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Funcionários do setor portuário decidiram realizar uma manifestação no Porto do Recife, nesta quarta-feira (10). Desde as 7h da manhã, os trabalhadores protestam contra acordo imposto pelo Sindicato dos Arrumadores Portuários, entidade que só representa uma categoria que atua no porto. 

De acordo com o Sindicato dos Portuários de Pernambuco, o acordo deveria se estender somente aos arrumadores, profissionais que trabalham fora do navio e responsáveis pela carga, descarga e transporte de automóveis até as embarcações. Entretanto, os acertos trabalhistas se estendem aos trabalhadores portuários, responsáveis pelo transporte de passageiros.

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“A lei não permite que um sindicato tenha gerência sobre outra categoria de profissionais. Apesar de trabalharem na mesma área, portuários e arrumadores têm direitos trabalhistas diferentes. Se as reivindicações não forem atendidas, os portuários desejam paralisar as atividades”, segundo funcionário do Sindicato dos Portuários.

Representantes dos Sindicatos dos Estivadores e dos Operários e Trabalhadores Portuários de Santos prometem paralisar as atividades portuárias, das 7 às 13 horas desta terça-feira (5), em represália à falta de acordo com a Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport) para a contratação de mão de obra. Como ocorreu no em julho, os trabalhadores portuários também ameaçam paralisar a entrada da cidade, a partir das 7 horas, a fim de dar visibilidade ao movimento.

De acordo com os presidentes dos Estivadores, Rodnei de Oliveira, e dos Operários e Trabalhadores Portuários, Claudiomiro Machado, a Embraport operou na quinta e na sexta-feira, 31 de outubro e 01 de novembro, "de forma ilegal", ou seja, sem a requisição da mão de obra dos dois sindicatos. "O nosso movimento é contra o terminal da Embraport", declararam os sindicalistas, avisando que boa parte das atividades da cidade poderá ser interrompida, com bloqueios na entrada da cidade, na saída da Via Anchieta (Avenida Martins Fontes), no bairro do Saboó,"em razão da intransigência da empresa".

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Os representantes dos trabalhadores avulsos criticam a empresa por prejudicar toda a economia da região, ao criar dificuldades para um acordo com a categoria. A Embraport, por sua vez, alega que seu terminal é privado, enquanto os demais são públicos. Os demais terminais aderiram ao sistema misto, com a contratação de 50% de mão de obra avulsa e 50% de trabalhadores vinculados (via CLT), o que não vem ocorrendo com a Embraport.

Há mais de seis meses, os dois sindicatos vêm tentando um acordo com a empresa, mas sem resultados. Na última quinta-feira houve reunião no Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília, quando a Embraport apresentou novas propostas: de contratação de mão de obra mista (50% de avulsos e 50% de trabalhadores celetistas) até março de 2014. A partir de abril do ano que vem, a empresa operaria com 100% de mão de obra vinculada, podendo ou não requisitar os avulsos, a seu critério, proposta que foi rejeitada pela categoria. Os avulsos querem que o sistema de contratação mista seja mantido até junho de 2014.

As operações portuárias no terminal da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport) voltaram ao normal na manhã desta quinta-feira, 26, em Santos, após uma noite de manifestações. Por volta das 19 horas de quarta-feira cerca de 250 grevistas invadiram dois navios atracados no terminal. Os trabalhadores protestam contra o novo sistema empregatício da empresa, por meio de CLT. Até então, a contratação também podia ser avulsa.

O novo regime está previsto na Lei dos Portos, que entrou em vigor em junho. A partir de agora, cabe a empresa determinar o tipo de vínculo com o trabalhador, que no caso da Embraport passa a ser o CLT. A determinação contrariou os sindicatos dos Estivadores (Sindestiva) e dos Trabalhadores Portuários (Sintraport), que iniciaram na terça-feira uma série de manifestações no terminal.

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Segundo o presidente do Sindestiva, Rodnei Oliveira da Silva, os manifestantes devem continuar acampados na frente do terminal até que sejam atendidas as reivindicações. Segundo o presidente, a categoria já aceitou ceder a uma parte das negociações e pede agora o plano definitivo de 50% de contratação de mão de obra avulsa e 50% por vínculo CLT. Ele diz ainda que novas invasões à navios podem acontecer.

A Embraport propõe um novo prazo de 90 dias para adequação, sendo nesse período 50% de vínculo empregatício e 50% avulso. Após esse prazo, o regime passa ser totalmente CLT. Até o momento os sindicatos não aceitaram a proposta.

A Federação Nacional dos Estivadores (FNE) suspendeu a greve prevista para quarta-feira, 10, nos portos do País. Em comunicado publicado no site, a entidade informa que, após negociação com o governo federal na última sexta-feira, 05, alguns pontos foram acordados, levando à revisão da ideia de paralisação.

Foram mencionados quatro pontos de discussão com o governo. Um deles é a alteração do artigo 40 do Decreto nº 8.033, de 2013, que previa a instituição de um banco de dados específico para trabalhadores portuários. Além disso, eles dizem ter sido aprovado um texto referente à Aposentadoria Especial para os trabalhadores de portos e que o governo assumiu o compromisso de providenciar ajustes necessários para garantir o benefício aos trabalhadores portuários avulsos. Por último, afirmam que o governo assumiu o compromisso de publicar ato que discipline a Categoria Profissional Diferenciada com relação aos portuários.

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Quanto ao Dia Nacional de Lutas, que prevê uma série de paralisações organizadas pelas centrais sindicais na quinta-feira, 11, a nota afirma que está mantida a participação dos sindicatos afiliados.

O presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão, Rodnei da Silva, o Nei da Estiva, disse, no entanto, que os portos da região de Santos mantêm a greve na quarta-feira. De acordo com o dirigente, ainda há demandas dos trabalhadores da região que não foram atendidas pelas negociações. "Mantemos nossa disposição de estar em greve no dia 10 e no dia 11", reforçou Nei.

Diante do impasse na negociação da Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos, os trabalhadores do setor convocaram uma greve de 24 horas para a próxima quinta-feira (18). Segundo o presidente da Federação Nacional dos Estivadores, Wilton Ferreira Barreto, não houve consenso entre os sindicatos e o relator do projeto, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

"É o governo que está querendo essa greve, porque não está cumprindo o que prometeu aos trabalhadores", disse Barreto. De acordo com ele, cerca de 40 mil trabalhadores dos 36 portos públicos devem aderir à paralisação.

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O ato também é um protesto contra as ações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que monitoraram o movimento sindical portuário em 15 Estados litorâneos, conforme revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, negou que a vigilância tenha tido motivação política.

A apresentação do texto final da Medida Provisória 595 estava marcada para esta quarta-feira, mas foi cancelada e não há outra data agendada. A MP propõe um novo marco regulatório para o setor portuário e vem enfrentando resistências. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também é contrário por entender que a MP tira dos Estados o poder de licitar os novos terminais portuários.

Portuários de todo o País estão programando uma greve em protesto contra a ação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no Porto da Suape, em Pernambuco. O presidente da Federação Nacional dos Estivadores, Wilton Ferreira Barreto, afirmou nesta terça-feira (9), que categoria está revoltada com a atitude do governo de monitorar o movimento sindical e pretende parar nesta ou na próxima semana.

Barreto está em Brasília e disse que as conversas com os estivadores continuam na quarta-feira (10). "Há uma inquietação nos portos e uma predisposição a fazer uma paralisação em todo o Brasil", relatou.

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Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo confirma que o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) mobilizou a Abin para monitorar portuários e sindicatos contrários à Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos. O ofício desmente o general José Elito, ministro-chefe do GSI, que na semana passada chamou de "mentirosa" uma outra matéria do jornal que revelava a ação da Abin em Pernambuco.

