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Após demonstrar preocupação com o gramado do Engenhão na véspera do jogo, Tite classificou de "inadmissível" a qualidade do campo em que a seleção brasileira sofreu para vencer a Colômbia, por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, pela fase de grupos da Copa América. O treinador fez coro com Neymar, que há havia criticado o gramado, assim como Lionel Messi e o técnico da Argentina, Lionel Scaloni.

"Temos que entender o jogo dentro de um contexto", disse Tite, ao iniciar sua avaliação do jogo. "Um campo que não vou chamar de horrível, mas muito ruim para se jogar futebol, prejudica todo o espetáculo. Quem quer criar, não consegue. É inadmissível que duas equipes de alto nível, que jogadores que jogam na Europa, virem jogar num campo nessas condições."

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Para o treinador, a qualidade do futebol apresentado pelas duas seleções foi afetada diretamente pelo estado do gramado. "As jogadas ficam picotada, a bola fica nervosa. A fluência das jogadas fica toda prejudicada. Em vez de dar um tempo, dá dois, três. Se pegar todo os atletas do Brasil, vão falar quase que a mesma coisa. Temos que dar condições para se ter um grande espetáculo. Ficou muito prejudicado."

Tite minimizou o clima quente que dominou quase toda a partida disputada no Engenhão. Jogadas mais ríspidas, faltas duras, bate-bocas se tornaram frequentes no segundo tempo, principalmente depois que o Brasil empatou o placar aos 32 minutos, com Roberto Firmino. Os colombianos pediram que o lance fosse anulado porque a bola acertou o árbitro argentino Nestor Pitana e voltou ao ataque brasileiro, que aproveitou a desatenção do rival para marcar.

"Prefiro olhar sob o prisma de que não comprou briga com ninguém. Temos adversários do outro lado. A Colômbia, ao longo da história, tem tido qualidade grande, um dos mais difíceis que temos enfrentado. O golaço da Colômbia mostra a qualidade que têm, um voleio que o Bebeto vai olhar e achar parecido", comentou Tite.

Sem citar as faltas duras dos colombianos, o treinador afirmou que a seleção soube jogar sem jogadas desleais. "Não estivemos comprando briga com ninguém, isso é jogo de futebol. Se pegar os 95 minutos e me mostrar uma falta desleal do Brasil... Eu desafio que alguém me mostre uma jogada desleal. Competimos de forma leal para buscar o resultado, botar volume com as adversidades que temos, o campo, entrando os jogadores. Quando comemoramos, comemoramos juntos."

O desabafo de Neymar, que não segurou as lágrimas ao se recordar de dificuldades pelas quais passou nos últimos anos, foi assunto na entrevista coletiva de Tite após a goleada por 4 a 0 sobre o Peru. O treinador falou sobre a "relação de lealdade" que tem com o astro da seleção brasileira e disse que faz parte de seu trabalho dar condições para que sempre apareça o talento do camisa 10.

"Tenho relação de lealdade. Com Neymar da mesma forma como com nosso atleta mais novo, que é o Vinícius Júnior. De não externar de forma pública, por vezes, as adversidades e os problemas que tem, sem antes ele ser direcionados diretamente ao atleta", pontuou o treinador.

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"Isso é talvez a maior experiência que eu trago de atleta, que gostava que meu técnico viesse e falasse comigo meus erros e não externasse de forma pública porque era uma exposição muito grande, mesmo sabendo que a imprensa busca informações. É o papel dela, mas é do papel de quem tem a responsabilidade de ser exemplo, de colocar as coisas de forma transparente", acrescentou Tite.

O treinador se acostumou nos últimos anos a lidar com problemas relacionados a Neymar fora de campo. O atacante, porém, superou lesões uma acusação de abuso sexual e tem jogado à vontade. Diante dos peruanos, comandou o Brasil ao marcar um gol e participar dos outros três. Tite se mostrou contente com a maturidade do camisa 10 e destacou a "liberdade criativa" que ele tem tido na seleção.

