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O físico Ricardo Galvão, ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que protagonizou o principal embate entre a ciência e o governo Jair Bolsonaro neste ano, foi escolhido pela revista Nature, uma das mais prestigiosas do mundo, uma das dez pessoas que foram mais importantes para a ciência neste ano.

A informação estava embargada até terça-feira, 17, quando será distribuída a revista, mas vazou mais cedo. Procurado pelo jornal O Estado de S. Paulo, Galvão confirmou a homenagem e se disse "surpreso". "Fui procurado pela Nature há mais de três semanas para uma longa entrevista e fiquei surpreso com a escolha", afirmou. "Essa lista geralmente é feita com personalidades que possuem publicações com resultados científicos importantes. Eu não tenho uma publicação, mas eles consideraram importante a minha posição de defesa da ciência perante a comunidade internacional em um momento de obscurantismo", disse.

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Galvão chamou a atenção de todo o mundo depois de responder às acusações sem prova do presidente Jair Bolsonaro, que disse que dados do Inpe que apontavam para um pico de desmatamento em julho eram mentirosos e acusou o cientista de estar "a serviço de alguma ONG" em um café da manhã com a imprensa estrangeira.

Galvão decidiu no dia seguinte se manifestar. Deu sua primeira entrevista ao Estado, quando afirmou a atitude do presidente tinha sido "pusilânime e covarde".

Ricardo Galvão foi exonerado do cargo no começo de agosto. Em novembro, o sistema Prodes, que aponta a taxa oficial de desmatamento da Amazônia, confirmou que houve um aumento de quase 30% na perda da floresta entre agosto do ano passado e julho deste ano, na comparação com os 12 meses anteriores.

Ricardo Galvão estava no Inpe desde 1970. Ele, que dirigiu o órgão por três anos, desde 2016, teria um mandato à frente do órgão até 2020. Galvão fez doutorado em Física de Plasmas Aplicada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e é livre-docente em Física Experimental na USP desde 1983. Depois de sair da direção do Inpe, voltou pra USP, para o Instituto de Estudos Avançados.

Após a exoneração, Galvão começou a dar palestras e participar de eventos no Brasil e no exterior. Em meados de agosto, ao voltar para a USP, Galvão deu um depoimento emocionado. "Sempre que a ciência for atacada temos de nos levantar. As autoridades sempre se incomodam quando escutam o que não querem", disse. "Mas será que esse seria um momento de volta às trevas?", questionou em referência à ditadura. Ele mesmo sentenciou: "Não. Porque a comunidade acadêmica e científica e o povo brasileiro não se calarão."

Galvão, porém, rejeitou a ideia de ser herói. "Não usem a palavra herói ou mito. Não existe salvador da pátria", disse. Em setembro, foi homenageado pela Academia Brasileira de Ciências (ABC).

A exoneração do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, rapidamente motivou críticas de especialistas na área ambiental. Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências, elogiou tecnicamente Galvão e lembrou que é obrigação dos institutos de ciência e tecnologia transmitirem à sociedade a ciência que produzem. "Informar os dados que têm de modo transparente aumenta a confiabilidade", disse.

Ao Estado, o especialista em sensoriamento remoto Matthew Hansen, da Universidade de Maryland (EUA), responsável pelo projeto Global Land Analysis and Discovery, que monitora desmatamento em todo o mundo, atestou que os dados do Inpe são precisos. "Dizer que o mapeamento é algo como opinião chega a ser um insulto a todo o trabalho duro que engenheiros e cientistas do Inpe fazem para fornecer dados precisos. O trabalho do Inpe é feito há décadas e avaliado por inúmeros outros pesquisadores independentes, tendo se provado medida altamente confiável das tendências de perda florestal na Amazônia brasileira, gostem dos resultados ou não."

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Hansen disse ainda que "lançar calúnias, como foi feito pelo presidente do Brasil, enfraquece a missão do Inpe". Segundo ele, nenhuma outra nação tem o mesmo nível de registro de monitoramento de desmate. "Atacá-lo de modo tão abertamente político e irresponsável é, na melhor das hipóteses, desrespeitoso e na pior, perigoso."

Para Carlos Rittl, do Observatório do Clima, Galvão "selou seu destino ao não se calar diante das acusações atrozes de Bolsonaro ao Inpe". "Ao reagir, Galvão também preservou a transparência dos dados de desmatamento, ao chamar a atenção da sociedade e da comunidade internacional para os ataques sórdidos, autoritários e mentirosos de Bolsonaro e Ricardo Salles (ministro do Meio Ambiente) à ciência do Inpe", disse.