O documento mostra que a "missão" da Abin era identificar ações grevistas como reação à medida provisória que altera o funcionamento dos portos. O alvo central eram sindicalistas ligados à Força Sindical. Outro trecho cita a Federação Nacional dos Portuários e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O presidente da Força, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), conhecido como Paulinho da Força, disse nesta terça que já redigiu um requerimento para convocar os representantes da GSI e da Abin a dar explicações no Congresso e que pretende denunciar o caso até mesmo à Organização Internacional do Trabalho (OIT). O deputado vai pedir ajuda ao Ministério Público do Trabalho para apurar a denúncia.

"É muito grave o que eles fizeram. Afeta a livre organização sindical. É inadmissível um governo democrático, de uma presidente que sofreu esse tipo de perseguição na ditadura, perseguir agora o movimento sindical", afirmou Paulinho, em referência à presidente Dilma Rousseff, que chegou a ser torturada durante o regime militar, no início dos anos 70.

Paulinho também condenou o fato de o general Elito, após a revelação do caso na semana passada, ter negado que houvesse monitoramento do movimento sindical. "Um ministro do governo mente para a opinião pública. Fica claro agora que ele mentiu, na medida em que ele disse que não havia investigação, e o Estado hoje divulga o pedido de investigação."

A estatal chilena Codelco disse que uma greve no porto de Angamos, no norte do Chile, continua a impedir o embarque de cátodos de cobre da companhia, que é a maior produtora de cobre do mundo. A empresa usa o porto para transportar cobre na forma de cátodos, que são grandes folhas de 99,99% de cobre puro.

A Codelco não pode fornecer detalhes sobre a quantidade de metal que não foi embarcada no navio que está aguardando no porto, nem sobre o destino do produto. A maior parte dos clientes da Codelco estão localizados na Europa, Ásia e América do Norte.

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Uma fonte da empresa disse que a greve poderá ser encerrada em breve, já que os trabalhadores e a administração têm uma reunião prevista para tentar negociar um acordo.

A greve no porto ocorre após trabalhadores da Codelco anunciarem uma série de protestos e uma greve geral de 24 horas em todas as suas operações em uma data não divulgada, provavelmente em abril.

A Federação de Trabalhadores de Cobre, que representa a maior parte dos empregados sindicalizados da Codelco, planejou a greve para protestar contra o aumento dos custos de produção, a terceirização de serviços de mineração e o que consideram uma gestão ineficiente. As informações são da Dow Jones.

Os representantes dos trabalhadores portuários decidiram cancelar a paralisação que fariam na segunda-feira (25) depois de reunião com o líder do governo no Senado e relator da MP dos Portos, Eduardo Braga (PMDB-AM), e com o presidente da comissão especial que analisa a MP, José Guimarães (PT-CE). Os portuários e os parlamentares governistas entraram em acordo em relação a vários pontos trabalhistas previstos no texto da medida provisória.

O relator afirmou que, apesar de ter havido atrasos no calendário, ele pretende fazer um "esforço" para entregar o relatório da MP dos Portos antes de 10 de abril para que seja votado na comissão nessa data. Os atrasos, segundo ele, ocorreram porque o acordo com os trabalhadores deveria ter sido fechado semana passada. Além disso, deve ocorrer uma nova audiência pública sobre a MP na próxima semana, com a participação da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB); da Bahia, Jaques Wagner (PT) e do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT).

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Governo e trabalhadores portuários deverão se reunir nesta quinta-feira (21) para discutir mudanças na Medida Provisória 595, a MP dos Portos, nos pontos referentes às relações trabalhistas. "Se não tiver acordo, acho que na segunda-feira (25) os portos estarão parados", disse o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, que participou de audiência pública para discutir a MP.

O ministro-chefe da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino, disse que o governo está aberto a modificações, desde que não altere a essência da proposta. Ele não adiantou o que será oferecido amanhã aos portuários. "Eu já avisei que não aceitamos meio-termo em relação aos Ogmos (Órgãos Gestores de Mão de Obra)", afirmou Paulinho.

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Os Ogmos coordenam a alocação de trabalhadores avulsos nos portos e são vistos pelos empresários como um custo adicional. Os novos portos privados, que serão criados após a aprovação da MP, poderão contratar trabalhadores celetistas. Os avulsos pressionam para que a estrutura dos Ogmos seja utilizada também nos novos portos privados.

