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Um dia depois de o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dizer no programa de rádio e TV do PSDB que "nunca antes na história deste País se roubou tanto em nome de uma causa", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu a acusação desafiando o adversário a contar a história da aprovação da emenda constitucional que permitiu sua reeleição.

O petista disse também estar assustado com os ataques que vem sofrendo nas últimas semanas. Segundo ele, o motivo é o medo dos adversários de enfrentá-lo novamente nas eleições de 2018. "Eu estou assustado. Gente do céu! Agora eles já não querem mais atacar a Dilma. Agora eles já estão pensando é que tem que balear o Lula pensando que o Lula vai voltar em 2018. Eu nem sei se vou estar vivo", afirmou o ex-presidente nesta quarta-feira, (20).

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Lula classificou de "bobagem" a fala no programa de FHC sobre a corrupção. "Um homem que foi presidente da República, letrado como ele é, não tinha o direito de falar a bobagem que ele falou ontem (anteontem) à noite. Porque se ele quisesse falar de corrupção precisaria contar para este País a história da sua reeleição", desafiou Lula, durante um seminário promovido ontem pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), em São Paulo.

Aprovada em 1997, a emenda da reeleição foi alvo de acusação de compra de votos no Congresso por parte do governo FHC. O caso foi arquivado pelo então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, por falta de provas. "Se não quiser dizer para mim, não tem problema. Eu sei como foi. Sente na frente do seu neto e conte para ele", provocou Lula. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PT convocou seus seguidores nas redes sociais para fazer um tuitaço hoje às 19hs, durante a exibição do programa eleitoral do PSDB em cadeia nacional de TV. "Esperamos chegar ao trending topics mundial", diz o vice-presidente do PT, Alberto Cantalice, reponsável pelas redes sociais da legenda.

Enquanto os tucanos convocam "panelaços" contra as exibições de programas do PT e falas de Dilma Rousseff em cadeia nacional, os petistas optam por atuar apenas nas redes sociais. A estratégia do tuitaço foi usada pela sigla em várias ocasiões.

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Um dia após a prisão de João Vaccari Neto, ex- tesoureiro do PT militantes do partido usara, as redes sociais contra o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, que investiga o escândalo de corrupção na Petrobras. A hashtag do ato #ExplicaMoroPorqueSoPT ficou em primeiro na lista dos trending topics do Twitter.

A propaganda eleitoral na televisão será retomada nesta quinta-feira (9), às 20h30. No rádio, recomeça na sexta-feira (10), às 7h. O tempo para cada candidato à Presidência da República será igual no segundo turno. A presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) terão dez minutos cada.

A petista será a primeira a se apresentar, porque teve a maior votação no primeiro turno. A partir daí, a ordem dos candidatos será alternada. Quando terminar o tempo de Dilma e Aécio, começa a propaganda dos candidatos que disputam 13 governos estaduais e do Distrito Federal (DF), em segundo turno. Em Pernambuco, como o governador foi eleito no primeiro turno, o horário eleitoral dura apenas 20 minutos. 

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Nos 13 estados e DF minutos de propaganda divididos entre os candidatos em dois períodos de 20 minutos, diariamente, incluindo os domingos. No rádio, a propaganda vai ao ar às 7h e ao meio-dia. Na televisão, às 13h e às 20h30. A propaganda segue até o dia 24 de outubro, dois dias antes do segundo turno das eleições.

Apesar da decisão liminar do desembargador Wagner Cinelli que proíbe desde sexta-feira o governador e candidato à reeleição pelo PMDB, Luiz Fernando Pezão, de fazer campanha em prédios públicos, o programa eleitoral do peemedebista veiculado nesta segunda-feira voltou a exibir Pezão com moradores em uma biblioteca construída pela atual gestão em Manguinhos, na zona norte do Rio.

