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Durante os três primeiros anos do governo Bolsonaro, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) operou um sistema secreto de monitoramento da localização de cidadãos em todo o território nacional. A informação foi divulgada em reportagem do jornal O Globo nesta terça-feira, dia 14.

Ainda segundo a reportagem, a ferramenta, chamada 'FirstMile', permitia, sem qualquer protocolo oficial, monitorar os passos de até 10 mil proprietários de celulares a cada 12 meses. O monitoramento era possível em aparelhos que usam as redes 2G, 3G e 4G. Para localizar um indivíduo, bastava digitar o número do seu contato telefônico no programa e acompanhar em um mapa a última localização.

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Desenvolvido pela empresa israelense Cognyte (ex-Verint), o 'FirstMile' se baseia em torres de telecomunicações instaladas em diferentes regiões para captar os dados de cada aparelho telefônico e, então, devolver o histórico de deslocamento do dono do celular. De acordo com a reportagem, era possível ainda criar alertas em tempo real para determinado tipo de movimentação.

O Globo cita relatos de funcionários segundo os quais a prática suscitou questionamentos internos na Abin, uma vez que a agência estaria usando dados privados que não possui autorização legal para acessar. De acordo com a reportagem, o caso motivou a abertura de investigação interna. Procurada pelo O Globo, a Abin disse que o sigilo contratual a impede de comentar o caso.

Funcionários da empresa de tecnologia chinesa ByteDance acessaram indevidamente dados privados da rede social TikTok, filial do grupo, para rastrear jornalistas e localizar a origem de vazamentos para a mídia, admitiu a empresa nesta sexta-feira (23).

O TikTok fez um grande esforço para convencer usuários e governos em grandes mercados como os Estados Unidos de que protege a privacidade dos dados e não representa uma ameaça à segurança nacional.

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Mas a matriz ByteDance disse à AFP nesta sexta-feira que vários funcionários acessaram os dados de dois jornalistas como parte de uma investigação interna sobre vazamentos de informações da empresa.

O objetivo era identificar ligações entre a empresa e um repórter do Financial Times e um ex-jornalista do BuzzFeed, de acordo com um e-mail do conselheiro geral da ByteDance, Erich Andersen, ao qual a AFP teve acesso.

Ambos os jornalistas relataram o conteúdo de documentos vazados da empresa.

Em comunicado à AFP, a ByteDance condenou a "iniciativa equivocada que violou gravemente o código de conduta da empresa".

Os funcionários obtiveram os endereços IP dos repórteres para determinar se eles coincidiam em algum local com seus colegas da ByteDance suspeitos de vazar as informações, de acordo com Andersen.

O plano não funcionou, em parte porque os endereços IP revelam apenas geolocalizações aproximadas.

De todo modo, Andersen explicou em seu e-mail que nenhum dos funcionários envolvidos no caso ainda trabalha ByteDance, embora não tenha detalhado quantos foram demitidos.

O TikTok está de volta aos holofotes nos Estados Unidos em um momento em que o Congresso busca proibir em todo o país o uso dessa popular plataforma de vídeos curtos em dispositivos governamentais por motivos de segurança.

A rede social tentou convencer as autoridades americanas de que os dados desse país estão protegidos e armazenados em servidores localizados dentro do seu território.

Mas depois de alguns relatos da imprensa, também admitiu que funcionários na China tiveram acesso a dados de usuários dos EUA, teoricamente em circunstâncias específicas e muito limitadas.

O Google anunciou nessa quarta-feira (2) uma atualização sutil, mas muito útil para o Gmail, que permitirá aos usuários rastrear suas próximas entregas de pacotes diretamente da caixa de entrada. O recurso funciona procurando e-mails que incluem números de rastreamento e, em seguida, usando essas informações para determinar a data de entrega prevista do pedido e sinalizando as informações no Inbox. 

Isso significa que, quando o leitor estiver verificando sua lista de e-mail no Gmail, não precisará clicar nos e-mails de confirmação do pedido para ver quando seu pacote deve chegar. Em vez disso, essas informações serão exibidas logo abaixo do nome do remetente do e-mail e da linha de assunto na caixa de entrada em um pequeno rótulo verde. 

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Em breve, o usuário notará um pequeno ícone de caminhão seguido de um texto indicando o status do pedido, seguido da data de entrega. Essa etiqueta será atualizada à medida que o pedido avança, com informações como “etiqueta criada”, a data de chegada ou a data de entrega, diz o Google. 

Botão de permissão para rastreio de encomendas. Imagem: Divulgação/Google

Esse recurso economizará muitas etapas extras para os compradores on-line, pois normalmente os consumidores precisam abrir seus e-mails de confirmação de pedido e, em seguida, copiar e colar as informações de rastreamento no sistema das operadoras apropriadas, no Google, ou clicar em um link fornecido para iniciar o rastreamento o pedido, por exemplo. Agora, tudo o que eles precisam fazer é olhar para a caixa de entrada do Gmail. 

No entanto, ao clicar para abrir o e-mail de confirmação do pedido, ele agora incluirá um cartão de resumo na parte superior que oferece um pouco mais de detalhes, incluindo uma linha do tempo com marcas de seleção que mostra o status atual do pedido - pedido feito, enviado ou entregue - e um link que leva o usuário à página de detalhes do pedido. 

O Google diz que o novo recurso estará disponível nos Estados Unidos na “maioria das principais” transportadoras, nas próximas semanas. A expectativa é que esse recurso chegue antes da temporada de compras de fim de ano, quando seria mais útil. 

Para ativar o rastreamento de pacotes, o Gmail primeiro perguntará aos usuários se eles desejam receber atualizações de rastreamento em um pop-up na parte superior da caixa de entrada. Os usuários clicarão em “Permitir” ou “Agora não”, dependendo de sua preferência. Isso também pode ser ativado nas configurações do Gmail. 

Futuramente, o Google diz que expandirá o recurso de rastreamento de pacotes para atualizar proativamente o rótulo quando um pacote estiver atrasado e trazer esse e-mail para o topo das caixas de entrada dos usuários para garantir que eles estejam cientes. 

O monitoramento da circulação de novas variantes do coronavírus pelo País esbarra na falta de centros especializados em análise genômica e na dificuldade de obter financiamento e insumos para as análises. Não à toa, a nova variante brasileira do coronavírus foi identificada em outro Estado somente ontem, após ao menos quatro países já terem detectado a cepa em seus territórios: Estados Unidos, Japão, Alemanha e Reino Unido, países com mais centros de pesquisa na área.

Desde o início da pandemia, o Brasil depositou cerca de 2,5 mil genomas sequenciados no site Gisaid, banco online de sequenciamentos que traz dados do mundo inteiro. Em comparação, o Reino Unido, que no mês passado identificou uma nova variante no sudeste da Inglaterra, já submeteu ao banco mais de 150 mil genomas.

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"Desde o início da pandemia, eles organizaram todos os polos e universidades para fazer sequenciamento de SARS-CoV-2, conseguiram financiamento e montaram essa estrutura. Além disso, eles têm fabricantes locais de reagentes. A gente depende da importação de insumos", explica Paola Cristina Resende, pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e membro da Rede Genômica Fiocruz, responsável por receber amostras de todos os Estados para sequenciamento.

"São dez amostras por mês de cada Estado, mas, com a emergência das novas variantes, pedimos o envio de 30 a 40 amostras de dezembro e janeiro para verificar se a cepa está circulando em algum outro local", diz. Parte dos Estados não tem estrutura própria para sequenciamento genético e depende de parcerias com centros de excelência como a Fiocruz para ter amostras analisadas.

Essa desigualdade regional fica clara na análise dos genomas submetidos ao Gisaid. A maioria é de amostras do Sul e Sudeste. Estados do Centro-Oeste, por exemplo, têm menos de dez genomas sequenciados cada.

Além da rede da Fiocruz, referência para o País, o sequenciamento genético de amostras do SARS-CoV-2 é feito principalmente pelas redes Coronaômica, coordenada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI), e pela rede do Ministério da Saúde da qual o Instituto Adolfo Lutz faz parte.

"As redes em si são relativamente bem estruturadas, muitas universidades têm equipamentos, mas a maioria dos reagentes e equipamentos é importada, ou seja, cotada em dólar. Com essa situação cambial terrível, temos dificuldades na compra desses insumos", diz o virologista Fernando Spilki, coordenador da Rede Coronaômica e professor da Universidade Feevale.

"O aparelho que usamos para o sequenciamento completo custa R$ 400 mil, mas mesmo se formos usar outra técnica mais simples, a de MinION, o aparelho sai muito mais caro no Brasil. Fora, sai por U$ 900. Se formos importar, fica por R$ 17 mil", conta Adriano Abbud, diretor de Respostas Rápidas do Instituto Adolfo Lutz.

Os pesquisadores ressaltam que, mesmo sem uma estrutura mais ampla de sequenciamento, a emergência de novas variantes preocupa e deve motivar medidas restritivas mais rígidas. "Deveríamos ter um controle maior de deslocamento entre Estados, dentro das cidades. As variantes são resultado de deixar o vírus se disseminar livremente", diz Spilki.

