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Milhares de manifestantes saíram às ruas neste sábado (15) em várias cidades da Europa e na Tunísia em apoio aos palestinos nos confrontos em curso com Israel.

Na França, manifestações foram realizadas em várias cidades, incluindo Paris, onde as mobilizações foram proibidas pelas autoridades em razão de um precedente de 2014, quando uma marcha pró-palestina degenerou em violência urbana.

A polícia na capital francesa instruiu "dispersão sistemática e imediata" assim que os manifestantes tentaram se reagrupar, usando canhões de água e gás lacrimogêneo.

Segundo jornalistas, confrontos entre manifestantes e policiais ocorreram à tarde no bairro de Barbès, na zona norte da capital.

"A Palestina vive. A Palestina vencerá", gritavam os manifestantes. Boulevard Barbès, um grupo de cem pessoas cantava "Israel assassino", enquanto bandeiras palestinas foram hasteadas ou usadas como capas.

"A França é o único país democrático a proibir essas manifestações", protestaram os advogados da Associação de Palestinos em Ile-de-France.

Em Londres, milhares de pessoas protestaram no centro em apoio ao povo palestino e para pedir ao governo britânico que intervenha para impedir a operação militar israelense.

Os manifestantes se reuniram ao meio-dia em Marble Arch, próximo ao Hyde Park, de onde caminharam em direção à embaixada israelense, atravessando o parque, agitando bandeiras palestinas e cartazes pedindo a "libertação" dos territórios palestinos.

"É essencial que o governo britânico tome medidas imediatas", disseram os organizadores, entre eles a coalizão Stop the War, a associação muçulmana do Reino Unido, a organização Palestine Solidarity Campaign e a Campanha pelo Desarmamento Nuclear.

"O governo britânico é cúmplice desses atos, uma vez que oferece apoio militar, diplomático e financeiro a Israel", disseram os organizadores.

Em Madri, cerca de 2.500 pessoas protestaram no centro em apoio à causa palestina. "O silêncio de uns é o sofrimento de outros", "Jerusalém, a capital eterna da Palestina", diziam as faixas e cartazes dos manifestantes, entre os quais um grande número de mulheres jovens.

"Não é uma guerra, é um genocídio!", gritavam, subindo da estação Atocha à praça do Sol. Muitos jovens estavam envolvidos em bandeiras palestinas.

"Eles estão nos massacrando. Estamos em uma situação em que a Naqba (a 'catástrofe' em árabe) continua em pleno século XXI", denunciou Amira Cheikh-Ali, de 37 anos, filha de refugiados palestinos, usando o termo para se referir ao êxodo dos palestinos após a criação do Estado de Israel em maio de 1948.

Na Alemanha, milhares de pessoas se manifestaram em Berlim e em várias cidades respondendo ao apelo de coletivos pró-palestinos.

Na capital foram autorizadas três manifestações, incluindo duas no bairro de Neukölln, na zona sul da cidade.

Com o lema "Marcha do povo palestino pela libertação e o retorno", milhares de pessoas se reuniram em Hermannplatz, a praça central, agitando bandeiras turcas e palestinas, além de cartazes pedindo "boicote a Israel".

Os manifestantes gritaram "Libertem Gaza!", "Palestina live matter" ou "Salve Sheikh Jarrah", bairro em Jerusalém Oriental onde famílias palestinas são ameaçadas de despejo por colonos israelenses.

Em Varsóvia, cerca de trezentas pessoas, a maioria palestinos estabelecidos na Polônia, manifestaram-se em frente à embaixada israelense. Com bandeiras palestinas nas mãos, exibiram cartazes "Pare o Holocausto dos Palestinos" ou "Jerusalém, a capital da Palestina", e gritaram slogans em favor da "Palestina Livre".

Na Tunísia, manifestações ocorreram em várias cidades. Centenas de manifestantes com bandeiras palestinas se reuniram no centro de Túnis, antes de marchar na avenida Habib Bourguiba, vigiados pela polícia.

Entre as palavras de ordem dos manifestantes, que desafiaram o confinamento em vigor até domingo: "Tunisinos e tunisianas apoiem a Palestina!" ou "O povo quer criminalizar a normalização com Israel!".

"Quando se trata dos massacres contra os palestinos, as potências internacionais permanecem silenciosas e indiferentes diante dos crimes sionistas", denunciou Dalila Borji, uma estudante de 23 anos.

Para sua mãe Nahla, "esta injustiça alimenta cada vez mais o ódio das pessoas contra Israel e os países que o apoiam".

burs/mm/cls/mr

Os "coletes amarelos" voltaram às ruas na França neste sábado (30), no vigésimo dia de mobilização, apesar da proibição em alguns locais de manifestar ante o medo de novos confrontos.

Após os distúrbios e vandalismo na Champs-Elysées de Paris em 16 de março, a polícia da capital francesa voltou a banir os protestos na famosa avenida, bem como num perímetro incluindo o Palácio do Eliseu e a Assembleia Nacional.

Duas manifestações e quatro aglomerações foram declaradas, informou a polícia em um comunicado, sem especificar os locais.

Ao meio-dia, cerca de 300 manifestantes estavam reunidos em frente à Gare de l'Est, em Paris. "Nós viemos pelas mesmas razões que em 17 de novembro (o primeiro dia de mobilização). Nós não conseguimos nada desde então", disse à AFP Nadine, de 51 anos, que trabalha em Drancy (região de Paris).

"Emmanuel Macron, idiota, vamos pegá-lo em casa", cantavam dezenas de "coletes amarelos". Muitos colaram seu título de eleitor rasgado em seus coletes, poucas semanas antes das eleições europeias de maio.

Os manifestantes seguiram então em direção à praça do Trocadéro.

O movimento dos "coletes amarelos", apolítico, nascido nas redes sociais, questiona a política fiscal e social de Emmanuel Macron desde meados de novembro de 2018.

Este "ato 20" deve ver um novo aumento no número de manifestantes nas regiões francesas, segundo estimou uma fonte policial.

Diante do grande aparato policial implementado em Paris, as autoridades temem uma deslocalização dos confrontos para as cidades do interior.

Em Bordeaux (sudoeste), um dos redutos deste movimento social sem precedentes e onde o centro da cidade foi, como há várias semanas, proibido aos "coletes amarelos", o novo prefeito Nicolas Florian decretou um dia de "cidade morta", dizendo-se "muito preocupado com o que poderia acontecer".

A prefeitura mencionou a presença anunciada de "centenas de 'black blocs'".

Em Avignon (sul), a prefeitura, que teme a presença de "grupos militantes violentos", proibiu qualquer manifestação ou reunião das 08h00 às 23h00 GMT, dentro da cidade e em vários eixos periféricos.

Em Saint-Etienne (centro-leste), Toulouse (sudoeste), Epinal (leste) e Rouen (noroeste), as prefeituras também proibiram manifestações para evitar a violência e vandalismo.

Em Lille (norte), a prefeitura proibiu "manifestações e comícios" em "algumas ruas do centro", permitindo, no entanto, uma "rota alternativa".

No último sábado, 40.500 pessoas haviam se manifestado na França, incluindo 5.000 em Paris, segundo os números do Ministério do Interior, contestados pelos "coletes amarelos", que contabilizaram 127.212 manifestantes em todo o país.

Após algumas tentativas frustradas de realizar grandes mobilizações em torno da pré-campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Operação Lava jato, o PT começou nesta segunda-feira, 25, a discutir um novo calendário de manifestações até o dia 15 de agosto, data máxima para a inscrição das candidaturas na Justiça Eleitoral.

A ideia é debatida no conselho político do partido, que se reúne nesta tarde na capital paulista. Cerca de 20 dirigentes de peso estão reunidos, entre eles a presidente da sigla, senadora Gleisi Hoffmann (PR), a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-prefeito Fernando Haddad, os ex-presidentes do PT Rui Falcão, Ricardo Berzoini e José Genoino, além de Gilberto Carvalho, Paulo Okamoto e o senador Lindbergh Farias (RJ), entre outros.

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O calendário de mobilizações é parte do debate sobre o plano da pré-campanha. A data da convenção nacional, por outro lado, segue indefinida.

Como mostrou mais cedo o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, os petistas voltam agora a pesar os prós e contras de adiar a indicação de um candidato à Presidência. O dilema é que, enquanto empurra a decisão para frente, a legenda esteja perdendo espaço na negociação de palanques estaduais com aliados preferenciais, como PSB e o PCdoB, ao mesmo tempo em que vê o avanço de adversários como Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) nas pesquisas.

Defesa

Durante a reunião desta segunda-feira, de Curitiba, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Lula, explicou o novo recurso que a defesa apresentou contra a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de barrar a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra sua condenação.

A defesa de Lula afirma que seu recurso extraordinário "preenche todos os requisitos de admissibilidade, não havendo qualquer óbice constitucional, legal ou sumular para o seu processamento".

O ex-presidente, teria explicado Zanin, "quer demonstrar sua inocência plena", em referência ao pedido feito - e logo depois retirado pela própria defesa - de pedir a prisão domiciliar do petista.

O Diretório Nacional do PT aprovou ontem uma resolução política na qual reafirma a defesa da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diz que a eventualidade de o petista ser barrado pela Justiça pode levar à "rebeldia popular" e alerta para o risco de "desobediência civil" diante de suposta "arbitrariedade" do Judiciário.

A decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de marcar para o dia 24 de janeiro o julgamento que pode tornar Lula inelegível - chamado de "casuísmo" no documento - dominou os dois dias de reunião da cúpula petista realizada em São Paulo.

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Na resolução, o PT chama seus militantes à mobilização. A transformação dos diretórios municipais do partido em Comitês em Defesa da Democracia e de Lula foi anunciada anteontem, com a criação de uma comissão de mobilização e um calendário de manifestações que começa na terça-feira, com uma aula aberta de advogados na frente do TRF-4, em Porto Alegre, e prevê grandes atos em São Paulo e na capital gaúcha. O PT conclama ainda sua militância a enfrentar a "agressividade da extrema direita".

As ocupações surpresas feitas por um pequeno grupo de estudantes em protesto contra a falta de merenda nas Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) de São Paulo causaram revolta entre os alunos que ficaram sem aula nessa segunda-feira (2,) e minaram a estratégia dos secundaristas de expandir o movimento como aconteceu no fim ao ano passado. Na Escola Estadual Fernão Dias, de ensino fundamental e médio, a maioria dos alunos da manhã votou contra a continuidade da ocupação em assembleia feita no colégio, que fica em Pinheiros, zona oeste da capital. As aulas seriam retomadas nesta terça-feira (3). A escola foi símbolo das ocupações do ano passado que atingiram 196 unidades contra a reorganização escolar anunciada pelo governo.

Os próprios jovens que invadiram a Fernão Dias na madrugada de sábado (30) em solidariedade à ocupação do Centro Paula Souza feita na quinta-feira por causa da falta de merenda admitiram que a ação foi "precipitada" e que a maioria dos alunos da escola parecia ser contra a ocupação. A escola tem cerca de 1.600 alunos nos três períodos. "Acho que a gente ocupou de forma precipitada. Mas por isso abrimos espaço para os alunos se manifestarem. Houve muito conflito verbal, quase agressão física, e eles (alunos contrários à ocupação) não quiseram ouvir a gente, saber o problema da escola. Votaram e foram embora", disse o estudante Marcelo Eduardo, de 16 anos, aluno do 2º ano do colégio.

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Após a votação da manhã, a Secretaria Estadual da Educação divulgou que a escola havia sido desocupada. À tarde, porém, os estudantes ainda controlavam o portão principal da unidade, mas já haviam perdido domínio sobre as dependências do colégio. "Ocuparam a nossa ocupação", disse um dos alunos inconformado com a presença de funcionários, professores e assessores da secretaria na escola desde às 7 horas. O promotor Antônio Ozório, que atua como assessor de Educação no Ministério Público Estadual (MPE), foi ao local e disse que professores e pais de alunos estavam revoltados com a ocupação. "É um movimento fora de hora."