Uma eventual paralisação agravará ainda mais o apagão logístico enfrentado pelas exportações brasileiras. Os portuários ameaçam parar por 24 horas a partir das 7 horas de segunda-feira. O relator da MP e líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), pretende apresentar o relatório no dia 3 para que seja votado na comissão mista no dia 10.

A paralisação dos trabalhadores portuários marcada para a próxima terça-feira (19) está suspensa. A Força Sindical informou que os dirigentes da categoria resolveram não fazer greve "diante da possibilidade de acordo". Na próxima semana, os representantes dos trabalhadores têm uma reunião prevista com o governo para discutir a Medida Provisória 595, conhecida por MP dos Portos, que propõe um novo marco regulatório para o setor. Os portuários querem mudanças no texto porque avaliam que as novas regras pioram as condições de trabalho.

Na reunião, além de representantes dos trabalhadores, devem participar o líder do governo no Senado e relator da MP dos Portos, Eduardo Braga (PMDB-AM); o líder do PT na Câmara e presidente da comissão que analisa a MP, José Guimarães (CE); e o ministro da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino.

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"Vamos manter os trabalhadores mobilizados e, se as negociações não evoluírem, vamos fazer uma greve de um dia no próximo dia 26", informou por meio de nota o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) o Paulinho.

Os portuários vão rever a paralisação que estava prevista para o dia 19, segundo informou o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que também é presidente da Força Sindical. Ele disse que a decisão será tomada em assembleia na quarta-feira.

Segundo o deputado, a revisão do calendário de greve se deve à prorrogação do prazo da medida provisória 595/2012, a MP dos Portos. Além disso, de acordo ele, os trabalhadores aguardam o resultado de uma reunião com o governo que deve acontecer ainda nesta semana. O deputado falou com a imprensa após reunião com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Carlos Alberto Reis de Paula.

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O deputado afirmou que o objetivo de dialogar com o TST é para o caso de as negociações com o governo não avançarem. "Se continuar nesse impasse, vai cair aqui no tribunal. Estamos convencidos de que a MP cria um novo sistema, que vai matar o atual devagarinho e vai tirar todos os direitos dos trabalhadores", disse.

Já o presidente do TST afirmou que a Força Sindical fez a visita para informá-lo como está o processo da negociação relativo à MP. Reis de Paula disse, ainda, que receberá o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, na manhã de quarta-feira.

O anúncio de paralisação das atividades dos trabalhadores portuários no próximo dia 19 pode prejudicar as negociações da categoria no Congresso. A avaliação é do relator da Medida Provisória 595, a MP dos Portos, senador Eduardo Braga (PMDB-AM). O comentário foi feito quando o senador saía de mais um encontro com a classe, na tarde de hoje. "Se estamos em negociação, (anunciar greve) não é um bom indicativo", destacou.

Ele disse receber com estranheza a notícia. "Participei de reunião com todo o setor que dizia estar na mesa de negociação até o dia 15. Ora, se está na mesa de negociação até o dia 15, como anunciar que tem uma paralisação no dia 19?", questionou. Participaram da audiência pública o presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Agenciamento Marítimo, Aquaviário e Operadores Portuário (Fetaport), o presidente do Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro, além do presidente Intersindical da Orla do Espírito Santo.

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A surpresa de Braga deve-se ao calendário de negociações firmado com a categoria. A Comissão Mista montada para analisar a MP e os trabalhadores tinham concordado em uma trégua até o dia 15 de março. Além disso, Braga se comprometeu a apresentar seu relatório até o dia 3 de abril e tem, ainda, a intenção de votar o documento na Comissão Mista até o dia 10, quando então ele começa a tramitar na Câmara dos Deputados.

