Tópicos | Roger Federer

O suíço Roger Federer, mostrando estar em plena forma física e técnica, está em mais uma final no circuito profissional de tênis. Neste sábado, o atual número 3 do mundo só encontrou um pouco de dificuldade no segundo set para derrotar o holandês Robin Haase por 2 sets a 0 - com parciais de 6/3 e 7/6 (7/5), em 1 hora e 15 minutos - e avançar à decisão do Masters 1000 de Montreal, disputado em quadras rápidas no Canadá.

Pelo terceiro torneio seguido desta temporada em uma final, Roger Federer está somente a uma vitória de conquistar o seu 94.º título na carreira, igualando assim a marca do checo naturalizado norte-americano Ivan Lendl, o segundo maior vencedor, atrás apenas dos 109 do norte-americano Jimmy Connors. Em Masters 1000, esta será a sua 27.ª conquista, ficando atrás do espanhol Rafael Nadal e do sérvio Novak Djokovic, ambos com 30.

##RECOMENDA##

O suíço não perde desde a estreia no ATP 250 de Stuttgart, na Alemanha, disputado em quadras de grama, quando caiu para o alemão Tommy Haas. Já são 16 vitórias seguidas e os títulos no ATP 500 de Halle, também em solo alemão, e em Wimbledon, o terceiro Grand Slam da temporada.

Mesmo na decisão em Montreal e com Rafael Nadal fora do páreo - foi eliminado pelo surpreendente canadense Denis Shapovalov nas oitavas de final -, Roger Federer não tem como voltar nesta semana à posição de número 1 do ranking, mas esquenta a briga com o rival espanhol para o Masters 1000 de Cincinnati, nos Estados Unidos, na semana que vem, já que um dos dois irá assumir o posto que é atualmente do britânico Andy Murray.

Em quadra, Roger Federer começou bem a partida. Nos quatro primeiros games, o suíço conseguiu duas quebras de saque, contra uma de Robin Haase, e abriu 4 a 1. Tranquilamente fechou a série em 6/3. Sem quebras nem break points para qualquer um dos lados, o segundo set foi definido apenas no tie-break, em que Federer mostrou mais experiência para ganhar por 7 a 5.

Após conquistar seu oitavo título no tradicional torneio de Wimbledon, sagrando-se o maior campeão masculino da história, o tenista suíço Roger Federer subiu para a terceira colocação no ranking da ATP. À frente dele, apenas Andy Murray e Rafael Nadal.

Neste domingo (16), a lenda derrotou o croata Marin Cilic por 3 sets a 0 (6/3, 6/1 e 6/4) e quebrou o recorde que pertencia ao norte-americano Pete Sampras. Além disso, esse foi seu 19 título de Grand Slams (os quatro torneios mais importantes do circuito) e ele ainda conquistou Wimbledon neste ano sem perder um set sequer.

##RECOMENDA##

Aos 35 anos, no entanto, Federer afirma que não pensa em se aposentar. "Nunca há uma garantia quando você tem 35 anos, mas meu objetivo, certamente, é estar aqui e defender meu título em Wimbledon", disse aos jornalistas após a conquista.

Nos últimos anos, o suíço vem sofrendo com lesões - este ano chegou a ficar seis meses parado -, mas isso não tem afetado seu desempenho, acumulando dois títulos só nesta temporada.

Em um ano de redenção no circuito, Roger Federer tentará a partir das 10 horas (de Brasília) deste domingo reaver aquela que considera sua maior conquista da carreira: o trono de Wimbledon. Foi no torneio mais tradicional do circuito que o tenista suíço despontou para o tênis mundial, em 2003, ao faturar seu primeiro título de Grand Slam e abrir caminho para uma carreira recheada de troféus e recordes.

O feito de 2003 foi o primeiro de uma série de cinco títulos consecutivos na grama de Londres. Lá também foi campeão em 2009 e 2012. Pelo caminho, um vice-campeonato, em 2008. Nos últimos anos, porém, Federer tem batido na trave. Parou nas semifinais no ano passado. E foi vice nas duas temporadas anteriores, batido pelo sérvio Novak Djokovic.

##RECOMENDA##

Em 2016, o suíço atribuiu a decepção nas semifinais a dores no joelho e nas costas. Decidiu, então, dar um tempo no circuito para se recuperar totalmente, com a meta de voltar ainda mais forte neste ano. Deu certo. Ele surpreendeu no Aberto da Austrália ao emplacar vitórias fulminantes, com direito a um triunfo sobre o arquirrival Rafael Nadal na final.

Depois, o veterano de quase 36 anos emplacou títulos nos Masters 1000 de Indian Wells e Miami. Novamente, deixou o espanhol pelo caminho nos dois torneios. O saibro, porém, foi preterido neste ano. O suíço dispensou a temporada sobre o piso lento para se concentrar totalmente no seu maior objetivo do ano: levantar o troféu em Wimbledon.

A estratégia tem dado certo até agora. Ele foi campeão em Halle, na Alemanha, em um dos torneios preparatórios para o evento em Londres. E, no Grand Slam, ainda não perdeu sets. Obteve vitórias convincentes sobre adversários complicados como o canadense Milos Raonic, seu algoz na semifinal de 2016, e o checo Tomas Berdych.

O triunfo sobre o último lhe garantiu a vaga na 11ª final de Wimbledon na carreira. Será ainda a 29ª final de um Major no seu currículo. Em jogo, estarão a ampliação do recorde de títulos de Grand Slam - seria o 19º - e o sonhado oitavo troféu em Londres.

Se alcançar o feito, se isolará como o maior campeão da história do mais tradicional torneio do mundo. Superaria, assim, o norte-americano Pete Sampras e o britânico William Renshaw - esse ainda no século XIX -, ambos com sete taças.

Para tanto, o quinto colocado do ranking terá que superar um adversário indigesto na decisão. O croata Marin Cilic, de 28 anos, fez uma dura batalha contra Federer nas quartas de final do ano passado. O suíço venceu, mas precisou salvar três match points. Antes disso, o croata levara a melhor sobre o rival na semifinal do US Open de 2014, quando emplacou vitória por 3 sets a 0. Naquela edição da competição norte-americana, Cilic faturou seu único título de Grand Slam.

O segundo poderá vir neste domingo. Se desbancar o favoritismo de Federer, Cilic reafirmará seu status de campeão de Grand Slam no circuito. O croata, atual número seis do mundo, se acostumou com a desconfiança dos especialistas desde o início da carreira. E, mesmo após o título do US Open, enfrentou resistência.

Não por acaso. Depois da grande conquista, Cilic só conseguiu um troféu de relevância: o Masters 1000 de Cincinnati, em 2016. Não teve destaque em nenhum outro Grand Slam que disputou e vem se equilibrando no Top 10 do ranking com títulos de menor expressão. Foram cinco desde então.

Na manhã deste domingo, o troféu de Wimbledon significaria não apenas a maior conquista da carreira, principalmente pelo triunfo sobre um dos ícones do torneio, mas também o fim definitivo da desconfiança.

Roger Federer está a um passo de mais um feito na sua gloriosa carreira: se isolar como maior campeão de Wimbledon. Nesta sexta-feira, ele confirmou o seu favoritismo nas semifinais do Grand Slam londrino e se classificou à decisão ao derrotar o checo Tomas Berdych por 3 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/4), 7/6 (7/4) e 6/4, em 2 horas e 18 minutos.

Dono de sete títulos em Wimbledon, Federer agora vai buscar no próximo domingo a oitava conquista em Londres, além da 19ª nos torneios do Grand Slam. Essa também será a sua 29ª decisão de um dos quatro principais eventos do tênis, sendo a 11ª no All England's Club.

##RECOMENDA##

Agora ele terá pela frente um tenista com retrospecto bem mais modesto, o croata Marin Cilic, que derrotou na outra semifinal desta sexta o norte-americano Sam Querrey em quatro sets. Esta vai ser apenas a segunda final de Grand Slam da carreira do número 6 do mundo, que foi campeão do US Open em 2014.

E mesmo que a diferença entre eles hoje no ranking da ATP seja mínima - Federer hoje é o quinto colocado -, o favoritismo está com o tenista da Suíça para a final agendada para as 10 horas (de Brasília) do próximo domingo. Federer, aliás, está em vantagem de 6 a 1 no confronto direto, só tendo sido batido pelo croata nas semifinais do US Open há três anos.

Campeão de Wimbledon em 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2012, Federer está empatado em número de títulos com o norte-americano Pete Sampras e o britânico William Renshaw - esse ainda no século XIX -, todos eles com sete. Ele teve duas chances para superá-los, nas finais de 2014 e 2015, mas perdeu. Agora tentará não desperdiçar a nova oportunidade.

Na semifinal desta sexta-feira, Berdych tentava se classificar pela segunda vez na sua carreira à decisão de Wimbledon - foi vice-campeão em 2010. Ele até ofereceu resistência ao suíço, mas acabou sofrendo a 19ª derrota em 25 partidas diante de Federer.

No primeiro set, Federer parecia encaminhar a sua vitória ao converter um break point no quinto game, abrindo 4/2 na sequência. Porém, Berdych reagiu, venceu três games seguidos e conseguiu levar a definição da parcial para o tie-break, quando sucumbiu por 7/4.

O segundo set da partida também foi equilibrado. Federer e Berdych tiveram break points no quarto e sétimo games, respectivamente, mas não conseguiram aproveitá-los. Novamente, então, a disputa foi para o tie-break. O suíço largou bem, abriu 4/1 e nem uma dupla falta o impediu de triunfar novamente por 7/4.

A terceira parcial e a partida praticamente foram definidas no sexto e sétimo games. No primeiro deles, Berdych liderava por 40/15 no saque do rival, teve dois break points, mas ambos foram salvos por Federer com aces, para depois confirmar o seu serviço. No seguinte, o suíço não desperdiçou a chance, quebrou o saque do checo e depois abriu 5/3.

No décimo game, então, Federer só precisou confirmar o seu serviço para fechar a parcial em 6/4 e o jogo em 3 sets a 0. Assim, aos 35 anos, se tornou o segundo tenista mais velho a se garantir na decisão de Wimbledon - o recorde é de Ken Rosewall, vice-campeão aos 39 em 1974. Agora, no próximo domingo, tentará ampliar as suas glórias no Grand Slam londrino e no tênis.

Pouco depois de o eslovaco Martin Klizan desistir do duelo que travava com Novak Djokovic por motivo de lesão no segundo set e facilitar o avanço do sérvio à segunda rodada de Wimbledon, Roger Federer também estreou de maneira bastante semelhante nesta edição do Grand Slam realizado em Londres. O tenista suíço contou com o abandono do ucraniano Alexandr Dolgopolov, também por causa de lesão, quando ganhava a segunda parcial por 3/0, e assim também assegurou classificação à próxima fase da competição com extrema tranquilidade nesta terça-feira.

Sete vezes campeão de Wimbledon, Federer havia batido o adversário por 6/3 no primeiro set e já encaminhava um triunfo sem maiores problemas antes da desistência de Dolgopolov, atual 84º colocado do ranking mundial. O fato fez a partida ser encerrada após apenas 43 minutos de confronto.

##RECOMENDA##

Assim, o terceiro cabeça de chave do Grand Slam inglês chegará descansado para a disputa da segunda rodada, na qual medirá forças contra o vencedor do duelo entre o sérvio Dusan Lajovic e o grego Stefanos Tsitsipas, também previsto para ser encerrado na programação desta terça.

Atual quinto colocado do ranking mundial e embalado pela conquista do Torneio de Halle nesta temporada de grama do circuito profissional, Federer vinha tendo atuação dominante antes da desistência de Dolgopolov. No primeiro set, ele confirmou todos os seus saques sem oferecer chances de quebra e ainda converteu dois de sete break points para fechar a parcial em 6/3.

Já na segunda parcial, novamente absoluto com o serviço na mão, o suíço conquistou nova quebra e logo abriu 3/0 antes de o ucraniano abandonar o duelo. No fim, Federer ainda teve tempo de contabilizar dez aces e disparar 18 winners, sendo que cometeu apenas sete erros não forçados, contra nove bolas vencedoras e 15 erros do seu adversário.

Tido como favorito ao título em Wimbledon pela boa temporada que realiza e pelo seu alto poderio diante da maioria dos rivais em quadras de grama, Federer não conquista o Grand Slam londrino desde 2012, quando passou pelo britânico Andy Murray na decisão. Depois disso, ele obteve dois vice-campeonatos em 2014 e 2015, nas duas ocasiões caindo diante de Djokovic na decisão. Na década passada, o suíço ficou com o troféu na capital inglesa em 2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2009.

OUTROS JOGOS - Em outras partidas encerradas há pouco em Wimbledon, o cipriota Marcos Baghdatis, o japonês Yuichi Sugita, o russo Andrey Rublev e o francês

Gilles Simon também estrearam com vitórias na chave de simples masculina.

Pela primeira vez em quadra após o título do Masters 1000 de Miami, nos Estados Unidos, há quase 10 dias, o suíço Roger Federer realizou nesta segunda-feira (10) em Zurique, na Suíça, a terceira edição do "Match for Africa" (Jogo pela África), um evento beneficente organizado pela Fundação Roger Federer para arrecadar fundos para crianças do continente africano. No jogo-exibição contra o britânico Andy Murray, número 1 do mundo, vitória por 2 sets a 0 - com as parciais de 6/3 e 7/6 (8/6). Nos bastidores, uma arrecadação de 1,4 milhão de francos suíços (cerca de R$ 4,5 milhões).

O evento em Zurique reuniu mais de 11 mil pessoas no ginásio e a partida foi mais festiva do que propriamente jogada. Os dois tenistas protagonizaram alguns momentos engraçados - como um boleiro sacando, e cometendo uma dupla falta, para Andy Murray - e jogaram bons pontos. No final, Roger Federer ganhou sem fazer muito esforço.

##RECOMENDA##

Este foi o primeiro jogo entre os tenistas em 2017. Nos confrontos oficiais, o suíço leva vantagem por 14 a 11. Na temporada, Roger Federer já ganhou três títulos - Aberto da Austrália e os Masters 1000 de Indian Wells e de Miami - e está em quarto no ranking da ATP.

Na próxima semana, Andy Murray, que se recupera de lesão, participará do Masters 1000 de Montecarlo, no Principado de Mônaco. Já Roger Federer terá uma temporada curta no saibro, pois já afirmou que só jogará em Roland Garros, o segundo Grand Slam da temporada, no final de maio.

No próximo dia 29 será realizada a quarta edição do "Match for Africa", desta vez em Seattle, nos Estados Unidos. O adversário de Roger Federer será o norte-americano John Isner. Nas duas edições anteriores, os rivais do suíço foram o espanhol Rafael Nadal e o compatriota Stan Wawrinka.

Apesar da vitalidade e dos títulos recentes, Roger Federer já reconheceu que não tem muito mais tempo de circuito pela frente. Mas uma data para aposentadoria ainda é uma incógnita. "Acho que nem ele sabe quanto tempo ainda poderá jogar. Em Indian Wells, ele disse para crianças que poderia jogar até os 40. Mas, se sofrer uma nova lesão, tudo poderá acabar muito rapidamente", afirmou René Stauffer.

O biógrafo de Federer acredita que o prazer de jogar e a "dosagem" na escolha dos torneios poderão render ainda algumas temporadas ao suíço no circuito. "É o amor pelo tênis que mantém ele seguindo em frente. E ele consegue dosar sua fome pelo jogo ao não jogar tanto, estimulando a si mesmo. É o que vai acontecer agora, com um longo descanso que vai ajudá-lo a chegar faminto em Paris [Roland Garros], em Wimbledon, em Nova York [US Open]", afirma o jornalista que acompanha a carreira do suíço desde a infância.

##RECOMENDA##

Federer decidiu, após vencer o Masters 1000 de Miami, que ficaria de fora da maior parte da temporada de saibro na Europa. Só deve competir em Roland Garros. A ausência, contudo, não deve preocupar os fãs. "O que mais chama a atenção no Federer hoje é que ele está curtindo o jogo. E a primeira coisa que faz um jogador parar é a cabeça, não o físico", disse Thomaz Koch. "A cabeça é que comanda o espetáculo. Quando ele cansar do circo, quando for um sacrifício treinar, aí sim ele vai cair fora."

Para René Stauffer, o que motiva Federer são os títulos importantes e a competitividade. "O ranking agora não é mais importante. Ele nunca foi muito de perseguir recordes ou estatísticas. Mas atingir a marca de 100 títulos poderia ser uma boa meta", afirmou. O suíço soma agora 91 troféus no circuito profissional.

Enquanto mira a grande marca, Federer inspira o mundo esportivo. "Essa nova fase dele é um bônus para o tênis e para o mundo do esporte em geral", diz Thomaz Koch. "Federer serve de exemplo para quem está dentro e fora do tênis. Um jogador que já obteve tantos títulos, o maior vencedor de toda a história da modalidade, continua disposto a melhorar, a aprimorar. Isso é absolutamente incrível", comentou Gustavo Kuerten.

De acordo com o biógrafo do suíço, Federer tem consciência de sua importância atual para o tênis. "Ele sabe que pode levar muita alegria para as pessoas e ajudar o tênis em geral, se continuar jogando", afirmou Stauffer.

Para veteranos do tênis brasileiro, a importância do suíço para o tênis atual é incalculável. "Hoje ele é um ícone que transcendeu a barreira do esporte, se tornou uma personalidade. E isso dá muita publicidade e exposição para o tênis", afirmou André Sá, que convive com o suíço no circuito. "São caras como ele que fazem as pessoas verem mais tênis na TV, que fazem o público consumir mais tênis", concordou Fernando Meligeni.

Força física e evolução técnica

Com melhor movimentação de pernas, o suíço conseguiu aperfeiçoar o backhand, o golpe que faz com a mão esquerda. "Ele já tinha a melhor direita do circuito, o melhor saque, o melhor voleio. E agora acertou a esquerda, que era seu calcanhar de Aquiles. Então, se tornou um rival muito indigesto para os rivais", apontou Fernando Meligeni.

Esta evolução toda, somada a uma raquete com cabeça maior, abriu espaço para uma mudança no estilo de jogo. "Ele já vinha tentando isso há uns dois anos, sem tanto sucesso, mas agora, com a esquerda muito melhor, consegue encurtar os pontos e vencer rapidamente os jogos, sem se desgastar muito", disse Thomaz Koch.

A alteração no jeito de jogar, na avaliação do ex-tenista, acompanha uma mudança mental. "A cabeça dele mudou demais. Está mais concentrado, mais agressivo, não deixa o adversário respirar. E essa confiança com a esquerda tem o dedo do treinador, com certeza", argumentou Koch, referindo-se ao croata Ivan Ljubicic, ex-Top 10 do ranking e dono de uma das esquerdas mais poderosas do circuito.

"Se você não está confiante, você hesita e bate atrasado na bola. Deixa a bola entrar um pouco mais na quadra e ela te agride ao invés de você ir em direção a ela. Isso também é uma mudança estratégica: agora ele está pegando a bola mais na subida", explica Koch. "Com certeza há muita influência do treinador. O Ljubicic tinha uma esquerda absurda no circuito. E é muito mais fácil ensinar com o que você sabe, né", ponderou Meligeni.

A confiança elevada também faz a diferença fora da quadra, na opinião de Gustavo Kuerten, que assim como Federer já ocupou o topo do ranking. "Ele encara tudo com muita tranquilidade e simplicidade, tanto dentro quanto fora da quadra, na rotina do dia a dia. Isso economiza muito esforço, empenho. Só dessa forma ele consegue chegar tão longe", disse o catarinense ao Estado.

 

O glorioso início de temporada vivido por Roger Federer segue fazendo efeitos no ranking da ATP, que voltou a ser atualizado nesta segunda-feira (3). Depois de conquistar o seu terceiro título em quatro torneios disputados no ano - desta vez foi campeão do Masters 1000 de Miami -, o suíço subiu mais duas posições na listagem da Associação dos Tenistas Profissionais e assumiu o quarto lugar, com 5.305 pontos.

O espanhol Rafael Nadal, superado por Federer na final do último domingo nos Estados Unidos, também galgou mais dois postos no ranking e foi outro nome de destaque que retornou ao Top 5, agora como quinto colocado, com 4.735 pontos.

##RECOMENDA##

Assim, o recordista de títulos de Grand Slam e o nove vezes campeão de Roland Garros se aproximaram um pouco mais também do suíço Stan Wawrinka, que se manteve na terceira colocação, com 5.785 pontos. Ou seja, Federer agora está apenas 480 pontos atrás do seu compatriota, enquanto o espanhol reduziu para 1.040 a distância para o atual campeão do US Open.

Ausentes do Masters 1000 de Miami por motivo de lesão, o britânico Andy Murray e o sérvio Novak Djokovic continuam tranquilos nas respectivas liderança e segunda posição do ranking, sendo que o escocês ostenta agora mais de 4 mil pontos de vantagem sobre o tenista de Belgrado.

Como defendia a condição de atual campeão em Miami e acabou ficando fora do torneio norte-americano, Djokovic teve descontados 1.000 pontos do título do ano passado, mas mesmo assim possui uma distância confortável de 2.130 sobre Wawrinka.

Já o japonês Kei Nishikori, surpreendido pelo italiano Fabio Fognini nas quartas de final em Miami, foi quem teve a queda mais expressiva no Top 10. Ele caiu da quarta para a sétima posição e, além de ter sido ultrapassado por Federer e Nadal, também viu Milos Raonic ficar à sua frente, agora na sexta colocação. O canadense, porém, perdeu um posto em relação à última atualização do ranking, deixando o Top 5.

A outra alteração no Top 10 envolveu o croata Marin Cilic e o austríaco Dominic Thiem, que trocaram de posições e agora ocupam respectivamente o oitavo e o nono lugares. O francês Jo-Wilfried Tsonga, que se manteve em décimo, fecha o grupo dos dez primeiros colocados.

Já pouco abaixo deste grupo, destaque para as evoluções do búlgaro Grigor Dimitrov e do checo Tomas Berdych, que subiram um posto cada um e agora figuram nas respectivas 12ª e 13ª posições. O norte-americano Jack Sock, por sua vez, saltou da 17ª para a 15ª colocação depois de ter avançado às quartas de final em Miami.

Entre todos os tenistas que estão no Top 30, entretanto, quem mais subiu postos nesta atualização do ranking foi Fabio Fognini, que pulou da 40ª para a 28ª posição depois de ter chegado às semifinais em Miami.

BRASILEIROS - Entre os brasileiros, quem comemorou maior evolução na listagem da ATP entre os tenistas do Top 100 foi Thomaz Bellucci, que subiu da 71ª para a 67ª colocação depois de avançar à segunda rodada do Masters 1000 norte-americano. Thiago Monteiro e Rogério Dutra Silva, outros dois jogadores do País que figuram no grupo dos 100 primeiros, galgaram um posto cada um e agora ocupam respectivamente os 81º e 83º lugares.

Já no ranking individual de duplistas, Marcelo Melo comemorou nesta segunda-feira a sua ascensão do nono para o sexto lugar depois de ter se sagrado campeão de duplas em Miami ao lado do polonês Lukasz Kubot, este que saltou quatro posições nesta listagem e agora é o 13º.

Eliminado por Melo e Kubot nas quartas de final em Miami atuando ao lado do britânico Jamie Murray, o brasileiro Bruno Soares caiu uma posição nesta segunda-feira e assim agora figura em nono lugar nesta listagem.

Confira o ranking atualizado da ATP:

1) Andy Murray (GBR), 11.960 pontos

2) Novak Djokovic (SER), 7.915

3) Stan Wawrinka (SUI), 5.785

4) Roger Federer (SUI), 5.305

5) Rafael Nadal (ESP), 4.735

6) Milos Raonic (CAN), 4.345

7) Kei Nishikori (JAP), 4.310

8) Marin Cilic (CRO), 3.385

9) Dominic Thiem (AUT), 3.385

10) Jo-Wilfried Tsonga (FRA), 3.265

11) Gael Monfils (FRA), 3.010

12) Grigor Dimitrov (BUL), 2.880

13) Tomas Berdych (RCH), 2.790

14) David Goffin (BEL), 2.705

15) Jack Sock (EUA), 2.510

16) Nick Kyrgios (AUS), 2.425

17) Lucas Pouille (FRA), 2.376

18) Roberto Bautista (ESP), 2.190

19) Pablo Carreño Busta (ESP), 2.025

20) Alexander Zverev (ALE), 2.005

67) Thomaz Bellucci (BRA), 736

81) Thiago Monteiro (BRA), 668

83) Rogério Dutra Silva (BRA), 652

Embalado pela conquista do título em Indian Wells, na semana passada, Roger Federer estreou neste sábado no Masters 1000 de Miami com vitória relativamente tranquila sobre o jovem norte-americano Frances Tiafoe, de apenas 19 anos, por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/2) e 6/3.

Embora tenha liquidado a partida em apenas 1h12min, o tenista suíço precisou disputar um tie-break para fechar o primeiro set diante de um adversário que ocupa a 101ª posição do ranking mundial e só entrou na chave principal após passar pelo qualifying do importante torneio norte-americano.

##RECOMENDA##

Apesar de estar jogando diante de uma lenda da história do tênis, que hoje ocupa o sexto lugar no ranking da ATP, Tiafoe confirmou todos os seus saques sem oferecer chances de quebra na primeira parcial, assim como fez Federer, fato que forçou a disputa do tie-break. No desempate, porém, o recordista de títulos de Grand Slam foi bem superior ao fechar em 7/2.

No segundo set, aliás, o surpreendente tenista da casa chegou a quebrar o serviço do suíço por uma vez, mas o seu poderoso adversário converteu dois de seis break points para aplicar o 6/3 que liquidou o duelo.

Com a vitória na estreia, Federer avançou à terceira rodada, pois estreou direto na segunda por ser o quarto cabeça de chave em Miami. O seu próximo adversário na competição será o vencedor do confronto entre o argentino Juan Martín del Potro e o holandês Robin Haase, que está previsto para fechar a programação deste sábado.

