Tópicos | Rodrigo Bethlem

A Secretaria Geral da Mesa da Câmara dos Deputados encaminhou nesta terça-feira, 26,ao Conselho de Ética da Casa a representação contra o deputado Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ), que teve conversas gravadas nas quais admite ter recebido propina. Cabe agora ao presidente do colegiado, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), instaurar o processo e nomear um relator para que comece a contar o prazo de 90 dias para a conclusão dos procedimentos de investigação.

É improvável que a representação por quebra de decoro parlamentar seja analisada antes do final desta legislatura, o que, pelas regras da Casa, ocasionará no seu arquivamento automático após a virada do ano. Após a revelação das denúncias, o peemedebista desistiu de se candidatar a um novo mandato.

##RECOMENDA##

Gravação

Em gravações feitas por sua ex-mulher Vanessa Felippe, o deputado diz que recebia comissões ilegais de ONGs contratadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social, pasta que chefiou entre 2011 e 2012. Na representação, o PSOL argumenta que a conduta de Bethlem fere o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara e pede a cassação do seu mandato.

"Da análise do conteúdo da conversa, verifica-se que o próprio representado afirma que recebeu vantagens indevidas, sendo que de R$ 65 mil a R$ 70 mil de sua receita mensal provinha do convênio firmado pela Prefeitura do Rio de Janeiro para a finalidade do Cadastro Único, recebendo ainda R$ 15 mil da empresa que fornecia refeições (lanche) para as todas as ONG's", diz na peça o presidente do PSOL, Luiz Araújo.

O procurador geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de investigação criminal contra o deputado Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ), flagrado em vídeos nos quais admite receber comissões ilegais de ONGs prestadoras de serviços à prefeitura do Rio. Em documento de quatro páginas enviado no dia 30 de julho ao Supremo, e divulgado nesta quarta-feira, 6, pela Procuradoria Geral da República (PGR), Janot sustenta que há indícios de corrupção passiva, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Em gravações feitas pela ex-mulher, Vanessa Felippe, Bethlem revela que tem uma conta bancária na Suíça, não informada à Receita Federal.

O deputado disse à ex-mulher ter renda mensal de cerca de R$ 100 mil, quando recebia salário de R$ 18 mil mensais. Há suspeita de que o parlamentar tenha recebido propina de cerca de R$ 80 mil mensais da ONG Casa Espírita Tesloo, que tinha uma série de contratos com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, ocupada por Bethlem entre 2011 e 2012. As gravações foram feitas por Vanessa neste período e divulgadas na semana passada pelas revistas "Época" e "Veja". Bethlem anunciou a desistência de concorrer à reeleição este ano, mas não abriu mão do mandato de deputado e, por isso, tem foro privilegiado e só pode ser investigado criminalmente pela PGR e julgado pelo STF, a quem cabe autorizar ou não a abertura de inquérito criminal. O procurador pede quebra de sigilo fiscal de Bethlem e da Tesloo. Solicita ainda ao Supremo que peça à Polícia Federal informações sobre viagens do deputado ao exterior nos anos de 2010 e 2011. Bethlem também será investigado pela Câmara dos Deputados, a pedido do PPS e do PSOL.

##RECOMENDA##

A Justiça do Rio determinou na última sexta-feira o bloqueio dos bens e a quebra dos sigilos bancário e fiscal do deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ), de sua ex-mulher Vanessa Felippe, da ONG Casa Espírita Tesloo e do major reformado da Polícia Militar Sérgio Pereira de Magalhães Junior, ex-presidente da entidade.

O pedido foi apresentado na própria sexta pela promotora Gláucia Santana, da 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania e atendido, por meio de liminar (decisão provisória) pela juíza Alessandra Cristina Tufvesson Peixoto, da 3ª Vara da Fazenda Pública do Rio. Por decisão judicial, essa ação tramita em segredo de justiça, então não é possível ter acesso aos detalhes da decisão liminar.

##RECOMENDA##

A partir de conversas gravadas e divulgadas por Vanessa, nas quais o deputado admite receber propina, a promotora investiga se houve desvio de dinheiro nos contratos firmados entre a ONG Tesloo e a Secretaria Municipal de Assistência Social. Quando alguns desses contratos foram firmados, em 2011, Bethlem era o secretário da pasta. Os contratos assinados durante a gestão dele somam R$ 17 milhões - ao todo, a prefeitura repassou à ONG cerca de R$ 80 milhões, calcula o Ministério Público. A entidade cuidava do cadastro de famílias de baixa renda e da assistência a usuários de crack.

O Ministério Público investiga ainda se a pensão paga por Bethlem a Vanessa após a separação do casal foi paga com propina da ONG. Por isso os bens de Vanessa também foram bloqueados. A reportagem não conseguiu localizar, na noite desta segunda-feira, o deputado Bethlem e os demais investigados pelo Ministério Público.

O corregedor da Câmara dos Deputados, Átila Lins (PSD-AM), disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o deputado Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ), suspeito de receber propina de prestadoras de serviço da prefeitura do Rio, está "em situação muito vulnerável". Caberá ao corregedor a apuração preliminar se o deputado cometeu crime de corrupção e enriquecimento ilícito, em investigação que será aberta a pedido do PPS. Depois de notificado pela Corregedoria, Bethlem terá cinco dias úteis para apresentar a defesa.

Em gravações feitas pela ex-mulher, Vanessa Felippe, o deputado diz que recebia comissões ilegais de ONGs contratadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social, que comandou entre 2011 e 2012. Afirma também que tem uma conta na Suíça, não informada na declaração de bens. Imagens mostram ainda Vanessa recebendo a pensão mensal, de R$ 20 mil, em pacotes de dinheiro, segundo ela enviados por Bethlem. Em nota, o deputado disse que as acusações são "infundadas" e alegou que a ex-mulher sofre transtorno psiquiátrico.

##RECOMENDA##

"Ouvi as gravações divulgadas pela imprensa, li a nota do deputado. Não quero fazer prejulgamento, vou examinar a linha de defesa dele. Mas achei muito graves as atitudes e tudo que pesa contra ele. O deputado não contestou em momento nenhum o conteúdo das gravações, está em situação muito vulnerável. Queria ouvi-lo dizer que a gravação é falsa, que é montagem, mas até agora não foi o que ele disse. A relação com a ex-mulher é outro problema. As denúncias parecem muito consistentes. Terei 45 dias de prazo para enviar um parecer à Mesa Diretora, mas vou concluir antes disso", disse Lins. Se o corregedor considerar que houve quebra de decoro parlamentar, a tendência é abertura de processo contra Bethlem no Conselho de Ética.

O governador do Rio e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou na tarde desta quarta-feira, 30, que o deputado federal Rodrigo Bethlem, de seu partido, desistiu de se candidatar a uma nova vaga na Câmara Federal. "Ele renunciou (à candidatura). Parece que está saindo, né?", afirmou Pezão, que depois completou: "Estou sabendo que ele chamou diversas pessoas (candidatos a deputado estadual) que estavam fazendo dobradinha com ele e comunicou que não será candidato".

Em gravações feitas secretamente pela ex-mulher, Vanessa Felipe, Bethlem admite que recebeu comissão ilegal de ONGs prestadoras de serviço à Secretaria Municipal de Assistência Social, que comandou entre 2011 e 2012. Disse também ter uma conta na Suíça, não informada na declaração de renda.

##RECOMENDA##

O governador visitou nesta tarde um conjunto habitacional prestes a ser inaugurado - a previsão é agosto - do programa Minha Casa Minha Vida no complexo de favelas do Alemão, na zona norte do Rio. Pezão disse ter ficado "muito triste" com o caso Bethlem. "As provas são muito fortes. É uma pessoa que conheço há muitos anos e isso entristece a todos".

Pezão fez questão de desvincular a imagem de seu correligionário da administração estadual. "Foi um problema dentro do município, dentro da prefeitura, e o prefeito tomou sua decisão. Conheci o Bethlem e não sabia do que tinha ocorrido, que isso tinha acontecido. O meu espanto, a minha tristeza, foi a mesma do prefeito. Todos nós ficamos perplexos", afirmou.

Pezão elogiou o prefeito Eduardo Paes, também do PMDB, que, segundo o governador, "tomou a decisão certa, no primeiro dia (após as denúncias), de ver o que aconteceu dentro da secretaria (de Assistência Social)".

Na tarde de sábado, 26, Paes anunciou uma auditoria em todos os contratos firmados pelas secretarias por onde Bethlem passou (Ordem Pública, Assistência Social e Governo) e se disse "estarrecido" com a denúncia de corrupção. Bethlem era um dos colaboradores mais próximos do prefeito e deixou o poder público em abril para se candidatar à reeleição.

Desde segunda-feira o PMDB-RJ esperava que Bethlem anunciasse a renúncia à candidatura. Com essa decisão, o partido acredita que será estancado o desgaste político e o constrangimento criado para a candidatura de Pezão. A assessoria de Bethlem afirmou que o deputado não comunicou qualquer decisão sobre a candidatura nem sobre um eventual pedido de afastamento do PMDB.

Oito vereadores do Rio pedirão à Procuradoria Geral da República (PGR) que investiguem o deputado Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ) por possível envolvimento em caso de corrupção. Em gravações feitas secretamente pela ex-mulher do parlamentar, Vanessa Felippe, Bethlem revela que recebia comissões ilegais de ONGs prestadoras de serviço à Secretaria Municipal de Assistência Social, ocupada por ele entre 2011 e 2012. O deputado diz ainda ter uma conta na Suíça, não informada na declaração de bens.

