A cantora nortea-americana Stefani Joanne Angelina Germanotta, ou melhor, Lady Gaga, não é famosa apenas por sua voz e talento em diversas áreas da indústria musical. Seu estilo exótico, que mistura referencias que vai de Madonna a David Bowie (1947-2016), foi fator importante para a consolidação de uma persona que se modifica a cada era, e que leva seus fãs à loucura. Pensando nisso, o LeiaJá separou as cinco melhores versões da artista e sua personalidade forte, seja tanto no visual quanto em seu discurso.
1 – Era "The Fame"
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Foi em 2008, quando Lady Gaga emplacou a música "Just Dance" em todas as rádios e plataformas, que a cantora ganhou notoriedade. Com uma peruca loira a lá Gwen Stefani e a polêmica sobre ser hermafrodita, ela se apoderou da luta LGBT, cuja bandeira levanta até hoje.
2 – Era "The Fame Monster"
Com hits mais elaborados, como "Bad Romance", "Alejandro" (que foi responsável por retirar uma lei que proibia LGBT’s do exército se assumirem, nos EUA) e "Judas", Lady Gaga ganhou o título de "Artista mais famosa do mundo" pela Billboard, em 2009. Carregando uma afinidade muito maior com o mundo das artes, especificamente com a moda, graças a sua intensa ligação com o estilista britânico Alexander McQueen, a cantora abraçou o lado mais sombrio de sua carreira, o que ficou extremamente explicito por meio da forma com que ela se apresentava ao mundo.
3 – Jo Calderone e a Era "Born This Way"
No lançamento de "Born This Way", com o polêmico vestido de carne, álbum e música que se tornaram hino de uma geração da comunidade LGBT, a cantora apresentou seu alter ego Jo Calderone com a canção "You and I". A música foi apresentada no Video Music Awards (VMA), da MTV, ao lado do guitarrista da banda Queen, Brian May.
4 – o afastamento do Pop e a aproximação de Tony Benett
Foi após o fracasso comercial do álbum "ArtPop" (2013), que Lady Gaga se afastou do gênero musical e embarcou junto com seu amigo e notório músico, Tony Benett, em uma turnê de jazz. Longe de ser decadente, a artista que parece ter o dom de se modificar a cada situação, lotou mais de uma vez o estádio Madison Square Garden, em Nova York, resultando em participações e premiações em eventos como o Grammy.
5 – Adeus Gaga, bem vinda Lady
Foi nesta fase, em meados de 2016, que a artista desconstruiu e abandonou o alter-ego da primeira fase de sua carreira, que a associava basicamente a comunidade gay, ou seja, um grupo restrito, que embora tenha dado alguma solidez à sua carreira, nesse período não dava um horizonte de expansão.
A apropriação de signos que passam a distanciá-la desse grupo e a aproximou da cultura estadunidense, ganha forma na era "Joanne", álbum mais intimista lançado em outubro de 2016. O álbum que não obteve sucesso comercial, porém foi estrategicamente importante para a desconstrução da imagem excêntrica e violenta para os padrões conservadores do americano de classe média, culminando no sucesso de "Nasce uma Estrela" (2018), onde Lady Gaga aparece mais clássica, com uma estética comparada a Marilyn Monroe (1926-1962) e Judy Garland (1922-1969).
Seu trabalho com maior alcance de público, ao lado do ator Bradley Cooper, resultou em prêmios como o Globo de Ouro, na categoria Melhor Música graças a "Shallow", e um Oscar, na categoria Canção Original. A música, que faz parte da trilha sonora do filme, também agregou mais dois Grammys à cantora, nas categorias Melhor Canção Composta para Mídias Visuais e Melhor Performance de Grupo Duo/Pop.
por Junior Coneglian