"Não sei onde o Neymar pode chegar. Torço muito para que ele tenha saúde, não se machuque, tenha essa maturidade. A gente está conseguindo dentro da seleção, e acredito que em parte no clube também, dar uma liberdade criativa a ele. Nós damos uma área de ação maior dele, para que exploda todo seu talento", explicou.

Se Neymar tem brilhado, Gabriel, por outro lado, ainda não mostrou na seleção o futebol que o fez ser ídolo no Flamengo. Titular nesta quinta, o atacante teve atuação discreta contra o Peru e foi substituído no intervalo. Tite confia que ele ainda vai brilhar sob o seu comando e pediu calma em meio as críticas.

"O futebol é feito de calma, senão a gente cria uma expectativa excessiva de que o jogador já tem que entrar e produzir tudo o que ele faz no clube. Futebol é uma engrenagem, ele demora um pouquinho até se ajustar", ponderou. "Gabriel foi substituído, a equipe no primeiro tempo não ajudou, porque ele é um jogador de finalização. Outras oportunidades vão aparecer, ele vai brilhar. No coletivo, um brilha em um dia, em outro dia é outro", completou o técnico.

A goleada sobre o Peru foi a nona vitória consecutiva do Brasil, igualando a maior sequência de vitórias com Tite, alcançada entre 2016 e 2017. Em 56 jogos à frente da seleção, Tite ostenta 42 vitórias, dez empates e somente quatro derrotas, o que resulta no aproveitamento de 80,9%.

Mas vários desses triunfos foram sobre adversários frágeis, que não impõem dificuldades ao Brasil, o que suscita a necessidade de partidas contra rivais da Europa durante a preparação para a Copa do Catar. Foram do Velho Continente os algozes da seleção brasileira nos últimos Mundiais - França, Holanda, Alemanha e Bélgica, na sequência.

"Gostaríamos de ter calendário para jogar com as seleções europeias, mas não foi possível", lamentou Tite, que enalteceu o nível técnico da Copa América. "As pessoas ficam desvalorizando. Temos Argentina de Messi, Aguero, Lautaro. Temos Uruguai com Suárez, Cavani, Godín. Colômbia com Cuadrado", opinou. "Queríamos a seleção da Espanha, Portugal, todas as europeias que nos proporcionassem. Senão a gente fica numa situação imaginária. A preparação que fazemos é da melhor maneira possível".

Com 100% de aproveitamento na Copa América e líder isolado do Grupo B com seis pontos, o Brasil folga na próxima rodada e volta a campo apenas na quarta-feira, dia 23, às 21h, para enfrentar a Colômbia, novamente no Engenhão.

Campeão pernambucano em 2021. Detentor da liderança isolada no Campeonato Brasileiro da Série B, com quatro vitórias seguidas. O técnico Hélio dos Anjos é o principal pilar da campanha vitoriosa do Náutico nesta temporada, encantando os torcedores alvirrubros e recebendo admiração dos rivais. Nesta quinta-feira (16), o comandante também foi lembrando por Tite, em uma coletiva de imprensa da seleção brasileira.

Ao comentar a importância dos esportistas experientes, o treinador do Brasil citou Hélio como um dos exemplos de profissionais que promovem grandes trabalhos no futebol. “Existem profissionais fazendo grandes campanhas, já estando há bastante tempo rodando. Hélio dos Anjos é um exemplo disso, que não para no tempo e faz uma equipe como o Náutico já estar com quatro vitórias, disparando”, elogiou Tite.

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Além de mencionar o técnico do Náutico, Tite opinou sobre o peso da experiência de atletas, ex-atletas e treinadores no futebol: “É fundamental ter a experiência, a atmosfera, a energia, o cheiro do vestiário. Quem vive, sabe. Essas experiências dos ex-atletas são muito ricas. Mas é preciso um estudo que complemente, elevando o nível. Existe uma ala mais jovem, dos estudiosos, como também profissionais fazendo grandes campanhas, estando há bastante tempo rodando”.

No Twitter, o Náutico exaltou a menção de Tite ao comandante do Timbu. “O professor Hélio dos Anjos é exemplo para todos que fazem o Náutico e pra quem ama e acompanha o futebol. O trabalho é feito diariamente com muita dedicação e foco. Continuamos a luta!”, postou o clube recifense.

A possibilidade de contaminação dos atletas e da comissão técnica da seleção brasileira com o novo coronavírus durante a Copa América é motivo de preocupação para o técnico Tite. O Ministério da Saúde anunciou que já são 53 casos de infecção entre jogadores, integrantes das delegações e prestadores de serviço envolvidos na competição. Três das quatro sedes registraram episódios. A delegação mais afetada é a da Venezuela, com ao menos 13 infectados. A Colômbia registrou dois casos na comissão técnica, enquanto a Bolívia tem mais quatro casos.

"Fico torcendo para que não tenhamos nenhum caso", afirmou o treinador em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, após treino da seleção brasileira, na Granja Comary. "Esse é o meu sentimento. O futebol é privilegiado em relação à vacina. Eu me sinto desconfortável em relação a isso. E não estamos falando de política. Estamos falando de saúde. A gente precisa de vacina para voltar aos empregos e voltar à dignidade. Esses dois conjuntos são fundamentais. Eu fico torcendo", disse o treinador.

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Tite evitou comentar a expectativa do técnico uruguaio Óscar Tabárez, que prevê pelo menos um caso de contaminação de sua equipe ao longo da disputa da Copa América. "É difícil comentar. Ele é um exemplo de conduta pessoal, de competência profissional e escala de valores. O nome Maestro tem conotação de educador. Não tenho a pretensão de comentar", completou o treinador.

Depois do treino desta quarta, em que promoveu entre seis e sete mudanças na escalação, Tite evitou confirmar a equipe que enfrenta Peru nesta quinta-feira, às 21h, pela segunda rodada da fase de grupos do torneio. Existe preocupação com o uso das informações pelo técnico Ricardo Gareca, do Peru. "O Gareca tem nos enfrentado muitas vezes. Está há mais tempo que nós mesmos. Tem seis, sete anos na seleção. Ele pode saber a característica do nosso time", disse Tite.

A única mudança confirmada pela comissão técnica é a entrada de Ederson no lugar de Alisson. No meio, a dúvida do treinador está entre Fred e Everton Ribeiro, o que muda toda a configuração do setor ofensivo. No ataque, é grande a chance de escalação do trio Gabriel Jesus, Éverton Cebolinha e Gabigol.

"Existe uma linha próxima entre dar oportunidade e descaracterizar o time. A ideia é manter os atletas nas funções nos clubes. Isso dá a rotina do lugar, a sensação de confiança. Colocar sua individualidade, montar estrutura que ela possa ter bom desempenho, conexões que possam ter", observou o treinador.

O desempenho da seleção brasileira na vitória por 3 a 0 sobre a Venezuela, no início da noite deste domingo, foi considerado de 'alto nível' pelo técnico Tite. A afirmação foi feita pelo treinador em coletiva de imprensa no Mané Garrincha, logo após a partida, válida pela primeira rodada do Grupo B da Copa América.

De acordo com Tite, independentemente da qualidade do adversário, que foi a campo desfalcado por 13 jogadores contaminados pelo coronavírus, o que conta na avaliação do desempenho são três fatores essenciais. "Alto nível de equipe é criação e fazer gol, solidez defensiva para não tomar gol, e é resultado, vencer. Quando se une os três fatores, é alto nível", explicou.

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Satisfeito com a atuação da seleção, o treinador brasileiro gostou do que foi apresentado pelos jogadores que saíram do banco de reservas. Dois atletas que se destacaram foram os flamenguistas Éverton Ribeiro e Gabigol. Ao comentar a participação do meia, Tite disse que pensou na função que ele executa no Flamengo quando sacou Lucas Paquetá para colocá-lo.

"O Éverton Ribeiro entrou como meia de articulação. No momento da substituição ele veio para o lado para fazer articulação de lado de campo, como faz na função do Flamengo", afirmou. "Não foi para dar profundidade, foi para dar criação e armação. Para dividir setor com Neymar, tínhamos três jogadores de frente. Era para ter jogador para abastecer os jogadores mais à frente", completou.

Durante a coletiva, o técnico foi questionado sobre a possibilidade de escalar Gabigol como titular, já que o atacante entrou no lugar de Richarlison e conseguiu fechar o placar ao marcar o terceiro gol brasileiro. A resposta pouco revelou sobre os planos do comandante: "Estamos felizes com a entrada, com a participação, a Copa América servindo para oportunizar uma série de atletas", limitou-se a afirmar.

As intenções de Tite devem ficar mais claras nos próximos dias, durante os treinos de preparação para enfrentar o Peru na próxima quinta-feira, no Engenhão, pela segunda rodada da Copa América.

Quatro dias após dar uma entrevista visivelmente incomodado, com voz baixa e com sentimento de despedida por causa do clima ruim em torno de seleção brasileira, Tite subiu o tom após a vitória diante do Paraguai, por 2 a 0, e garantiu que jamais pensou em deixar o comando da equipe. No dia que prometia esclarecimentos, o treinador foi evasivo e falou pouco de futebol.

"Eu pensei no meu trabalho e nas exigências que eu teria a cada dia. Continuamos trabalhando e tenho de fazer um agradecimento especial, pois a minha energia ficou voltada para isso. Não sou hipócrita e não sou alienado. Eu sei que as coisas aconteceram. Mas sei também dar prioridade, que é cuidar do meu trabalho", afirmou o técnico.

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Cuidadoso com as colocações e sempre evitando polêmicas, Tite se esquivou o máximo possível ao falar sobre o presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, com quem estaria em rota de colisão nos últimos dias e, deste maneira, correndo risco de deixar o comando da equipe nacional.

Questionado se sua decisão seria diferente "se" Caboclo ainda estivesse no comando, ele respondeu sem convicção, com ironia e demonstrando certo incômodo. "Se não tivesse parado de jogar com 27 anos, não seria técnico. Iria até uns 40. 'Se, se'. Sobre 'se' não dá para responder", desconversou.

Também se esquivou quando questionado sobre as polêmicas dos últimos dias. Nada de esclarecer o que pensa sobre s imposição ao grupo de disputar a Copa América e sobre uma possível pressão para sua demissão.

"Meu limite é o da serenidade e paz, de trabalho. De respeitar a todos com o mesmo cuidado com que Marquinhos foi feliz em dizer, de não colocar palavra na boca dos outros. A informação verdadeira é grande prevenção. Tem de saber da situação. Temos posições, mas a grandeza de buscar um momento particular de externar", afirmou.

Sobre a vitória do Paraguai, disse apenas que veio num duelo com enorme grau de dificuldade e que foi facilitada pelo gol cedo. "O fato de sair na frente deu condições de administrarmos o jogo, não precisamos ir buscar o gol toda hora. A pressão foi para o lado do Paraguai."

O técnico Tite indicou que pode realizar mudanças no ataque da seleção brasileira para o duelo com o Paraguai em relação ao time que iniciou a vitória sobre o Equador, na última sexta, por 2 a 0, pelas Eliminatórias. Gabriel Barbosa pode deixar a equipe e dar lugar a Gabriel Jesus.

Na atividade desta segunda-feira, a última antes do duelo contra os paraguaios, no CT Parque do Gigante, em Porto Alegre, o atacante do Manchester City foi escalado entre os titulares, jogando aberto pelo lado direito do ataque, ao lado de Neymar, centralizado, e Richarlison aberto pela esquerdo. Já o camisa 9 do Flamengo treinou ao lado dos atacantes reservas, Everton Cebolinha e Vinicius Júnior.

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Durante a entrevista coletiva, Tite comentou as características dos atacantes. "O Gabriel Barbosa te dá uma flutuação e infiltração de espaço para finalização. O Jesus produziu muito pelo lado, foi um dos destaques nossos na Copa América. Também ataca o espaço, muita força. Richarlison também dá isso. O Firmino é um 9 que exerce o papel de 10. Esses jogadores vão te dando essas possibilidades de utilização dentro de uma determinada forma", afirmou o treinador.