A ação foi movida pela coligação do candidato do PT ao governo, o senador Lindbergh Farias. Está prevista multa diária de R$ 5 mil a cada vez que a decisão judicial for desrespeitada. No vídeo, Pezão aparece rodeado por moradores, inclusive crianças, que elogiam a obra na comunidade. "Você é `pezinha'", diz o candidato do PMDB a uma menina, depois de colocar o seu pé ao lado do dela. Antes, o governador apareceu ao lado da mulher, tomando café da manhã no apartamento do casal em Laranjeiras, na zona sul do Rio. Também foram exibidos depoimentos gravados pelos pais do governador.

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O candidato do PR ao governo, Anthony Garotinho, concentrou sua fala em promessas, caso seja eleito: construir 40 mil casas, 40 restaurantes populares e reduzir em 50% o valor cobrado pelo IPVA, o imposto para proprietários de carros. Marcelo Crivella, do PRB, prometeu construir escolas de tempo integral em modelo inspirado em iniciativa realizada na Bahia e o candidato do PSOL, Tarcísio Motta, criticou "perseguições políticas" contra sindicalistas e afirmou que irá mudar o atual modelo de educação.

Lindbergh Farias voltou a dizer que pretende "derrubar o muro que separa o Rio do cartão postal do Rio esquecido, da zona norte, da Baixada Fluminense e de São Gonçalo", criticando a gestão do PMDB no Estado. O PT integrou o governo atual de 2007 até o início deste ano. no programa, Lindbergh apareceu ao lado da mulher e dos filhos e concentrou suas propostas em educação, transportes e saúde. Sobre segurança, disse que "somente com cultura e educação haverá pacificação". No fim, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu mais uma vez pedindo votos para Lindbergh.

No trecho dos candidatos ao Senado, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) pediu votos para o candidato do PDT, Carlos Lupi, apesar de a coligação de Pezão apoiar a candidatura do ex-prefeito Cesar Maia (DEM). Em junho, quando o nome de Maia foi anunciado para o Senado, Paes classificou o acordo entre PMDB, DEM e PSDB de "bacanal eleitoral". Na ocasião, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) abriu mão de sua candidatura e cedeu a vaga ao ex-prefeito, um dos principais adversários políticos de Paes.

O candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Paulo Skaf, terá 5min58s de tempo no programa eleitoral gratuito e mais 1min18s65 de tempo diário de inserções. Serão ao todo 161 inserções ao longo da campanha de primeiro turno para a Coligação São Paulo quer o Melhor.

A definição foi apresentada na tarde desta segunda-feira, 21, na sede do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. A reunião ainda não terminou.

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A campanha de reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) terá 4min51s nos programas e 1min27seg36 de tempo diário de inserções. Serão 131 inserções ao londo da campanha para a coligação Aqui é São Paulo.

O candidato do PT, Alexandre Padilha, terá 4min22 nos programas e mais 1min18seg65 de inserções diárias. Serão 117 inserções ao todo.

Na terceira noite de horário eleitoral na TV, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, saiu em defesa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), do Programa Universidade para Todos (ProUni) e do que chamou do "fim dos privilégios" para uma minoria de estudantes a partir do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o petista, o Enem se transformou num dos maiores exames de ingresso à universidade do mundo e deu acesso a jovens pobres ao Ensino Superior. Apesar das críticas de seu adversário tucano José Serra, o programa do PT disse que os feitos de Haddad no Ministério da Educação surtiram bons resultados no Censo da Educação Superior, divulgados na terça-feira (16) pelo MEC.

Na propaganda, Haddad disse que os partidos de oposição entraram na Justiça contra o ProUni e os criticou por explorar as fraudes no Enem nesta campanha. "O curioso disso tudo é que esses críticos do Enem nunca questionaram o elitismo do velho vestibular, que aliás sempre foi muito mais vulnerável a todos os tipos de falhas", afirmou. "Será que esses críticos estão incomodados com o fato do Enem aumentar as chances de um jovem de baixa renda entrar na universidade? Será que eles estão criticando para tirar algum proveito eleitoral? Ou as duas coisas?", questionou o candidato. Haddad lembrou que as fraudes registradas no Enem foram identificadas e os responsáveis respondem a processo judicial.

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O ex-presidente Lula voltou a aparecer no programa acusando os tucanos de promoverem ataques contra o petista. Para Lula, Haddad é vítima de ataque porque "toda vez que os mais carentes escolhem um candidato, os tucanos agem assim". "Eles acham que o povo é ingênuo, mas o povo não é burro", disse.

O candidato do PSDB José Serra apostou na exibição de projetos bem-sucedidos em suas gestões no governo estadual e municipal, como o Mãe Paulistana (que dá assistência às gestantes) e o investimento em programas de profissionalização. Segundo a campanha tucana, na época da administração de Marta Suplicy (2001-2004) na Prefeitura, os cursos profissionalizantes foram descontinuados. Contrapondo a campanha petista, que explorou o ProUni no horário eleitoral, Serra prometeu oferecer bolsas aos estudantes interessados em fazer cursos profissionalizantes na rede privada. O tucano também garantiu que vai solucionar o déficit em creches na cidade e, enquanto não houver vagas suficientes, dará uma "bolsa creche" para as mães pagarem cuidadores.

O programa do tucano também criticou a gestão de Haddad no MEC e, nesta noite, mostrou imagens de hospitais universitários em situação de atendimento precário em algumas regiões do País e voltou a falar da greve dos servidores federais. "É uma vergonha, é um caos", disse um usuário de um hospital universitário. "Vai somando: abandono dos hospitais universitários, crise no Enem três anos seguidos, greve e falta de condições nas universidades federais, aumento de jovens fora da escola no Ensino Médio. Haddad foi o pior ministro da Educação que o Brasil já teve. Não leva a mal não, mas realmente ele não está preparado para dirigir São Paulo", disse o apresentador.

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo repetiram na noite desta quarta-feira o mesmo programa apresentado durante à tarde na TV. No último programa do horário eleitoral, os postulantes ao cargo de sucessor do prefeito Gilberto Kassab (PSD) apelaram para a emoção na tentativa de conquistar o eleitorado paulistano.

Os marqueteiros dos quatro primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto - Celso Russomanno (PRB), José Serra (PSDB), Fernando Haddad e Gabriel Chalita (PMDB) - mesclaram cenas de campanha de rua ao discurso direto com o eleitor, um "olho no olho" final antes do primeiro turno.

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"Pode ter certeza, não vou te decepcionar", disse Russomanno. "Me sinto preparado para ser prefeito. Confie em mim, eu não vou te decepcionar", declarou Chalita. Já Fernando Haddad pediu para que a militância trabalhe nos próximos dias para convencer os indecisos e José Serra prometeu dar o melhor como prefeito nos próximos quatro anos.

Paulo Pereira da Silva (PDT), Carlos Giannazi (PSOL), Soninha Francine (PPS), Levy Fidelix (PRTB), Anaí Caproni (PCO), Ana Luiza Figueiredo (PSTU) e José Maria Eymael repetiram os programas da tarde. A exceção foi Miguel Manso (PPL), que defendeu "soluções inovadoras" para São Paulo.

O último programa eleitoral do primeiro turno dos prefeituráveis de Salvador foi marcado pelo reforço das táticas empregadas pelos candidatos ao longo da campanha.

O programa foi aberto pelo petista Nelson Pelegrino, que enumerou discursos de colegas de partido - entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff, o governador baiano, Jaques Wagner, e o senador Walter Pinheiro -, de familiares, amigos e de beneficiários de programas sociais diversos dos governos federais e estaduais, para reforçar a tese de que é necessário para o prefeito da cidade estar "alinhado" com outras esferas de poder para ter acesso a mais recursos para investimentos.

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Seu principal adversário na disputa, de acordo com as pesquisas de intenções de voto, ACM Neto (DEM), foi o último do programa de hoje e usou a tese inversa. Além disso, acusou o PT de fazer chantagem eleitoral com sua estratégia. Em depoimento, disse que as verbas para a cidade são "garantidas por lei". "Ninguém tem o direito de ameaçar você (eleitor) com essa chantagem", disse. "O dinheiro não é de um partido, é do cidadão."