Vereadores do PSOL, do PSDB, do PDT, do PR, reunidos na tarde desta terça-feira, 29, informaram que começarão uma mobilização para abertura de uma CPI para investigar aplicação de recursos do Fundo Municipal de Assistência Social. Como reconhecem a dificuldade de alcançar o mínimo de 17 assinaturas para abertura da investigação parlamentar, os vereadores optaram por agir também em outras frentes. Um terceiro caminho será pedir à Polícia Federal uma investigação sobre possível evasão de divisas para a conta bancária da Suíça.

##RECOMENDA##

"A declaração de uma pessoa de que recebe dinheiro de forma totalmente indevida é um escândalo que nunca vi com esta dimensão. A provocação ao Ministério Público é muito importante para que os responsáveis sejam punidos e que os recursos apropriados de forma indevida sejam retornem ao tesouro municipal", disse o vereador Eliomar Coelho (PSOL). Por ser deputado federal, Bethlem tem foro privilegiado e só pode ser investigado pela Câmara Federal e pela PGR. O parlamentar não respondeu ao pedido de entrevista do Estado.

O PPS protocolou nesta manhã na Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados uma representação contra o deputado Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ). Assinada pelo líder da bancada na Casa, deputado Rubens Bueno (PPS-PR), a representação pede a apuração de denúncias que apontam o recebimento "comissões ilegais" de Organizações Não-Governamentais (ONGs) contratadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social da Prefeitura do Rio de Janeiro.

No documento, o líder do PPS pede que a Corregedoria analise a conduta de Bethlem com base no Código de Ética e Decoro Parlamentar para decidir se encaminha a representação ao Conselho de Ética da Casa. A expectativa é que o PSOL também tome a mesma iniciativa.

##RECOMENDA##

Em gravações feitas pela ex-mulher, Vanessa Felippe, o parlamentar diz ter recebido comissões ilegais de R$ 85 mil por mês de ONGs contratadas pela Secretaria, ocupada por ele entre 2011 e 2012. O caso foi revelado pelas revistas Época e Veja. O parlamentar é investigado desde o ano passado pelo Ministério Público Estadual por improbidade administrativa.

A Controladoria-Geral do Município (CGM) do Rio realizará uma "auditoria especial" a partir dessa segunda-feira, 28, para verificar todos os contratos assinados pelo deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB) enquanto exerceu funções políticas no governo do prefeito Eduardo Paes (PMDB). Bethlem é suspeito de corrupção e desvio de dinheiro em contratos com a ONG Casa Espírita Tesloo, enquanto era secretário de Assistência Social, entre 2011 e 2012.

O prefeito disse que ficou "estarrecido, chocado e surpreso" com "as notícias assombrosas" e garantiu que a "aproximação (pessoal) com o prefeito não isenta ninguém de investigação". "Que essa atitude sirva de sinal claro para quem trabalha na Prefeitura e para a sociedade, que não há relação política, pessoal ou de parentesco que me faça ser conivente com qualquer tipo de corrupção. (O suspeito) terá que responder por seus atos, que acarretem prejuízos para os cofres públicos", afirmou.

##RECOMENDA##

Paes ressaltou que em quase seis anos "não há qualquer escândalo que tenha envolvido" o seu governo". A Tesloo foi contratada em agosto de 2011, por R$ 9,68 milhões para administrar o cadastro único de programas sociais da prefeitura - que inclui o Bolsa Família e o Bolsa Família Carioca. Em 2012, uma auditoria da CGM já havia constatado irregularidades neste contrato, que foi suspenso no mesmo ano. Todos os recursos apurados como irregulares foram devolvidos, segundo o prefeito.

"Não houve indícios, na época, de que havia qualquer benefício pessoal ao deputado Rodrigo Bethlem". O prefeito, no entanto, afirmou que ainda não há informações suficientes para garantir que o banco de dados foi concluído e para explicar porque o último pagamento à ONG foi feito em abril de 2014. Paes também não comentou as duas ações judiciais movidas pela prefeitura contra a Tesloo, que era administrada pelo major da reserva Sérgio Pereira de Magalhães Júnior, suspeito de integrar uma milícia.

O prefeito disse que "as imagens e falas são muito contundentes" em relação aos "malfeitos e irregularidades desse caso".

"Não vou passar a mão na cabeça de ninguém que age de maneira desonesta e irregular na Prefeitura. Quem pratica corrupção no meu governo, no que depender de mim, vai para a cadeia". Ele completou afirmando que a Prefeitura vai tomar todas as atitudes necessárias para reaver o dinheiro desviado. "Iremos até as últimas consequências".

O material que incrimina o deputado foi gravado em novembro de 2011 por Vanessa Felippe, ex-mulher de Bethlem e filha do presidente da Câmara dos Vereadores, Jorge Felippe. O prefeito disse que ainda não foi procurado por nenhum dos dois.

Bethlem também trabalhou no governo de César Maia (DEM), que tenta uma vaga no Senado. No governo Paes, o deputado federal se licenciou da Câmara para assumir os cargos de secretário de Assistência Social, de Ordem Pública e de Governo até abril deste ano, quando se afastou para tentar a reeleição.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando