Os aeroportuários de Pernambuco amanheceram de braços cruzados nesta quarta-feira (31). A paralisação nacional havia sido programada em assembleia realizada simultaneamente em todo o Brasil no dia 17 de julho. O movimento envolve os profissionais das áreas administrativas e operacionais dos aeroportos.
Pela manhã, cerca de 350 funcionários realizaram um apitaço no Aeroporto Internacional do Recife. Após o ato, eles seguiram para a sede regional do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), localizado no 4° andar do edifício garagem do centro de embarque e desembarque da cidade. Às 14h30 eles retornam para o saguão para realizar uma nova assembleia. Toda a ação foi acompanhada por guardas da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU).
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De acordo com o líder do Sina em Pernambuco, Leonardo Felix, a adesão no estado foi de 70%. “Estamos a 90 dias negociando com o governo e até agora eles só nos ofereceram cortes. Por isso, a partir de hoje, estamos parando nacionalmente por tempo indeterminado”, afirmou.
Além do fim das privatizações, os aeroportuários querem aumento de 6,49%, referente a inflação e 9% em relação ao crescimento do setor. A categoria ainda pede a garantia dos empregos dos trabalhadores.
Os profissionais também denunciam a possibilidade do aumento na coparticipação nos planos de saúde e a mudança, tornando o benefício mais inferior ao utilizado atualmente. “Essas privatizações só causam prejuízos a Infraero que agora depende do aporte do tesouro da união”, disse o líder.
Segundo a assessoria do Aeroporto do Recife, a operação segue normalmente hoje e houve um reforço no contingente. Mas o sindicato alega que apenas 30% dos serviços estão funcionando e alguns funcionários de companhias chegaram a dizer que os voos estão saindo no limite, podendo ocasionar atrasos no período da tarde.
Alguns passageiros ainda não tomaram conhecimento das paralisações, mas outros correram para o aeroporto em busca de informações. As amigas Gilvaneide Celina, de 46 anos, e Carmem Lúcia, 51, estão com passagem comprada para esta quinta-feira (1°) e não sabem se irão conseguir embarcar.
“Estamos muito apreensivas. Vamos amanhã para São Paulo e pretendemos voltar no dia seis. Mas a minha filha que mora em São Paulo já me disse que está tudo parado por lá. Por isso eu vim saber informações hoje em relação a normalidade dos voos”, afirmou Celina.
Com informações de Débora Mírian