engajando os debates e espero que a repercussão seja grande ao ponto deles realmente escolherem a eletiva”.

Professora Alessandra Lyra Valença. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Questionada sobre os motivos das temáticas serem trabalhadas por meio de uma eletiva, Aline Malta afirma que conteúdos que abordam gênero e sexualidades estão previstos nas normativas educacionais do Estado em “todas as disciplinas de forma integrada, nas trilhas [em consonância ao Novo Ensino Médio] e devem estar presentes no Projeto Político Pedagógico (PPP) das escolas”.

Ademais, à reportagem, a coordenadora da UNERGS esclarece que as Gerências Regionais de Educação (GREs) trabalham por demanda, o que justifica a ausência do tema e de Núcleos de Gênero em algumas unidades de ensino de Pernambuco. “Nem todo mundo quer discutir”, expõe.

Ao LeiaJá, Aline Malta salienta que o Estado promove um debate qualificado acerca dos temas e, mais uma vez, reforça a importância da discussão no ambiente escolar. “Não há ilegalidade nas ações do Estado. Todo esse debate está previsto em Leis e normativas. Pernambuco está entre os 10 estados com o maior índice de violência, o período de pandemia colocou mulheres e crianças em situações de vulnerabilidade. Elas estavam sucintas à violência doméstica. Trabalhar gênero e sexualidade nas escolas vai muito além dos conteúdos. É nesses espaços que, muitas vezes, há essa percepção de violência, a denúncia”.

Um tabu em casa, mas um espaço de acolhimento na escola

Bia, Lara, Luana e Pilar* estão inscritas na eletiva. Em um primeiro momento, a iniciativa não foi uma escolha de Bia e Lara. “Quando eu escutei gênero, achei que tinha relação com gêneros textuais, do português, mas, eu vi que não tem nada a ver”, disse Bia.

A mesma justificativa foi dada à reportagem por Lara. “No meu primeiro contato com a eletiva, eu vi que não era o que eu pensava. Eu não escolhi a eletiva, mas estou gostando dela. Falei sobre ela para Bia, que é muito feminista, porque achei a cara dela”, disse.

Parte das estudantes ouvidas pela reportagem se autodeclaram integrantes da comunidade LGBTQIA+ e destacam que a eletiva de ‘Introdução ao estudo de gênero’, oferecida na Erem Frei Caneca, tornou-se um espaço de acolhimento e acesso à temas que, muitas vezes, não são debatidos em casa. Das quatro discentes, três alegaram que não chegaram a comentar com os pais ou responsáveis que estão inscritas na disciplina. “Não falei para minha mãe, principalmente, porque ela tem uma filha da comunidade LGBTQIA+”, lamenta uma delas.

Estudantes que participam da eletiva na Erem Frei Caneca. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Se em casa o tema é encarado como tabu, na sala de aula, as adolescentes vivenciam um espaço de acolhimento. Já para as professoras, a eletiva também é um sinônimo de troca. “A gente também aprende com eles [estudantes], é uma troca. Muitas vezes, eu levo para a sala de aula um determinado conceito, mas, a partir das colocações deles, o debate toma outro direcionamento. Uma vez, Bia* trouxe um depoimento bem forte que norteou as discussões daquele dia da eletiva”, relembra Jéssica Pereira da Silva.

Professora Jéssica Pereira da Silva. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Após a fala da professora, Bia* relatou que desde cedo sentiu o peso do machismo e da violência doméstica. À reportagem, ela comentou que, durante a infância, foi abusada sexualmente pelo primo e também foi vítima de comentários machistas por parte do pai. ''Ele queria que eu cuidasse da minha avó, que é a mãe dele. Eu tinha 10 anos na época e ele nunca teve essa responsabilidade porque dizia que mulher dele e as filhas tinham que fazer tudo para ele, ser submissa. Falei umas coisas para ele e, a partir daquele momento, passei a morar com a minha mãe". 

A adolescente conta ainda que, ao expor os episódios durante a eletiva, sentiu-se aliviada e percebeu também que não estava sozinha. "Quando eu relatei isso, percebi que outras colegas passaram por algo semelhante. Percebi que não estava sozinha". Atualmente, Bia* mora apenas com a irmã.

Mudança na comunidade escolar

Os debates promovidos na eletiva vão além da sala de aula. De acordo com Myllena Lyra, os efeitos desses dois meses da disciplina na Erem Frei Caneca refletem também na comunidade escolar como um todo. "É muito interessante que essas questões ultrapassam a sala de aula e chegam a todos os cantos da escola. Hoje, a gente já vê uma mudança de comportamento dos alunos, como também de professores. Muitos alunos da eletiva já promovem um diálogo, uma orientação quando percebem um discurso machista, homofóbico. Os professores estão revendo os discursos e posturas".