BELLUCCI PERDE - Se Federer precisou suar mais do que imaginava para eliminar um jovem garoto na estreia em Miami, o brasileiro Thomaz Bellucci deu trabalho a John Isner, mas não conseguiu desbancar o favoritismo do norte-americano em outro jogo já encerrado neste sábado na competição.

O brasileiro foi derrotado por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 7/6 (7/5), e deu adeus à chave de simples na segunda rodada, após ter estreado com uma vitória sobre o francês Stephane Robert.

Atual 23º colocado da ATP, Isner travou um primeiro set equilibrado com Bellucci, que só teve o seu saque quebrado por uma vez no único break point cedido ao adversário na parcial. Já no segundo, o hoje 71º tenista do mundo chegou a quebrar o serviço do norte-americano por uma vez, mas também viu mais uma vez o seu rival conquistar uma nova quebra. Assim, a disputa foi ao tie-break, no qual o jogador da casa foi um pouco melhor para fechar em 7/5.

Bellucci levava vantagem de duas vitórias e uma derrota nos três duelos anteriores com Isner, que agora empatou este retrospecto e avançou à terceira rodada em Miami para enfrentar Alexander Zverev. Em outro jogo deste sábado, o alemão se classificou para a próxima fase de forma tranquila ao arrasar o taiwanês Yen-Hsun Lu por 6/0 e 6/3.

GOFFIN E BERDYCH TAMBÉM AVANÇAM - Em outros dois jogos encerrados há pouco em Miami, o belga David Goffin e o checo Tomas Berdych também confirmaram a condição de respectivos oitavo e décimo cabeças de chave para irem à terceira rodada. Goffin superou Darian King, de Barbados, por 7/5 e 6/1, enquanto Berdych eliminou o russo Andrey Rublev com parciais de 6/3 e 6/2.

O próximo adversário de Goffin será o argentino Diego Schwartzman, que no início das partidas do dia eliminou o espanhol David Ferrer. Já Berdych terá pela frente como próximo rival o luxemburguês Gilles Muller, que passou pelo italiano Andreas Seppi por duplo 7/6, com 7/3 e 7/1 nos tie-breaks.

Outro norte-americano que se garantiu na terceira rodada em jogo já encerrado neste sábado foi Sam Querrey, 24º cabeça de chave, que bateu o espanhol Tommy Robredo por 6/2 e 6/3. Já o espanhol Feliciano López e o italiano Paolo Lorenzi não conseguiram justificar o status de 31º e 32º pré-classificados e foram eliminados.

López caiu diante do tunisiano Malek Jaziri com parciais de 6/3, 4/6 e 6/3. Já Lorenzi foi superado pelo francês Adrian Mannarino com 6/4, 3/6 e 6/2. Jaziri, por sinal, será o próximo adversário do suíço Stan Wawrinka, cabeça de chave número 1 em Miami.

Com apenas oito torneios disputados nas últimas 52 semanas, Roger Federer já é o sexto do ranking mundial. O suíço ganhou quatro posições no ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) depois do título do Masters 1000 de Indian Wells, conquistado no domingo (19), e ultrapassou, entre outros, o seu maior antagonista, Rafael Nadal.

Os dois se enfrentaram nas oitavas de final de Indian Wells, no mais precoce duelo entre eles desde a primeira vez que duelaram, com Federer vencendo mais uma vez. O suíço já havia levado a melhor na decisão do Aberto da Austrália, em janeiro. Só esses dois torneios deram a ele 3.000 de seus 4.305 pontos.

##RECOMENDA##

Vice-campeão de Indian Wells no ano passado, Raonic não disputou o torneio neste ano e perdeu uma posição no ranking, caindo para o quinto lugar. O novo quarto colocado é o japonês Kei Nishikori, que só aparece atrás do líder Andy Murray, do vice-líder Novak Djokovic e do suíço Stan Wawrinka, que se manteve em terceiro depois de alcançar a final.

A distância dele para Djoko, aliás, caiu de 4.630 para 3.210 pontos. O sérvio, eliminado nas oitavas de final em Indian Wells, também não vai jogar em Miami nesta semana, deixando de defender 1.000 pontos. Wawrinka, em compensação, caiu na estreia lá no ano passado e tudo que avançar desta vez será lucro.

RANKING - O Top 10 ainda teve outras mudanças, com Nadal caindo de sexto para sétimo lugar, o austríaco Dominic Thiem ganhando uma posição para aparecer em oitavo, enquanto o croata Marin Cilic e o francês Jo-Wilfried Tsonga perderam dois lugares cada e agora são, respectivamente, o nono e o 10.º colocados.

Depois de sair do qualifying para chegar às oitavas de final de Indian Wells, o sérvio Dusan Lajovic a mais expressiva subida no ranking nesta atualização, ganhando 21 posições e aparecendo em 85.º lugar. Por conta do Masters 1000, o ranking não era atualizado havia duas semanas.

Outro que saiu do quali para as oitavas de final, o japonês Yoshihito Nishioka ganhou 12 posições e agora é 58.º. A atualização, aliás, foi boa para o tênis do Japão. Yuichi Sugita e Taro Daniel ganharam 18 e 19 posições respectivamente e entraram para o Top 100.

Para o Brasil, as últimas duas semanas foram ruins. Thomaz Bellucci manteve o 71.º lugar depois de derrota na estreia de Indian Wells e de cair na segunda rodada do Challenger de Irving, também nos Estados Unidos. Thiago Monteiro perdeu cinco posições, para aparecer em 82.º lugar, após também deixar o Masters 1000 na primeira rodada.

Ele agora vê a ameaça de Rogério Dutra Silva na briga pelo posto de segundo melhor brasileiro no ranking. Rogerinho ganhou uma posição, aparecendo em 84.º, após ganhar o Challenger de Santiago, no Chile, e cair nas quartas de final do Challenger de Buenos Aires, na Argentina.

Confira a lista dos 20 primeiros colocados do ranking da ATP:

1º - Andy Murray (ESC), 12.005 pontos

2º - Novak Djokovic (SER), 8.915

3º - Stan Wawrinka (SUI), 5.705

4º - Kei Nishikori (JAP), 4.730

5º - Milos Raonic (CAN), 4.480

6º - Roger Federer (SUI), 4.305

7º - Rafael Nadal (ESP), 4.145

8º - Dominic Thiem (AUT), 3.465

9º - Marin Cilic (CRO), 3.420

10º - Jo-Wilfried Tsonga (FRA), 3.310

11º - Gael Monfils (FRA), 3.190

12º - David Goffin (BEL), 3.975

13º - Grigor Dimitrov (BUL), 2.960

14º - Tomas Berdych (RCH), 2.790

15º - Lucas Pouille (FRA), 2.456

16º - Nick Kyrgios (AUS), 2.425

17º - Jack Sock (EUA), 2.375

18º - Roberto Bautista Agut (ESP), 2.190

19º - Pablo Carreno Busta (ESP), 2.025

20º - Alexander Zverev (ALE), 1.895

71º - Thomaz Bellucci (BRASIL), 721

82º - Thiago Monteiro (BRASIL), 667

84º - Rogério Dutra Silva (BRASIL), 653

123º - João Souza (BRASIL), 481

Descansado após não ter precisado entrar em quadra nas quartas de final por causa da desistência do australiano Nick Kyrgios, Roger Federer confirmou com tranquilidade o seu favoritismo neste sábado para avançar à decisão do Masters 1000 de Indian Wells. O recordista de títulos de Grand Slam venceu o norte-americano Jack Sock por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 7/6 (7/4), em apenas 1h14min, neste sábado, na semifinal do importante torneio disputado em quadras duras nos Estados Unidos.

Com o triunfo de Federer, a competição terá uma final 100% suíça neste domingo, a partir das 14 horas (de Brasília), já que na outra semifinal deste sábado Stan Wawrinka superou o espanhol Pablo Carreño Busta, também com facilidade, por 6/3 e 6/2, para assegurar lugar na disputa pelo título.

##RECOMENDA##

Atual décimo colocado do ranking mundial, Federer fará a sua segunda final em três torneios disputados nesta temporada, na qual foi campeão do Aberto da Austrália, em janeiro, e depois acabou surpreendido na segunda rodada do ATP 500 de Dubai, no final do mês passado.

Contra Wawrinka, hoje o terceiro tenista da ATP, o lendário jogador irá fazer um reencontro depois de ter superado o compatriota nas semifinais do Aberto da Austrália, onde foi à decisão do Grand Slam com uma vitória por 3 sets a 2.

E para se garantir em mais uma final nesta temporada, Federer começou o jogo deste sábado atropelando o tenista da casa, atual 18º colocado do ranking mundial. Com duas quebras de saque em duas oportunidades no primeiro set, no qual também confirmou todos os seus serviços sem oferecer nenhum break point, o suíço aplicou um 6/1 de forma muito rápida.

