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O ex-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi nesta terça-feira (14) à 7ª Vara Federal Criminal onde seria ouvido na condição de réu pelo juiz Marcelo Bretas. O interrogatório se daria no âmbito da ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) a partir das investigações realizadas pela Operação Boca de Lobo, um dos desdobramentos da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro. O depoimento, no entanto, foi adiado.

O magistrado ouviu apenas Sérgio de Castro Oliveira, em interrogatório que durou cerca de uma hora. Serjão, como é conhecido, é apontado como operador financeiro dos esquemas de corrupção denunciados. Ele também é réu, assim como Pezão. Inicialmente seu depoimento não estava previsto para hoje, mas foi colhido em função de sua adesão a um acordo de delação premiada. Pelas regras do processo, delatores devem ser interrogados antes dos demais réus.

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A Operação Boca de Lobo foi deflagrada em novembro de 2018. Pezão, que terminava o último ano de seu mandato como governador, foi alvo de um mandado de prisão. Ele foi afastado do cargo e ficou preso durante pouco mais de um ano, tendo sido solto no mês passado por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que lhe concedeu o direito de responder em liberdade, embora com uso de tornozeleira eletrônica. Ao todo, 12 pessoas viraram réus a partir da Operação Boca de Lobo. Eles são acusados dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, antecessor de Pezão no cargo, também responde no processo.

O adiamento do depoimento de Pezão e de outros dois réus que estavam agendados para hoje ocorreu por decisão de Bretas. O juiz considerou prudente dar tempo às defesas para analisar o depoimento de Serjão, uma vez que ele é delator. Ao mesmo tempo, demonstrou irritação com a situação e criticou a demora do MPF em comunicar a oficialização do termo de delação, que foi homologado em setembro. A nova data do interrogatório de Pezão é 3 de fevereiro. No mesmo dia, Cabral também irá depor.

Acusação

De acordo com o MPF, Pezão foi um dos beneficiários dos esquemas de corrupção liderados por Sérgio Cabral e teria recebido cerca de R$40 milhões em proprinas. Em seu depoimento, Serjão afirmou que entregava mensalmente ao ex-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, valores que poderiam chegar até R$150 mil. Esses repasses ocorreram desde o segundo mês do mandato de Cabral até dezembro de 2013. Nesse período, Pezão era vice-governador e também acumulou durante algum tempo o cargo de secretário estadual de Obras e Infraestrutura.

 

"Começou com R$50 mil, depois passou para R$100 mil e depois para R$150 mil. Como se dava isso? O Vivaldo me entregava na Rua Coelho Neto. Algumas vezes, já me entregava com os envelopes prontos. Algumas vezes, me entregava em uma sacola e eu ia para uma sala na Secretaria de Governo. Ali, eu separava o que era de cada um e ia entregar", disse Serjão.

Segundo o delator, Vivaldo era um funcionários dos irmãos Marcelo Chebar e Renato Chebar, apontados como doleiros de confiança de Cabral que atuavam nos esquemas. Ele contou ainda como, durante algum tempo, a entrega dos recursos ocorria no Palácio Guanabara, em uma sala ocupada por Pezão na Secretaria de Obras e Infraestrutura.

"Eu chegava lá, ele me chamava e eu entrava na sala dele. Demorava dois minutos. Entregava e saía. Elas (as secretárias) estranhavam que às vezes ele me passava na frente de outras pessoas mais importantes do que eu. Fazia questão de resolver logo isso", afirmou.

 

 

 

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral disse nesta terça-feira (27), que o ex-governador Luiz Fernando Pezão e o ex-subsecretário de Obras Hudson Braga tinham R$ 6 milhões guardados na transportadora de valores Trans-Expert, empresa que serviu como caixa-forte para o dinheiro da propina durante os dois últimos governos. Ambos negaram a denúncia.

A denúncia foi feita durante audiência na 7ª Vara Federal Criminal, presidida pelo juiz Marcelo Bretas, que investiga os casos da Lava Jato no Rio. A audiência tratou do pagamento de propinas na Secretaria de Obras, na época comandada por Pezão, então vice-governador. Cabral reconheceu que recebia percentual de propina de empreiteiras, apelidada como taxa de oxigênio, e disse que, de acordo com seu ex-assessor pessoal Paulo Fernando, Pezão e Hudson tinham guardadas quantias referentes a propinas de construtoras na transportadora.

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"Ele [Pezão] participava [de esquemas de propinas] e era beneficiado, junto comigo. Dava ciência do benefício de terceiros, prestava contas. Se beneficiava pessoalmente. O Paulo Fernando cuidava de uma parte do dinheiro do Hudson e do Pezão, que foi acautelada. O Paulo Fernando acautelou para o Pezão e para o Hudson Braga valores indevidos, se não me engano na ordem de R$ 6 milhões, guardados na Trans-Expert”, afirmou Cabral.

Hudson foi interrogado por Bretas após Cabral e negou que tivesse se beneficiado de propinas das empreiteiras e também negou que tivesse parte desses recursos na Trans-Expert, dizendo que isto era uma tentativa de colocá-lo no centro das investigações.

“Eu nego [que tivesse dinheiro na Trans-Expert]. Negativo. Nunca pedi dinheiro para ninguém, não criei taxa de oxigênio, não pedi 1% para ninguém, nunca. Estão tentando criar uma narrativa para me colocar no centro de algo que eu não participei. A Secretaria de Obras foi criada para gerar poder político para o governador e o vice-governador. Eu era o subsecretário de Obras, executivo. Eu não nomeei ninguém”, declarou Hudson, que, no entanto, reconheceu ter participado da distribuição de propinas anteriormente, “por determinação do governador e do vice”, para complementar o salário de pessoas que trabalhavam em determinados projetos, como no PAC Favelas de Manguinhos.

A defesa do ex-governador Pezão, atualmente preso na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, negou que ele tenha recebido propina: “O Pezão sempre negou, e continua negando, que tenha recebido propina”.

 

Por maioria, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou o recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE) e determinou a cassação, com a consequente declaração de inelegibilidade, do ex-governador Luiz Fernando de Souza, o Pezão, do Rio de Janeiro, e de seu vice, Francisco Dornelles, por abuso de poder político e conduta vedada praticados nas eleições de 2014.

O TSE confirmou a aplicação da multa de R$ 53.205,00. A pena foi imposta pela prática de abuso de poder político por parte de Pezão e Dornelles, que concederam reajuste e remuneração básica a servidores efetivos, no período vedado pela legislação eleitoral.

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O julgamento dessa terça (9) foi retomado com a apresentação do voto-vista do ministro Admar Gonzaga. Ele acompanhou o entendimento do relator do processo, ministro João Otávio de Noronha.

Em fevereiro, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) tornou Pezão inelegível até 2022. A decisão foi tomada de forma unânime. Porém, Dornelles foi absolvido pela maioria.

Pezão foi condenado por abuso de poder político e econômico por conceder benefícios financeiros a empresas como contrapartida a doações posteriores para a campanha eleitoral de 2014.

Com a prisão do ex-ministro Moreira Franco, de 74 anos, em um desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, são cinco os ex-governadores do estado detidos nos últimos três anos. A lista inclui os ex-governadores Sergio Cabral, Luiz Fernando Pezão, Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho.

O ex-ministro foi preso nessa quinta-feira sob a acusação de negociar o pagamento de propina, no valor de R$ 1 milhão, à Engevix em obras relativas à usina nuclear Angra 3. Moreira Franco foi governador do Rio de Janeiro no período de 1987 a 1991.

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Preso no Batalhão Especial Prisional, em Niterói, no Rio, Pezão é acusado de manter o esquema de corrupção iniciado por Cabral, detido em 2016.

Na quarta-feira (20), Cabral foi denunciado pela 29ª vez pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Reunindo todas as penas, ele deve cumprir cerca de 200 anos de prisão.

Os ex-governadores Anthony e Rosinha são acusados por crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade na prestação das contas eleitorais. O casal recorreu e responde ao processo em liberdade.

Uma policial militar foi presa em flagrante ao tentar facilitar a entrada de cerveja, carvão e utensílios para fazer churrasco - incluindo facas - na Unidade Prisional (UP) da Polícia Militar do Rio, em Niterói, região metropolitana da capital. A UP abriga, principalmente, policiais militares presos, mas serve também para autoridade. O ex-governador Luiz Fernando Pezão (MDB) está preso na UP da PM do Rio.

Segundo a assessoria de imprensa da PM, a prisão foi possível por causa de uma denúncia recebida na manhã deste sábado, pela Corregedoria. Além da policial militar, dois presos envolvidos na tentativa de entrar com os itens para o churrasco foram detidos. A policial presa é lotada na própria UP. Os procedimentos de investigação ainda estão em andamento, informou a PM.

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Em nota, a PM destacou a "pronta resposta" diante da denúncia e ressaltou que "não coaduna com qualquer desvio de conduta de nenhum de seus membros". "Vale lembrar que inspeções são realizadas rotineiramente na Unidade com vistas a manter o cumprimento da Lei de Execução Penal e o Regulamento Disciplinar da Instituição", diz a nota.

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, aceitou, nesta quarta-feira (31), o pedido de exoneração do secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa. Segundo o governo, ele alegou motivo pessoal. O cargo será ocupado, a partir próxima segunda-feira (5), pelo atual subsecretário de Fazenda, Luiz Cláudio Fernandes Lourenço Gomes.

Pezão agradeceu e elogiou o desempenho de Gustavo Barbosa à frente da secretaria e disse que a competência e o empenho são as melhores palavras que descrevem a participação dele à frente da Fazenda. Elogiou ainda a forma como ele conduziu a pasta em um período difícil para o Rio de Janeiro, com destaque para a elaboração do Regime de Recuperação Fiscal do estado. “Nos auxiliando na construção e aprovação do Regime de Recuperação Fiscal, que já está recolocando o estado na rota do desenvolvimento”.

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Barbosa também agradeceu o companheirismo do governador Luiz Fernando Pezão no processo para superar a crise financeira nos últimos anos e completou que se sentiu orgulhoso por ter ocupado o cargo na Secretaria de Fazenda.

O futuro secretário Luiz Cláudio Fernandes Lourenço Gomes é analista de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda.

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, minimizou hoje (14) o impacto da Operação Cadeia Velha na base de seu governo na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), e disse ter certeza de os deputados que são alvos da operação "saberão se explicar".

"Nossa base é muito forte. Tenho certeza que os deputados vão saber se explicar. Já ocorreu outras vezes e eles se explicaram. Tem que se dar o direito de defesa a essas pessoas", disse o governador.

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Na manhã de hoje, a Polícia Federal cumpriu mandados de condução coercitiva contra três parlamentares do PMDB na Alerj e prendeu donos de empresas de ônibus do Rio de Janeiro. Foram conduzidos à superintendência da PF o presidente da assembleia, Jorge Picciani, o ex-presidente da Alerj e ex-secretário de Pezão Paulo Melo, e Edson Albertassi, que foi indicado pelo governador para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Felipe Picciani, filho do presidente da Alerj, foi preso preventivamente.

As investigações apuram o uso da presidência e outros postos da Alerj para a prática de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A organização criminosa descrita nas investigações teria começado no governo de Sérgio Cabral.

Ao falar sobre a operação deflagrada hoje, Pezão disse ainda que é preciso ter calma e esperar o julgamento sobre Albertassi para dizer se retira sua indicação ao tribunal de contas.

"Eu indiquei o deputado Albertassi e não tinha nada que o desabonasse. Vamos esperar. Investigação não quer dizer que ele esteja condenado", disse.

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse que nunca ouviu falar em nenhum tipo de favorecimento do ex-governador Sérgio Cabral a empreiteiras, em troca de recebimento de dinheiro. Pezão foi ouvido nesta segunda-feira (2) pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, como testemunha de Cabral.

“Eu não tinha conhecimento. Muito difícil em um processo como esse, que é publicado no Diário Oficial da União, com grandes empresas disputando, as maiores do país, em todas essas obras, direcionar para uma empresa ganhar. Então o edital atendia a 10 ou 12 empresas que estavam habilitadas a fazer aquele tipo de obra”, disse Pezão aos jornalistas, após ser ouvido por Bretas.

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Ele foi questionado pelos repórteres o que achava da sentença aplicada por Bretas a Cabral, relativa à Operação Calicute, que condenou o ex-governador a 45 anos de prisão por corrupção e associação criminosa. “Achei excessiva, muito grande. Em instâncias superiores, ele vai conseguir a diminuição [da pena]”.

Pezão negou a cobrança de propinas, durante o governo Cabral, de 5% por grande obra, também chamada “taxa de oxigênio”. Segundo ele, os preços praticados estavam de acordo com o Sistema Nacional de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), que estabelece regras e critérios para elaboração do orçamento de referência de obras e serviços de engenharia feitos com recursos da União.

“A gente está comprovando, com nossos trabalhos, com todos os nossos técnicos e auditores, que estamos compatibilizando com o preço Sinapi. Isso dá uma distorção grande e a gente está dentro dos parâmetros”, disse Pezão.

Pezão, que foi vice-governador e secretário de Obras de Cabral, disse que não sabia de pagamentos de propinas em obras do PAC das Favelas ou da reforma do Estádio Maracanã para a Copa de 2014. Ele disse que apenas assinava os documentos, que eram preparados por técnicos e subsecretários, de quem tinha total confiança.

O juiz Bretas também ouviu o ex-secretário estadual de Segurança José Mariano Beltrame, que negou saber de qualquer favorecimento de Cabral a empreiteiras e explicou que sua função era unicamente relativa à área de segurança pública.

O ministro Sergio Kukina, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não aceitou o pedido de desbloqueio de bens feito pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Os bens do governador foram bloqueados pela 1ª Vara Federal de Barra do Piraí, no sul do estado.

Antes da decisão do STJ, o bloqueio já tinha sido mantido pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), em ação de improbidade administrativa.

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A ação apura supostos atos de improbidade praticados pelo governador quando ele ocupava o cargo de prefeito de Piraí, entre 1997 e 2001.

Em meio a uma grave crise fiscal, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), vetou o projeto de lei de autoria do próprio Poder Executivo que reduzia o salário da cúpula do governo estadual.

A medida era uma das principais iniciativas do pacote de austeridade enviado à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para enfrentar a crise nas contas públicas. Tinha como objetivo ajudar a sanar as contas do governo. Após aprovada em plenário, a redução nos subsídios de autoridades estaduais seguiu para sanção do governador.

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Segundo Pezão, como os deputados rejeitaram a criação da alíquota previdenciária extraordinária de até 30% na folha de pagamentos de servidores ativos e inativos, apenas governador, vice-governador, secretários e subsecretários teriam que suportar reduções em seus subsídios, "o que evidentemente não se coaduna com o espírito inicial da medida, vinculada à observância do princípio da isonomia", alegou.

A decisão de Pezão em que volta atrás sobre o corte de seu salário foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira, 30. Na justificativa do veto, o governador argumenta ainda que a redução dos salários de dirigentes estaduais tornaria a remuneração da cúpula do Poder Executivo estadual inferior aos ganhos de agentes subordinados, "em verdadeira inversão da hierarquia e correlatos graus de responsabilidades".

No mesmo veto, Pezão rejeitou ainda emendas que tinham objetivo de reduzir gastos com a frota de veículos oficiais usados pelos órgãos e entidades da administração pública estadual; com a concessão de diárias e traslados a servidores públicos e temporários; e com a utilização de helicópteros oficiais do Estado do Rio de Janeiro.

Afastado do governo do Estado desde março para tratar um câncer linfático, Luiz Fernando Pezão (PMDB) teve a licença médica estendida até 31 de outubro. Em nota, o governo diz que a equipe médica responsável pelo tratamento recomendou mais um mês de recuperação dos efeitos colaterais da quimioterapia. No próximo mês, Pezão será submetido a mais uma perícia.

O governador passou por seis ciclos de quimioterapia entre março e julho, quando foi dispensado das duas últimas etapas do tratamento, pois exames apontaram "resolução completa" do quadro de linfoma. Os médicos que atendem o governador informaram que Pezão não tem mais sintomas nem evidência do câncer e continua em tratamento "para recuperação clínica total". O governador é substituído pelo vice, Francisco Dornelles (PP).

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O governador licenciado do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), acordou sem febre na manhã desta sexta-feira, 29, segundo informações fornecidas pelo seu cardiologista, Cláudio Domênico, à reportagem. Ele foi internado na noite dessa quinta-feira, 28, no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na zona sul do Rio, com quadro febril. O governador licenciado passa por um tratamento contra um câncer no sistema linfático (linfoma não-Hodgkin).

Pezão, que está afastado do governo desde o dia 28 de março, passou por exames na unidade. Ele havia se licenciado inicialmente por 30 dias, sendo substituído pelo vice, Francisco Dornelles (PP). Na última terça-feira, 26, médicos do governador recomendaram o seu afastamento do cargo por mais 30 dias. No fim de maio, uma nova avaliação médica avaliará se Pezão terá condições de saúde para voltar ao comando do Rio.

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Internado há dez dias no Hospital Pró-Cardíaco de Botafogo, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, ainda não tem previsão de alta. Segundo a assessoria de imprensa do Palácio Guanabara, Pezão passou o domingo (20) “sem febre”.

Em nota, a assessoria de imprensa diz que, desde ontem, o governador toma os remédios por via oral, não tem necessidade de hidratação intravenosa, está no quarto e seu estado clínico é considerado bom.

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De acordo com a nota, somente ao longo desta semana, os médicos deverão ter o resultado de exames feitos para investigar "alterações na coluna vertebral do governador”. Não há previsão de alta.

Pezão deu entrada no Pró-Cardíaco no dia 12, para se submeter a “exames de rotina”. Durante os exames, constatou-se que ele estava com sinusite, apresentava quadro infeccioso e, por isso, ficou internado para passar por exames mais detalhados.

Com a divulgação de informações insuficientes sobre os motivos da internação do governador, surgiram boatos sobre o real estado de saúde de Pezão, o que o levou a usar as redes sociais na última quarta-feira (16) para tranquilizar amigos e correligionários sobre suas reais condições.

Em mensagem postada na internet, Pezão desmentiu boatos de sua morte espalhados no aplicativo WahtsApp: “Boa noite! Estou recebendo muitos telefonemas e mensagens para saber da minha saúde. Ainda estou internado, mas estou bem, me recuperando. Obrigado pelas mensagens.”

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse nesta sexta-feira, 4, que vai se reunir com governadores da base aliada da presidente Dilma Rousseff para que se marque posição contra o processo de impeachment aberto há dois dias no Congresso. O encontro deverá acontecer na semana que vem, em data a ser fechada até o fim do dia de hoje. "Não sou eu quem lidero, sou só um dos governadores. Somos 20 ou 22 governadores da base de apoio da presidenta. Eu posso fazer pouco, não voto", afirmou o governador. Ontem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a Pezão que ele liderasse uma frente contra o impeachment.

"Posso colocar minha solidariedade, pedir a deputados do Rio, todos os governadores. Ontem conversei com diversos, toda a bancada, o Nordeste. Não tenho a pretensão e não tenho essa passagem por todos os governadores", disse. "A gente tem uma democracia muito nova. Em 1989 votamos para presidente da República. Se toda hora que estiver ruim um presidente, governador e um prefeito você tirar... Não se faz democracia assim. Não se pode brincar com impeachment. Não é a pauta do momento", avaliou.

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Cortes

Pezão deu a entrevista na saída de uma reunião com empresários na Associação Comercial do Rio, na qual defendeu o "Estado mínimo" no Rio para tentar sair do vermelho. Ele disse que fez cortes em gratificações, telefonia e carros oficiais a ponto de voltar ao patamar de custeio de 2012. Mas ressalvou que não é esse tipo de iniciativa que vai salvar as contas.

"Temos o maior déficit dos Estados do Brasil. Eu não tenho máquina de dinheiro, não tenho banco, vivo da receita que a gente recebe, e a inadimplência está muito grande", reafirmou Pezão, referindo-se à queda da arrecadação dos impostos e dos royalties do petróleo este ano. "Vou cortar mais, vou até o osso. Não quero passar em 2016 o que passei em 2015." A Associação Comercial criou uma comissão de trabalho para traçar estratégias que colaborem para tirar o Estado da crise financeira.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), sancionou nesta terça-feira, 25, a lei 7.049/2015, de autoria da deputada estadual Marcia Jeovani (PR), que autoriza o governo estadual a firmar convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar exames capazes de detectar uma mutação genética que, quando ocorre, amplia a chance de a mulher desenvolver câncer de mama ou de ovário.

O exame, que avalia os genes BRCA1 e BRCA2, custa cerca de R$ 6,7 mil em laboratórios particulares. Só poderão se beneficiar da gratuidade, por meio do convênio a ser firmado pelo governo do Rio, mulheres que moram no Estado do Rio e têm histórico familiar de câncer de mama ou de ovário.

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A interessada deverá apresentar laudo que comprove que dois parentes de primeiro grau ou três de até segundo grau tenham diagnosticado esse tipo de câncer antes dos 50 anos de idade. O exame deverá ser requisitado por um médico geneticista, mastologista ou oncologista.

Mas ainda não há prazo para o pacto ser firmado e os exames serem liberados. Esse tipo de exame ganhou fama depois que a atriz norte-americana Angelina Jolie se submeteu a ele e descobriu que tinha uma mutação genética. Preocupada com o histórico familiar, já que a mãe da atriz morrera em 2007 após descobrir a doença, Angelina submeteu-se a uma mastectomia (cirurgia para retirar os seios) em 2013. Neste ano ela também retirou os ovários. Por conta desses episódios, a lei sancionada por Pezão ficou conhecida como Lei Angelina Jolie.

Convidado pela presidente Dilma Rousseff (PT) para um encontro com governadores na próxima semana, o chefe do Executivo do Estado do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), defendeu nesta sexta-feira (24) o diálogo de colegas de diferentes partidos com o governo.

"Nada impede a gente de sentar e conversar. O que falta no País é conversa. Nesse ponto, (o vice-presidente) Michel Temer tem um papel preponderante, é o melhor interlocutor, com o Congresso, com os governadores", afirmou. Pezão disse não saber quem são os outros governadores convidados.

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O governador fluminense o tem insistido na defesa de Dilma e na tese de que o PMDB tem responsabilidade de garantir a sustentação do governo. Ao contrário do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rompeu com a presidente e prega que o PMDB deixe o governo o mais cedo possível, Pezão defende que o partido mantenha o apoio a Dilma até abril de 2018, prazo para que os candidatos nas eleições daquele ano deixem os cargos.

"Estou sempre falando em governabilidade porque é dessa maneira que vamos enfrentar a crise, retomar o desenvolvimento econômico. A gente tem o vice-presidente, tem que ajudar o governo. Não tem que sair. Meu ponto de vista é que devemos ficar até abril de 2018. Não há problema em estar no governo e, no prazo da desincompatibilização, lançar candidato próprio a presidente", sustentou.

Pezão lembrou que, no Estado do Rio, o PT ficou no governo até o início do ano passado, quando entregou os cargos e lançou a candidatura do senador Lindbergh Farias a governador. "O PT não construiu um discurso contra a gente?", disse. Lindbergh teve mau desempenho na disputa e ficou em quarto lugar, atrás de Pezão, reeleito, do senador Marcelo Crivella (PRB) e do ex-governador Anthony Garotinho (PR).

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse, em nota, que respeita a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou, nessa quarta-feira (3), a quebra de sigilo telefônico dele, do ex-governador Sérgio Cabral e do ex-chefe da Casa Civil Regis Fichtner.

Pezão, mais uma vez, contestou as declarações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, feitas em depoimento de delação premiada, indicando que tinha entregue cerca de R$ 30 milhões ao caixa de campanha eleitoral de Sérgio Cabral, em 2010.

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Segundo Paulo Roberto Costa, a origem do dinheiro era propina em contratos para obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Para o governador, a investigação vai comprovar que a acusação é falsa.

“Eu já havia me colocado à disposição da Justiça e assim permaneço. E reafirmo que a acusação é falsa e essa conversa nunca existiu. Meus sigilos telefônico e bancário estão à disposição. Minha declaração de bens é pública e também está disponível", informou o governador, após a decisão do STJ.

Na avaliação da vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, a procuradoria decidirá em até seis meses pelo arquivamento ou pela abertura de ação penal contra os governadores do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do Acre, Tião Viana (PT), investigados no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suposto envolvimento na Operação Lava Jato. "Eu acho que mais de seis meses é demais. Nesse horizonte de seis meses haverá uma manifestação de mérito", disse a vice-procuradora.

Em meados de março, a vice-procuradora, que é a responsável pela condução das investigações de autoridades no STJ, pediu abertura de dois inquéritos para investigar o suposto envolvimento de Pezão e Viana no esquema de corrupção da Petrobras, além de suspeitas contra o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e o ex-secretário de Cabral Regis Fichtner.

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O governador do Acre é investigado pelo suposto recebimento de R$ 300 mil em propina da Petrobras como auxílio para campanha ao governo do Estado. Segundo a procuradoria, a solicitação do dinheiro foi feita ao doleiro Alberto Youssef e autorizada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Já Pezão é investigado no mesmo inquérito em que Cabral e Fichtner, ex-chefe da Casa Civil do Rio, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a PGR, Cabral e Pezão agiram juntos, com a contribuição de Fichtner, para receber R$ 30 milhões de empresas contratadas pela Petrobras para a construção do Comperj. O dinheiro teria sido destinado para a campanha de Cabral e Pezão aos cargos de governador e vice, respectivamente, do Estado do Rio de Janeiro, em 2010.

Sobre o andamento das investigações, Ela Wiecko explicou que os governadores já apresentaram esclarecimentos por escrito, como foi pedido pela PGR, mas não descarta a possibilidade de que eles prestem novos esclarecimentos por meio de oitiva. A vice-procuradora disse ainda que encaminhará esta semana novos pedidos de diligências ao ministro Luis Felipe Salomão, relator da Lava Jato no STJ, mas não detalhou quais são.

Questionada sobre o desentendimento recente entre a Polícia Federal e o Ministério Público, que resultou na suspensão temporária de parte das investigações da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Ela disse que não houve prejuízo nas investigações que estão no STJ. "A polícia dividiu o trabalho e isso não atendeu ao interesse de investigação conduzida pelo Ministério Público (no STF)", comentou, ponderando que no STJ são apenas dois casos. "Então é mais fácil, como são só dois, não surgiu esse problema".

Assembleia

A vice-procuradora avaliou ainda como "prejudicial" decisão recente do STF, que reafirmou decisão que as Assembleias Legislativas precisam autorizar a abertura de uma ação penal contra um governador de Estado. "Com certeza o Ministério Público considera (a decisão do STF) prejudicial, mas infelizmente temos que trabalhar com essa realidade porque o Supremo reafirmou a constitucionalidade no caso de Rondônia e em todos os outros Estados o mesmo argumento é considerado", disse.

Em fevereiro, o plenário do STF considerou constitucional resolução que determina que governadores não podem ser alvo de uma ação penal antes de passar pela aprovação da Assembleia Legislativa de seu Estado. Contudo, a decisão do STF permite que governadores possam ser investigados, etapa anterior à abertura de uma ação penal, quando um investigado passa então à condição de réu de um processo.

O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) afirmou nesta sexta-feira (13) já ter sido "julgado e condenado" em razão das acusações feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, em sua delação premiada nas investigações sobre corrupção na estatal. "Estou sendo acusado de ter participado de uma reunião que nunca ocorreu. É uma denúncia política", disse Pezão.

Janot pede inquérito contra Bezerra e Lava Jato chega a 50 políticos investigados

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O depoimento de Paulo Roberto Costa, delator da Operação Lava Jato, serviu de base para a abertura de inquérito por parte do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nessa quinta-feira, 12. Além de Pezão, a investigação vai atingir o ex-governador fluminense Sérgio Cabral (PMDB).

De acordo com o delator, em 2010 Pezão, então vice-governador, e o então governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) e o secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, participaram com ele de uma reunião para combinar a arrecadação de fundos para a campanha da reeleição ao governo fluminense. Cabral e Régis também negam as acusações.

Segundo a Procuradoria, Cabral e Pezão agiram juntos, com colaboração do ex-secretário, para receber R$ 30 milhões em 2010 de empresas contratadas pela Petrobrás para a construção do Comperj. No entendimento da Procuradoria, o recebimento da propina foi feito por meio do ex-diretor.

O ministro do STJ aceitou também pedidos da procuradora para efetuar diligências, a fim de aprimorar a investigação dos fatos narrados pelos delatores da Lava Jato. No inquérito para apurar o envolvimento de Cabral, Pezão e Fichtner, a Procuradoria pediu que sejam coletados documentos, vídeos e registros de entradas e saídas do hotel Caesar Park em Ipanema, zona sul do Rio, onde teria ocorrido a reunião em 2010.

Nesta sexta, Pezão reclamou que só agora terá direito de defesa. "Tenho 32 anos de carreira pública e lamento muito ter de passar por esse tipo de exposição. Já fui julgado e condenado e só agora vão me dar o direito de defesa", afirmou.

O governador disse que já tornou públicas as declarações de bens e de renda, no começo do ano. "Tenho certeza de que a verdade vai aparecer. Confio na Justiça", afirmou Pezão, ressaltando não ter sido oficialmente notificado pela Justiça.

O governado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, voltou a negar nesta segunda-feira (9) o recebimento de recursos para campanha do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores do esquema de corrupção na estatal, investigado na Operação Lava Jato da Polícia Federal. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pode entregar nesta segunda-feira ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedidos para investigar governadores citados durante a operação.   

"Respeito muito a Justiça, só que tenho tranquilidade que não recebi nenhum recurso, não tive nenhuma ajuda de campanha, não pedi e não tive conversa com Paulo Roberto [Costa] e com ninguém da Petrobras para pedir ajuda de campanha", afirmou ao chegar em almoço de homenagem ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, na Associação Comercial do Rio de Janeiro. Cunha é o primeiro parlamentar do Rio a assumir a Câmara nos últimos 40 anos.

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Pezão também comentou o discurso da presidenta Dilma Rousseff, no domingo (8), em cadeia nacional de rádio e televisão. Ele avaliou que as medidas anunciadas pelo governo federal são necessárias. "Ela está certa nesse chamamento. É um momento difícil da economia, principalmente para o estado [do Rio de Janeiro], já que temos uma economia muito dependente do petróleo", acrescentou o governador.

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