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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em entrevista à Gazeta do Povo, nessa quarta-feira (8), que as pesquisas eleitorais no Brasil são fraudadas.

A fala vem após a divulgação de um levantamento Genial/Quaest mostrou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) próximo a uma vitória no primeiro turno, caso as eleições de 2022 fossem hoje, e um crescimento de Sergio Moro (Podemos) e a consolidação do ex-ministro de Bolsonaro e ex-juiz da Lava Jato em terceiro lugar nas intenções de voto.

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Segundo a pesquisa Genial/Quaest, Lula (PT) tem 46% das intenções de voto, contra 23% de Bolsonaro e 10% de Moro. Depois vêm Ciro Gomes (PDT), com 5% e João Doria (PSDB), com 2%.

"Está cada vez mais na cara que as pesquisas são fraudadas", disse Bolsonaro, para quem enquetes na internet, feitas sem rigor metodológico, seriam mais confiáveis. "É mais sincero e espontâneo. Pessoal mais humilde já tem telefone e cada vez mais interage com a política", acrescentou o presidente.

De acordo com Bolsonaro, o País pode acabar se ele não for reeleito. "Dependendo de quem vier no meu lugar, pode ser o fim do Brasil", disse na entrevista.

Um novo ranking de popularidade digital da consultoria Quaest, divulgado nesta segunda-feira (22) pela Folha de São Paulo, mostra como anda o alcance e impressões dos presidenciáveis nas redes sociais. No mais recente levantamento, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), para quem a internet sempre foi um forte — da campanha eleitoral à comunicação oficial —, aparece estável, mas manteve a dianteira entre a última semana de outubro e a primeira quinzena de novembro. O chefe do Executivo perde apenas para o opositor, Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o Índice de Popularidade Digital (IPD), Bolsonaro só foi derrubado da liderança no penúltimo dia do período analisado. Lula chegou ao topo na segunda-feira (15), com 1,87 ponto de vantagem. Na terça (16), tinha 63,9 pontos, contra 57,9 do rival.

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O levantamento mostrou ainda um crescimento da pontuação do ex-juiz Sergio Moro em meio ao evento para sua filiação ao Podemos, que confirmou a entrada no páreo eleitoral. Ele encostou no ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e, na terça-feira, quando o relatório foi concluído, estava em terceiro lugar.

Pelos números do IPD, o acirramento das tensões nas prévias do PSDB, com o afunilamento da disputa entre os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), foi insuficiente para catapultar a presença digital dos tucanos, que fecharam o ciclo em patamar inferior ao dos outros quatro adversários.

A métrica do IPD avalia, desde 2019, o desempenho de personalidades da política nacional nas plataformas Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Wikipedia e Google. A performance é medida em uma escala de 0 a 100, na qual o maior valor representa o máximo de popularidade.

São monitoradas seis dimensões nas redes: fama (número de seguidores), engajamento (comentários e curtidas por postagem), mobilização (compartilhamento das postagens), valência (reações positivas e negativas às postagens), presença (número de redes sociais em que a pessoa está ativa) e interesse (volume de buscas no Google, YouTube e Wikipedia).

Em suma, o quadro revelado agora pela Quaest reflete em parte as últimas pesquisas de intenção de voto. Bolsonaro e Lula são os que têm maior destaque no IPD neste momento, com leve vantagem para o atual ocupante do Planalto, dono de um histórico mais consolidado nas redes.

Bolsonaro se manteve na casa dos 58 pontos, apesar do cenário de enfraquecimento político, com a pauta do governo estacionada no Congresso e o agravamento da crise social, com inflação disparada, descontrole nos preços de combustíveis e previsões econômicas pessimistas.

O maior salto na pontuação ocorreu na segunda-feira passada, quando Lula discursou no Parlamento Europeu, ao participar da Conferência de Alto Nível da América Latina, promovida pelo bloco social-democrata. O petista ganhou 12 pontos em relação ao dia anterior e virou o líder.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou sua vantagem em relação ao presidente Jair Bolsonaro na corrida pela Presidência da República, mostra a terceira rodada da pesquisa de intenção de voto da Genial Investimentos em parceria com a Quaest. De acordo com o levantamento, se a eleição fosse hoje, o petista teria 55% dos votos totais no segundo turno, ante 30% do atual chefe do Executivo, totalizando 25 pontos porcentuais de distância.

Em agosto, a vantagem era menor, de 21 pontos porcentuais - Lula tinha 54% e Bolsonaro, 33%. Ou seja, o líder da pesquisa ampliou a vantagem, embora dentro da margem de erro, e o segundo colocado perdeu terreno.

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A pesquisa também traz outros cenários de segundo turno. Em um enfrentamento entre Lula e Ciro Gomes (PDT), o petista teria 52% e o pedetista, 25%. Ciro, porém, venceria com 45% se o adversário fosse Bolsonaro, que soma 33% nesta hipótese.

Primeiro turno.

Em um cenário estimulado - isto é, com oferecimento de opções de candidatos -, a pesquisa mostra Lula com 47%, mais do que os 44% de agosto, e Bolsonaro, com 26%, menos do que os 29% do mês passado. Ciro tem 8% e João Doria (PSDB), 6%. Brancos e nulos somam 8% e indecisos, 5%. Já em uma pesquisa espontânea, os indecisos são 58%, Lula tem 23% e Bolsonaro, 15%. Ciro marca 1%.

Terceira via

Além do alto porcentual de eleitores sem candidato, o levantamento diz que 25% dos entrevistados, quando oferecida a opção, preferem alguém que não seja nem Lula, nem Bolsonaro. Em agosto, essa fração era de 28%. "A terceira via continua com porcentual alto, mas está em queda porque não se materializou em ninguém. Precisa aparecer um nome concreto, ou não vai empolgar as pessoas", diz o cientista político e diretor da Quaest, Felipe Nunes, ao Broadcast Político. "Para dar certo, precisa de alguém desconhecido e com baixa rejeição. Doria tem 80% de conhecimento e não tem voto", acrescenta.

A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2 mil pessoas das cinco regiões do País entre os dias 26 e 29 de agosto. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Avaliação de Bolsonaro

A pesquisa Genial Investimentos divulgada nesta quarta-feira também mostra que a avaliação negativa do governo Jair Bolsonaro subiu de 44% para 48% entre agosto e setembro. Na mesma passagem, a avaliação negativa recuou de 26% para 24% e a regular oscilou de 27% para 26%. O porcentual restante contabiliza aqueles que não souberam ou não quiseram responder.

A percepção dos entrevistados em relação à economia do Brasil também traz sinais de preocupação para o Palácio do Planalto. Para 68% deles, a situação econômica piorou no último ano, ante 62% em agosto. Já aqueles que observam melhora na economia caíram de 16% para 13%. Os que veem estabilidade eram 20% e agora são 17%. Outros 2% não souberam ou não quiseram responder nos dois períodos.

Questionados sobre a expectativa em relação à economia nos próximos doze meses, 44% esperam melhora, ante 50% no último levantamento; 32% projetam piora, 7 pontos porcentuais a mais em comparação com o mês passado. São 20% os que apostam na manutenção do cenário. Antes eram 21%. Subiu de 4% para 5% aqueles que não souberam ou não quiseram responder.

Bolsonaro e seu entorno contam com a recuperação da economia no ano que vem, embalada pelo avanço da vacinação contra a covid-19, como a "boia de salvação" para garantir mais um mandato ao presidente.

No entanto, os indicadores econômicos ainda patinam e a variante delta do coronavírus oferece riscos ao cenário sanitário nacional - o que tende a repercutir no cenário eleitoral. "É a economia que vai definir o resultado das eleições. E cada vez menos gente acredita que a economia vai virar, porque não se vê a economia virando", diz o Felipe Nunes ao Broadcast Político.

De acordo com o Índice de Popularidade Digital (IPD) o presidente Jair Bolsonaro é o 3° governante mais popular do mundo nas redes sociais, atrás apenas do primeiro ministro indiano Narendra Modi e do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A pesquisa foi feita a pedido do Estado e realizada pela consultoria Quaest. Seguindo o exemplo do presidente americano, Bolsonaro utiliza as redes sociais, em destaque o Twitter, para comunicar atos de governo, atacar adversários e criticar a imprensa.

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Para o cálculo do índice a empresa utilizou amostra coletada das métricas de uso nas redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram) de 18 líderes mundiais, com um índice mensal para cada, no período de janeiro de 2019 a janeiro de 2020, além de um percentual médio no período.

A escala do IPD varia de 0 a 100 indicando a popularidade mínima e máxima, respectivamente. No índice médio do período analisado, o levantamento mostra Narendra Modi em primeiro lugar com 63,25; Donald Trump com 62,27 em segundo lugar e Jair Bolsonaro com 52,75 no terceiro lugar.

Confira o ranking completo

Ranking de políticos mais populares nas redes (IPD de 0 a 100) entre janeiro de 2019 e janeiro de 2020:

Narendra Modi - 63.25

Donald Trump - 62.27

Jair Bolsonaro - 52.75

Recep Tayyip Erdogan - 44.65

Cristina Kirchner - 32.48

Luis Lacalle Pou - 27.2

Alberto Fernández - 19.67

Matteo Salvini - 19.35

Evo Morales - 18.75

Emmanuel Macron - 18.37

Nicolás Maduro - 18.2

Iván Duque - 18.14

Benjamin Netanyahu - 17.85

Justin Trudeau - 17.52

Sebastián Piñera - 17.26

Rody Duterte - 16.58

Boris Johnson - 15.81

Orbán Viktor - 15.61

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