Já na segunda parcial, Sock conseguiu equilibrar o jogo, confirmou todos os seus saques e salvou a única chance de quebra obtida por Federer. Porém, acabou sucumbindo diante da maior categoria do adversário no tie-break e foi eliminado.

Na decisão deste domingo, Federer irá travar o 23º confronto com Wawrinka, contra o qual defende grande vantagem no retrospecto. Ele venceu 19 dos 22 duelos com o compatriota, que foi superado nas três últimas partidas entre os dois e só conseguiu levar a melhor sobre o seu amigo e velho conhecido nos Masters 1000 de Montecarlo de 2009 e 2014 e na edição de 2015 de Roland Garros, sempre em piso de saibro. Em Indian Wells, por sua vez, o ex-número 1 do mundo já superou Wawrinka em 2011 e 2013.

Já contra Sock, Federer acumulou neste sábado a sua terceira vitória em três jogos contra o norte-americano, batido pelo suíço anteriormente no próprio Masters de Indian Wells, em 2015, e no mesmo ano no Torneio da Basileia.

O suíço Roger Federer foi eliminado nesta quarta-feira (1º) do Torneio de Dubai. Cabeça de chave número 3 nos Emirados Árabes Unidos, o tenista começou bem, mas levou a virada e foi surpreendido na segunda rodada pelo russo Evgeny Donskoy por 2 sets a 1, com parciais de 3/6, 7/6 (9/7) e 7/6 (7/5).

Donskoy precisou de pouco mais de duas horas para superar a situação adversa e buscar a virada diante do número 10 do mundo. Apenas o 116.º do ranking da ATP, o russo agora terá pela frente o sexto principal favorito do torneio, o francês Lucas Pouille, que vem de vitória sobre o romeno Marius Copil.

##RECOMENDA##

A derrota desta quarta surpreendeu ainda mais porque Federer vinha embalado. O Torneio de Dubai era o primeiro que o suíço disputava desde que surpreendeu ao conquistar o Aberto da Austrália derrotando na decisão o espanhol Rafael Nadal, no fim de janeiro.

Até pela condição física aos 35 anos, Federer optou por se poupar nos outros torneios. A estratégia parecia ter dado certo quando ele passeou na estreia diante do francês Benoit Paire por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 6/3.

Nesta quarta, Federer também parecia ter o controle do jogo e começou dominante. No primeiro set chegou a ter o saque quebrado em uma oportunidade, mas aproveitou dois break points para fechar e sair em vantagem.

A partir daí, no entanto, o suíço não se encontrou mais. No segundo e terceiro sets, encontrou mais dificuldade para confirmar o serviço e viu Donskoy crescer. Sem nada a perder, o russo abusou da agressividade, principalmente nos momentos decisivos, e buscou a virada.

Este foi apenas o primeiro confronto de Federer diante do russo de 26 anos. Com a queda diante de Donskoy, o suíço perdeu a chance de voltar a levantar o troféu em Doha, onde foi campeão em 2003, 2004, 2005, 2007, 2012, 2014 e 2015. No total, são 48 vitórias e seis derrotas na competição.

Roger Federer não teve qualquer dificuldade para estrear com vitória no Torneio de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Na primeira aparição em quadra após a conquista do Aberto da Austrália, o suíço passou nesta segunda-feira pelo francês Benoit Paire por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 6/3.

Federer precisou de somente 54 minutos para eliminar o número 39 do mundo. Em Dubai, o suíço disputa apenas seu segundo torneio na temporada, o primeiro desde que surpreendeu ao conquistar o Grand Slam australiano derrotando na decisão o espanhol Rafael Nadal, no fim do mês passado.

##RECOMENDA##

Até pela condição física aos 35 anos, Federer optou por se poupar nos outros torneios. E nesta segunda, ele mostrou estar em ótima forma ao passar por Paire. Terceiro cabeça de chave do torneio, o suíço aproveitou quatro das seis oportunidades de quebra que teve e salvou todos os três break points que cedeu.

Esta foi a quarta vitória de Federer sobre Paire, em quatro confrontos disputados. O número 10 do ranking tem ótimo retrospecto quando atua em Dubai, tendo conquistado o torneio em 2003, 2004, 2005, 2007, 2012, 2014 e 2015. No total, são 48 vitórias e cinco derrotas na competição.

Agora, Federer aguarda para conhecer seu adversário nas oitavas de final. O tenista terá pela frente o vencedor do confronto entre os russos Mikhail Youzhny, número 83 do mundo, e Evgeny Donskoy, 116.º.

Ainda nesta segunda-feira, o cabeça de chave número 6, Roberto Bautista Agut, também estreou com vitória. O espanhol derrotou o russo Karen Khachanov por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 7/6 (7/4), e agora vai encarar seu compatriota Fernando Verdasco ou o alemão Florian Mayer.

O primeiro cabeça de chave a cair em Dubai foi Gilles Müller. Oitavo favorito do torneio, o luxemburguês foi surpreendido pelo alemão Philipp Kohlschreiber, que levou a melhor em dois sets, com parciais de 6/4 e 7/6 (7/1). Kohlschreiber agora espera para conhecer seu próximo rival, que será Daniil Medvedev, da Rússia, ou o tenista da casa Omar Alawadhi.

Nas outras partidas já encerradas do dia, duas vitórias de espanhóis. Marcel Granollers eliminou o checo Jiri Vesely por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/2. Já Guillermo Garcia-López passou pelo sérvio Viktor Troicki, também em dois sets: 6/4 e 6/3.

Andy Murray é o atual número 1 do ranking da ATP e, nos últimos anos, sem dúvida, se tornou um intruso no mundo dominado por Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer. Mas o britânico de 29 anos ainda está um passo atrás dos rivais. Com o título do Aberto da Austrália contabilizado por Federer no domingo, os três tenistas alcançaram 40 conquistas nos últimos 49 Grand Slams.

Murray soma três títulos nos principais torneios do circuito profissional desde 2005, sendo campeão duas vezes em Wimbledon e uma vez no US Open. O britânico tem o mesmo número de troféus do suíço Stan Wawrinka, atual terceiro do ranking, que faturou pelo menos um Grand Slam nas três últimas temporadas: Aberto da Austrália (2014), Roland Garros (2015) e US Open (2016).

##RECOMENDA##

A lista de tenistas que conseguiram desbancar o temido trio tem ainda o russo Marat Safin, que ganhou o Aberto da Austrália em 2005, o argentino Juan Martín Del Potro e o croata Marin Cilic, campeões no US Open em 2009 e 2014, respectivamente.

Com o título em Melbourne, onde bateu Nadal na final, Federer, que subiu de 17.º para 10.º na ATP, alcançou 14 títulos de Grand Slam nas últimas 13 temporadas, igualando o número de conquistas do espanhol, atualmente o sexto do ranking, no mesmo período. O suíço é o recordista de todos os tempos neste quesito, com 18 taças.

Após abrir mão da temporada de 2016 em julho para se recuperar totalmente de cirurgia no joelho esquerdo, o troféu no primeiro Grand Slam do ano animou o tenista de 35 anos. "Ainda tenho muito tênis em mim", avisou Federer, que não levantava uma taça de Grand Slam desde 2012, quando conquistou Wimbledon. Aliás, o suíço, que definiu o título no Aberto da Austrália como surpreendente, projeta estar no auge para ser campeão pela oitava vez na grama do All England Club. "Sei que em Wimbledon eu tenho uma chance maior."

Número 2 da ATP, Novak Djokovic aproveitou o período de irregularidade de Nadal e Federer nos últimos anos - o espanhol, assim como o suíço, sofreu com problemas de lesão e questões físicas -, para dominar o circuito profissional e ampliar para 12 os seus títulos em Grand Slams.

Para o sérvio, o jogo entre Federer e Nadal na final do Aberto da Austrália "foi ótimo para o tênis sob qualquer ponto de vista". Djokovic ainda acrescentou: "Foi um melhores momentos do ano esportivo e foi, além do tênis, uma vez que está é uma das maiores rivalidades de todos os tempos".

O título de Federer não surpreendeu Djokovic. "Você sempre pode esperar que ele jogue em altíssimo nível se estiver em forma", comentou o sérvio, que elogiou também o desempenho de Nadal. "Ele jogou muito bem e ambos mostraram por que são grandes campeões."

A possibilidade de disputar uma final também convenceu Nadal de que pode continuar se exigindo em alto nível por algum tempo. O espanhol não chegava em uma final de Grand Slam desde 2014 e agora já almeja conquistar o décimo título em Roland Garros.