O anúncio da paralisação foi feito no início da tarde desta quarta-feira após uma reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Porém, representantes de federações ligadas aos trabalhadores do setor portuário informaram, no final da tarde, que vão aguardar até o dia 15 de março para decidir se haverá paralisação. "O que se decidiu é que no dia 14 nós faremos uma plenária para discutir o fim do prazo, as negociações e o nosso posicionamento", explicou o presidente da Federação Nacional dos Portuários, Eduardo Guterra.

De acordo com ele, a audiência pública no Congresso Nacional, realizada na terça-feira, com a participação das federações do setor, não tinha caráter deliberativo. "Pelo fato de várias pessoas já terem ido embora e outros sindicalistas não terem comparecido, não houve uma decisão com relação a uma greve a partir do dia 18 ou do dia 19", comentou.

O presidente da Federação Nacional dos Estivadores, Wilton Ferreira Barreto, também acrescentou que as entidades vão respeitar o calendário do Palácio do Planalto. "Se não houver um avanço, aí nós iremos paralisar nossas atividades no dia 19, não significa que isso já esteja determinado".

Ogmos

Ao longo da audiência pública, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) disse que vai apresentar, na Mesa do Senado, um requerimento à Receita Federal para que a instituição informe possíveis dívidas tributárias dos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos). Ela diz ter recebido denúncias de que os 29 Ogmos possuem uma dívida de R$ 120 milhões com a Receita, débito que seria fruto de contribuições previdenciárias não repassadas.

Os Ogmos representam um dos pontos polêmicos da MP. Atualmente, as empresas que estão nos portos organizados são obrigadas a contratar trabalhadores avulsos, controlados pelos Ogmos, para cumprir funções relacionadas ao desembarque a bordo do navio e fazer a conferência da carga na embarcação e em terra. Os trabalhadores defendem que o modelo atual, mas a MP acaba com essa obrigatoriedade, abrindo a possibilidade de as empresas contratarem celetistas.

Outra questão reivindicada pelos trabalhadores é que o serviço de segurança nos terminais privados seja função do Estado, e não terceirizado, como previsto no texto original encaminhado pelo Executivo. Os sindicalistas também condenam a retirada dos poderes dos Estados sobre a administração dos portos e se preocupam, ainda, com a isonomia de custos para portos públicos e privados.

Os trabalhadores portuários decidiram paralisar as atividades em todos os portos do País por 24 horas no próximo dia 19. Eles anunciaram a decisão após se reunirem com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no início da tarde desta quarta-feira. "Achamos que as negociações estão muito lentas. Então vamos parar as atividades para pressionar. Caso não resolva, vamos nos reunir novamente e discutir uma possível greve", destacou o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, que acompanhou os cerca de 50 mil sindicalistas que participam de uma série de reuniões em Brasília hoje.

Durante a reunião, além de apresentarem uma ampla pauta de reivindicações da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que também participou do encontro, os portuários voltaram a falar de suas preocupações com a possibilidade de que os novos portos privados adotem um modelo de contratação de trabalhadores diferente do que é feito pelos portos públicos, a partir da aprovação da Medida Provisória 595, a chamada MP dos Portos.

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Uma das polêmicas da MP refere-se aos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos). Hoje, as empresas que estão nos portos organizados são obrigadas a contratar trabalhadores avulsos, controlados pelos Ogmos, para cumprir funções relacionadas ao desembarque a bordo do navio e fazer a conferência da carga na embarcação e em terra. Os trabalhadores defendem que o modelo atual, mas a MP acaba com essa obrigatoriedade, abrindo a possibilidade de as empresas contratarem celetistas.

Outra questão reivindicada pelos trabalhadores é que o serviço de segurança nos terminais privados seja função do Estado, e não terceirizado, como previsto no texto original, encaminhado pelo Executivo.

O governo federal tem defendido que a medida provisória tem a finalidade de aumentar a competitividade dos portos do País. A intenção é fazer uma votação rápida, a exemplo do que foi feito com a MP do setor elétrico. Segundo o relator da MP na Comissão Especial, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), a intenção é aprovar o relatório até o dia 10 de abril.

O ministro-chefe da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino, disse nesta sexta-feira que o governo federal aceita negociar com os sindicatos a medida provisória 595, a MP dos portos, que estabelece um novo marco regulatório para o setor, mas garantiu que a "essência" do texto será mantida. Cristino também afirmou que o governo foi "surpreendido" com a paralisação desta sexta-feira e que os trabalhadores concordaram em suspender as greves até 15 de março, quando esperam concluir as negociações com o Palácio do Planalto.

"Abrimos canal de negociação desde a semana passada e hoje fomos surpreendidos com essa greve em quase todos os portos brasileiros, mas depois dessa reunião entramos num acordo com todas as federações e centrais, para que a greve não aconteça até 15 de março. Vamos ampliar cada vez mais essa mesa de negociação no sentido de que chegue ao consenso e possa essa MP tramitar no Congresso", disse o ministro ao deixar o Palácio do Planalto.

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De acordo com a Força Sindical, as paralisações que ocorreram na manhã desta sexta-feira no País atingiram 30 mil trabalhadores de 36 portos, entre eles o de Santos (SP) e o de Paranaguá (PR).

Pela manhã, estiveram reunidos no Palácio do Planalto o ministro de Portos, técnicos da Casa Civil e representantes da Federação Nacional dos Estivadores, da Federação Nacional dos Portuários e da Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios, Nas Atividades Portuárias (Fenccovib).

"Até o dia 15 de março, não vamos fazer nem as licitações, processos licitatórios, embora os estudos vão continuar. E também não vamos fazer nenhum decreto com relação à regulamentação da MP", garantiu Cristino. "Creio que vamos chegar a um consenso. Estamos resguardando a população brasileira. Com essa negociação de hoje, vamos ampliar essa mesa de negociação."

De acordo com Cristino, assim como os trabalhadores e os empresários, o governo quer dar eficiência aos portos. "Se todos queremos, vamos chegar ao ponto para que a MP seja aprovada. A essência da MP vamos trabalhar sempre para preservar. Não temos interesse de mudar a essência, porque a essência demonstra com muita clareza que vai ampliar a movimentação de carga com o menor preço."

A discussão trabalhista é, no momento, a questão central das discussões da MP dos Portos. Hoje, os trabalhadores são coordenados pelos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos), que cadastram trabalhadores avulsos, mas na avaliação das empresas, a atuação do Ogmos eleva os custos dos serviços. Por isso, os novos terminais privados que surgirão com a MP deverão utilizar mão de obra regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o "Paulinho da Força", disse nesta sexta-feira que os trabalhadores portuários concordam em suspender greve até o dia 15 de março, quando esperam concluir as negociações com o governo federal para tratar da medida provisória 595, a MP dos portos, que estabelece um novo marco regulatório para o setor. De acordo com Paulinho da Força, as paralisações que ocorreram na manhã desta sexta-feira no País atingiram 30 mil trabalhadores de 36 portos, incluindo Santos (SP) e Paranaguá (PR).

Pela manhã, estiveram reunidos no Palácio do Planalto o ministro-chefe da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino, técnicos da Casa Civil e representantes da Federação Nacional dos Estivadores, da Federação Nacional dos Portuários e da Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios, nas Atividades Portuárias (Fenccovib).

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"A greve foi um sucesso. Ficou clara a abertura desse diálogo. Propusemos de fechar essa negociação até o dia 15 de março", afirmou Paulinho da Força, que também participou da reunião. A MP abre para a iniciativa privada a exploração de terminais. Os trabalhadores temem que as regras provoquem perda de direitos e desemprego.

A vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministra Maria Cristina Peduzzi, publicou na quinta-feira (21) um despacho determinando que os portuários se abstenham de paralisar o trabalho. A multa diária em caso de descumprimento, ou seja, caso eles parem a prestação de serviços, é de R$ 200 mil.