'Trump tropical'

A prestigiada revista científica Nature publicou texto em que diz que o "Trump tropical" (em referência à afinidade de Bolsonaro com o presidente americano Donald Trump) "desencadeia crise sem precedentes para a ciência brasileira". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, decidiu exonerar o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, após uma reunião entre os dois na tarde desta sexta-feira (2), em Brasília. O anúncio foi feito pelo próprio Galvão, em rápida declaração a jornalistas.

"Diante do fato, da maneira como eu me expressei em relação ao presidente [Bolsonaro], criou um constrangimento que é insustentável. Então, eu serei exonerado, mas ficará no meu lugar uma pessoa que já me substitui, com grande possibilidade de nós continuarmos o desenvolvimento da linha de ação", afirmou Galvão. Ele disse que seu mandato é de quatro anos, mas que o Regimento Interno do órgão permite uma substituição por decisão do ministro. "O ministro pode, é perfeitamente legal, numa situação de perda de confiança, substituir", explicou.

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A assessoria do ministro Marcos Pontes confirmou à reportagem da Agência Brasil que a exoneração está decidida. Em seu perfil no Instagram, o ministro publicou o vídeo do pronunciamento de Ricardo Galvão a jornalistas e agradeceu o trabalho do auxiliar à frente do instituto. "Agradeço pela dedicação e emprenho do Ricardo Galvão à frente do Inpe. Tenho certeza [de] que sua dedicação deixa um grande legado para a instituição e para o país", disse Pontes.

No último dia 19, em entrevista a correspondentes internacionais, o presidente Jair Bolsonaro disse que a divulgação de informações sobre desmatamento feita pelo Inpe prejudica o país em negociações comerciais realizadas pelo governo brasileiro com outros países. Na ocasião, o presidente disse que os dados de desmatamento atribuídos ao seu governo não eram verdadeiros. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Galvão criticou a fala do presidente afirmando que este fez "acusações indevidas a pessoas do mais alto nível da ciência brasileira". Galvão também reafirmou a validade científica dos dados do instituto, que monitora áreas florestais desde a década de 1970.

A polêmica começou no início do mês, quando o Inpe informou que o desmatamento na Amazônia Legal brasileira atingiu 920,4 quilômetros quadrados em junho, um aumento de 88% em comparação com o mesmo período do ano passado. Ontem (1º), em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, exibiu imagens de satélite para demonstrar que pelo menos 31% do total do desmatamento apurado em junho ocorreram em anos anteriores, principalmente em 2017 e 2018, mas só foram computados depois.

De acordo com o ministro, para chegar a essa conclusão, foram analisadas imagens de 56% das áreas desflorestadas em junho indicadas pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter).

O Deter é usado desde 2004 para detectar o desmatamento em tempo real em áreas maiores do que 3 hectares (30 mil metros quadrados). Utilizando imagens dos satélites WFI/CBERS 4 e AWiFS/IRS, que cobrem a Amazônia a cada cinco dias, o sistema emite alertas de desmatamento que servem de apoio às ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Só em junho deste ano, foram emitidos 3.250 alertas.

Segundo o Inpe, o sistema não deve ser entendido como taxa mensal de desmatamento. "A cobertura de nuvens, intensa na região amazônica, pode impedir que uma área de devastação seja identificada no mês que ela ocorre, e só apareça quando a visibilidade melhorar", diz o órgão. Além do lapso temporal, Ricardo Salles destacou que houve sobreposição de imagens de desmatamento.

No pronunciamento aos jornalistas, Ricardo Galvão também elogiou o ministro e ressaltou que o trabalho do Inpe será preservado. "A reunião foi execelente, foi muito construtiva, o ministro conversou comigo de uma forma muito cortês. O que eu fiquei muito feliz na conversa com o ministro é a preservação do Inpe. Claro, com o meu discurso com relação ao presidente, criou constrangimentos. No entanto, eu tinha uma preocupação muito grande [de] que isso fosse respingar no Inpe. Não vai acontecer. O ministro, inclusive, nós discutimos em detalhe como vai ser a continuação da administração do Inpe."

 

O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, que esteve no centro da polêmica com o presidente Jair Bolsonaro sobre os dados que mostram alta do desmatamento da Amazônia, foi exonerado do cargo nesta sexta-feira, 2. A publicação oficial deve ser feita ainda nesta tarde.

O pesquisador estava no Inpe desde 1970 e cumpria mandato à frente do órgão até 2020. Ele deixa a direção do instituto após duas semanas de intenso bombardeio por parte do governo às informações do instituto que mostram que desde maio os alertas de desmatamento da Amazônia dispararam, atingindo em julho o número mais alto desde 2015 para um único mês. O desmatamento observado pelos alertas entre agosto do ano passado até 31 de julho é 40% maior do que o período anterior.

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A decisão foi anunciada por ele mesmo após reunião que teve com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. "Diante da maneira como eu me manifestei com relação ao presidente, criou um constrangimento, ficou insustentável e eu serei exonerado", afirmou Galvão a jornalistas que estavam em frente ao ministério após a reunião.

Acusado pelo presidente Jair Bolsonaro de agir "a serviço de alguma ONG", o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Magnus Osório Galvão, disse em entrevista ao Estado que a atitude foi "pusilânime e covarde" e as declarações parecem mais "conversa de botequim".

Galvão, que dirige o instituto ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações desde setembro de 2016, manifestou-se ontem sobre os comentários feitos na sexta (19) por Bolsonaro em café da manhã com a imprensa estrangeira. O presidente questionou os dados fornecidos pelo Inpe sobre as taxas de desmatamento da Amazônia e disse que são mentirosos.

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"Se toda essa devastação que vocês nos acusam que estamos fazendo e que já foi feita no passado (sic), a Amazônia já teria sido extinta", disse Bolsonaro. "A questão do Inpe, eu tenho a convicção que os dados são mentirosos", afirmou. "Até mandei ver quem é o cara que está à frente do Inpe para vir explicar aqui em Brasília esses dados aí que passaram para a imprensa. No nosso sentimento, isso não condiz com a realidade. Até parece que ele está a serviço de alguma ONG."

Procurado pela reportagem, o Planalto disse que não se pronunciaria sobre as afirmações de Galvão. As declarações do presidente ocorreram um dia após a imprensa destacar que o sistema Deter-B, do Inpe, que faz alertas em tempo real de focos de desmatamento para orientar a fiscalização, aponta para uma alta da perda florestal neste ano. Até sexta, o sistema registrava para julho um corte de 1.209 km2, o valor mais alto de desmatamento em um mês desde 2015. É também 102% maior do que o observado em julho de 2018. Confira os principais trechos da entrevista:

Como o sr. responde às críticas do presidente?

O sr. Jair Bolsonaro precisa entender que um presidente da República não pode falar em público, principalmente em uma entrevista coletiva para a imprensa, como se estivesse em uma conversa de botequim. Ele fez comentários impróprios e sem nenhum embasamento e fez ataques inaceitáveis não somente a mim, mas a pessoas que trabalham pela ciência desse País. Ele disse estar convicto de que os dados do Inpe são mentirosos. Mais do que ofensivo a mim, isso foi muito ofensivo à instituição.

Qual é o papel do Inpe hoje no Brasil?

O Inpe permitiu ao Brasil ser o terceiro país do mundo a receber imagens de satélite para monitoramento de desmatamento, do Landsat. Começamos isso em meados da década de 1970. Íamos a reuniões internacionais que só tinham Brasil, Canadá e Estados Unidos. O Inpe tem credibilidade internacional inatacável. O presidente não entende que não somos nós que fornecemos os nossos dados para a imprensa. Os nossos alertas de desmatamento são fornecidos ao Ibama. Isso começou ainda na gestão da ministra Marina Silva (2003-2008) por demanda do Ministério do Meio Ambiente. Os dados são acessados pelo Ibama na nossa página na internet. Estão abertos para todo mundo poder verificar. São publicados em revistas científicas internacionais. Então chamar de manipulação é uma ofensa inaceitável. Quanto a mim, fiquei realmente aborrecido, porque acho que ele fez comigo o mesmo jogo que fez com Joaquim Levy (que pediu demissão do BNDES após também ser criticado em público por Bolsonaro). Ele tomou uma atitude pusilânime, covarde, talvez esperando que eu peça demissão, mas não vou. Eu espero que ele me chame a Brasília para eu explicar o dado e que ele tenha coragem de repetir, olhando frente a frente, nos meus olhos. Eu sou um senhor de 71 anos, membro da Academia Brasileira de Ciências, não vou aceitar uma ofensa dessas. Ele que tenha coragem de, frente a frente, justificar o que está fazendo.

Não é a primeira vez que os dados do Inpe são questionados. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, já tinha dito isso. O governo buscou entender como o Inpe funciona?