Mesmo com 35 anos, o suíço Roger Federer tem condições de repetir ao longo da temporada a atuação de gala que o levou à conquista do Aberto da Austrália. É o que garantem tenistas atuais e das antigas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo. No último domingo (29), Federer venceu o espanhol Rafael Nadal e se tornou campeão sendo o mais velho a chegar a uma decisão de simples em Grand Slam desde 1974.

Dois argumentos sustentam essa previsão dos especialistas. O primeiro abrange o avanço nos métodos científicos de recuperação. "A ciência consegue criar verdadeiras máquinas de jogar tênis. São superatletas. Na nossa época, isso era impossível", opinou Thomas Koch, primeiro homem brasileiro a vencer um Grand Slam, nas duplas mistas (Roland Garros, em 1975).

##RECOMENDA##

A fim de se preparar para uma partida, um tenista faz 30 minutos de alongamento, uma hora de massagem e passa dez minutos imerso em uma banheira de gelo diariamente. "O Federer quase não suou", disse Koch.

O ex-tenista inclui um ingrediente na discussão: o tempo de recuperação. Ele afirma que na primeira final em Melbourne com "trintões" desde 1972, Nadal foi prejudicado por ter tido um dia a menos de recuperação. Federer se classificou à final na quinta; Nadal, na sexta.

Outro fator da longevidade de Federer, esse mais subjetivo, tem relação com a mente. "Enquanto estiver motivado, Federer pode ganhar qualquer competição", opinou Bruno Soares, sétimo colocado no ranking de duplas da ATP.

Soares alerta para o jogo de alto nível realizado após contusões dos dois gênios. O suíço perdeu Roland Garros e US Open com problemas no joelho, enquanto o espanhol abandonou na França e desistiu de Wimbledon com contusão no punho, depois um longo histórico de lesões. Isso deve pesar na continuidade de sua carreira - ele está com 31 anos.

Federer vai disputar o Torneio de Dubai no final de fevereiro. Já Nadal desistiu de defender a Espanha nas oitavas de final da Copa Davis por falta de tempo para se recuperar - os jogos serão entre 3 e 5 de fevereiro.

O confronto entre os trintões, porém, foi considerado uma exceção. O número 1 do mundo, Andy Murray, e Novak Djokovic, hexa em Melbourne e vice do ranking, caíram e abriram espaço para os veteranos. "Dificilmente essa final vai se repetir", disse Koch.

Depois de fazer história com a conquista de seu 18º título de Grand Slam, obtido no último domingo (29) com a vitória sobre o espanhol Rafael Nadal na final do Aberto da Austrália, Roger Federer teve a sua volta ao Top 10 do ranking da ATP oficialmente confirmada nesta segunda-feira. O suíço saltou do 17º para o 10º lugar, depois de ter despencado na listagem no ano passado por causa do período de seis meses de afastamento das quadras por causa de uma operação no joelho.

Agora pentacampeão do Aberto da Austrália, Federer foi aos 3.260 pontos no ranking e também tirou do Top 10 o checo Tomas Berdych, que caiu da 10ª para a 12ª posição, depois de ter sido eliminado do Grand Slam realizado em Melbourne justamente pelo suíço, na terceira rodada da competição.

##RECOMENDA##

O grupo dos dez primeiros colocados, por sua vez, teve outras mudanças significativas. Vice-campeão na Austrália, Nadal saltou da nona para a sexta posição, enquanto o francês Gael Monfils, eliminado pelo próprio espanhol nas oitavas de final do Grand Slam, percorreu rota inversa ao descer da sexta para a nona colocação.

Já o suíço Stan Wawrinka, superado pelo compatriota Federer nas semifinais em Melbourne, subiu do quarto para o terceiro posto da ATP, ficando atrás agora apenas do britânico Andy Murray e do sérvio Novak Djokovic, que sustentaram respectivamente a ponta e a vice-liderança mesmo depois de terem sido eliminados de forma precoce em Melbourne.

Djokokic, porém, viu a sua desvantagem para Murray subir de 780 para 1.715 pontos, fruto da sua eliminação surpreendente já na segunda rodada na Austrália, onde defendia 2.000 pontos por ter sido campeão do Grand Slam em 2016.

A ascensão de Wawrinka ocorre também depois de o canadense Milos Raonic, semifinalista no ano passado no Aberto da Austrália, ter caído nas quartas de final desta edição do Grand Slam e descido da terceira para a quarta colocação.

O búlgaro Grigor Dimitrov, que travou uma batalha de cinco sets com Nadal nas semifinais em Melbourne na última sexta-feira, foi outro beneficiado pela boa campanha no Grand Slam. Ele subiu da 15ª para a 13ª posição.

BRASILEIROS - Eliminados em suas estreias neste Aberto da Austrália, Thomaz Bellucci e Thiago Monteiro caíram no ranking da ATP nesta segunda-feira. Atual número 1 do Brasil, o primeiro deles desceu da 62ª para a 67ª colocação. Já o seu compatriota passou do 83º para o 86º lugar.

Outro brasileiro que integra o Top 100, Rogério Dutra Silva colheu frutos por ter avançado à segunda rodada em Melbourne ao galgar dez postos, passando a ocupar a condição de 90º tenista do mundo. Já João Souza, outro único jogador do País no Top 200, caiu três lugares e é o 125º no geral.

Entre os duplistas, destaque para a queda expressiva de Bruno Soares, que desceu quatro posições no Top 10 do ranking individual de duplistas, no qual agora é o sétimo colocado. A queda ocorreu após ele ser eliminado de forma surpreendente na estreia do Aberto da Austrália, ao lado do britânico Jamie Murray, na condição de atual campeão do Grand Slam. O irmão de Andy Murray também caiu quatro postos e agora é o oitavo colocado desta listagem.

Esse ranking continua sendo liderado pelo francês Nicolas Mahut, seguido pelo compatriota Pierre-Hugues Herbert, que também sustentou o segundo lugar.

Já Marcelo Melo, que avançou às quartas de final na Austrália, caiu apenas uma posição no Top 10, do oitavo para o nono lugar. O brasileiro Marcelo Demoliner, por sua vez, foi beneficiado pelo seu avanço às oitavas de final em Melbourne e subiu nove posições, passando a ocupar o 55º posto, o seu melhor ranking na carreira. Assim, ele ultrapassou o veterano André Sá, que caiu justamente do 55º lugar para o 57º.

 

Confira a classificação atualizada do ranking da ATP:

1) Andy Murray (GBR), 11.540 pontos

2) Novak Djokovic (SER), 9.825

3) Stanislas Wawrinka (SUI), 5.695

4) Milos Raonic (CAN), 4.930

5) Kei Nishikori (JAP), 4.830

6) Rafael Nadal (ESP), 4.385

7) Marin Cilic (CRO), 3.560

8) Dominic Thiem (AUS), 3.505

9) Gael Monfils (FRA), 3.445

10) Roger Federer (SUI), 3.260

11) David Goffin (BEL), 2.930

12) Tomas Berdych (RCH), 2.790

13) Grigor Dimitrov (BUL), 2.765

14) Jo-Wilfried Tsonga (FRA), 2.685

15) Nick Kyrgios (AUS), 2.415

16) Roberto Bautista (ESP), 2.350

17) Lucas Pouille (FRA), 2.131

18) Richard Gasquet (FRA), 1.975

19) Ivo Karlovic (CRO), 1.875

20) Jack Sock (EUA), 1.855

67) Thomaz Bellucci (BRA), 736

86) Thiago Monteiro (BRA), 645

90) Rogério Dutra Silva (BRA), 628

125) João Souza (BRA), 483

Quase seis anos após a última decisão em um Grand Slam, Roger Federer e Rafael Nadal se reencontraram na final do Aberto da Austrália, realizado neste domingo. Após um duelo épico de mais de três horas e meia, o suíço venceu por 3 sets 2 o espanhol e conquistou seu 18º título de Grand Slam. Ao receber a taça, o campeão não poupou elogios ao seu adversário.

"Eu gostaria de felicitar o Rafa por um retorno incrível, acho que nenhum dois acreditava que estaríamos na final do Aberto da Austrália, quando estávamos em uma academia há quatro ou cinco meses. O tênis é um esporte difícil, não há empates, mas se houvesse um, eu teria sido feliz em aceitar um empate com Rafa esta noite, realmente", disse Federer, que venceu pela quinta vez o primeiro major da temporada.

##RECOMENDA##

Com a vitória, o suíço pulou do 17.º lugar no ranking para o 10.º. A partida deste domingo foi a 100.ª do tenista no Aberto da Austrália, marca alcançada apenas pelo americano Jimmy Connors. A última vez que havia sido campeão no local fora em 2010 - as outras foram em 2004, 2006 e 2007.

A vitória neste domingo ainda ajudou a diminuir um pouco a freguesia para Nadal. A final em Melbourne foi a 35.ª partida entre eles e apenas a 12.ª vitória de Federer. Das nove finais de Grand Slam entre os arquirrivais (e amigos), são só três títulos para o suíço. Considerando todo o circuito, foi o oitavo título de Federer contra seu maior rival, em 22 decisões.