Neto, que havia iniciado a campanha com mais de 20% de vantagem para os outros candidatos, de acordo com as pesquisas, também reclamou dos ataques sofridos durante os programas da propaganda eleitoral. "Fui alvo de uma das mais violentas campanhas do Brasil", alegou.

Terceiro e quarto colocados nas pesquisas, respectivamente, Mário Kertész (PMDB) e Márcio Marinho (PRB) usaram boa parte de seus minutos no programa para tentar desqualificar os institutos de pesquisas.

Kertész lembrou de exemplos recentes de reviravoltas eleitorais na Bahia, como a primeira eleição de Jaques Wagner para o governo, em 2006 - até o dia anterior à votação, as pesquisas indicavam vitória do então governador Paulo Souto (DEM) no primeiro turno. "Pesquisa é uma coisa, urna é outra", argumentou.

De acordo com a mais recente pesquisa Ibope na cidade, registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número 000236/2012, divulgada no dia 27, Pelegrino tem 34% de intenções de voto, em empate técnico com ACM Neto, que tem 31%. Mário Kertész (PMDB) aparece com 7%, Márcio Marinho (PRB) com 4%, Hamilton Assis (Psol) com 2%, e Rogério da Luz (PRTB) com 1%. Segundo o instituto, 15% dos entrevistados declararam voto em branco ou nulo, enquanto 6% se disseram indecisos.

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, perdeu 20 segundos do seu programa eleitoral no rádio. De acordo com a decisão judicial, determinada pelo juiz eleitoral Marco Antonio Martin Vargas, a penalidade foi dada porque a campanha de Serra veiculou propaganda que favorece o candidato no horário reservado ao programa dos vereadores no último dia 20 .

A sentença atende representação da campanha do candidato petista, Fernando Haddad. De acordo com nota emitida pela assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), "na Lei 9.504 / 97 (artigo 53-A, caput e inciso 1º e 2 ) 'é vedado aos partidos políticos e às coligações incluir no horário destinado aos candidatos às eleições proporcionais propaganda das candidaturas a eleições majoritárias'".

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O desconto no tempo de propaganda terá de ser feito no próximo programa de rádio do período vespertino (a partir do meio-dia) veiculado após a decisão final. Cabe recurso ao TRE.

Os candidatos Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) levaram para o horário eleitoral da noite desta quarta-feira o embate que tradicionalmente polariza as duas candidaturas em São Paulo. Enquanto Haddad abriu seu programa acusando o tucano de desinformar o eleitorado sobre uma das principais propostas de sua candidatura, o Bilhete Único Mensal, a campanha tucana questionou a nomeação para o Ministério da Cultura da senadora Marta Suplicy (PT-SP) após sua adesão à campanha petista.

Na última segunda-feira (10), após caminhada pelo centro da cidade com Marta Suplicy, Haddad revelou sua preocupação com a estratégia tucana de criticar sua proposta de bilhete único mensal. Na noite desta quarta, o horário eleitoral começou com um tipo de comunicado ao eleitorado à parte do programa. "O candidato Serra tem tentado inutilmente confundir as pessoas com dados falsos sobre o Bilhete Único Mensal de Haddad", diz um apresentador. O narrador afirma que o bilhete, de uso ilimitado, custará R$ 140 e metade do valor para os estudantes, mas que os usuários de transporte público poderão continuar usando o Bilhete Único tradicional se desejarem.

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Ao defender o respeito ao dinheiro do contribuinte e a utilização dos impostos "de maneira inteligente", Haddad prometeu reduzir impostos para atrair empresas para as regiões periféricas, como Itaquera (zona leste). Nesta área, segundo o candidato, será possível implantar um polo tecnológico e uma universidade federal. Em seguida, o programa exibiu um novo depoimento da presidente Dilma Rousseff elogiando a "ousadia" e os "pés no chão" do petista. "Se tem uma coisa que admiro em Fernando Haddad é que ele consegue, ao mesmo tempo, ser ousado e ter os pés no chão. Se tem uma coisa que São Paulo está precisando é isso: um prefeito que saiba aliar ousadia e realismo, capacidade planejar e capacidade de fazer", enfatiza a presidente.

O programa de Serra começou listando as realizações do candidato para em seguida criticar a ida da senadora Marta Suplicy para o ministério. "Peraí, ministério como moeda de troca e a gente que paga a conta?", critica um ator, ressaltando o que chamou de prática da política do "toma lá, dá cá do PT" para o partido "chegar ao poder e criar taxas".

Além de exibir depoimentos de eleitores atacando a nomeação de Marta, o programa mostrou cenas de hospitais abandonados em 2005, quando Serra assumiu a Prefeitura de São Paulo. Segundo o programa, aquela situação teria sido o resultado da junção das administrações de Paulo Maluf, Celso Pitta e do PT. "Foi duro recuperar o sistema e avançar", afirmou o narrador. Passadas as críticas ao PT, Serra propôs zerar as filas de espera na área de saúde através de mutirões e integrar as redes municipal e estadual de saúde.

O candidato do PMDB Gabriel Chalita exibiu um programa gravado numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bauru, no interior de São Paulo, para mostrar ao eleitor como funciona o programa federal que ele pretende trazer para São Paulo, se for eleito. "Bauru é um exemplo de um prefeito que resolveu fazer parceria com o governo federal", afirmou o candidato, que se disse envergonhado com a maneira como os pacientes em São Paulo são tratados. O peemedebista apresentou sua vice de chapa, a médica Marianne Pinotti, filha do ex-deputado José Aristodemo Pinotti, falecido em 2009.

O pedetista Paulo Pereira da Silva destacou as dificuldades enfrentadas pela população no atendimento em hospitais e postos de saúde e prometeu "um choque de gestão na área". José Maria Eymael (PSDC) também criticou o atendimento no setor, assim como Miguel Manso (PPL), que prometeu criar uma Fundação Municipal de Gestão Pública para melhorar a administração da rede de atendimento em saúde. Carlos Giannazi (PSOL) condenou a "privatização" da saúde em São Paulo.

Celso Russomanno (PRB), líder nas pesquisas de intenção de voto, repetiu o programa exibido à tarde onde mostrou o sofrimento de famílias que perderam suas casas nos últimos incêndios em favelas. "Isso vai mudar, isso tem que mudar", afirmou. Soninha Francine (PPS) defendeu a desburocratização do sistema para regularizar pequenos negócios.

O candidato do PRTB, Levy Fidelix, pregou o deslocamento da Rodoviária do Tietê, do Ceagesp e do aeroporto de Congonhas para melhorar o trânsito na cidade. Ana Luiza Figueiredo (PSTU) acrescentou à sua "lista de envolvidos com escândalos" o candidato Celso Russomanno. "Russomanno não tem nada de novo, é cria do Maluf", apontou. Anai Caproni criticou o processo criminal contra os estudantes da Universidade de São Paulo (USP) que invadiram a reitoria no ano passado.

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, aproveitou o horário eleitoral gratuito na TV do feriado de 7 de Setembro para citar o caso do julgamento dos réus do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Sem citar diretamente o PT, o candidato provocou: "Não adianta dizer que faz o bem, agindo mal". E continuou: "Eu falo isso porque São Paulo e o Brasil estão vendo o STF julgar o mensalão, mandando pra cadeia um jeito nefasto, maléfico de fazer política".

Antes de entrar no tema polêmico, Serra se apresentou como alguém de origem pobre, mas que desde cedo descobriu os valores do esforço pessoal, do trabalho e do mérito. Para então destacar que trazia "arraigado" em seu caráter o "valor da honestidade". O programa de José Serra ainda fez outras provocações ao PT, ao citar que ele não usa "truques de computador, nem planos mirabolantes", mas que propõe o que é possível e tenta melhorar o que já existe, citando os CEUs e a ampliação do Bilhete Único para trens e metrô. Mas insistiu no tema da ética: "Um país, uma cidade, se faz com projetos, com políticas públicas, obras, mas acima de tudo, se faz com honra, se faz com decência".

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O programa de Fernando Haddad (PT) foi uma repetição do exibido na quarta-feira (05), cujo tema foi a habitação. Com depoimentos de moradores de áreas carentes pontuando a apresentação, o candidato prometeu esforços na regularização de terrenos e na construção de moradias. E também prometeu priorizar a produção de casas no âmbito do programa federal "Minha Casa, Minha Vida", defendido no vídeo pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Líder nas pesquisas de intenção de votos, Celso Russomanno (PRB) usou todo o tempo disponível para comemorar a agradecer a confiança da população. "É possível sim (a vitória), está em nossa mãos", narrou o locutor. Russomanno afirmou que os resultados das pesquisas são "a vitória da campanha limpa", sem ataques ou confrontos.

O candidato do PMDB, Gabriel Chalita, repetiu o programa da última quarta-feira, centrado em educação e em suas propostas para aumentar o número de creches na cidade. Carlos Giannazi, do PSOL, foi representado pro seu vice, Edmilson Costa, que explicou a coligação entre PCB e PSOL e defendeu conselhos populares em todas as áreas da cidade. E ainda resgatou um slogan antigo de campanhas eleitorais: "é a campanha do tostão contra o milhão".

Soninha Francine (PPS) apareceu em imagens feitas numa cooperativa de reciclagem e prometeu zerar os problemas de desperdício de lixo e que irá criar galpões maiores para reciclagem e melhorar o maquinário para os trabalhos. Eymael (PSDC) sugeriu a redução de impostos para evitar a evasão de empresas na capital e Paulinho (PDT) repetiu propostas de descentralização de empregos e eleição direta para subprefeitos.

A candidata Ana Luiza (PSTU) citou o 7 de Setembro para reforçar que o Brasil "não é independente", que a "economia é controlada por multinacionais" e que os bancos ficam com metade dos impostos arrecadados pelo governo. Anaí Caproni (PCO) e Levy Fidelix (PRTB) repetiram inserções antigas.

Depois do crescimento da rejeição à sua candidatura nas recentes pesquisas de intenção de voto, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, usou nesta segunda-feira (3) seu programa na TV para justificar a saída da Prefeitura em 2006, com apenas dois anos no exercício do mandato, para disputar o governo do Estado. O tucano contou que vem sendo abordado na rua por eleitores, questionando se ele vai ficar no cargo até o final do mandato, caso vença este pleito. "Sim, vou ficar o mandato inteiro", garantiu o candidato.

Atacando a gestão petista de Marta Suplicy (2001-2004), Serra disse que, ao suceder a ex-prefeita de São Paulo, pegou uma gestão "falida", com dívidas e greve de servidores. "Foi essa a herança que recebemos do PT", afirmou. Após "colocar as finanças em ordem", o tucano contou que viu o risco do PT ganhar o governo do Estado e, como o governador Geraldo Alckmin na época não podia concorrer à reeleição, ele decidiu deixar a Prefeitura e concorrer ao governo estadual. "O Estado estava ameaçado de cair nas mãos do PT", ressaltou. Segundo o candidato, agora "a situação é bem diferente". "Quero ser prefeito para cumprir todo o meu mandato", insistiu.

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O candidato disse ainda que, ao lado do governo estadual, investiu mais na expansão do Metrô do que a administração petista e, se eleito, pretende manter essa colaboração. "Em parceria com o governador Geraldo Alckmin, vamos investir como nunca", prometeu o candidato, que contou com um depoimento do governador tucano reforçando o "trabalho em conjunto".

O programa do líder nas pesquisas de intenção de voto, Celso Russomanno (PRB), foi dedicado ao tema Educação e mostrou paulistanos reclamando da qualidade do ensino público. Russomanno disse que vai promover uma política de valorização salarial dos professores, implantar internet gratuita na periferia e verticalizar as creches para criar mais vagas no sistema.

Soninha Francine (PPS) também falou sobre a falta de creches na cidade. Ao narrar a história de uma moradora que espera por vaga em creche há dois anos, Soninha disse que o problema é emergencial e prometeu que, se eleita, pagará creches particulares até que a administração consiga oferecer vagas a todas as crianças que hoje estão na fila por atendimento. Já Carlos Giannazi (PSOL) disse que pretende "pagar a histórica dívida da Prefeitura com a Educação" e exibiu o candidato do PSOL à Prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, pedindo votos para ele.

Ana Luiza Figueiredo (PSTÜ) usou seu tempo na TV para criticar a "privatização da Saúde" e disse que, diferentemente da população em geral, seus adversários não ficam na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). José Maria Eymael (PSDC)contou a história da democracia cristã e destacou a liderança da chanceler alemã Angela Merkel. Miguel Manso (PPL) atacou as proibições impostas na cidade pela atual gestão e disse que vai construir corredores exclusivos para ônibus biarticulados, o que chamou de "solução inovadora e barata".

O petista Fernando Haddad, o peemedebista Gabriel Chalita, o pedetista Paulo Pereira da Silva, o candidato do PRTB Levy Fidelix e Anaí Caproni (PCO) repetiram os programas exibidos na última sexta-feira.

Apesar da histórica rivalidade entre o PT e o DEM, o candidato democrata na disputa pela Prefeitura do Recife, o deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE), estreou as inserções destinadas à legenda, na disputa majoritária, apostando na popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar conquistar a "simpatia" dos recifenses. Nos dois primeiros vídeos do DEM na grade televisiva o marketing da campanha apresentou Mendonça como homem público de realizações e com capacidade para celebrar parcerias com governantes de diferentes orientações políticas.

No primeiro filme são mostradas obras como a do Porto de Suape, a ampliação do Aeroporto dos Guararapes, a BR-232 e a PE-15. Na segunda inserção, Mendonça fala diretamente ao telespectador sobre sua independência política e trânsito entre governos de diferentes orientações. Destaca que, enquanto governador, firmou parcerias com o então prefeito do Recife, João Paulo (PT), e com o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Um bom prefeito não precisa ser do mesmo partido do governador ou da presidente. Eu governei Pernambuco com Lula presidente e João Paulo prefeito e nunca tive dificuldade em fazer parcerias. É só colocar o interesse do povo em primeiro lugar", diz. Já no guia eleitoral, o democrata preferiu elencar obras estruturadoras realizadas no Estado, quando era vice-governador na gestão do hoje senador, Jarbas Vasconcelos, e posteriormente quando assumiu o governo durante nove meses, quando Jarbas deixou o cargo para disputar o Senado.

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Outro que aproveitou para tentar "colar" a imagem na gestão nacional do PT foi o socialista Geraldo Júlio (PSB-PE). Desconhecido do grande público e estreante na disputa eleitoral, o candidato - que foi indicado pelo governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos - citou a presidenta Dilma Rousseff, como sendo sua "aliada" no programa do guia exibido no início da tarde. A decisão do PSB de lançar candidato próprio na disputa acabou criando uma crise que culminou com a parceria entre os partidos, que já durava desde 2006. Graças às costuras feitas por Eduardo, 14 dos partidos que faziam parte da Frente Popular, migraram para o palanque socialista.

As referências a Lula e Dilma nos programas eleitorais do DEM e do PSB devem ser questionadas pelo jurídico da campanha do senador petista Humberto Costa, também candidato na disputa pela Prefeitura do Recife, sob o argumento de que o único candidato apoiado por Lula e Dilma é o petista e por isso o uso da imagem e referência à presidenta e ao ex-presidente só podem ser feitas pela campanha de Humberto.

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