Eles nunca fizeram uma crítica objetiva apresentando dados. Eu entendia que o ministro Ricardo Salles fazia essas críticas por falta de conhecimento. Há três semanas mandei um ofício para o Ministério da Ciência e Tecnologia falando que polêmicas não ajudavam em nada o Brasil, inclusive com relação à repercussão internacional, e propus ao ministro Marcos Pontes abrir um canal de comunicação para explicar o que fazemos, oferecer ferramentas para entenderem melhor os nossos dados e tentar arrefecer esse clima de disputa. Mandei para o ministro Marcos Pontes, mas acho que ele estava viajando. Porque quero tirar dessa polêmica algo que ele sempre declarou, que a questão (dos dados) do desmatamento da Amazônia é científica e não política e ele sempre demonstrou confiança nos dados do Inpe.

O Deter está apontando para uma alta neste ano?

O Deter é um sistema de alerta. E uma vez por ano divulgamos os dados do Prodes, esses sim são os dados realmente consolidados do desmatamento. Mas a margem de acerto do Deter é de 95%. Quando o Deter anuncia o crescimento do desmatamento, provavelmente o Prodes vai mostrar que foi isso mesmo que ocorreu.

O presidente insinuou que o sr. poderia estar a serviço de ONGs. O que diz sobre isso?

Como sou um cientista, não respondo. Um grande prêmio Nobel em Física uma vez falou que certas respostas não devem ser dadas porque são tão absurdas que não estão na natureza. Não vou responder e ele que me chame pessoalmente e tenha coragem de me dizer cara a cara isso.

Desafio

O presidente Jair Bolsonaro voltou a sugerir nesta sexta-feira que líderes europeus façam um voo entre Boa Vista e Manaus para verem que não existe, de acordo com o presidente, um problema de desmatamento no Brasil.

No começo do mês ele já tinha dito a deputados que tinha lançado o desafio à primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e ao presidente francês, Emmanuel Macron, no G-20, em Osaka, Japão, no final de junho, depois que os dois se mostraram preocupados com a proteção da Amazônia. "Se eles (Merkel e Macron) encontrarem 1 km2 de desmatamento entre Boa Vista e Manaus concordaria com eles na questão ambiental", disse, sobre as críticas que recebeu.

A equipe do Mapbiomas - rede que envolve universidades, empresas de tecnologia e ONGs na análise de imagens de satélite e na produção de mapas sobre a cobertura e o uso da terra do Brasil - aceitou o desafio e fez um voo virtual sobre o trajeto.

O cruzamento de vários dados como os do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Censipam - monitoramento feito pelo Ministério da Defesa, mostrou que entre janeiro e junho deste ano houve um desmatamento de 213 km2 na região. A análise foi feita por pesquisadores liderados pelo engenheiro florestal Tasso Azevedo.

"Um sobrevoo de Boa Vista a Manaus com o Google Earth mostra todos os desmatamentos que ocorreram no governo Bolsonaro. E foi bem mais do que apenas 1 km2", disse Azevedo. O mapa com os pontos de 2,3 mil alertas do período pode ser visto no blog Ambiente-se, no portal estadao.com.br. O Planalto não quis se manifestar.

A região, inclusive, vem sendo alvo de ações da Polícia Federal para desarticular um esquema de exploração ilegal de madeira. A operação Florestas de Papel, deflagrada no ultimo dia 12, teve como alvo 22 madeireiras que teriam regularizado, mediante fraude, 91 mil m3 de madeira, que carregariam 8 mil caminhões. As ações aconteceram em Roraima, Mato Grosso, Amazonas, Maranhão e Pará.

A questão ambiental pode vir a ser um entrave no acordo econômico entre Mercosul e União Europeia fechado no final de junho. O tratado incluiu uma cláusula de "princípio da precaução", que poderia ser usada para levantar barreiras em caso de dano ao ambiente, mesmo sem comprovação. /

Dados ajudam na fiscalização

O desmatamento da Amazônia é calculado oficialmente pelo Inpe. Para isso são usados principalmente dois sistemas de monitoramento: um é o Deter, que detecta o desmatamento em tempo real e produz dados diariamente que servem para orientar a fiscalização do Ibama e o combate aos crimes ambientais. Esses alertas foram fundamentais para as ações que conseguiram reduzir a taxa de desmatamento em 80% de 2005 a 2012.

O outro é o Prodes, que fornece dados consolidados sobre o que desapareceu da floresta com corte raso entre agosto de um ano a julho do ano seguinte. É o sistema que oferece a taxa oficial de desmatamento da Amazônia desde 1989. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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