Atividade desenvolvida na eletiva leva a comunidade escolar a perceber o machismo na publicidade. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Ainda longe de ser o ideal, Myllena observa que debater gênero e sexualidades nas escolas não pode, por exemplo, ficar restrito à eletiva ou determinada disciplina. "Há tantas maneiras de se trabalhar o tema de forma transversal. Em matemática, a gente pode questionar os papéis de gênero. Por que Maria sempre está cozinhando, com uma boneca ou no supermercado e Joãozinho está jogando bola ou com bolas de gude?"

Apesar disso, para as estudantes, a eletiva é comemorada. "Se eu não tivesse essa eletiva, teria que buscar coisas na internet. Para mim, foi uma surpresa vê gênero e sexualidades em uma escola, principalmente, se tratando de uma escola pública. Eu acho importante e quero continuar nela", diz Luana.

*os nomes utilizados na matéria não são os reais para preservar as identidades das adolescentes entrevistadas.

Dez deputados de direita se reuniram para lançar a Frente em Defesa da Família na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Os trabalhos serão coordenados pelo pastor Cleiton Collins (PP), que foi responsável pela definição dos nomes da composição. 

Um dos integrantes é o deputado Joel da Harpa (PP), que explicou à reportagem que a nova Frente vai tratar a família "como um princípio" e discutir sobre seu papel na formação do ser. "Tudo começa na família. Esse debate vai desde a questão da infância, da formação da criança, da figura do pai e da mãe no seio da família, na formação do adolescente e o exemplo para com os filhos dentro de casa", comentou. 

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O debate vai girar em torno do conceito de família tradicional e discutir até o onde o Estado pode interferir em questões como aborto e sexualidade. Outro objetivo é  propor políticas públicas voltadas ao fortalecimento da família, descrita pelo deputado como a célula-mãe da sociedade. 

A criação da frente passou pelo pastor Cleiton Collins, responsável por convidar os colegas da Alepe. Entretanto, além do bloco se restringir a representantes da direita, a falta de quadros femininos também chama atenção. A reportagem tentou confirmar com o coordenador se deputadas e deputados da esquerda também foram convidadas, mas obteve retorno até a publicação. Segundo publicação do site da Alepe, o deputado João Paulo (PT) entregou um ofício no último dia 15, quando foi instalada a Frente, para passar a integrar o grupo, mas a publicação no Instagram oficial da Casa não mostra o petista como um dos membros.

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A Frente em Defesa da Família foi lançada com o número mínimo de componentes e, de acordo com Joel da Harpa, está aberta a receber deputadas interessadas nas discussões. "Eu não sei se no decorrer dos trabalhos alguma mulher vai integrar a frente, mas independente da participação direta de uma mulher, a gente não vai fugir desse debate dentro das audiências públicas e das reuniões nós vamos trazer outras mulheres da sociedade organizada, de ONGs, mulheres e igreja e profissionais", assegurou o deputado. 

Conforme a atual conjuntura, além das participações de Cleiton Collins (PP) e Joel da Harpa (PL), o início dos trabalhos será tocado pelos deputados: 

Abimael Santos (PL);

Adalto Santos (PP);

Jeferson Timoteo (PP); 

Kaio Maniçoba (PP);

Júnior Tércio (PP);

Renato Antunes (PL); 

Romero Sales Filho (UB);

William Brigido (Republicanos). 

O árbitro de futebol Igor Benevenuto, de 41 anos, é o primeiro juiz do quadro Fifa a expor a homossexualidade. A revelação foi feita em entrevista ao podcast 'Nos armários dos vestiários', produzido pelo Globo Esporte.

Com 23 anos de carreira, o mineiro contou que cresceu odiando o futebol e era levado a estádios contra a vontade, mas criou um personagem de si para suportar o ambiente machista e ser aceito pela sociedade.

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"Futebol era coisa de 'homem', e desde cedo eu já sabia que era gay. Não havia lugar mais perfeito para esconder a minha sexualidade", comentou.

"Ser árbitro me coloca em uma posição de poder que eu precisava. Escolhi para esconder minha sexualidade? Sim. Mas é mais do que isso. Eu me posicionei como o dono do jogo, o cara de autoridade, e isso remete automaticamente a uma figura de força, repleta de masculinidade", explicou. 

"Deixei de lado paixões reais da minha vida para seguir esse universo macho alfa, para viver disfarçado. Se eu pudesse, teria sido médico, mas não me via com muitas escolhas. Viver abertamente como um homem gay era impensável", acrescentou.

As cores vibrantes dos árbitros de 94

O interesse pela figura do árbitro surgiu na Copa de 94, quando teve os olhos atraídos pelas cores vibrantes dos uniformes dos juízes na estreia do Brasil contra a Rússia.

"Eu queria uma camisa de árbitro de futebol, daquelas chamativas da Copa, mas na época era apenas um adolescente sem emprego de uma família simples e periférica, que não tinha a menor condição de bancar um mimo desse. Eu ficava maluco, queria a camisa, um apito e os cartões oficiais, que vinham em uma caderneta de couro preta. Eu ia todo santo dia a uma loja de esportes na minha cidade para paquerar esse kit pela vitrine. Vendi picolés de fruta e muito papelão para conseguir comprar aquele trio de glória", lembrou.

No dia seguinte, deixou de participar dos times de pelada e passou a apitar as partidas. A partir daí, ressignificou sua relação com o futebol. O primeiro apito veio ainda na infância, em uma caixa de maria-mole, e os cartões foram confeccionados com embalagens de catchup e mostarda. Instrumentos que solidificaram a vontade de atuar como árbitro profissional.

Dentro e fora das quatro linhas

Respeitado como integrante do quadro Fifa e ranqueado entre os 50 profissionais de destaque no Brasil, Benevenuto apontou que a orientação sexual não é surpresa nos bastidores do futebol.

"No meio da arbitragem não é segredo que sou gay. E sou bastante respeitado. O pessoal brinca, chama de 'Sindicato'. 'Oh, esse aí é do Sindicato', 'esse ai sindicalizou'. E por existir esse 'boato' em campo, já sofri com atos homofóbicos. O cara lá fica puto com o resultado de um jogo e desabafa com ofensas contra minha orientação sexual. 'Sua bichinha, seu veadinho. Eu sei por que você não marcou aquele pênalti. Você deve estar dando o rabo para alguém ali'. Jogadores e técnicos jamais me ofenderam. Isso partiu todas as vezes de dirigente e torcida. E toda vez que isso acontece eu relato na súmula. Uma luta, mas não desisto", descreveu.

Ele avalia as dificuldades e os riscos de representar a luta por igualdade em um país com altos índices de crimes contra a população LGBTQIA+, mas não abre mão de atuar pelo fim do preconceito dentro e fora das quatro linhas.

"O difícil é lidar com o medo que tenho de morrer. Vivemos no Brasil, o país que mais mata gays no mundo. Aqui não é apenas preconceito, é morte. É um submundo. Os gays no futebol estão em uma caixa de pandora. Jogadores, árbitros, torcedores… E nós somos muitos! Já não há espaço dentro desse armário apertado. Já não cabe mais. Chega! Sigo não suportando as piadas. A diferença é que agora não mais ficarei sufocado", garantiu.

"Tenho atração por homens e não sou menor por isso. Não estou no campo por isso. Não estou procurando macho, não estou desejando ninguém. Não estou ali para tentar nada. Quero respeito, que entendam que posso estar em qualquer ambiente. Não é porque sou gay que vou querer transar com todo mundo, vou olhar para todos. Longe disso. Eu só quero respeito e o direito de estar onde eu quiser", complementou.

Os fãs de Claudia Rodrigues vibraram quando ela se declarou publicamente para sua ex-empresária, Adriane Bonato. A euforia só aumentou quando a ‘crush’ da atriz retribuiu o sentimento e as duas iniciaram um relacionamento que já vislumbra o casamento. No entanto, apesar da relação homoafetiva, Claudia diz não querer rotular sua sexualidade e não se declara nem lésbica, nem bisexual. 

Em entrevista ao site Notícias da TV, Claudia falou sobre o seu amor. Ela garantiu não se ver como membro da comunidade LGBTQIA+ e decretou que este será seu primeiro e único relacionamento homoafetivo. "Só com a Adriane, é a primeira e única vez. E só isso. Olha, eu não gosto de mulher, não gosto mesmo. Só gosto da Adriane”.

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A namorada de Claudia, por sua vez, comentou o posicionamento de sua amada e mostrou não ter problemas em relação a como ela se sente. "É difícil. Ela é mulher e gosta de uma mulher, mas ela me enxerga como um homem. Eu pedi para ela me explicar. Ela disse: 'Ué, com você eu tenho a segurança que eu teria com um homem, eu tenho carinho, sou bem tratada, sou cuidada, você me dá atenção, você me entende, você conversa”. 