Não era só o fã de tênis que estava com saudade de uma final de Grand Slam entre Rafael Nadal e Roger Federer, numa das maiores rivalidades da história do esporte. Eles também não viam a hora de fazer, de novo, um jogo como o deste domingo, na final do Aberto da Austrália. Um duelo épico em Melbourne, que terminou com vitória do suíço por 3 sets a 2, com parciais de 6/4, 3/6, 6/1, 3/6 e 6/3. O último ponto, na linha, que precisou ser revisto no vídeo, foi só o desfecho de uma partida emocionante, em que os dois veteranos pareciam dar o melhor de si a cada ponto, principalmente no set final, em que o suíço esteve impecável, vencendo cinco games em sequência.

Foi um retorno e tanto para Roger Federer, que passou boa parte da temporada passada no estaleiro, por causa de uma lesão no joelho, sofrida justamente no Aberto da Austrália do ano passado. Foram três meses de afastamento entre janeiro e abril e depois mais seis meses sem jogar. Antes de estrear em Melbourne, ele não entrava em quadra no circuito da ATP desde Wimbledon.

##RECOMENDA##

O suíço não vencia um Grand Slam desde 2012, quando ganhou em Wimbledon pela sétima vez. No Aberto da Austrália, sua única taça datava de 2010 - agora, é bicampeão. Nas seis edições seguintes, caiu cinco vezes na semifinal. Na busca pela 18.ª taça, nos últimos quatro anos, perdeu três decisões para Novak Djokovic. Na carreira, tem 89 títulos no circuito profissional.

Pelas condições físicas e o avançar da idade - está com 35 anos -, Federer pela primeira vez na carreira precisou lidar com a desconfiança. O influente jornal britânico The Telegraf, por exemplo, escreveu em maio a reportagem: "Por que Roger Federer nunca mais ganhará um Gran Slam". Quem duvidou do maior tenista de todos os tempos estava errado, claro.

Ao alcançar sua 18.ª taça de Grand Slam, Federer se isola ainda mais como o maior campeão de eventos major, abrindo folga sobre o próprio Nadal que, assim como Pete Sampras, tem 14 taças. São cinco títulos no Aberto da Austrália e também no US Open, sete em Wimbledon e apenas um em Roland Garros.

A vitória neste domingo ainda ajudou a diminuir um pouco a freguesia para Nadal. A final em Melbourne foi a 35.ª partida entre eles e apenas a 12.ª vitória de Federer. Das nove finais de Grand Slam entre os arquirrivais (e amigos), são só três títulos para o suíço - as outras vitórias haviam sido em Wimbledon. Considerando todo o circuito, foi o oitavo título de Federer contra seu maior rival, em 22 decisões.

Mesmo tendo jogado apenas seis torneios disputados nas últimas 52 semanas, Federer vai aparecer no 10.º lugar do ranking mundial na atualização da próxima segunda-feira, enquanto Rafael Nadal, ganhando três posições, será o sexto.

Ao alcançarem a final, porém, eles mostram que o Big Four do tênis segue ativo. Na campanha, o espanhol deixou para trás o francês Gael Molfins (sexto do ranking) e o canadense Milos Raonic (terceiro). Federer bateu o japonês Kei Nishikori (quinto) e o compatriota Stan Wawrinka (quarto). Nenhum dos dois deve nada, hoje, para Andy Murray ou Novak Djokovic, eliminados respectivamente pelo alemão Mischa Zverev e pelo usbeque Denis Istomin.

Os dois primeiros do ranking mundial chegaram a Melbourne como favoritos, mas quem brilhou no torneio inteiro foram os veteranos, jogando um tênis de primeiríssimo nível. Na final deste domingo, foram 37 break points, sendo 27 deles salvos. Muitos, óbvio, em momentos cruciais.

O jogo começou com os dois tenistas sacando bem e confirmando seus serviços. A primeira quebra veio só no sétimo game, com Federer aproveitando um erro não forçado de Nadal, abrindo 4/3. Nos seus dois serviços seguintes, o suíço só cedeu um ponto ao rival, garantindo o 6/4.

O segundo set foi de Nadal, que parecia ter estudado Federer no primeiro set para colocar tudo em prática a partir de então. Foram duas quebras seguidas, abrindo 4/0. O suíço não se encontrou, com baixo aproveitamento no saque e 15 erros não-forçados - contra quatro de Nadal. Ele até devolveu uma quebra no quinto game, mas viu o espanhol levar por 6/3.

O terceiro set poderia ter tido o mesmo destino se Federer não salvasse dois break points logo no primeiro game. O suíço ganhou moral, cresceu sobre Nadal, e foi ele a conseguir a quebra, no game seguinte. Depois, voltou a quebrar o espanhol no sexto game. Nadal tentou reagir, conseguiu dois break points no game seguinte, mas Federer estava determinado. Não só confirmou o saque como fez 6/1.

Com uma força mental que o torna um tenista único, Nadal renasceu no quarto set. Colocou Federer para correr no quarto set, angulando as jogadas. Com excelente aproveitamento no saque e errando pouco (apenas três erros não forçados no set), Nadal voltou ao jogo conseguindo a quebra no quarto game. Sem ser ameaçado, fechou em 6/3.

Antes do quinto set, Federer pediu atendimento e foi para o vestiário. Na volta, encontrou o espanhol determinado. Conseguiu dois break points logo no primeiro game, aproveitou um deles num erro do suíço e largou na frente. Federer tentou reagir no game seguinte, mas Nadal, com winners, salvou ambos e abriu 2/0.

As dores na coxa não cessaram e Federer novamente precisou pedir atendimento médico. Com 3/1 no placar e um rival machucado, Nadal parecia caminhar para mais uma vitória. Só que do outro lado estava o melhor tenista da história.

Federer devolveu a quebra no quarto game e mostrou que estava no jogo. Os dois pareciam ler onde o rival sacaria. Foram 15 break points no set, com o suíço aproveitando-os melhor. Quebrou o rival também no oitavo game, sacando para o jogo no nono. Nadal ainda tentou voltar à partida, teve duas chances de quebra, mas Federer respondeu com um ace e um winner. O espanhol ainda salvou um match point e acabou derrotado numa diagonal que bateu na linha.

Em uma grande partida que só acabou depois de uma longa batalha de 4 horas e 56 minutos, o espanhol Rafael Nadal sofreu muito, mas venceu o búlgaro Grigor Dimitrov por 3 sets a 2, com parciais de 6/3, 5/7, 7/6 (7/5), 6/7 (4/7) e 6/4, nesta sexta-feira, e garantiu vaga na final do Aberto da Austrália.

Com o triunfo, o nono cabeça de chave desta edição do Grand Slam realizado em Melbourne assegurou a disputa de uma decisão "retrô" com o suíço Roger Federer neste domingo, a partir das 6h30 (de Brasília), onde os dois lendários tenistas irão se reencontrar naquela que pode ser, para muitos, a última vez em que se enfrentam uma partida valendo o título de um dos quatro principais torneios do circuito profissional.

##RECOMENDA##

Federer se credenciou para brigar pela taça na última quinta-feira ao passar pelo seu compatriota Stan Wawrinka, também por 3 sets a 2, na outra semifinal. Por ter jogado um dia antes, ele poderá chegar um pouco mais descansado à decisão, mas isso não o coloca como favorito diante do espanhol, que é considerado pelo próprio suíço o rival mais complicado que já encarou ao longo de sua carreira.

Longe do protagonismo que tiveram quando se revezavam na liderança do ranking mundial, Federer e Nadal entraram neste Aberto da Austrália sem ostentar o favoritismo que carregavam principalmente Andy Murray, atual número 1 da ATP, e Novak Djokovic, hexacampeão em Melbourne e hoje vice-líder do ranking.

Entretanto, o britânico e o sérvio foram eliminados de forma precoce em suas campanhas e viram Federer e Nadal indo abrindo caminho com atuações que lembraram o auge de suas carreiras. E, passo a passo, eles garantiram a disputa de uma antes tida como improvável final em Melbourne. Improvável não pelo histórico altamente vitorioso das gloriosas carreiras dos dois tenistas, mas sim pelas temporadas "discretas" que tiveram no ano passado.

Federer, que ficou seis meses sem jogar por ter operado o joelho, não conquistou nenhum título no ano passado, enquanto Nadal foi campeão de apenas dois torneios, ambos disputados em piso de saibro, sua especialidade, no Masters 1000 de Montecarlo e no ATP 500 de Barcelona.

A BATALHA - Para ter a chance de reencontrar o seu antigo adversário em uma decisão de Grand Slam, o que não acontecia desde 2011, quando se cruzaram na final de Roland Garros, Nadal precisou superar um inspirado Dimitrov nesta sexta-feira.

Favorito diante do atual 15º colocado do ranking da ATP, o ex-número 1 e hoje nono tenista do mundo só teve maior facilidade para bater o búlgaro no primeiro set, no qual confirmou todos os seus saques e converteu um de dois break points cedidos pelo adversário para fechar em 6/3.

A partir do segundo set, porém, Dimitrov começou a reagir de forma expressiva. Embora tenha sido superado com o serviço na mão por duas vezes na parcial, ele aproveitou três de sete oportunidades de ganhar games no saque do espanhol para fazer 7/5 e empatar o duelo.

Em seguida, o alto equilíbrio permaneceu no terceiro set, no qual cada tenista conquistou uma quebra de saque e assim eles forçaram a disputa do tie-break, no qual Nadal foi um pouco melhor para fechar em 7/5.

Dimitrov, entretanto, não se abalou e continuou jogando em altíssimo nível. E, desta vez os dois jogadores confirmando todos os serviços sem oferecerem nenhuma chance de quebra e provocaram um novo desempate no tie-break, no qual o búlgaro deu o troco ao liquidar em 7/4.

O quinto set, novamente muito parelho, teve Nadal e Dimitrov confirmando todos os seus saques até o oitavo game. O último deles, por sinal, foi o momento chave da partida. Colocando pressão no favorito, Dimitrov tinha dois break points para quebrar o saque de Nadal quando liderava em 4/3, mas o espanhol fez quatro pontos seguidos jogando de forma muito corajosa para empatar em 4/4 e devolver a pressão para o búlgaro.

E o 15º cabeça de chave acabou sucumbindo justamente a partir do nono game, no qual o seu adversário aproveitou a única chance de quebra que teve para fazer 5/4 e depois sacou para fechar o confronto em um game no qual o búlgaro salvou três match points antes de cair por 6/4 após cometer um erro não-forçado.

O alto número de erros não-forçados (69), por sua vez, pesaram para Dimitrov, pois ele contabilizou nada menos do que 79 winners, contra 45 bolas vencedoras do seu rival, que compensou isso cometendo bem menos erros não-forçados (43).

Forte com o saque na mão, Dimitrov também acumulou 20 aces, contra oito de Nadal, assim como ganhou 70% dos pontos que disputou quando encaixou o seu primeiro serviço. Reflexo do equilíbrio do duelo, o espanhol fez ao total apenas seis pontos a mais do que o búlgaro (185 a 179).

Essa foi a oitava vitória de Nadal em nove jogos com Dimitrov, que havia levado a melhor sobre o melhor sobre o espanhol justamente no confronto anterior entre o dois, no Torneio de Pequim do ano passado. Em 2014, por sua vez, o ex-líder do ranking mundial também havia superado o búlgaro nas quartas de final do Aberto da Austrália, então por 3 sets a 1.

LONGA E HISTÓRICA RIVALIDADE - Já na final de domingo diante de Federer, contra o qual desenhou uma das maiores rivalidades da história do tênis e do próprio esporte em todos os tempos, Nadal irá travar o 35º confronto, sendo que leva grande vantagem no retrospecto, com 23 vitórias e 11 derrotas. No último duelo entre os dois, porém, o suíço levou a melhor no Torneio de Basileia de 2015.

Atrapalhados por lesões e longe de viverem suas melhores fases, o espanhol e suíço não se cruzaram por nenhuma vez no ano passado, mas Nadal também traz como uma vantagem psicológica extra diante do lendário adversário o fato de que bateu o rival nas três vezes em que o enfrentou no Aberto da Austrália, na decisão de 2009 e nas semifinais de 2012 e 2014.

Nadal, entretanto, só conseguiu ser campeão em Melbourne uma vez, enquanto Federer já levantou a taça em quatro oportunidades, em 2004, 2006, 2007 e 2010. O espanhol ainda amargou dois vice-campeonatos no Grand Slam australiano, sendo o último deles em 2014, quando caiu diante do suíço Stan Wawrinka na decisão, depois de ter sido derrotado pelo sérvio Novak Djokovic na final de 2012.

Amigos fora de quadra, em detrimento da grande rivalidade que construíram dentro dela como dois dos maiores esportistas da história, Nadal e Federer já se enfrentam 11 vezes em torneios de Grand Slam. Além de ter batido o suíço por três vezes no Aberto da Austrália, o atual nono colocado do ranking mundial já passou pelo suíço em cinco confrontos em Roland Garros, em 2005, 2006, 2007, 2008 e 2011, assim como ainda faturou um título em Wimbledon ao bater Federer na decisão de 2008 em Londres.

E foi justamente na capital inglesa, por sinal, que Federer conseguiu as suas duas únicas vitórias sobre Nadal em duelos disputados entre os dois em eventos de Grand Slam. O atual 17º colocado da ATP passou pelo espanhol nas finais de 2006 e 2007 do tradicional torneio realizado na Inglaterra.

Mas, independentemente do retrospecto entre os dois, o reencontro de domingo entre Federer e Nadal é um jogo imperdível para os fãs de tênis em todo o mundo. E, como o próprio suíço definiu após passar por Wawrinka nas semifinais ao comentar como seria uma possível decisão com o velho rival, será um duelo "épico" e histórico entre os dois, que farão muita gente acordar bem cedo, pelo menos no Brasil, para acompanhar o confronto pela TV.

Roger Federer e Stan Wawrinka confirmaram favoritismo com tranquilidade nesta terça-feira (24) e travarão uma semifinal 100% suíça no Aberto da Austrália. Quatro vezes campeão do Grand Slam realizado em Melbourne, Federer avançou ao vencer o alemão Mischa Zverev, 50º colocado do ranking mundial, por 3 sets a 0, com parciais de 6/1, 7/5 e 6/2, em apenas 1h32min. Já Wawrinka, quarto cabeça de chave e campeão da edição de 2014 da competição, eliminou o francês Jo-Wilfried Tsonga, também por 3 a 0, com 7/6 (7/2), 6/4 e 6/3.

Essa é a 13ª vez que Federer avança às semifinais do primeiro Grand Slam da temporada, sendo que ele entrou neste Aberto da Austrália na condição de 17º cabeça de chave, apenas, depois de ficar seis meses afastado das quadras na temporada passada por causa de uma cirurgia no joelho.

##RECOMENDA##

Provável rival de Federer nas quartas de final, Murray, líder do ranking da ATP, foi surpreendido por Zverev nas oitavas de final com uma derrota por 3 sets a 1. Assim, o britânico ampliou o seu jejum de títulos em Melbourne, onde amargou cinco vice-campeonatos, permitindo a Federer jogar como favorito nas quartas de final.

E Federer só teve maiores dificuldades para passar pelo alemão de 29 anos de idade no segundo set, no qual chegou a ter o seu saque quebrado por uma vez. Porém, o recordista de títulos de Grand Slam colocou pressão sobre o azarão e converteu seis de 15 break points para encaminhar o seu triunfo em parciais diretas.

Com nada menos do que 65 winners e apenas 13 erros não-forçados, Federer ainda contabilizou nove aces na partida, enquanto Zverev fez apenas 30 bolas vencedoras e ganhou somente 53% dos pontos que disputou quando encaixou o seu primeiro serviço.

Foi a terceira vitória de Federer em três jogos com o alemão, batido anteriormente pelo suíço no Masters 1000 de Roma de 2009 e no Torneio de Halle de 2013.

Wawrinka, por sua vez, fez valer a sua condição de atual quarto tenista do ranking mundial contra Tsonga, o 12º, com autoridade. Embora tenha vencido o primeiro set apenas no tie-break, após os dois tenistas confirmarem todos os seus serviços sem oferecerem chances de quebra, o suíço converteu os outros três break points cedidos na continuidade do jogo pelo francês, que só aproveitou uma de seis oportunidades de ganhar games no serviço do seu adversário.

Com 41 winners e 28 erros não-forçados, contra 27 e 39 do francês, respectivamente, Wawrinka acabou triunfando pela sua maior eficiência nos momentos decisivos e assim acumulou a sua quinta vitória em oito jogos com Tsonga.

Já contra Federer, Wawrinka terá de superar um retrospecto desfavorável de 18 derrotas em 21 confrontos. Na última vez que os dois se encontraram em um Grand Slam, Federer eliminou o compatriota nas semifinais do US Open de 2015. Naquele mesmo ano, porém, o atual quarto tenista do mundo levou a melhor nas quartas de final de Roland Garros, antes de o lendário jogador voltar a levar a melhor na semifinal do ATP Finals daquela mesma temporada.

No Aberto da Austrália, os dois se enfrentaram uma única vez, em 2011, quando Federer atropelou com parciais de 6/1, 6/3 e 6/3, pelas quartas de final.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando