Tópicos | Providência

Três policias ficaram feridos após um ataque à Unidade de Polícia Pacificadora da Providência (UPP), na região central do Rio de Janeiro, na madrugada desta terça-feira (13). De acordo com o 5º Batalhão de Polícia Militar (Gamboa), os criminosos usaram granadas no ataque à unidade.

Feridos por estilhaços, os policiais foram levados para o Hospital Central da Polícia Militar, por volta das 3h30. Não há confirmação sobre o estado de saúde dos agentes.

##RECOMENDA##

Beco do Mituca

Nesta segunda-feira (12), policiais militares da UPP do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na zona sul, também foram atacados por criminosos na localidade conhecida como "Beco do Mituca".

Durante o confronto, duas pessoas ficaram feridas. Fabiano José Barbosa Júnior, de 19 anos, levou um tiro no pescoço. Ele chegou a ser levado para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, mas morreu. Claudete dos Santos Costa, de 48, foi atingida no braço e está estável.

Um tiroteio entre criminosos e policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a tropa de elite da PM fluminense, causou a morte de um PM e de dois suspeitos na noite desta quinta-feira (5) no morro da Providência, na região central do Rio. Ninguém havia sido preso até o início da madrugada desta sexta-feira (6).

O confronto entre policiais e criminosos começou no final da tarde, quando membros da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) instalada no morro trocaram tiros com criminosos. No início da noite, um grupo de aproximadamente 30 policiais do Bope foi chamado para reforçar o policiamento e iniciou uma incursão pelo morro. Foi durante essa ronda que houve novo confronto e pelo menos cinco envolvidos foram baleados.

##RECOMENDA##

Um policial e dois suspeitos morreram - a identidade deles não havia sido divulgada até a noite de ontem. Outros dois policiais foram levados ao Hospital Central da Polícia Militar. Até as 23h30 desta quinta-feira, um deles estava em estado grave e outro, em situação estável. Os criminosos conseguiram fugir sem serem identificados.

Execuções cometidas por policiais e registradas como autos de resistência ou homicídio ainda são uma realidade cotidiana em favelas com ou sem Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), opinam especialistas ouvidos pela reportagem.

A psicóloga Isabel Lima, coordenadora de Segurança Pública e Violência Institucional da ONG Justiça Global, diz que os casos estão crescendo. A organização estudou os dados registrados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), vinculado ao governo estadual. "Só no primeiro semestre, 408 pessoas foram mortas pela polícia em casos registrados como autos de resistência. O que já é um aumento de 18,6% em relação ao mesmo período de 2014", afirmou. Ela diz ainda que os números de 2014 já haviam superado em 40% os casos de 2013.

##RECOMENDA##

Para a especialista, a morte de Eduardo Felipe dos Santos Victor, no Morro da Providência, mostra que as ações oficiais para coibir os assassinatos registrados de modo falso ainda são insuficientes. "Enquanto não há investigação e responsabilização, esse quadro não muda."

Para o diretor-geral da Anistia Internacional, Átila Roque, as UPPs tiveram o mérito de tentar romper com a lógica do confronto, mas a falta de programas sociais e de protocolos claros sobre o uso da força ameaça o projeto. "A consequência é que as UPPs começam a reproduzir a lógica tradicional marcada pela criminalização das populações das favelas." Relatório da Anistia revelou que, dos 283 registros de autos de resistência no Rio entre 2011 e abril de 2015, 80% continuavam com a investigação aberta.

A antropóloga Alba Zaluar ressalta a necessidade da investigação. "O que acho importantíssimo é que foi gravado. Se tivesse câmera no capacete desses policiais, ficaria muito difícil isso acontecer."

Desculpas

O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) criticou a ação dos policiais. "(As imagens) chocaram, são abomináveis. É muito triste a gente saber que um agente do Estado, uma pessoa em quem investimos, que está dentro da comunidade para levar a paz, praticou um ato como este (...). Peço desculpas à população do Rio como governador do Estado", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um jovem de 17 anos foi morto durante um tiroteio com policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Providência, na região central do Rio, na manhã desta terça-feira (29). Após o episódio, moradores da favela promoveram um protesto na região da Rua da América, atrás da estação ferroviária Central do Brasil. O ato foi acompanhado pela Polícia Militar e não houve confrontos.

Segundo a polícia, um grupo de PMs fazia uma ronda de rotina quando, na região da Pedra Lisa, se depararam com criminosos que atiraram contra os agentes. Os policiais revidaram e Eduardo Felipe Santos Victor, de 17 anos, morreu. Segundo a polícia, ele estava com um rádio transmissor, uma pistola 9 mm e munição. Esses objetos foram apreendidos.

##RECOMENDA##

Foi realizada perícia no local em que o adolescente morreu, e as armas dos policiais foram recolhidas. O caso foi registrado na 4ª DP (Praça da República), que vai investigar as circunstâncias da morte. Após o confronto, moradores se reuniram e atiraram pedras contra os policiais, em um ato que durou cerca de uma hora e assustou quem passava de carro pelo local.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando