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O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, garantiu nesta quarta-feira, 25, em São Paulo que vai ouvir os sindicalistas em qualquer pauta que envolva a sua pasta.

"Vocês não serão surpreendidos com nenhuma iniciativa do Ministério do Trabalho", afirmou, durante encontro com sindicalistas da União Geral dos Trabalhadores (UGT). "O Ministério do Trabalho será dos trabalhadores. A Indústria e o Comércio têm o ministério deles."

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Nogueira pediu ainda que os sindicalistas parem de falar em "reforma trabalhista". "Para qualquer mudança nós vamos sentar com a classe patronal para construir e aprimorar propostas comuns, de forma que todos ganhem", disse.

Diante de um governo inflexível, os opositores da reforma trabalhista na França convocaram novas greves e manifestações nesta quinta-feira (19), em uma atmosfera de tensão marcada pela violência contra a polícia no dia anterior.

O primeiro-ministro socialista, Manuel Valls, pediu "sanções implacáveis" contra os manifestantes que incendiaram uma viatura da polícia na quarta-feira em Paris e pressionou os sindicatos, chamados a "se questionar sobre a pertinência" de algumas manifestações.

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O chefe do governo também declarou que está pronto para remover à força os bloqueios dos portos, aeroportos e refinarias. "Não teria ocorrido nenhuma manifestação e, portanto, nenhum vandalismo se não existisse o projeto de lei", respondeu Jean-Claude Mailly, líder do sindicato Força Operária (FO).

O FO e outros sindicatos de trabalhadores e estudantes continuam exigindo a "retirada" do projeto de lei, que consideram demasiado liberal. O presidente François Hollande excluiu na terça-feira a possibilidade de desistir desta reforma, aprovada à força na semana passada sem o voto do Parlamento.

O chefe de Estado, cuja popularidade está no seu nível mais baixo a menos de um ano das eleições presidenciais, espera que este projeto desbloqueie o mercado de trabalho em um país com um desemprego galopante, girando em torno de 10%.

Desde o início do movimento, cerca de 1.400 pessoas foram detidas e mais de 800 seguem sob custódia. Segundo as autoridades, 19 pessoas da extrema-esquerda foram presas em flagrante nesta quinta-feira de manhã em Rennes (oeste) por vandalismo.

Em Paris, a polícia emitiu novas proibições individuais de manifestação antes de um protesto programado para a tarde. Cinco suspeitos, incluindo três alvos desse tipo de proibição, estão sob custódia na capital, um dia depois do ataque a uma viatura da polícia. Os dois agentes que ocupavam o veículo precisaram sair às pressas.

O incidente ocorreu durante uma contra-manifestação proibida, à margem de um protesto de policiais que denunciavam o clima de ódio aos agentes da segurança. A mobilização contra a reforma trabalhista, que fez com que dezenas de milhares de pessoas saíssem às ruas nos últimos dois meses, ganhou força nesta semana com greves de caminhoneiros e do setor ferroviário.

Zonas industriais, refinarias de petróleo e depósitos: bloqueios de pontos estratégicos foram feitos nesta quinta-feira perto de Marselha (sul), Le Havre (noroeste), bem como em Rennes e Nantes (oeste).

No sudoeste, o acesso ao aeroporto de Toulouse também foi fechado. O tráfego ferroviário foi interrompido em nível nacional, no segundo dia de greve ferroviária. Uma convocação para a greve dos controladores de tráfego aéreo afetava ligeiramente o serviço.

"O acesso aos portos, aos centros econômicos e aeroportos deve ser possível e não podemos tolerar esses bloqueios", declarou Manuel Valls. A violência das últimas semanas alimenta uma polêmica sobre a manutenção da ordem por parte do governo, acusado de laxismo pela oposição de direita e extrema-direita ou suspeito por alguns da esquerda de querer desacreditar o movimento social.