Na noite de segunda-feira, os alunos fizeram nova assembleia para decidir o futuro da ação, mas a baixa presença de estudantes (cerca de 30) demonstrava a falta de apoio. "Eles forçaram essa ocupação e não deu certo. Amanhã (hoje) haverá aula normal", disse a supervisora de ensino do colégio, Maria Cecília Sarno.

Técnico

Na Escola Técnica de São Paulo (Etesp), que fica na Avenida Tiradentes, região central da capital, a ocupação feita na manhã de ontem por estudantes que estudam em período integral (sete horas) gerou críticas de alunos e professores dos cursos técnicos noturnos, com carga horária de apenas três horas.

"Concordo com a causa deles, mas não podem bloquear a nossa entrada à noite. Não faz sentido brigarmos por merenda se ficamos três horas aqui", disse Simone Santos, de 43 anos. Após a assembleia, alguns alunos tiveram aulas em outro prédio e a ocupação foi mantida no local. Ontem, foi o primeiro dia em que o Centro Paula Souza forneceu merenda seca para os alunos da unidade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A França vivia nesta quarta-feira (9) um intenso dia de protestos contra uma reforma trabalhista que dividiu, inclusive, o governo socialista, em um país acostumado à segurança do emprego. O ponto central do protesto será uma manifestação de estudantes apoiada pelos sindicatos e por partidos políticos de esquerda prevista para o centro de Paris.

Organizações juvenis e sindicatos estudantis e de trabalhadores também convocaram manifestações em toda a França. O protesto coincide com uma greve ferroviária exigindo aumentos salariais que perturbou o transporte em todo o país. Pela manhã, uma dezena de escolas estavam em greve em Paris e outras quatro em Marselha (sul).

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A reforma trabalhista inclui medidas que concederiam mais flexibilidade às empresas para contratar e demitir os trabalhadores, em uma tentativa de contrabalançar o desemprego que ronda 10,2% e que afeta principalmente os jovens (24%).

Uma petição on-line contra o projeto de lei El Khomri, que leva o nome da ministra de Trabalho Myriam El Khomri, reuniu mais de um milhão de assinaturas, enquanto uma pesquisa afirma que sete em cada dez pessoas se opõem à reforma.

O presidente François Hollande, que fez campanha com a promessa de melhorar as perspectivas dos jovens, disse na véspera dos protestos que queria ajudá-los para que tenham "mais estabilidade trabalhista".

"Também devemos dar às empresas a oportunidade de contratar mais, oferecer segurança trabalhista aos jovens ao longo de suas vidas e dar flexibilidade para as empresas", disse Hollande.

A polêmica gerada por esta reforma é um novo golpe para Hollande e seu primeiro-ministro, Manuel Valls, que foram acusados por membros de seu partido de ser muito favoráveis às empresas e de ter dado uma guinada à direita.

A 14 meses das eleições presidenciais, nas quais Hollande pode se candidatar a um segundo mandato, a popularidade do presidente caiu ao seu nível mais baixo. Segundo uma pesquisa divulgada no início de março, a popularidade do presidente francês caiu a um histórico 15%, e a de Valls a 20%.

Sistema nas últimas

No entanto, os partidários desta reforma estimam que para reativar a economia do país é fundamental criar postos de trabalho e manter a competitividade. O ministro francês da Economia, Emmanuel Macron, afirmouo na terça-feira em uma entrevista à rádio France Inter que o desemprego não cai abaixo de 7% há 30 anos.

"Tentamos de tudo? Vamos ver fora da França. O que aconteceu em outros lugares? Todos evoluíram, todos fizeram coisas", disse. O jornal Le Parisien se referiu a reformas similares em Espanha, Itália e Grã-Bretanha e disse em um editorial na terça-feira que o código trabalhista da França "não está adaptado a nossa época".

"Negar a necessidade da reforma é negar que o mundo que nos cerca está em movimento, que nosso sistema social está nas últimas e que o desemprego não retrocede", afirmou. As empresas francesas afirmam que são reticentes em contratar empregados permanentes devido aos obstáculos que as impede de demiti-los em tempos de vacas magras.

Os jovens saem das universidades e terminam trabalhando com contratos temporários durante anos ou fazendo estágios com a esperança de conseguir um trabalho permanente.

Ao mesmo tempo, dois protestos marcam a quarta-feira (18) em frente à Câmara dos Vereadores do Recife, na área central da capital pernambucana. De um lado, servidores municipais; do outro, enfermeiros e auxiliares de enfermagem do Estado. As duas categorias reivindicam pelo mesmo motivo: reajusta salarial. 

Aproximadamente 80 servidores públicos municipais realizam uma assembleia para decidir se a categoria aceita o acordo proposto pela Prefeitura. “Vamos decidir se aceitamos os 5,25% de aumento ou se entraremos em greve. Os sindicatos não entraram em acordo e uma comissão se reunirá com vereadores”, afirmou a diretora do Sindicato dos Servidores Municipais do Recife, Lúcia Miranda.

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Já os enfermeiros do Estado iniciaram, nesta quarta, a paralisação de advertência de 48 horas. Desde o dia 9 de junho, a categoria está em estado de greve e exige reajuste salarial acima dos 2,8% proposto pela gestão municipal. Da mesma forma que os servidores, uma comissão dos trabalhadores foi formada para se reunir com representantes da Câmara Municipal. 

“O valor proposto não corrige nem a inflação, portanto há perdas salariais. Pretendemos construir uma proposta, porque os trabalhadores já estão cansados de serem discriminados e este ato é para dizer um basta”, explicou a diretora do Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco, Flavyana Silva. Apesar das mobilizações, não houve passeatas e o trânsito no centro do Recife não foi comprometido. 

Enquanto dentro do Itaquerão, em São Paulo, cerca de 600 bailarinos protagonizarão a cerimônia de abertura da Copa do Mundo no Brasil, nas ruas do Recife outras centenas de pessoas estarão em protesto, contrários ao Mundial, na próxima quinta-feira (12). “De imediato, podemos adiantar que vai haver mobilização de rua; só estamos definindo o local”, afirmou o representante do Comitê Popular da Copa em Pernambuco, Cláudio Braga. 

De acordo com o movimento contrário ao modo como o torneio da Fifa tem sido organizado no país, a agenda de manifestações será completamente definida nesta sexta-feira (6), com todas as entidades integrantes da rede. A mobilização do dia 12 acontecerá em capitais de todo o território brasileiro, sob a coordenação da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop). 

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Cláudio Braga afirmou que, no caso específico do Recife, os militantes seguem em definição de qual o melhor local para realizar o protesto no dia da abertura do Mundial. “Estamos avaliando se fazemos em áreas como Boa Viagem, onde há uma grande concentração de turistas, no centro do Recife ou lá mesmo em Camaragibe”, disse ao se referir ao Loteamento São Francisco, que teve boa parte das moradias desapropriadas para as construções impulsionadas pela Copa do Mundo. 

Segundo levantamento feito pelo Comitê Popular da Copa, mais de 150 famílias foram desalojadas de suas casas no Loteamento e muitos ainda não receberam as indenizações. Há ainda relatos de mortes de moradores mais idosos que, após a intervenção, entraram em processos depressivos e adoeceram por conta das desapropriações.

Policiais civis da Paraíba não vão aderir à mobilização nacional das polícias marcada para esta quarta-feira (21). O presidente da Associação dos Policiais Civis da Paraíba, Sandro Bezerra, disse que a categoria apoia a mobilização nacional, mas evitará que a população sofra com vandalismos e ataques que ocorreram na Bahia e em Pernambuco.

Mas o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil diverge e informa que o efetivo será reduzido e as delegacias serão mantidas abertas, mas só registrarão flagrantes. O presidente da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel), Cláudio Lameirão, disse que o funcionamento das delegacias no Estado não será afetado.

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A Polícia Federal vai reduzir o efetivo das 9h até meio-dia e fará mobilização em frente à sede da PF, em Cabedelo, na Grande João Pessoa, para votar proposta de reajuste salarial da categoria feita pelo Ministério do Planejamento. O patrulhamento das rodovias federais da Paraíba permanecerá normal.

A Polícia Militar da Paraíba também devem seguir normalmente, de acordo com a assessoria da instituição, mas a quinta-feira será dia de protesto de PMs e Bombeiros em frente do Palácio da Redenção, em João Pessoa. Os PMs reivindicam pagamento por risco de vida, adicional noturno, equiparação de salários e implantação do Plano de Cargos e Carreiras. No próximo dia 29 haverá assembleia para deliberar greve, caso não haja negociação.

Os interessados em participar de uma palestra sobre os protestos, com tema A juventude contra a sociedade? Sobre identidades e territórios em disputa, podem comparecer ao Centro de Educação, com entrada gratuita às 18h. O intuito é refletir sobre a participação de estudantes nas mobilizações realizadas neste ano no Brasil, ministrada pela professora Lúcia Rabello.

A palestra é realizada através do Programa de Pós-Graduação em Psicologia, por meio do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Poder, Cultura e Práticas Coletivas (Gepcol). Outras informações podem ser obtidas através do Departamento de Psicologia do Centro de Educação pelo número (81) 2126.8323.

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Cem mil pessoas nas ruas. Ao invés das caras pintadas, cartazes com críticas aos representantes políticos, às violações de direitos humanos. Em junho de 2013, o Recife se deparou com uma mobilização social pouco antes vista na história da cidade. Diferente de outros protestos pelo país, a manifestação recifense foi considerada uma das mais pacíficas e, para alguns, um movimento vazio, “morno”. 

O que mudou e o que virá após as manifestações de 2013? A pergunta foi feita para mais de 600 moradores da capital pernambucana, pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN). Definida com base nas fontes oficiais de dados - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Tribunal Regional Eleitoral (TRE) -, a amostra tem um nível de confiança de 95%, com margem de erro estimada em 4,0 pontos percentuais.

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Quando perguntada se as manifestações realizadas no mês de junho contribuíram para alguma mudança significativa na sociedade, a maioria dos entrevistados foi descrente. Temas como diminuição da corrupção política, ações na área de mobilidade, saúde, mais atenção dos governantes e debate sobre a Reforma Política não parecem ter sofrido influência após a pressão social, na opinião dos recifenses. Veja os dados abaixo:

Na opinião do professor de história Jairo Garcia, é preciso dar tempo para que as consequências das manifestações possam ser sentidas na prática. “O alcance dos protestos não foi dado no momento, não podemos fazer uma tradução ligeira, porque não atende ao que ela representa em si. É preciso maturar, ruminar bem, para ver o quanto este ato foi forte”, avalia.

Mesmo assim, o sentimento inicial para o educador é de que as manifestações foram absolutamente positivas e a contribuição ainda vai ser sentido em longo prazo. “Não se pode ficar imune a uma movimentação daquela; pôr cem mil pessoas na rua foi um feito. Esta comoção do pensamento faz com que a classe parlamentar fique, a partir de agora, receosa e, consequentemente, querendo cooptar tais movimentações, trazê-las para sua pauta”, diz Garcia. 

Embora as conquistas em Pernambuco (redução das tarifas nas passagens de ônibus) não terem obtido a mesma relevância , por exemplo, da adoção do passe livre no Rio Grande Sul, a integrante da Frente de Luta pelo Transporte Público (FLTP ) no Estado, Raíssa Bezerra, considera que os protestos foram muito importantes. “Essa luta eclodiu um espírito de coletividade nas pessoas e o nosso movimento foi fortalecido, credenciado por estar à frente das atividades”. 

No ano que vem, com a vitrine possibilitada pela Copa do Mundo, Raíssa diz que as mobilizações não começarão do zero e a experiência vitoriosa de 2013 só tem a dar mais força aos próximos protestos. “Estamos vendo como o governo tem investido na cidade para a Copa, bilhões em estádios, estradas, e pouco é feito para o transporte público, a saúde e a educação das pessoas, principalmente os mais pobres”, critica.   

Com a conferência "Graciliano Ramos: Aspereza do Mundo e Concisão da Linguagem", do escritor e colunista do "Caderno 2" do jornal "O Estado de S.Paulo" Milton Hatoum, seguida por show de Gilberto Gil e Luís Perequê, será aberta nesta quarta-feira, 3, a 11.ª Festa Literária Internacional de Paraty.

Até domingo, 7, cerca de 50 escritores, críticos, cineastas, músicos e pesquisadores brasileiros e estrangeiros sobem ao palco da Flip, que homenageia Graciliano Ramos, para conversas sobre literatura e outros temas, como os recentes protestos que mobilizaram o País.

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Discutir o assunto, aliás, foi a alternativa encontrada pela organização para preencher o espaço deixado pelo francês Michel Houellebecq, que cancelou sua vinda - no lugar dele estarão o historiador T. J. Clark, o psicanalista Tales Ab’Saber e o filósofo Vladimir Safatle. Haverá outros dois encontros dedicados a debater o atual momento.

Karl Ove Knausgard alegou problemas pessoais e também cancelou a viagem a Paraty - em seu lugar, participará o autor mexicano Juan Pablo Villalobos.

Entre os convidados de fora, John Banville, Lydia Davis, Jérôme Ferrari, Tamim Al-Barghouti, Geoff Dyer e John Sullivan. Daqui, Cleonice Berardinelli, Eduardo Coutinho, Nelson Pereira dos Santos, José Luiz Passos, Ana Martins Marques, entre outros.

Mas a Flip vai além da programação oficial, realizada na tenda principal e transmitida por um telão para uma segunda tenda e também na Casa de Cultura, e além da agenda da Flipinha e da Flipzona.

Como não há ingresso para as cerca de 20 mil pessoas que visitam a cidade durante o evento, a solução é aproveitar a programação promovida por instituições como Sesc, Instituto Moreira Salles e Clube dos Autores, que terão casas no Centro Histórico de Paraty, e os encontros da Off Flip. Outro espaço será a Casa do Autor Roteirista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O capital pernambucana será palco de duas mobilizações no Dia da Independência do Brasil, celebrado na próxima sexta-feira, 7 de setembro. O Dia Grito dos Excluídos que acontece todo dia 07 de setembro tem concentração marcada na Praça Owavaldo Cruz, bairro da Soledade, Recife. O evento já acontece há 17 anos no Recife e teve origem no Setor Pastoral Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). A manifestação popular é aberta a grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos em levar as pessoas a uma reflexão sobre a soberania nacional. O tema deste ano lançado pela Igreja Católica é ' O Estado à Serviço da Nação'. 

Outra mobilização que a capital pernambucana receberá na próxima sexta-feira, será a Marcha Nacional Contra a Corrupção, intitulada como 'Dia do Basta' que mobiliza 60 cidades do País. A marcha está marcada para acontecer no Marco Zero, centro do Recife. A concentração será às 13h, de lá as pessoas seguem com a caminhada até a Assembleia Legislativa de Pernambuco, onde os manifestantes pretendem deixar um boneco algemado.

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O Dia do Basta teve sua primeira ação com um protesto no dia 2 de julho de 2011, inicialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, hoje atinge praticamente todo o País. As pessoas mobilizam-se para participar das manifestações através das redes sociais como twiter e facebook.

Nesta semana, os atingidos por barragens de todo o país voltaram a se mobilizar com o intuito de defender os bens naturais, denunciar o avanço do capital sobre a natureza e lutar pelos seus direitos. O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) integrará as ações da Via Campesina e movimentos sociais que marcarão, esta terça-feira (5), o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Segundo nota do MAB, a mobilização de hoje é uma preparação para a Cúpula dos Povos, atividade dos movimentos sociais paralela à Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontecerá entre os dias 15 e 23 no Rio de Janeiro.  

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Os movimentos irão denunciar as falsas soluções apresentadas pelas empresas para a preservação do meio ambiente, baseadas no aumento da apropriação dos bens naturais e na violação dos direitos humanos, e pautar os temas da soberania alimentar e energética. “A luta será contra as tentativas de privatização dos bens naturais, em especial da água e da energia. Nós, do MAB, vamos denunciar a contradição do modelo energético brasileiro, que se apresenta como ‘limpo’, mas deixa um rastro de violação dos direitos humanos nas áreas de construção das barragens”, afirma Tatiane Paulino, da Coordenação do Movimento. 

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