A questão trabalhista é, no momento, o ponto central das discussões da MP dos Portos. Hoje, os trabalhadores são coordenados pelos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos), que cadastram trabalhadores avulsos. Na avaliação das empresas, a atuação do Ogmos eleva os custos dos serviços. Por isso, os novos terminais privados, que surgirão com a MP, deverão utilizar mão de obra regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

De acordo com Paulinho da Força, o governo federal concordou em suspender as multas aplicadas contra os sindicatos por causa da greve. Além disso, o Palácio do Planalto teria aceitado chamar o relator da MP, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), para participar de uma nova reunião, marcada para a próxima sexta-feira (29), no Palácio do Planalto.

"Essas condições foram aceitas pelo governo e, em troca disso, trabalhadores concordam em suspender a greve até 15 de março. Se não tiver acordo, aí cada um faz o que acha melhor", afirmou Paulinho da Força.

Ainda segundo ele, o governo aceitou suspender possíveis licitações de terminais enquanto as negociações ainda estiverem em andamento. "Não dá pra negociar e estar fazendo licitação", disse Paulinho. "Queremos paridade na questão dos custos dos portos, caso contrário o porto privado vai matar o porto público. Esses dois sistemas não conseguem conviver com outro, porque o privado mata o público", completou.

Na última quarta-feira (21), o governo instalou a comissão mista especial para analisar a medida provisória. Embora um grupo de deputados tenha se retirado na tentativa de adiar os trabalhos, a comissão foi instalada e elegeu como presidente o deputado e líder do PT na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e como vice-presidente o senador e líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE). A indicação de líderes para comandar a comissão demonstra a intenção do governo de ter controle do relatório que será votado pelo Congresso.

Os trabalhadores do Porto de Santos realizam uma paralisação na manhã desta sexta-feira contra a medida provisória 595, a MP dos Portos.

A Companhia Docas do Estado de São Paulo informou que, de 20 navios atracados que deveriam operar das 7h às 13h, apenas três estão operando, pois conseguem realizar o embarque e desembarque de forma automatizada, sem mão de obra.

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A previsão é de que os portuários fiquem parados até as 13h desta sexta. Na terça-feira (26), eles voltam a fazer greve, das 13h às 19h.

Trabalhadores portuários realizam na manhã desta sexta-feira protestos em diversas cidades do País contra a implantação da MP 595, proposta do governo para alterar as regras de concessão e investimentos nos portos brasileiros. No Rio, a manifestação começou por volta das 7h e contou com a presença de cerca de 100 trabalhadores que ocuparam parte da Av. Rodrigues Alves, na zona portuária. Os manifestantes caminharam pela pista no sentido Avenida Brasil, provocando lentidão no trânsito na zona norte e no centro da capital.

De acordo com o Sindicatos dos Estivadores, também foram realizados protestos nos portos de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santos, Santa Catarina, e Sergipe. Os sindicalistas prometem nova manifestação na próxima terça-feira (26).

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Os portuários questionam alguns pontos da Medida Provisória (MP) apresentada pelo governo em dezembro de 2012 e que tramita na Congresso Nacional. A MP 595 estabeleceu R$ 56 bilhões de investimentos no setor e definiu alterações na regulamentação do setor. Segundo os trabalhadores, as mudanças permitiriam uma abertura de mercado a novos profissionais não cadastrados no Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), o que traria prejuízos salariais para a categoria.

Portuários ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado caso o governo não aceite negociar a Medida Provisória 595/2012, a MP dos portos, que propõe um novo marco regulatório para o setor. A informação é do presidente da Federação Nacional dos Estivadores (FNE), Wilton Ferreira Barreto.

Na manhã de sexta-feira (22), representantes de federações que atuam nos portos brasileiros se reunirão com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e com o ministro da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino. Depois disso, segundo Barreto, os trabalhadores vão avaliar a posição do governo. "Se o governo não quiser negociar, vamos aumentar a dose. Pode ser uma greve por tempo indeterminado", afirmou Barreto à Agência Estado.

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O presidente da FNE disse que, por enquanto, os trabalhadores decidiram que a greve está mantida em períodos específicos: sexta-feira (22), das 7 horas às 13 horas, e na terça-feira (26), de 13 horas às 19 horas.