Neste contexto tenso, o Parlamento estendeu pela terceira vez o estado de emergência declarado após os ataques jihadistas de 13 de novembro em Paris (130 mortes). O estado de emergência estará em vigor até o final de julho para garantir a segurança da Euro-2016 e do Tour de France.

Trabalhadores e estudantes voltaram às ruas nesta quinta-feira (28) na França para protestar contra uma reforma trabalhista que consideram muito favorável para as empresas, a poucos dias de um debate sobre o tema no Parlamento.

As manifestações desta quinta-feira acontecem em um clima tenso. Os últimos protestos contra a lei El Khomri, que leva o nome da ministra de Trabalho Myriam El Khomri, deram lugar a episódios de violência, apesar de uma importante mobilização policial.

Nesta quinta-feira, por volta do meio-dia, foram registrados confrontos entre manifestantes e forças de ordem em Nantes (oeste), pouco depois do início do protesto no qual participavam entre 8.000 e 9.000 pessoas, segundo a polícia, e mais de 20.000, de acordo com os sindicatos.

A manifestação em Paris estava convocada para as 14h00 (09h00 de Brasília) e previa cruzar a capital de sul a leste.

O dia de protestos é considerado um teste para medir a determinação dos opositores a esta última grande reforma do governo do presidente socialista François Hollande, quando falta apenas um ano para as próximas eleições presidenciais.

Retirar o projeto de lei

Devido ao fato de o protesto coincidir com as férias escolares, o número de manifestantes nas ruas pode ser menor que nos dias de mobilização anteriores.

Jean-Claude Mailly, secretário-geral do sindicato Força Operária, afirmou que a mobilização "não perde força, porque esta lei gera verdadeiros problemas".

Segundo uma pesquisa, 78% dos franceses consideram que existe "um alto risco de explosão social" na França.

Os manifestantes exigem a retirada desta lei, que consideram ser muito favorável para as empresas e um fator de precariedade trabalhista para os funcionários, especialmente os mais jovens.

A reforma inclui medidas que concederiam mais flexibilidade às empresas para contratar e demitir os trabalhadores, em uma tentativa de superar o desemprego que ronda 10% e que afeta principalmente os jovens (24%).

Além das manifestações em todo o país, também estavam previstas folgas parciais de trabalhadores, sobretudo nos transportes.

Estima-se que ocorrerão atrasos e alguns cancelamentos de voos nos aeroportos internacionais parisienses de Orly e Roissy, segundo a aviação civil francesa.

Este movimento de protesto começou em 9 de março e viu nascer no fim deste mês o movimento "Nuit Debout" ("Noite em Pé").

Este movimento que busca expressar seu descontentamento com a política tradicional parecia, no entanto, se estancar nos últimos dias.

Aos opositores à reforma trabalhista também se uniram os chamados "intermitentes do espetáculo" - profissionais deste setor na França que trabalham de maneira descontinuada - que atualmente mantêm negociações sobre seus seguros-desemprego.

Os intermitentes do espetáculo protestavam desde segunda-feira em frente ao teatro Odeón, em Paris, e estenderam seu movimento de ocupação de salas a outras cidades da França.

No entanto, chegaram nesta quinta-feira de madrugada a um acordo com a patronal, mas que ainda não foi assinado pelo sindicato majoritário entre os artistas e técnicos.

Várias pessoas foram detidas em Paris e nas cidades de Nantes e Rennes em confrontos entre a polícia e manifestantes que protestavam contra a reforma trabalhista na França.

Foram convocadas para esta quinta-feira (31) mais de 200 manifestações na França, um dia depois que o governo do presidente François Hollande sofreu um duro revés político ao se ver obrigado a desistir de uma reforma constitucional.

Esta reforma foi proposta após os atentados de 13 de novembro em Paris, e que incluía a possibilidade de retirar a nacionalidade dos autores de ataques.

A medida foi objeto de polêmica e as duas câmaras do Parlamento não conseguiram chegar a um acordo sobre o texto, condição obrigatória para reformar a Constituição.

A França vivia nesta quarta-feira (9) um intenso dia de protestos contra uma reforma trabalhista que dividiu, inclusive, o governo socialista, em um país acostumado à segurança do emprego. O ponto central do protesto será uma manifestação de estudantes apoiada pelos sindicatos e por partidos políticos de esquerda prevista para o centro de Paris.

Organizações juvenis e sindicatos estudantis e de trabalhadores também convocaram manifestações em toda a França. O protesto coincide com uma greve ferroviária exigindo aumentos salariais que perturbou o transporte em todo o país. Pela manhã, uma dezena de escolas estavam em greve em Paris e outras quatro em Marselha (sul).

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A reforma trabalhista inclui medidas que concederiam mais flexibilidade às empresas para contratar e demitir os trabalhadores, em uma tentativa de contrabalançar o desemprego que ronda 10,2% e que afeta principalmente os jovens (24%).

Uma petição on-line contra o projeto de lei El Khomri, que leva o nome da ministra de Trabalho Myriam El Khomri, reuniu mais de um milhão de assinaturas, enquanto uma pesquisa afirma que sete em cada dez pessoas se opõem à reforma.

O presidente François Hollande, que fez campanha com a promessa de melhorar as perspectivas dos jovens, disse na véspera dos protestos que queria ajudá-los para que tenham "mais estabilidade trabalhista".

"Também devemos dar às empresas a oportunidade de contratar mais, oferecer segurança trabalhista aos jovens ao longo de suas vidas e dar flexibilidade para as empresas", disse Hollande.

A polêmica gerada por esta reforma é um novo golpe para Hollande e seu primeiro-ministro, Manuel Valls, que foram acusados por membros de seu partido de ser muito favoráveis às empresas e de ter dado uma guinada à direita.

A 14 meses das eleições presidenciais, nas quais Hollande pode se candidatar a um segundo mandato, a popularidade do presidente caiu ao seu nível mais baixo. Segundo uma pesquisa divulgada no início de março, a popularidade do presidente francês caiu a um histórico 15%, e a de Valls a 20%.

Sistema nas últimas

No entanto, os partidários desta reforma estimam que para reativar a economia do país é fundamental criar postos de trabalho e manter a competitividade. O ministro francês da Economia, Emmanuel Macron, afirmouo na terça-feira em uma entrevista à rádio France Inter que o desemprego não cai abaixo de 7% há 30 anos.

"Tentamos de tudo? Vamos ver fora da França. O que aconteceu em outros lugares? Todos evoluíram, todos fizeram coisas", disse. O jornal Le Parisien se referiu a reformas similares em Espanha, Itália e Grã-Bretanha e disse em um editorial na terça-feira que o código trabalhista da França "não está adaptado a nossa época".

"Negar a necessidade da reforma é negar que o mundo que nos cerca está em movimento, que nosso sistema social está nas últimas e que o desemprego não retrocede", afirmou. As empresas francesas afirmam que são reticentes em contratar empregados permanentes devido aos obstáculos que as impede de demiti-los em tempos de vacas magras.

Os jovens saem das universidades e terminam trabalhando com contratos temporários durante anos ou fazendo estágios com a esperança de conseguir um trabalho permanente.

O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, recebeu apoio de líderes dos principais partidos políticos do país para realizar a reforma trabalhista e adotar uma postura mais dura em questões que envolvam Justiça e corrupção.

O premiê teve uma reunião de cinco horas com Angelino Alfano e Pierluigi Bersani, líderes dos dois maiores partidos da Itália, PDL e PD, respectivamente, e com o líder do UDC, Pier Ferdinando Casini. No encontro, Monti salientou, entre outras questões, a necessidade de uma ampla gama de reformas destinadas a aumentar a flexibilidade do mercado de trabalho.

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Em um comunicado de imprensa, o governo disse que os líderes políticos esperam que um acordo com os sindicatos possa ser alcançado para que, em breve, as reformas sejam aprovadas pelo Parlamento. As informações são da Dow Jones.

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