Recentemente, Josh Cavallo, jogador que atua na primeira divisão da Austrália, revelou por meio de suas redes sociais sua preferência sexual por homens, o que para o atleta é muito importante, já que durante sua trajetória no esporte sempre houve um sentimento de vergonha em se assumir. O anúncio repercutiu nas mídias sociais de todo o mundo e grandes esportistas se pronunciaram e apoiaram a decisão do atleta, assim como os jogadores Gerard Piqué, Antoine Griezmann, além do treinador alemão Jürgen Klopp. O que leva a refletir sobre como o futebol começa a abrir espaço para discutir a diversidade e combater preconceitos.  

De acordo com o educador físico e especialista em pedagogia do esporte, Raphael Matheus de Aquino, acontecimentos como esse mostram que o meio esportivo está em evolução, principalmente se tratando do futebol, que ainda possui muitos torcedores retrógrados. Além disso, o especialista ainda cita que o esporte pode estar caminhando para um cenário menos machista, à medida que o crescimento do espaço feminino é iminente. Assim, quanto mais pessoas dentro do cenário esportivo, melhor para a sociedade num todo. “Estamos no caminho certo”, afirma Aquino.

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Vale lembrar que, apesar do incentivo ao atleta por parte de grandes personalidades, houve também, por outro lado, pessoas que reprovaram a atitude de Josh. Para eles,   o que realmente importa para um esportista é a sua performance e pouco importa sua sexualidade. Para o especialista, é necessário ter cuidado no momento de avaliar esta situação no aspecto social, já no sentido profissional, a performance realmente está acima de tudo. “Um esportista precisa entregar resultados, independente de crença, religião e sexualidade. Independentemente de qualquer coisa fora do esporte. O principal é entregar aquilo que o clube espera: a melhor performance”, esclarece.

Entretanto, segundo Aquino, é importante ressaltar que casos como o de Josh são importantes ganharem publicidade ao redor do mundo, já que assumir a sexualidade pode encorajar e inspirar outras pessoas a fazer o mesmo. Além disso, em condições ideais, o meio esportivo deveria ser um espaço mais aberto à diversidade, não apenas para jogadores e atletas, mas também em outros cargos em diferentes clubes. 

Grandes marcas já entenderam que apoiar causas das minorias pode trazer o devido apoio e respeito, assim como fez o Burger King. Segundo Aquino, no meio esportivo tal tendência  também deve se verificar - a Nike  já desempenha esse papel e junto aos grandes clubes deve apoiar a iniciativa, já que é a maior vitrine no esporte, seja no Brasil ou no mundo. “O assunto precisa ganhar mais força, para que todos se libertem. A gente não precisa mais viver em um mundo onde cada um se aprisiona. Todos devem ter a oportunidade de ser quem desejam ser”.

 

 

A cantora Paula Mattos revelou em uma entrevista que é lésbica. Durante um bate-papo com André Piunti, no YouTube, a artista sertaneja abriu o coração sobre a sua sexualidade. "Estou me assumindo gay. Não é fácil estar aqui, falando para o Brasil sobre esse assunto, mas é uma coisa que muitas pessoas ficavam comentando: será que ela é? Será que ela não é? Nos bastidores, e tal... Eu nunca tive nenhum problema com isso, só tinha medo de falar e as pessoas enxergarem de outra maneira, ou não me aceitarem", disse.

Paula contou também ao jornalista ela e a companheira estão casadas há nove anos: "Não é um caso, não é uma brincadeira. Tenho a minha família. Não vou expor uma pessoa que não é pública. O respeito é tudo. Vou continuar a ser a mesma Paula. Nós temos uma família, uma vida. Não estou aqui para ganhar like, fama. Tantas pessoas morrendo, tanta homofobia, ameaçadas na internet. Que mal ela faz por ser quem ela é?".

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Revelando detalhes da sua intimidade, a voz de Quanto Tempo Falta declarou que os pais souberam da sua orientação quando ela tinha 18 anos. A mãe dela não recebeu bem a notícia. "Não foi fácil lidar com a reação da minha mãe", afirmou. Paula chegou a namorar meninos para tentar se encaixar em um padrão que não fazia parte da sua realidade.

Nesta quinta-feira (15), Paula Mattos vai liberar em todas as plataformas digitais o resulatdo da música Não Esfriou. O novo single, que também vai ganhar um clipe, retrata a diversidade sexual: "Quando vi o Caldeirão com a Pabllo Vittar, surgiu um desejo ainda maior de assumir publicamente. Me sinto madura e pronta para falar desse assunto, mesmo sabendo que ainda existe muito preconceito. [...] Se a sua mãe está com você, ou o seu pai, ou a pessoa que te criou, se te apoia, você pode enfrentar o mundo".

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou a "coragem" de duas personalidades do esporte americano, que tornaram pública sua sexualidade: uma, anunciando sua homossexualidade, e outra, sua identidade trans.

"Para Carl Nassib e Kumi Yokoyama - dois importantes, inspiradores atletas que 'saíram do armário' esta semana: estou orgulhoso de sua coragem", tuitou Biden na terça-feira (21).

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"Graças a vocês, inúmeras crianças de todo mundo se veem de maneira diferente hoje em dia", acrescentou.

O jogador do Las Vegas Raiders Carl Nassib tornou-se, na segunda-feira (21), o primeiro integrante na ativa de uma equipe da Liga Profissional de Futebol Americano (NFL) a anunciar publicamente que é gay.

Vários jogadores fizeram o mesmo, mas depois de se aposentarem do esporte, o mais popular nos Estados Unidos.

A japonesa Kumi Yokoyama, estrela do futebol feminino e que joga no Washington Spirit, anunciou no fim de semana, também pela primeira vez, que é transgênero.

"Morar nos Estados Unidos torna mais fácil ser aberta sobre sexualidade e gênero", disse Kumi Yokoyama.

O vocalista da banda Detonautas, Tico Santa Cruz, revelou nessa segunda (24) em suas redes sociais que sua sexualidade é “fluida e livre”. Declarando na legenda de foto publicada que “o amor não tem preconceitos, o fascismo sim”, o cantor foi alvo de críticas e comentários preconceituosos na internet.

No Twitter, o cantor respondeu algumas críticas e declarou que sua fala na entrevista para Danilo Gentilli, citada por muitos, é “fake news”. Os internautas distorceram a sua fala, confundindo para “gênero fluido”, que é quando a pessoa não se se identifica com nenhum gênero em específico.

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Tico respondeu comentário, que rapidamente foi deletado por ter sido banido pela plataforma do Twitter, onde um internauta critica o cantor.

“A comunidade LGBT quer saber se o Tico declarou ser travesti ao Danilo Gentili por oportunismo apenas ou ele é homossexual? A questão não envolve o Bolsonaro... ser gay não é defeito, mas usar isso para se promover sim”, escreveu o crítico.

Tico respondeu pedindo para que ele mostre a entrevista e disse que o que estava sendo divulgado se tratava de uma notícia falsa.

“Você está divulgando ‘fake news’ e ainda usando a foto de um personagem político importante. Coloca tua fuça aí e mente a vontade”, finalizou.

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Em contrapartida aos xingamentos, Tico também recebeu diversos comentários de apoio, confira alguns:

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A NTR, emissora pública de TV na Holanda, está causando polêmica com um novo programa direcionado ao público infanto-juvenil, o Gewoon.Bloot, ou Simplesmente.Nu, em tradução livre. A atração coloca no palco adultos completamente despidos para falar sobre sexualidade e anatomia do corpo humano. Na plateia, crianças de nove a 12 anos disparam perguntas ao passo que um apresentador conduz o roteiro com pitadas de humor.

Embora se proponha a ser um programa educativo, o Gewoon Bloot levantou polêmica e causou muitas críticas entre o público holandês. Nos primeiros episódios, as crianças participantes fizeram perguntas como: “você gostaria de ter um pênis ou seios maiores" e “o que é uma ereção”. O objetivo, segundo os produtores, é que os pequenos possam ter acesso à educação sexual, sem tabus, e a corpos normais, uma vez que nas redes sociais é comum deparar-se com imagens muito manipuladas. 

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Na internet, as opiniões da audiência holandesa se dividiram quanto ao teor do programa. Vários comentários contra a atração a colocaram como “vulgar” e com o potencial de “incentivar a pedofilia”, ainda que, a cada episódio, o apresentador informe que não é legal que a nudez aconteça de forma não consensual e que os pais das crianças participantes autorizaram sua presença ali. Também foram feitas algumas petições para que o conteúdo fosse retirado do ar. O Gewoon Bloot é exibido aos domingos, às 19h30. 

Na próxima sexta-feira (26), às 9h, a Secretaria de Educação e Esportes (SEE) de Pernambuco promete lançar o projeto “Grupo de Pesquisas e Práticas Pedagógicas em Gênero e Sexualidades nas escolas da Rede Estadual”. A iniciativa tem como proposta ampliar os debates sobre temáticas de gênero e sexualidade no ambiente escolar, por meio de parcerias educacionais e pesquisas entre professores e estudantes.

A cerimônia de lançamento será realizada por meio do YouTube, com as participações da deputada federal Tábata Amaral e da professora Denise Botelho, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Elas discutirão o tema “Gênero e sexualidades no (e para além) do espaço escolar”.

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Além do debate inicial, durante a cerimônia serão apresentados os detalhes do projeto que tem como parceiras as Secretarias da Mulher, da Saúde, de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, além da UFRPE, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e representantes de escolas estaduais. Segundo a SEE, de início, 20 unidades de ensino contarão com atividades do projeto.

Para a gestora da Gerência de Educação Inclusiva e Direitos Humanos da Secretaria de Educação e Esportes, Vera Braga, a escola é um ambiente fundamental para que discussões sejam promovidas com cunhos educacional e social. “A escola é um locus adequado para esta interlocução, essas desconstruções e construções que precisam ser vistas no âmbito escolar para que a sociedade seja inteiramente inclusiva, para que todos os corpos sejam respeitados em suas singularidades. Este projeto surge para prevenir a violência de gênero, para reafirmar que a escola precisa acolher, demandar e refletir”, destacou a gestora, conforme informações da SEE.

O espetáculo Lerygou-Princesa do Pitiú discute temas como sexualização do corpo negro, preterimento e racismo através da comicidade e da palhaçaria. A artista Assucena Pereira utiliza o teatro de rua como base para a criação, na tentativa de buscar no riso um lugar onde essas vulnerabilidades possam ser trabalhadas. 

Com a arte da palhaçaria, a artista trata de problemas que moldam a realidade brasileira atual, principalmente no contexto da pandemia de covid-19. Tais como "genocídio da população negra e a discussão sobre dívidas históricas da branquitude".

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O espetáculo nasce de uma inquietação da artista com o que é considerado certo ou errado dentro do universo da palhaçaria, principalmente em relação à política. “Acredito que quando se colocam limites, aí é um problema, porque eu como palhaça preta posso ser e ocupar os espaços que quiser. Pensei bastante neste trabalho, que também surgiu pela vontade de criar algo que misturasse política e comicidade”, explicou Assucena.

A artista espera que os espectadores possam refletir sobre o racismo. “Eu quero me comunicar acerca dos meus recortes sociais, enquanto mulher, palhaça, preta e gorda. O resto vem como consequência do trabalho, tento não me prender tanto nisso. Espero apenas que toque as pessoas de alguma forma, mas não tenho o controle de que maneira vai ser”, afirmou a artista. 

A classificação indicativa de Lerygou-Princesa do Pitiú é de 14 anos. O projeto faz parte do edital de construção de Solo da Secult Pará, pela lei Aldir Blanc, e tem direção de Alysson Lemos. 

Assucena Pereira é palhaça, pesquisadora e professora. Atua desde 2014 no cenário artístico, pesquisando comicidade, teatro político e teatro popular. É também membro e fundadora do Zecas Coletivo de Teatro e integrante do Grupo Folhas de Papel, onde desenvolve a função de produção. Colabora nos grupos Imundas e Varisteiros. É graduada em Licenciatura em Letras língua espanhola pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e formada no curso técnico em teatro pela Escola de Teatro e Dança da UFPA.

Serviço

 Lerygou-Princesa do Pitiú.

Datas: 19 e 20 de março.

Horário: 20h.

Perfil da transmissão: @cenasdeassu.

Mais informações: 91 99377-2930.

Por Ariela Motizuki.

A atriz Bruna Pazinato assumiu recentemente que é lésbica nas redes sociais e revelou que acabou perdendo seguidores em suas redes sociais com a notícia.

Bruna participou de alguns projetos bíblicos como a novela "O Rico e o Lazáro" e também o musical "Os Dez Mandamentos". 

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“Atuei (em produções bíblicas) e sou muito grata pelas portas que me foram abertas. Infelizmente não são poucos os que usam da fé para apoiar o preconceito. Já perdi muitos seguidores desde que comecei a abrir mais meu coração nas redes sociais. Mas não me assusto mais, lido com amor, quando não ignoro. Sou uma mulher de muita fé, acredito em Jesus e Ele pra mim é amor", disse a atriz, em entrevista à revista "Quem".

Ela também falou se existe a preocupação de que o preconceito com a sua sexualidade atrapalhe a sua carreira. "É algo que precisa ser desmistificado e encarado de coração aberto. Estou me jogando. Acredito que a verdade é o novo sucesso. Não dá pra viver uma fantasia pra sempre, as pessoas gostam do que é real, de gente de verdade. Eu espero que cada vez mais membros da comunidade criem coragem para enfrentar seus medos e finalmente correrem atrás de suas liberdades. Mas também entendo os que temem, não adianta correr se o melhor da vida é a caminhada. Cada um tem o seu próprio processo evolutivo", finalizou.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, falou sobre sexualidade durante entrevista recente. Para o ministro, a homossexualidade seria fruto de “famílias desajustadas” e orientação sexual é um tema que não deve ser tratado com adolescentes. As falas de Ribeiro repercutiram bastante e foram muito comentadas nas redes sociais.

Em entrevista ao Estadão, o ministro falou o que pensa sobre alguns temas ligados à sexualidade. A começar pela homossexualidade. “Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe". Ele também disse que “respeita, mas não concorda” com tal comportamento.

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Em seguida, Milton Ribeiro falou que é contra certas discussões com menores de idade porque as crianças acabam “optando” por serem gays: "Dizem que é para proteger gravidez indesejada, mas a verdade é que falar para adolescentes que estão com os hormônios num top sobre isso é a mesma coisa que um incentivo. É importante falar sobre como prevenir uma gravidez, mas não incentivar discussões de gênero".

As falas do ministro repercutiram mal e ele virou um dos assuntos mais comentados na internet, nesta quinta (24). “Isso é o ministro da "educação". Nem conceitos básicos da cidadania ele domin”; “Misericórdia todo dia um ministro da educação diferente falando algo cretino pra sustentar o cargo nesse governo”; “Ministro da Educação crente em 2020 falando que homossexualidade é fruto de família desajustada. Ajustada era a da Flordelis 100% hetero”; “Nada é tão ruim que não possa piorar, pode entrar novo ministro da educação”.

O ator Gustavo Wabner, o galã da novela Carrossel, falou sobre sua sexualidade em uma entrevista para o site 'Gay Blog' e negou que tenha saído do armário, porque sua homossexualidade nunca foi segredo. 

Gustavo estrelou a novela Carrossel como par romântico de Rosanne Mulholland, a professora Helena. O ator é casado há 23 anos, com o diretor de teatro Sergio Módena.  

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"Pra mim, ser gay é tão natural. Não passei por aquele momento de 'descobrir' que eu era gay. Desde de muito pequeno já tinha consciência disso e minha família é sensacional. Cresci em um ambiente com muita liberdade e carinho, de uma forma geral. Sempre me senti protegido e tenho muito orgulho de ser gay", disse Gustavo na entrevista.  

Para o site, o ator ainda fez questão de frisar os seus privilégios, por ser branco e pela sua classe social. Gustavo também chegou a revelar que sofreu preconceito e que tentaram prejudicá-lo profissionalmente enquanto trabalhava na novela. 

"Nunca tive medo de perder trabalho, mas já tive medo de perder a vida. E olha que eu sou um 'gay branco, padrão de classe média’. O preconceito existe, isso é evidente. E no Brasil ele anda de mãos dadas com a intolerância, por isso somos um dos países que mais assassina homossexuais no planeta. Quem mais sofre com isso são as pessoas de classes economicamente mais baixas, os negros e ‘as pintosas’. Eles são o pelotão de frente da comunidade LGBTQI+ abrindo caminho, conquistando um espaço importante. São os heróis e, ao mesmo tempo, as maiores vítimas. E se já percebi alguma tentativa de boicote? Olha, já sim e muito provavelmente vindo de alguém da própria comunidade, infelizmente. Uma vez enviaram uma foto minha acompanhado em uma boate gay para o departamento de elenco da emissora em que eu trabalhava. Era algo do tipo ‘como ele vai interpretar o galã se é gay?’. O preconceito acontece dos dois lados. Dei risada e segui tocando meu trabalho".

Um homem foi intimado pela Polícia Civil por ter espancado a filha de 16 anos. A adolescente contou que foi espancada pelo pai por ser lésbica. O crime ocorreu em Ipiaú-BA na quarta-feira (9).

A denúncia foi feita pela avó materna da jovem. Segundo informações da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), a idosa procurou a delegacia logo após a agressão.

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A avó informou que a neta era constantemente agredida por ser lésbica. Os policiais estiveram na casa da adolescente, mas não encontraram o pai. A jovem foi levada para a delegacia, onde reforçou que a violência sofrida era motivada pela sua orientação sexual.

A vítima também relatou ter sido agredida na segunda-feira (7) com uma bainha de facão. O suspeito recebeu uma intimação para comparecer à delegacia. Uma medida protetiva foi solicitada para a adolescente.

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE-AL) pediu que polícia apure crime de homofobia no caso do pai que espancou o filho adolescente. O jovem de 14 anos foi agredido violentamente pelo pai após assumir que era homossexual. O caso ocorreu na segunda-feira (24) no bairro de Bebedouro, em Maceió-AL.

O promotor de Justiça Antônio Jorge Sodré encaminhou ofício ao delegado-geral da Polícia Civil pedindo imediata instauração de inquérito policial. "Não entendemos que possa ser visto apenas como uma lesão, já que a mesma foi em decorrência da não aceitação da opção sexual da vítima", disse o promotor.

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Sodré também encaminhou ofício ao Conselho Tutelar para que envie relatório sobre o atual estado do menor, de sua genitora e demais familiares. A Secretaria da Mulher e Direitos Humanos foi notificada para que se pronuncia sobre as providências já adotadas.

O pai e o irmão do adolescente, que é acusado de participar das agressões, prestaram depoimento na sexta-feira (28) na Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente (DCCA). O pai disse que o jovem chegou na casa dele sob efeitos de drogas e que a pancada que deu foi para se defender. O homem também afirmou que já sabia que o filho era homossexual e que o ocorrido não está relacionado a isso.

De acordo com a Polícia Civil, o menor mora com a mãe, com quem conversou primeiro sobre sua sexualidade. Eles foram juntos na casa do pai para falar sobre o mesmo assunto. Após ser espancado, o jovem levou mais de 10 pontos na cabeça.

No Brasil, a homofobia passou a ser considerada crime em 2019, após o Supremo Tribunal Federal (STF) entender que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser enquadrados no crime de racismo.

Marcela Mc Gowan, ex-participante da 20ª edição do Big Brother Brasil, bateu um papo com Bianca Andrade, a Boca Rosa, no YouTube. No canal da digital influencer, a médica informou que já se relacionou com pessoas transexuais. A declaração foi feita em cima dos assuntos relacionados à diversidade sexual.

"Hoje em dia, a gente até usa o termo bissexual para tudo. Me declaro bissexual, mas me relacionaria e também já me relacionei com pessoas trans", explicou. Ainda na conversa, Marcela esclareceu a diferença da bissexualidade e pansexualidade. "Então, o bissexual já se aproximou muito do que é pansexual, aí é mais uma questão de identificação", disse. Recentemente, Bianca Andrade abriu o coração.

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Através do Tik Tok, no último dia 29, ela publicou bandeiras do movimento LGBTQIA+, legendando o conteúdo: "Sobre ser livre para amar. Um beijo para todos da nossa bandeira LGBTQIA+. Nós somos fod*s". Quando estavam confinadas no BBB, Bianca e Marcela sempre falaram abertamente da intimidade.

A puberdade é uma fase delicada na vida dos jovens. É marcada pela transição entre a fase infantil e a adolescência, onde o indivíduo vê o mundo lúdico se transformar em realidade e começa a se enxergar como um ser social, o que gera conflitos internos e externos. Esse também pode ser um momento desafiador para os pais e responsáveis, principalmente se a puberdade ocorrer agora, enquanto a família também enfrenta o isolamento social devido ao coronavírus.

Nesse período de quarentena, as emoções podem se confundir. Para quem passa pela puberdade será ainda mais difícil entender o que acontece. "Esse é um momento de descobertas e de experiências, mas também de muita ansiedade e dúvidas", explica o psicólogo Reinaldo Fraga. "Esta fase é considerada fundamental, pois estão presentes conflitos, questionamentos, curiosidades e percepções relativas à identidade sexual, responsabilidade social, como profissão e caráter, além dos relacionamentos afetivos, reprodução humana, os tabus, mitos e questões de gênero relacionadas à sexualidade. Por isso é importante o diálogo", complementa.

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Segundo o psicólogo, é importante que os responsáveis deem abertura para que o adolescente fale sobre suas dúvidas e desejos, e precisam não deixar os julgamentos e dogmas entrarem no diálogo. "Esta é a fase em que se inicia as práticas sexuais, inserindo o adolescente no contexto das vulnerabilidades, onde estará mais exposto à infecções sexualmente transmissíveis, gestação não planejada e aborto. Conversar e saber ouvir é o principal passo", diz Borges. "A ebulição dos hormônios aflora emoções, substratos primitivos que dão a quarentena um ar ainda mais difícil. Afinal, quais jovens gostariam de ficar trancando em casa junto aos pais? Apenas crianças, e isso eles não são mais".

A quantidade de informação absorvida também pode causar dúvidas, principalmente sobre aspectos como ideologia de gênero e orientação sexual. Por isso, falar sobre experiências vividas ajuda o adolescente a não se sentir perdido. "A orientação sexual se refere à atração física, romântica e/ou emocional duradoura de um indivíduo por outra pessoa, enquanto a identidade de gênero se refere ao sentimento interno de ser masculino, feminino ou qualquer outra denominação. Pessoas transexuais podem ser heterossexuais, lésbicas, gays, bissexuais ou assexuais, por exemplo", finaliza Borges.

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