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Uma idosa de 80 anos passou três dias convivendo com o cadáver do marido morto, em Campinas, no interior de São Paulo. À Polícia Civil, a mulher disse que não percebeu que o homem, identificado como Hélio de Noronha, de 64 anos, havia falecido, mas a família dele questiona a versão. 

Ao portal Barba Azul, a filha da vítima, nomeada apenas como Graziela, disse que desconfia das informações dadas pela madrasta, cujo filho teria ligado comunicando o falecimento de Hélio. De acordo com o registro da ocorrência, feito em 12 de junho, familiares relataram que era possível sentir um cheiro forte do lado de fora da residência. 

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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o caso é investigado pelo 9º Distrito Policial de Campinas, que tenta esclarecer as circunstâncias da morte do idoso.

"Laudos periciais foram solicitados e estão sendo elaborados – tão logo forem finalizados serão analisados pela autoridade policial. As diligências prosseguem para esclarecer os fatos", diz a nota da instituição.

Um bebê de dois meses, identificado como Samuel Ricardo Souza Bastos, morreu após receber leite na veia ao invés de sangue que seria injetado via acesso central. O caso aconteceu na Maternidade Professor José Maria Magalhães Netto, no bairro do Pau Miúdo, em Salvador, na última segunda-feira (19).

Ao G1, o pai da criança, Cleibson de Souza, disse que Samuel nasceu com uma doença cardíaca e estava no hospital se recuperando de uma cirurgia.A família foi informada pela unidade de saúde de que a morte ocorreu em razão de um erro cometido por uma técnica de enfermagem. 

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No domingo (18), após a aplicação incorreta do leite, o bebê foi transferido para uma UTI. Naiane Rocha, mãe do bebê, então foi contactada para comparecer ao hospital."Quando cheguei na UTI, uma outra médica me explicou que a técnica em vez de conectar na sonda, conectou no acesso central. Aí que fui entender o que tinha acontecido", disse ela.

Na manhã do dia seguinte, os familiares do bebê foram informados de que o funcionário da UTI vazou a informação de sua morte. O óbito foi confirmado pela assistente social da unidade.

Sindicância foi aberta

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) disse que a maternidade está profundamente consternada com o falcimento de Samuel, "sem palavras para expressar todo pesar e tristeza que acomete toda a equipe de profissionais". A instituição também se colocou à disposição dos familiares, para esclarecimentos públicos.

A Sesab também confirmou que afastou a profisisonal envolvida na ocorrência. Segundo o posicionamento, a técnica se encontra em situação de "total desolação" por também ser mãe e pelo vínculo formado com o bebê, que esteve aos seus cuidados. De acordo com a instituição, uma sindicância foi instaurada para apurar as circunstâncias técnicas que levaram ao óbito.

 

 Nesta quarta-feira (30), a ONG Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+) realiza um série de ações no Recife em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a AIDS, celebrado em todo 1º de dezembro. Com o tema “É possível viver com HIV e AIDS, mas com Preconceito Não!”, a campanha pretende chamar atenção da sociedade para a prevenção ao HIV e AIDS e para o preconceito enfrentado pelas pessoas que convivem com o vírus. 

Os trabalhos começam pela manhã, com diálogo sobre prevenção combinada, entre os personagens Lampião e Maria Bonita com os usuários da estação do Metrô de Recife. Às 14h, educadores promoverão testagem ao HIV, em frente à sede do GTP+, localizada na Avenida Manoel Borba, 545, no Bairro da Boa Vista, Centro do Recife.

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O dia termina com uma projeção no Centro do Recife, em defesa das pessoas convivendo com HIV e AIDS. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2021, o Brasil registrou, a cada hora, pelo menos cinco infecções por HIV.

Atualmente, o país vive uma marca de 960 mil pessoas acometidas pelo HIV. Para diz Wladimir Reis, coordenador geral do GTP+, o dado revela precariedade de políticas e ações de prevenção, diagnóstico e acesso ao tratamento do HIV e AIDS.  “As desigualdades que vivemos no país impacta na resposta ao HIV. Sem comida, sem dignidade, sem informação, a saúde fica em último lugar. É a população mais vulnerável que contraí o vírus. Por isso, precisamos de políticas com mais acesso ao tratamento, medidas de prevenção e diagnóstico para todo mundo”, afirma.

Serviço: Dia Mundial de Luta Contra a AIDS

8h- Lampião e Maria Bonita em tempos de AIDS, na Estação de Metrô do Recife.

14h- Testagem ao HIV, na sede do GTP+ (Rua Manoel Borba, 545, Boa Vista)

18h- Projeção em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a AIDS, na Conde da Boa Vista

Na próxima sexta-feira (21), a Articulação Aids em Pernambuco realizará um protesto contra o corte de R$ 407 milhões de reais em verbas públicas do Ministério da Saúde destinadas à produção e distribuição de medicamentos para tratamento de HIV/AIDS, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e hepatites virais. A mobilização está marcada para acontecer às 10h, em pelo menos três capitais brasileiras. No Recife, o ato ocorrerá na Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio. 

O desinvestimento que gerou os protestos foi divulgado pelo Estadão, em uma reportagem publicada no último dia 7 de outubro. De acordo com a matéria, a medida do governo federal integra um pacote de cortes orçamentários aplicados a um total de 12 programas do Ministério da Saúde que, juntos, representam R$ 3,3 bilhões de reais (cerca de 60% do orçamento da pasta).

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A matéria diz ainda que os cortes têm a finalidade de realocar R$ 19,5 bilhões em recursos públicos federais para financiar emendas do orçamento secreto em 2023. A política do Governo Federal vem sendo duramente criticada por diversas organizações da sociedade civil, que chamam atenção para o risco de desabastecimento de medicamentos e para a interrupção do tratamento de pacientes que vivem com HIV/AIDS. Elas temem que a medida se reverta no aumento no número de novas infecções pelo vírus HIV e de mortes evitáveis em decorrência da Aids.

De acordo com a ONG pernambucana Grupo de Trabalho em Prevenção Posithiva (GTP+), que participa do protesto, os cortes também violam o direito ao tratamento gratuito para HIV/AIDS oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a Lei Nº 9.313/96. A organização também ressalta que os cortes nos investimentos públicos em Ciência e Tecnologia também colocam em risco a autonomia do Brasil na produção e incorporação de medicamentos.

“Mesmo previsto para o ano que vem, o corte já está afetando as pessoas que vivem com HIV, a falta de antirretroviral Lamivudina já é uma realidade nas capitais do país. Em algumas unidades de referência no tratamento de pessoas vivendo com HIV/Aids, as pessoas estão sendo orientadas a trocarem seus medicamentos para não ficarem sem medicação. Precisamos defender o SUS que vem sendo sucateado, e com ameaças reais aos nossos direitos”, diz Alessandro Abreu, da Articulação AIDS de Pernambuco e do GTP+. 

Por sua vez, José Cândido, representante da Rede Nacional das Pessoas que Vivem com HIV e AIDS - Núcleo Pernambuco (RNP+ PE), ressalta que as mobilizações também são fundamentais na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). "As pessoas já estão apreensivas com medo de perder o acesso gratuito aos seus medicamentos, ou terem que parar seus tratamentos", comenta. 

No Recife, o ato é organizado pela Articulação Aids de Pernambuco, com apoio da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS (RNP+), Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP+) e Rede de Pessoas Trans Vivendo com Hiv Aids (RNTTHP), bem como pelas ONGs Gestos - Soropositividade, Comunicação e Gênero e GTP+.

O perfil oficial do Palácio do Planalto postou uma fotografia do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) sorrindo diante de uma réplica aumentada de um modelo de cartão de CPF, contendo uma tarja vermelha com a palavra “cancelado”. O registro foi feito na última sexta (23), durante a visita do presidente aos estúdios da TV Crítica, afiliada da Rede TV no estado do Amazonas. Na ocasião, Bolsonaro foi entrevistado pelo apresentador Sikêra Jr.

A fotografia também conta com a presença dos ministros da Educação e do Turismo, respectivamente, Milton Ribeiro e Gilson Machado, dentre outros integrantes do governo federal. “Bolsonaro sorri feliz ao lado de placa que alude à morte de brasileiros (‘CPF cancelado’)”, criticou o coordenador de Justiça Social e Econômica da Oxfam Brasil, Jeff Nascimento, em suas redes sociais.

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A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ) também criticou a atitude de Bolsonaro: "Ignora a constituição, o STF e a vida! Bolsonaro ironiza falecimentos com placa 'CPF Cancelado'", escreveu em sua conta no Twitter. O Brasil já perdeu 386.416 vidas para a Covid-19. O país registra 14.237.078 casos da doença.

 Às 20h30 desta sexta (23), vai ao ar a entrevista exclusiva concedida pelo presidente Jair Bolsonaro ao apresentador Sikêra Jr. O conteúdo será veiculado pelo programa Alerta Especial, da TV A Crítica, emissora afiliada à RedeTV, por meio de televisão e Youtube. 

Bem visto pelos adeptos do bolsonarismo, Sikêra Jr costuma utilizar seu programa e suas redes sociais para propagar notícias falsas. Em outubro do ano passado, o apresentador disse ao vivo que o Psol havia entrado com recurso Supremo Tribunal Federal (STF) para “obrigar o ensino da ideologia de gênero nas escolas brasileiras”.

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Ele ainda chamou os integrantes do partido de “pedófilos”. Além disso, Sikêra Jr vem relativizando a gravidade da pandemia de Covid-19. “O Covid-19 é um H1N1 com uma baita assessoria de marketing”, escreveu o apresentador em seu Twitter.

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Um agricultor morreu afogado depois de tentar resgatar uma mulher em uma barragem na cidade de Venturosa, no agreste de Pernambuco. À Polícia Militar, testemunhas informaram que ela foi retirada do local por outras pessoas, enquanto o homem não conseguiu sair da água.

O corpo de José Sílvio da Silva, 48 anos, foi encontrado na última segunda (15). Ele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Caruaru.

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 Um vídeo que registra o momento em que o enfermeiro Milton dos Reis Francisco, de 41 anos, recebe a vacina contra contra a covid-19 viralizou nas redes sociais. As imagens mostram o momento em que o profissional de saúde grita, por medo da agulha.

Em entrevista ao UOL, Milton contou que, mesmo trabalhando na área de saúde há 19 anos, tem medo de agulha. "Administrar qualquer medicação é tranquilo. Mas, receber a medicação em mim é sempre complicado. Deve ser trauma de infância", comentou.

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Apesar disso, o enfermeiro faz questão de defender o processo de imunização contra a covid-19. "Apesar do pavor de agulha, optei pela proteção. Decidi pela segurança da vacina”, concluiu.

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 Já está em solo brasileiro o primeiro lote da Coronavac, a vacina chinesa contra a Covid-19. As 120 mil doses do imunizante - quantidade suficiente para vacinar 60 mil pessoas - chegaram de avião ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, nesta quinta-feira (19).

O produto está sendo testado pelo Instituto Butantan, em estudo na Fase 3, considerada avançada. A chegada do lote havia sido adiantada no começo da semana pelo diretor do Butantan, Dimas Covas, e pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). 

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O Instituto também aguarda receber, ainda em novembro, 600 litros de matéria-prima da Sinovac para iniciar a produção local da vacina. Covas informou ainda que, com o material que possuirá, o Butantan será capaz de produzir, até janeiro, 46 milhões de doses da vacina.

Vale lembrar que, na última terça-feira (17), a revista médica The Lancet publicou dados preliminares apontando que a vacina levou a uma rápida resposta imune. Apesar disso, o nível de anticorpos produzido foi menor do que aquele que foi encontrado em pessoas curadas da doença.

Na tarde desta terça (3), o Senado Federal aprovou por unanimidade, em debate remoto, o voto de repúdio ao caso Mariana Ferrer, cuja decisão judicial inocentou o empresário André de Camargo Aranha, que teria praticado “estupro culposo” contra a promoter Mariana Ferrer, de 23 anos, durante uma festa, em 2008, segundo a argumentação do Ministério Público. O caso gerou revolta nesta manhã após a divulgação de imagens da audiência do caso, na qual o advogado de defesa de Aranha, Cláudio Gastão da Rosa Filho, exibe fotos sensuais da influencer parar descredibilizá-la e argumentar que a relação foi consensual. "Como não foi prevista a modalidade culposa do estupro de vulnerável, o fato é atípico", diz o promotor na argumentação. O juiz concluiu que não havia provas contundentes para fundamentar a condenação.

“O Senado Federal aprova por unanimidade o voto de repúdio no caso da Mariana Ferrer com todo o apoio da bancada do PT no Senado, diante do constrangimento a uma vítima de estupro. Ação que envergonha o judiciário e que precisa ser punida, e reparada”, manifestou-se a instituição em suas redes sociais.

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O requerimento foi de autoria do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que classificou a condenação como uma “aberração jurídica”. “Não vamos aceitar esse crime continuado contra uma vítima. É ilegal, machista, misógino e cruel. Também apresentei voto de repúdio, na sessão de hoje no Senado, contra o juiz, o advogado e o promotor que patrocinaram essa barbaridade. Sobre eles pesará o rigor da lei”, declarou o parlamentar.

O promotor responsável pelo caso alegou que o réu não teria como saber, durante o ato sexual, que a vítima  não estava em condições de consentir a relação, não existindo, de sua parte, “intenção” de estuprar. O Conselho Nacional de Justiça fez uma representação para que a corregedoria do órgão analise a conduta do juiz responsável pelo caso.

Uma reportagem da Folha de São Paulo, publicada nesta quarta-feira (7), traz a informação de que Jair Bolsonaro teria feito um depósito em dinheiro vivo no valor de R$ 10 mil para a campanha do filho, Carlos Bolsonaro, candidato à reeleição pela vereança da cidade do Rio de Janeiro. A informação foi publicada com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Uma resolução do TSE de 2019 determina que repasses de valores superiores a R$ 1.064,10 sejam feitos apenas por transferência bancária. A regra foi instituída para evitar lavagens de dinheiro nas eleições. A transações em espécie não são crime, mas podem ter o objetivo de dificultar o rastreio de verbas obtidas ilegalmente.

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Em 2018, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou sobre a prática, informando que elas abrem margem para a prática de fraudes, como o uso de laranjas. Carlos Bolsonaro não apresentou suas despesas de campanha ao TSE. De acordo com a reportagem, ele também já havia transferido R$ 10 mil de sua própria conta bancária para a conta da campanha.

O vereador ainda não se manifestou sobre o caso. Segundo a resolução do TSE, o valor depositado irregularmente não pode ser usado pelo candidato e precisa ser integralmente devolvido ao doador.

O agricultor Ernande Vicente da Silva foi preso na última sexta (21), no Engenho Fervedouro, na cidade de Jaqueira, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. A ação ocorre depois que o trabalhador participou da denúncia publicada pelo LeiaJá de que existe uma lista de morte com os nomes de dez agricultores residentes no engenho, incluindo o dele, que seria de autoria da Agropecuária Mata Sul S/A, rendeira das terras, com a qual a comunidade de posseiros segue em situação de conflito fundiário. Na sexta, também foi feita uma representação pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) em parceria com outras entidades, contra o delegado titular de Jaqueira, Flávio Marcel Sorolla.

Ernande está preso na delegacia de Ribeirão, cidade vizinha. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Civil. Até o fechamento da matéria, não havia qualquer boletim de ocorrência apontando o motivo da prisão de Ernande.

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Representação

Na representação contra o delegado, as organizações pedem providências relativas "às transgressões funcionais e ilícitos penais e administrativos cometidos na condução do Inquérito Policial n 02013.0085.00016/2020-1.3, representação eventualmente extensiva aos demais Delegados de Polícia e aos outros integrantes das Polícias Civis e Militar, na hipótese de as apurações indicarem terem planejado e participado, com dolo, das ilegalidades cometidas e articuladas pelo representado”, diz o texto.

No documento, é dito ainda que Sorolla teria atentado "contra os direitos constitucionais e legais dos agricultores (as); descumprido os "deveres legais dos policiais civis" e favorecido "a empresa Agropecuária Mata Sul- AMS, se omitindo de apurar as agressões e violências praticadas contra os agricultores".

Atentados

Em seu registro na Receita Federal, a Agropecuária Mata Sul S/A, declara como seus representantes Regina Celia Giovannini Lima Torres e José Syllio Diniz Araújo, ambos identificados como diretores. De acordo com a comunidade, contudo, quem costuma circular pelas terras se dizendo responsável pela empresa é Guilherme Maranhão, membro de uma família tradicional da região e irmão do prefeito de Ribeirão, Marcello Maranhão (PSB). Ernande foi um dos nove agricultores que registraram, em boletim de ocorrência, no dia 24 de abril, uma tentativa de atropelamento que teria sido praticada por Guilherme. “Eu estava com mais 15 agricultores, na beira da pista, quando ele avançou com seu carro para cima de nós. A gente pulou, tirou o corpo, e ele voltou de marcha ré e tentou de novo”, contou o trabalhador.

Prisões de camponeses vem se tornando comuns em Fervedouro. Também entrevistado pelo LeiaJá por estar jurado de morte, o camponês José Severino Elias da Silva, chegou a ser preso, sob acusação de tráfico de drogas e porte ilegal de armas. A comunidade diz que nunca teve histórico de tráfico. “Na delegacia, perguntei o porquê de estar sendo preso. Me disseram que eu vendia drogas e negociava armas no meu bar. Nunca tive bar, droga ou arma. Um pai de família preso na frente da esposa e dos netos, algemado, uma vergonha para mim”, lamentou Branco.

Por volta das 18h do dia 16 de junho, Edeilson Alexandre Fernandes da Silva, outro dos moradores de Fervedouro a constar na lista, foi atingido por sete tiros enquanto trafegava de moto em uma das pistas próximas ao engenho e só sobreviveu porque conseguiu pilotar até a comunidade, onde foi socorrido. Ele segue internado em estado grave, em um hospital da região. “Neste dito dia, estava circulando aqui no Engenho uma SW4 [carro de luxo, fabricado pela montadora Toyota] preta, de propriedade do senhor Guilherme, eu vi e pulei um muro. Ele passou por mim balançando a cabeça, como quem diz, ‘tu é o próximo’. Quando foi de tarde, Edeilson foi baleado. Pura coincidência?”, questionou Ernande.

Assista à reportagem especial

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 Uma audiência pública virtual ao vivo da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, realizada nesta sexta-feira (14), foi atrapalhada pelas imagens de um casal fazendo sexo. Realizado por meio da plataforma Zoom, o debate, promovido pela Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente - presidida pelo vereador Leonel Brizola Neto (Psol) -, girava em torno da garantia de alimentação dos alunos da rede municipal durante a pandemia da covid-19, e teve as cenas íntimas transmitidas por um perfil não identificado.

Mesmo após observarem a reprodução das imagens inapropriadas, os vereadores prosseguiram com a audiência. Além de Brizola Neto, participaram das discussões os vereadores Babá (PSOL) e Célio Lupparelli (DEM). Ao portal UOL, a assessoria da Câmara informou que a pessoa que aparecia no vídeo não era parlamentar, mas uma convidada para a reunião.

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Por meio de nota, Brizola Neto afirmou que assim que percebeu a transmissão do conteúdo impróprio pediu à TV Câmara que retirasse as imagens do ar. “Lamento que a imprensa tenha dado mais destaque a indiscrição involuntária que ocorreu durante a audiência e não a falta de alimento para as crianças e adolescentes [....] Nós vereadores e demais participantes não temos qualquer ingerência de corte, edição, montagem dos vídeos na plataforma Zoom”, declarou.

O compositor pernambucano Vertin Moura irá lançar, em suas plataformas digitais, uma versão ao vivo de seu disco “Pássaro Só”, apresentado em 2019. O álbum, que estará disponível em todas as plataformas digitais no dia 10 de junho, foi gravado durante a turnê do artista, que o levou a seis estados brasileiros e 20 cidades, inclusive em Portugal, com shows em Porto, Vila Real e Vila Pouca de Aguiar.

De acordo com Vertin, a ideia de lançar o trabalho ao vivo é uma celebração de seus 30 anos de vida e fruto de uma revisão da própria carreira. “É um resumo do que vivi na estrada musical, pois é um registro ao vivo de um dos shows que fiz acompanhado da banda ‘Caçadores de emoção’, formada por Alex Nicolas, Felipe Weinberg e Ronson Mello e traz no repertório canções dos meus dois álbuns Pássaro só (2018) e Filhosofia (2012) e a regravação do single "De alma, corpo, mente e coração (2014)”, comenta.

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O artista reforça ainda que o trabalho não possui edição. “Tudo ao vivo e de maneira visceral, som verdadeiro, sem edição e sem overdubs, ou seja, do jeito que gosto de ser e fazer", completa.

Prefeito frisou que decisão foi tomada em conjunto com o governo estadual, tendo por base estudos científicos sobre a curva de crescimento local da Covid-19. (Reprodução)

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Por meio de coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda (11), a Prefeitura do Recife detalhou algumas das medidas do isolamento social rígido que será adotado na cidade entre os dias 16 e 31 de maio, com o objetivo de diminuir as contaminações pela Covid-19. O secretário de Planejamento e Gestão, Jorge Vieira, informou que os motoristas de aplicativos também estarão sujeitos ao rodízio veículos. A fiscalização será apenas presencial e observará se há correspondência entre a numeração do final da placa (ímpar ou par) com a do dia semana. Os novos protocolos foram anunciadas pelo Governo de Pernambuco nesta segunda (11) e também valem para os municípios de Olinda, Camaragibe, São Lourenço da Mata e Jaboatão dos Guararapes, que, junto com a capital, concentram a maior partes dos casos no estado. 

“Ônibus e táxis têm circulação liberada, assim como os veículos que prestam serviços essenciais. Aos demais, não serão aplicadas multas de trânsito para quem desobedecer as regras, mas essas pessoas serão orientadas a voltar para casa. Os que insistirem terão seus veículos apreendidos”, alertou Vieira.

O secretário informou que o Recife terá bloqueios para proibir a entrada de veículos de outras cidades. “Os bloqueios serão montados pelo governo do Estado, nas entradas dos cinco municípios envolvidos na regra nova”, destacou.

Embasamento científico

O prefeito Geraldo Júlio frisou que a decisão pelo formato e período do isolamento social rígido foi tomado em conjunto com o governo de Pernambuco, levando em consideração análises científicas do comportamento da curva de crescimento da Covid-19 na cidade e no estado. “Os dados científicos apontam, nessa segunda quinzena de maio, para uma aceleração muito rápida [do número de casos], então esse passou a ser o melhor período. Esse esforço adicional pode salvar muitas mães, pais, avós e filhos, essa é a coisa mais importante que a gente tem a fazer”, comentou.

De acordo com secretário de Saúde, Jailson Correia, o período de 15 dias de isolamento social foi o tempo de isolamento social rígido identificado como sendo o mais adequado às condições econômicas da população. “Essa dose é a máxima possível na conjuntura do Brasil, um país extremamente desigual. Em relação à duração da mesma maneira, o suficiente para garantir uma desaceleração da curva num tempo que é socialmente sustentável para as populações de baixa da renda da cidade. Nada disso vai funcionar se não houver um maciço engajamento social”, concluiu.

Inicialmente, professora não conseguiu disponibilizar seu conteúdo. (Divulgação)

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Devido à pandemia do novo coronavírus, o isolamento social vem sendo uma das medidas mais eficientes adotadas pelos órgãos de saúde no combate a disseminação da doença. Por conta disso, diversas instituições de ensino fecharam suas portas mas não deixaram de ensinar seus alunos que, embora já estivesse habituado a ter aulas presenciais, tiveram que se readaptar à nova realidade, assim como os professores.

Débora Meneghetti, educadora de matemática do colégio GGE, localizado em Boa Viagem, Zona Sul de Recife, recebeu instruções técnicas da escola sobre a nova plataforma digital na qual tem que dar aulas. Porém, nesta primeira semana do mês de maio, na hora de dar sua aula a distância, ela não conseguiu disponibilizar seu conteúdo para os alunos na plataforma pois estava tendo dificuldades com a internet, o que a deixou muito triste e nervosa.

“Quando fui dá uma aula na segunda-feira (4) para meus alunos, preparei tudo, testei com um amigo, fiquei até 1h da manhã para finalizar o material, até então tudo estava funcionando. Quando chegou a hora da aula, às 11h, muito provavelmente por um problema na internet, não consegui compartilhar o arquivo que eu tinha preparado. Fiquei arrasada porque investi muito tempo, muito trabalho e muita dedicação neste material”, conta a professora que depois acrescenta: “Foi quando comecei a dizer para os alunos que eu estava muito triste porque não estava conseguindo e eles começaram a me mandar varias mensagens carinhosas. Comecei a me emocionar e depois eles perceberam que eu estava chorando”, disse.

A estudante do colégio e aluna da professora Laura Pinel, que publicou a foto no seu Twitter, disse que a situação a deixou muito incomodada, pois enquanto ela estava percebendo o estado emocional da professora, havia alguns alunos sorrindo da situação. "Tudo o que eu queria era poder ter atravessado a tela do computador, ter dado um abração nela e ter dito que estava tudo bem, porque afinal, todo mundo erra.” Ela ainda fala que, “querendo ou não, ainda é algo muito novo pra todo mundo, onde ainda estamos no processo de adaptação."

Ao ser questionada sobre qual era a mensagem que ela queria passar para as pessoas quando publicou o caso, a estudante responde: “Em primeiro lugar, empatia. Não só foi a professora Débora que sentiu dificuldades, muitos professores que foram pegos despreparados também estão tendo dificuldades com tudo isso. Com o ato de nos colocarmos no lugar deles, creio que o importante seja valorizarmos e nos dispormos a ajudá-los caso for preciso, porque com certeza cada profissional da educação está fazendo de tudo para dar o seu melhor nesse momento”, conclui.

Anabelle Veloso, gestora do colégio GGE, esclarece que os professores tiveram acesso a vários treinamentos teóricos e práticos e que depois começaram a utilizar uma estratégia no qual os professores que tinham uma maior desenvoltura, pudessem ajudar aqueles que não tinham. “Após o ocorrido com a professora Débora, ela teve um momento com o restante da equipe para dar um suporte", disse.

Casos como esse vem acontecendo com educadores de todo o país, uma vez que estão se readaptando ao novo modo de ensino a distância. O que a professora Débora Meneghetti não esperava era a repercussão e a onda de solidariedade nas redes sociais que este momento ocasionou. “Minha aluna Laura teve a delicadeza e a sensibilidade de perceber isso e mais tarde fez uma postagem no Twitter que viralizou”, conta a educadora.

Ela comenta que, “outros colegas meus já passaram por situações até mais difícil que a minha, só que eles não tinham uma aluna na sala com a sensibilidade de Laura. Nós professores passamos por muitos apertos no dia a dia, as coisas evoluem muito rápido e nem sempre somos formados para aquilo, como no caso das aulas a distância, mas temos que se atualizar porque é necessário para a educação”, conclui.

A página do Instagram (@recifeordinarioo) publicou o caso. “Todos estamos passando por um momento difícil, mas se a gente se ajudar e compreender a necessidade de cada um, vai dar tudo certo. E professora...a senhora é maravilhosa. Seus alunos te amam!”. Alguns internautas comentaram. "Todos estamos aprendendo. Se precisar de mais ajuda, estamos aqui”, disse um. “Parabéns a professora Débora e a todos os educadores que estão se reinventando diante desse desafio. Aos demais peço que valorizem os esforços dos profissionais da educação e das escolas para continuar funcionando e garantindo educação a milhares de estudantes e o emprego de diversas pessoas em nosso estado”, comentou o outro.

Débora brinca sobre a fama. “Essa fama é passageira, mas professora é sempre professora". Questionada sobre o amor pela profissão, a educadora respondeu. “A minha profissão é sem dúvida a mais importante, porque eu penso que alguém que ganhou por exemplo, o prêmio Nobel, teve um professor que o ajudou ler e a escrever. Professores deveriam ser mais prestigiados. Eu não vejo nossa função como trabalho, mas sim como uma missão, porque ajudamos com o futuro de todos”, finaliza.

Papa já havia visitado a peça, no dia 15. (Filippo MONTEFORTE / AFP)

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Um crucifixo de mais de 500 anos tido como milagroso pela religião católica foi levado para a Praça de São Pedro, no Vaticano. Os fiéis acreditam que, em 1522, o objeto, ao ser carregado pelas ruas de Roma, ajudou a conter o avanço da peste na Itália, país europeu que agora é o mais afetado pelo coronavírus. Nesta quinta (26), o papa Francisco realizou uma oração pelas vítimas da covid-19.

O crucifixo fica exposto na igreja de San Marcello al Corso, em Roma. O local, inclusive, foi visitado por Francisco, no último dia 15. Na ocasião, o papa rezou pelo fim da pandemia.

De acordo com a agência de notícias do Vaticano, a Vatican News, a devoção ao crucifixo nasceu em 1519. Neste ano, um grande incêndio se abateu sob uma importante igreja e apenas a peça permaneceu intacta.

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Família, amigos e paixão pelo futebol. No desespero por conseguir um trabalho, o desempregado Alan Silva deixou o que tinha em Anápolis, Goiás, e partiu para o Ceará, contando com a boa vontade de desconhecidos que não lhe deixaram de oferecer carona nas estradas por que passou. Fã de Pelé e da seleção brasileira de 1970, ele trocou o gosto pelo esporte pelos jogos de azar, ainda na terra natal. “Perdi tudo e fui aventurar. Só que chegando em Fortaleza, a fazenda em que fui trabalhar era de serviço escravo. Com três dias, a polícia bateu lá e prendeu dono, capataz, em bocado de gente. A gente ficou jogado sem teto e resolvi vir para Recife”, relata. Há sete meses vivendo nas ruas da capital pernambucana, Alan afirma não ter recebido apoio da Prefeitura em suas tentativas de requerer a passagem de volta. “Dizem que não tem verba. Para piorar, roubaram meu celular, perdi todos os contatos e minha família não sabe onde estou. Já fui fanático, quero assistir aos jogos, mas quem consegue assistir? Concentrar na Copa tá difícil”, completa.

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De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o déficit habitacional no Brasil cresceu de 6.881.343, em 2011, para 7.757.183 moradias, em 2015, quando a instituição levantou os últimos dados. Sentado ao lado de Alan, em uma das fontes espalhadas pela Praça da Independência, no Centro do Recife, o artesão Daniel Silva conta que mora nas ruas há 7 meses, enquanto prepara mais uma de suas peças de arte feitas com no base de arame, um dos poucos recursos de que dispõe para sobreviver. “Onde eu morava, tinha duas facções. Se você vive numa rua, não pode a atravessar para o outro lado. Então resolvi sair fora, atravessar todas as ruas, estados e, se possível, passar por cima de qualquer coisa. Melhor do que estar numa casa em que quem manda são os traficantes”, comenta.

Daniel sobrevive vendendo seu artesanato, feito essencialmente de arame. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Descrente no país e na sociedade em que vive, Daniel estende sua revolta à seleção brasileira. “Vou torcer para esse time se só tem alma sebosa no Brasil? Nossos governantes são as primeiras desgraças que existem no mundo. O Brasil vive jogado, na lama, só tem bandido. Não se pode confiar em político, polícia nem em em jogador de futebol. Hoje em dia, ninguém crê mais em nada”, lamenta. 

A profissional do sexo Valdirene Jesus se queixa da pouca procura dos clientes durante o período do jogos. “As lojas fecham cedo e as pessoas vão embora, só atrapalho. Diminui o movimento, o pessoal só tá pensando em comprar camisa da Copa”, lamenta. Desempregada há 12 anos, quando perdeu o serviço de empregada doméstica. “Eu gostaria de arranjar um emprego, mas só fiz até a oitava série, aí fica difícil de conseguir. Além disso, ultimamente o pessoal não quer mais ninguém trabalhando em casa, porque agora tem que pagar carteira assinada e salário”, comenta. 

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Assim, Valdirene vê o ponto de programa no centro do Recife como única maneira de sustentar seus dois filhos e três netos. “Tenho esperança, porque a esperança é a última que morre. Conheço muita gente desempregada, tem um bocado de gente passando fome e o pessoal só fala em Neymar. Por mim o Brasil nem ganharia a copa, porque, se ganhar, eles vão continuar ricos e eu pobre”, afirma. 

“Sem o futebol, o que seria?”

Longas filas, grades e revista. Há quem não tenha tempo para enfrentar a burocracia da entrada da Arena Brahma no Bairro do Recife, ação idealizada pela empresa para divulgar sua marca a partir de um telão e estrutura montados para a torcida brasileira na copa do mundo. A poucos metros de lá, um grupo de pessoas prefere se reunir para assistir a Brasil e Costa Rica em um dos fiteiros da avenida Marquês de Olinda. Timidamente, o catador Danilo Henrique faz a difícil escolha de trocar a atenção no chão repleto de latinhas para se aproximar da TV na tentativa de acompanhar alguns lances de um primeiro tempo decepcionante para a seleção. “No momento, só paro para dar uma olhada, mas tenho que fazer minha correria. Eu gosto de futebol, mas se ligar só para isso, como é que vou ficar?”, questiona. 

Alguns catadores pararam o trabalho por instantes para acompanhar o jogo da seleção. (Rafael Bandeira/LeiaJá)

Apesar disso, o catador acredita que os “vizinhos” estão pouco interessados na copa. “A maioria que mora na rua não liga não. Ninguém está ligando porque o evento não oferece nada para a gente, nenhum time ajuda a gente”, completa. Na rua desde os sete anos de idade, Danilo não guarda mágoas do país que não lhe deu outra possibilidade. “Por que estaria irritado? É assim mesmo a vida. Quando tem jogo, o povo deixa mais latinha na rua. Futebol é legal, é uma diversão pra todo mundo. Sem o futebol, o que seria?”, indaga, poucos minutos antes de voltar ao serviço, sem assistir à encorajadora vitória por 2x0 contra a seleção costarriquenha.  

Não era só o fã de tênis que estava com saudade de uma final de Grand Slam entre Rafael Nadal e Roger Federer, numa das maiores rivalidades da história do esporte. Eles também não viam a hora de fazer, de novo, um jogo como o deste domingo, na final do Aberto da Austrália. Um duelo épico em Melbourne, que terminou com vitória do suíço por 3 sets a 2, com parciais de 6/4, 3/6, 6/1, 3/6 e 6/3. O último ponto, na linha, que precisou ser revisto no vídeo, foi só o desfecho de uma partida emocionante, em que os dois veteranos pareciam dar o melhor de si a cada ponto, principalmente no set final, em que o suíço esteve impecável, vencendo cinco games em sequência.

Foi um retorno e tanto para Roger Federer, que passou boa parte da temporada passada no estaleiro, por causa de uma lesão no joelho, sofrida justamente no Aberto da Austrália do ano passado. Foram três meses de afastamento entre janeiro e abril e depois mais seis meses sem jogar. Antes de estrear em Melbourne, ele não entrava em quadra no circuito da ATP desde Wimbledon.

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O suíço não vencia um Grand Slam desde 2012, quando ganhou em Wimbledon pela sétima vez. No Aberto da Austrália, sua única taça datava de 2010 - agora, é bicampeão. Nas seis edições seguintes, caiu cinco vezes na semifinal. Na busca pela 18.ª taça, nos últimos quatro anos, perdeu três decisões para Novak Djokovic. Na carreira, tem 89 títulos no circuito profissional.

Pelas condições físicas e o avançar da idade - está com 35 anos -, Federer pela primeira vez na carreira precisou lidar com a desconfiança. O influente jornal britânico The Telegraf, por exemplo, escreveu em maio a reportagem: "Por que Roger Federer nunca mais ganhará um Gran Slam". Quem duvidou do maior tenista de todos os tempos estava errado, claro.

Ao alcançar sua 18.ª taça de Grand Slam, Federer se isola ainda mais como o maior campeão de eventos major, abrindo folga sobre o próprio Nadal que, assim como Pete Sampras, tem 14 taças. São cinco títulos no Aberto da Austrália e também no US Open, sete em Wimbledon e apenas um em Roland Garros.

A vitória neste domingo ainda ajudou a diminuir um pouco a freguesia para Nadal. A final em Melbourne foi a 35.ª partida entre eles e apenas a 12.ª vitória de Federer. Das nove finais de Grand Slam entre os arquirrivais (e amigos), são só três títulos para o suíço - as outras vitórias haviam sido em Wimbledon. Considerando todo o circuito, foi o oitavo título de Federer contra seu maior rival, em 22 decisões.

Mesmo tendo jogado apenas seis torneios disputados nas últimas 52 semanas, Federer vai aparecer no 10.º lugar do ranking mundial na atualização da próxima segunda-feira, enquanto Rafael Nadal, ganhando três posições, será o sexto.

Ao alcançarem a final, porém, eles mostram que o Big Four do tênis segue ativo. Na campanha, o espanhol deixou para trás o francês Gael Molfins (sexto do ranking) e o canadense Milos Raonic (terceiro). Federer bateu o japonês Kei Nishikori (quinto) e o compatriota Stan Wawrinka (quarto). Nenhum dos dois deve nada, hoje, para Andy Murray ou Novak Djokovic, eliminados respectivamente pelo alemão Mischa Zverev e pelo usbeque Denis Istomin.

Os dois primeiros do ranking mundial chegaram a Melbourne como favoritos, mas quem brilhou no torneio inteiro foram os veteranos, jogando um tênis de primeiríssimo nível. Na final deste domingo, foram 37 break points, sendo 27 deles salvos. Muitos, óbvio, em momentos cruciais.

O jogo começou com os dois tenistas sacando bem e confirmando seus serviços. A primeira quebra veio só no sétimo game, com Federer aproveitando um erro não forçado de Nadal, abrindo 4/3. Nos seus dois serviços seguintes, o suíço só cedeu um ponto ao rival, garantindo o 6/4.

O segundo set foi de Nadal, que parecia ter estudado Federer no primeiro set para colocar tudo em prática a partir de então. Foram duas quebras seguidas, abrindo 4/0. O suíço não se encontrou, com baixo aproveitamento no saque e 15 erros não-forçados - contra quatro de Nadal. Ele até devolveu uma quebra no quinto game, mas viu o espanhol levar por 6/3.

O terceiro set poderia ter tido o mesmo destino se Federer não salvasse dois break points logo no primeiro game. O suíço ganhou moral, cresceu sobre Nadal, e foi ele a conseguir a quebra, no game seguinte. Depois, voltou a quebrar o espanhol no sexto game. Nadal tentou reagir, conseguiu dois break points no game seguinte, mas Federer estava determinado. Não só confirmou o saque como fez 6/1.

Com uma força mental que o torna um tenista único, Nadal renasceu no quarto set. Colocou Federer para correr no quarto set, angulando as jogadas. Com excelente aproveitamento no saque e errando pouco (apenas três erros não forçados no set), Nadal voltou ao jogo conseguindo a quebra no quarto game. Sem ser ameaçado, fechou em 6/3.

Antes do quinto set, Federer pediu atendimento e foi para o vestiário. Na volta, encontrou o espanhol determinado. Conseguiu dois break points logo no primeiro game, aproveitou um deles num erro do suíço e largou na frente. Federer tentou reagir no game seguinte, mas Nadal, com winners, salvou ambos e abriu 2/0.

As dores na coxa não cessaram e Federer novamente precisou pedir atendimento médico. Com 3/1 no placar e um rival machucado, Nadal parecia caminhar para mais uma vitória. Só que do outro lado estava o melhor tenista da história.

Federer devolveu a quebra no quarto game e mostrou que estava no jogo. Os dois pareciam ler onde o rival sacaria. Foram 15 break points no set, com o suíço aproveitando-os melhor. Quebrou o rival também no oitavo game, sacando para o jogo no nono. Nadal ainda tentou voltar à partida, teve duas chances de quebra, mas Federer respondeu com um ace e um winner. O espanhol ainda salvou um match point e acabou derrotado numa diagonal que bateu na linha.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, apelou neste sábado às autoridades europeias que usem os recursos de seu fundo de resgate e ativem o programa de compras de bônus do Banco Central Europeu (BCE), como parte de uma agressiva estratégia para conter a crise fiscal da zona do euro.

Embora Lagarde não tenha citado nenhum país específico ao incentivar a União Europeia a usar suas armas contra a crise, a Espanha é o único país do bloco do euro a considerar a possibilidade de pedir ajuda oficial.

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O FMI também tem feito pressão para que a Europa nomeie em breve um supervisor bancário único, um passo necessário para que a UE possa recapitalizar bancos em dificuldades financeiras diretamente. As informações são da Dow Jones.

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