A semana de aniversário de dois anos do Portal LeiaJá foi marcada por alianças, desentendimentos, denúncias, respostas, aprovações e convites no mundo da política, tanto em Pernambuco quanto no Brasil.
No início da semana, o vereador e líder da oposição na Câmara do Recife, Raul Jungmann (PPS), anunciou que entraria com uma representação junto ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra o prefeito Geraldo Julio (PSB). De acordo com denúncias, Geraldo atualmente acumula remunerações do Tribunal de Contas do Estado (o socialista é servidor concursado no órgão) e da prefeitura, como líder do Executivo municipal. O que juntos somam mais de R$16 mil. O prefeito intitulou a denúncia como mais um "factóide".
##RECOMENDA##A terça-feira (13) foi marcada por protestos, a favor da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público, na Câmara de Vereadores. CPI que, segundo o presidente da Casa José Mariano, Vicente André Gomes (PSB) é “vazia”, não há denúncias para investigar, e abrange um âmbito maior que ultrapassa a Casa Legislativa do Recife. O requerimento da CPI foi apresentado por Jungmann, que não se conformou com a "morte" da comissão.
As CPIs estão em alta em Pernambuco, os vereadores de Petrolina, no Sertão, intalaram uma essa semana para investigar as denúncias de desvios de verbas nos festejos juninos da cidade em 2012 e 2013. A Comissão tem 60 dias para analisar o caso.
No mesmo dia, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) iniciava o dilema das Propostas de Emenda à Constituição 03 e 04, que eliminam o voto secreto na Casa. Após a tarde inteira de grupos parlamentares discutindo se votariam ou não uma Emenda Substitutiva que fundiu as duas PECs, os deputados resolveram, sem consenso retirar a matéria da pauta do dia. O que não demorou muito para retornar, na quarta-feira (15) a Emenda voltou a ser o assunto central da Alepe, rendendo um bate boca, entre os deputados Raimundo Pimentel (PSB) e Silvio Costa Filho (PTB), que por pouco não terminou em agressão. Por fim, a matéria foi votada, no entanto, não obteve os votos necessários, por uma manobra de evasão articulada por Pimentel, autor da Substitutiva.
Na quinta-feira (15), a vereadora Priscila Krause (DEM) denunciou, durante coletiva de imprensa na Câmara do Recife, a existência de supostas irregularidades no programa Reluz no governo de Geraldo. Krause apresentou documentos indicando que a empresa Ecoleds teria sido beneficiada no resultado de uma licitação, realizada para escolher que empresa fiscalizaria as obras de ações propostas pelo programa, que conta com recursos do governo federal. Segundo a democrata a empresa já havia sido contratada pela PCR anteriormente, através de uma carta convite para prestar serviços de assessoria técnica na área de abrangência do Reluz. Em resposta, a PCR negou qualquer irregularidade e o líder do governo na Casa, Gilberto Alves (PTN), afirnou que "a oposição esta sendo instrumentalizada".
Com a aproximação das eleições em 2014, as prováveis alianças e conversas para coligações começam a surgir com mais ênfase. Essa semana foi a vez do ex-presidente Lula (PT) convidar o governador de Pernambuco e provável presidenciável, Eduardo Campos (PSB) para uma conversa. O que foi prontamente respondido pelo socialista, que em sua página no Facebook afirmou ter ficado “feliz com as referências elogiosas e o reconhecimento” demonstrado pelo petista. Lula disse querer que Campos fizesse “parte do projeto de reeleição de Dilma”.
Outro “começo de conversa”, agora em âmbito estadual, aconteceu nesta sexta-feira (16), quando o presidente do PTB, senador Armando Monteiro, almoçou com o senador Humberto Costa e o deputado federal João Paulo, ambos líderes do PT no estado. A cogitação de uma possível aliança entre as siglas para a disputa do Executivo Estadual não é descartada pelos parlamentares. Armando seria o nome deles ao governo.
Já o PSDB em Pernambuco, iniciou a rodada de encontros para definir nomes a candidatos para deputados estaduais e federais. Além de reforçar o desejo nacional de elevar Aécio Neves à Presidência da República.
O Congresso Federal aprovou nessa semana a PEC que institui o Orçamento Impositivo para as emendas parlamentares destinadas a programas prioritários do governo até o limite de 1% da receita corrente líquida, o que causou divergência entre os parlamentares. Humberto Costa, por exemplo, afirmou ser contra a aprovação da matéria, que deve começar a ser apreciada no Senado.