Na última segunda-feira (18), o ministro da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino, afirmou que o governo federal continuaria "escutando os trabalhadores" para tratar da medida provisória que altera as regras de operação dos portos.

Dirigentes de sindicatos de trabalhadores nos portos e os deputados Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, e Márcio França (PSB-SP) se reuniram com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), em busca de apoio nas negociações da medida provisória que muda as regras do sistema de portos no Brasil. Os trabalhadores preparam uma greve nacional nos portos caso não sejam feitas mudanças no texto encaminhado pelo governo ao Congresso. Os sindicalistas afirmam que os trabalhadores perderão direitos e há ameaça de desemprego no setor com as novas regras.

Os trabalhadores do Porto de Santos, em São Paulo, marcaram paralisação de seis horas na próxima sexta-feira (22). "Estamos nos mobilizando para uma greve geral por tempo indeterminado na semana de votação da MP", disse o deputado Paulinho. Segundo o deputado e presidente da Força Sindical, a votação deve acontecer por volta do dia 21 de março.

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O presidente da Câmara se dispôs a patrocinar um encontro entre o relator da MP na comissão mista especial, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e os sindicalistas, no qual os trabalhadores pretendem sensibilizá-lo em torno da necessidade de alteração no texto.

Paulinho afirmou que a invasão ao navio de Xangai por um grupo de trabalhadores do Porto de Santos mostra que eles vão resistir às mudanças. De acordo com Paulinho, o navio chinês trouxe para o Brasil equipamentos para a empresa privada Embraport, que pretende operar no porto, e mão de obra chinesa para descarregar a carga. "Eles não tinham visto para entrar no Brasil nem visto de trabalho no Brasil", afirmou. Até por volta das 15h30 da tarde desta terça-feira, o protesto continuava sem perspectiva de os trabalhadores deixarem a embarcação.

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai se pronunciar sobre a paralisação de seis horas, prevista para sexta-feira, no Porto de Santos. A assessoria disse que é uma "posição unilateral da empresa não se posicionar sobre especulações".

Os sindicalistas ligados aos portos de todo o País começam nesta terça-feira uma jornada que se estenderá até quinta-feira em Brasília para definir a estratégia de mobilização contra a Medida Provisória 595, a MP dos Portos. Cerca de 400 líderes sindicais são esperados para a plenária nacional, que começa às 14 horas desta terça, mesmo horário em que um grupo deve se encontrar com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

A reunião com Alves vai servir para a categoria apresentar as insatisfações dos portuários com a MP. A principal delas é a questão trabalhista. Os sindicatos alegam que a medida vai tornar precárias as relações de trabalho. Um dos pontos criticados pelos trabalhadores é o fato de que, com a MP, os terminais privados não serão obrigados a contratar pelo sistema Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos), usado atualmente para cadastro de trabalhadores avulsos.

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"Sempre prezamos pelo canal de negociação com o governo, mas não podemos aceitar uma negociação onde há imposição", disse o presidente da Federação Nacional dos Estivadores (FNE), Wilton Ferreira Barreto. Nesta manhã, sindicalistas ligados à FNE já fizeram uma reunião em Brasília. "Temos três dias para planejarmos nossas estratégias. A paralisação é uma possibilidade e já estamos em estado de greve", disse Barreto.

Dirigentes filiados à FNE, à Federação Nacional dos Avulsos e à Federação Nacional dos Portuários (FNP) começaram a chegar à capital federal. Os sindicalistas devem discutir nesta terça as emendas - são mais de 600 no total - apresentadas ao texto original e as reivindicações dos trabalhadores. O cronograma dos sindicalistas prevê, até agora, uma panfletagem na quarta-feira (20) entre os deputados para apresentarem as deliberações dos portuários. A decisão final sobre uma greve nacional dos trabalhadores de portos deve sair só na quinta-feira (21). Até lá, eles esperam que as negociações com o governo avancem.

Editada em dezembro de 2012, a MP dos Portos tramita na Câmara em regime de urgência e deve ser votada até maio para que não perca a validade.

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