Governo

A reportagem procurou os Ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia para falar sobre os investimentos feitos na rede genômica, mas não recebeu resposta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma investigação da Associated Press (AP) descobriu que muitos serviços do Google em dispositivos Android e iPhones armazenam os dados de localização do usuário, mesmo que ele tenha usado uma configuração de privacidade que impeça a empresa de fazer isso.

O problema de privacidade afeta cerca de 2 bilhões de usuários de dispositivos que executam o software operacional Android, do Google, e centenas de milhões de donos do iPhone em todo o mundo que dependem do Google para acessar mapas ou pesquisas.

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Na maioria das vezes, o Google pede permissão para usar as informações de localização de um usuário. Caso ele concorde com os termos, a empresa registra por onde esta pessoa passou ao longo do tempo e exibe um histórico em uma linha do tempo.

A página de suporte do Google sobre o assunto explica o que ocorre se o usuário desativar o recurso. "Você pode desativar o histórico de localização a qualquer momento. Com o histórico de localização desativado, os lugares em que você está não são mais armazenados", diz o Google.

Isso não é verdade, segundo a AP. Mesmo com o histórico de localização desativado, algumas aplicações do Google armazenam automaticamente estes dados com marcação de hora sem nenhuma autorização.

Um pesquisador confirmou as descobertas da AP em vários dispositivos Android. O mesmo comportamento foi encontrado em vários iPhones. O Google, por outro lado, diz que está sendo perfeitamente claro sobre a sua ferramenta.

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--> 65% dos celulares perdidos ou roubados no país são Android

A Telefônica Vivo vai lançar, na próxima semana, um serviço de monitoramento de frotas de veículos leves. Para colocar o negócio em prática, a operadora firmou parceria com a Sascar, empresa de rastreamento de automóveis controlada pela GP Investimentos. A operadora é a primeira a entrar no mercado de gestão de frotas de veículos leves. A Vivo vai utilizar a tecnologia M2M (comunicação máquina a máquina) para oferecer esse serviço.

Tradicionalmente, as empresas de segurança e rastreamento de veículos firmam contratos com várias operadoras de telecomunicações para fazer monitoramento, explicou Eduardo Tude, diretor da consultoria Teleco. A tecnologia M2M, que conecta diferentes máquinas por meio de uma rede, é usada em rastreamento de veículos e em máquinas de cartão de crédito, por exemplo, o seu principal uso. "Hoje, a Vivo é a segunda maior operadora no mercado de M2M do País, atrás da Claro", disse Eduardo Tude.

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A nova ferramenta, batizada de Vivo Gestão de Frotas, foi desenvolvida para fazer o rastreamento do veículo. Além de serviço de localização, a solução é capaz de controlar a velocidade, o trajeto percorrido e a quilometragem. O sistema também permite o disparo de e-mails para o gestor da frota com alertas, para providências em tempo real, e define regiões em que o veículo pode trafegar. Caso o motorista ultrapasse o limite estabelecido, o gestor recebe alertas.

Redução de custo

Roberto Piazza, diretor executivo de negócios digitais da Telefônica Vivo, disse que o serviço facilitará, além do controle da frota, o controle dos custos. "O serviço facilita a gestão, com uma redução de custos, que pode variar de 10% a 30%, dependendo do tamanho da frota", afirmou.

O produto foi idealizado para atender empresários que possuem uma pequena frota e querem ter um controle maior do uso desses veículos. O público-alvo são donos de frotas utilizadas por equipes de vendas e assistência técnica, prestadores de serviço, como concessionárias de água, luz e telefonia, e empresas de entregas rápidas.

Serviço

Para usar o produto, rastreadores são instalados nos veículos e habilitados pela Vivo. "Depois, é só baixar o aplicativo (aptos para os modelos iOS e Android)", explicou Piazza. "O prestador de serviço poderá monitorar pelo celular onde o veículo está exatamente para poder dar um retorno ao seu cliente." Segundo o executivo, o custo é de até R$ 100 por veículo. "Mas esse valor poderá ser reduzido dependendo do tamanho da frota."

O serviço começou a ser desenvolvido há aproximadamente um ano, quando a operadora anunciou parceria com a Sascar. As empresas não divulgam o investimento no negócio. A Vivo também não informou qual a receita estimada com o serviço.

Segundo Márcio Tabatchnik Trigueiro, presidente da Sascar, a frota de veículos leves é de cerca de 5 milhões de veículos. "Há um grande potencial que pode ser explorado com esse tipo de serviço", afirmou. "As empresas que fazem rastreamento de veículos têm contratos com diversas operadoras. Para esse produto de gestão de frota para veículos leves, a Sascar fechou contrato com a Vivo", disse Trigueiro.

De acordo com o presidente da Sascar, a empresa já faz esse tipo de rastreamento, mas voltado para frotas de veículos maiores, com contratos com várias operadoras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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