Desde 1985, o Brasil não consegue superar o Paraguai fora de casa. Nesta edição, os paraguaios estão em quarto lugar na tabela, com sete pontos (uma vitória e quatro empates).

"Enfrentamos o Paraguai uma vez na Copa América passada. É uma equipe que marca muito agressivamente e que te desgasta muito na marcação. E o time tem qualidade ofensiva, com jogadores em grande fase. Lá dentro é muito difícil. Faz 35 anos que não ganhamos lá, mas vamos fazer de tudo para trazer essa vitória", afirmou o auxiliar Cléber Xavier.

No meio de campo, havia a expectativa de que Roberto Firmino ou Everton Ribeiro entrassem na equipe e um deles ficasse responsável pela armação. No entanto, a tendência é de que o Tite mantenha a formação com Casemiro, Fred e Lucas Paquetá. Dessa maneira, Douglas Luiz, que fica à disposição após cumprir suspensão, deve começar a partida entre os reservas.

Já o zagueiro Rodrigo Caio não treinou nesta segunda-feira após queixar-se de dores no joelho direito. Durante o período do treinamento, ficou sob os cuidados da fisioterapia. Ele seguirá sob observação e tratamento.

Mesmo com 100% de aproveitamento no torneio, cinco vitórias em cinco jogos, Tite desconversou quando questionado se a seleção é o time a ser batido na América do Sul. "Com tão pouco tempo de jogo nessa pandemia, todos nós merecemos o reconhecimento pela campanha, mas em especial os atletas. Temos modificado bastante a equipe, mas ela tem conseguido um patamar de regularidade, o que é muito difícil", avaliou.

Presidente interino da CBF desde o início da manhã desta segunda-feira, o coronel Antônio Carlos Nunes quer manter o técnico Tite no comando da seleção brasileira. A posição do cartola é a mesma de outros vices da entidade, com quem esteve reunido nesta tarde na sede da CBF, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Entre os dirigentes, há o entendimento de que uma mudança no comando técnico da seleção agora não traria benefício algum. O trabalho do treinador é bem avaliado e os números corroboram isso: até o momento, o Brasil disputou cinco jogos das Eliminatórias e venceu todos, liderando de forma isolada o qualificatório sul-americano para a Copa do Mundo do Catar, em 2022.

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Mais cedo, Nunes já havia externado sua posição ao jornal "O Liberal", do Pará, seu reduto. "Não consegui falar com o Tite de ontem (domingo) para hoje. A ideia era falar que a decisão veio pra minha mão. Gosto muito do trabalho dele. Ele é sério. Já sei como é. Não adianta que, por uma questão de vaidade, colocar fulano. Não funciona assim", comentou.

"Eu digo assim: não estamos ganhando? Saímos vencedores da Copa América (de 2019). E, praticamente, classificados na Copa do Mundo. Se ganhar amanhã (terça), vamos aos 18 pontos. Aquele ditado: em time que está ganhando não se mexe."

Assim, Tite deixará de ser técnico da seleção apenas se optar por isso, o que é muito improvável. Isso porque o treinador conta com total apoio dos jogadores, que nesta segunda-feira confirmaram que irão disputar a Copa América.

Na primeira entrevista após o afastamento de Rogério Caboclo da presidência da CBF, por causa de uma denúncia de assédio sexual e moral de uma funcionária da entidade, o técnico Tite evitou se manifestar abertamente. Treinador e dirigente tiveram desentendimentos recentes por causa do próprio escândalo e também da realização da Copa América no Brasil a partir de domingo - técnico e atletas têm críticas ao evento, mas vão participar o torneio.

"Eu compreendo a pergunta. Sabemos a dimensão que tem, a gravidade do caso, temos consciência disso. Agora existe um Comitê de Ética da CBF que toma as devidas providências. Não é da nossa alçada", disse o treinador.

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Tite também afirmou que não foi ameaçado de demissão pelo então presidente da CBF. As declarações foram dadas em entrevista coletiva nesta segunda-feira, em Porto Alegre, antes da viagem para o Paraguai. Nesta terça-feira, a seleção enfrenta os donos da casa pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O Brasil lidera a competição com cinco vitórias nas cinco primeiras rodadas.

Embora tenham decidido disputar a Copa América, torneio que começa no domingo, os jogadores da seleção vão divulgar um manifesto com críticas ao torneio. A Copa América começa a ser disputada no domingo com a partida da seleção brasileira diante da Venezuela no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Tite reafirmou que o posicionamento da comissão técnica e dos jogadores será dado após a partida diante do Paraguai. "O tempo das manifestações é o nosso tempo, o que nós entendemos ser correto, quando falo nós, é comissão técnica e atletas. Temos orgulho muito grande da conduta que temos, do respeito que temos a esse momento e ao nosso. Queremos jogar bola e fazer um grande jogo contra o Paraguai", disse o treinador.

"Estamos na Copa do Mundo. Eliminatórias já é um processo de Copa do Mundo, muitas vezes as pessoas não se dão conta disso. Para nós, nesse momento, isso (afastamento do presidente da CBF) não tem essa prioridade. Depois sim, reitero o que o Casemiro disse, há respeito e no nosso tempo vamos nos manifestar".

Tite também se esquivou de comentar sobre o movimento pedindo a saída do técnico da seleção brasileira que ganhou espaço nas redes sociais. Dezenas de internautas apoiadores do presidente Jair Bolsonaro criticaram a posição do treinador na coletiva de imprensa na Granja Comary. Internautas chamaram o treinador de "esquerdopata" e "lacrador" por conta de um possível boicote do técnico, sua comissão e até mesmo os jogadores à Copa América 2020.

"Vou falar sobre o meu juízo e o que a minha escala de valores dizem. Tenho muito respeito ao meu trabalho, à seleção brasileira, a esse momento da Copa do Mundo e de Eliminatórias. E a melhor maneira de retribuir o carinho das pessoas que me apoiam e ao respeito do que estão contra, é fazer o meu melhor trabalho possível. É nisso que vou me ater".

Questionado se o treinador da seleção deveria estar alinhado ao presidente da República, Tite novamente se esquivou. "Técnico de futebol tem de estar alinhado com o futebol", argumentou.

O vice-presidente Hamilton Mourão criticou a discussão de Tite e dos jogadores sobre jogar ou não a Copa América e defendeu a realização da competição no Brasil. Sem citar nomes, o general disse que se o Tite “não quer mais, o Cuiabá está precisando de um técnico”.

Perguntado sobre a postura crítica da comissão técnica e jogadores em relação a competição no Brasil, durante a pandemia, Mourão disse não querer entrar na discussão, mas fez comentários na mesma linha de pensamento do presidente Jair Bolsonaro.

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“Eu acho que faz parte dessa disfuncionalidade que nós estamos vivendo. Eu sou do tempo que jogador de futebol, quando era convocado para seleção brasileira, era considerado uma honra. O técnico, ele não quer mais, não quer, o Cuiabá está precisando de um técnico, aí, não tá? Então leva lá, sai, pede o boné”, provocou Mourão.

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Brasil confirmado

Segundo a Globo, os atletas da seleção confirmaram presença na competição na manhã desta segunda (7). A Copa América já começa no domingo (13), com Brasil x Venezuela.

Eliminatórias

Antes, a seleção brasileira enfrenta o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo 2022, nesta terça (8), às 21h30. É esperado que após o jogo os jogadores deixem claro suas opiniões em relação a Copa América no país.

O Brasil lidera a tabela de classificação com 15 pontos, sendo cinco jogos, todos com vitória. A zona de classificação é completada com Argentina, Equador e Paraguai, respectivamente.

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) usou a sua conta no Instagram, no último domingo (6), para acusar o técnico da seleção brasileira de futebol, Tite, de ser “hipócrita” e “puxa-saco” do ex-presidente Lula (PT). No vídeo publicado na rede social, o filho do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ainda afirmou contar com os jogadores da seleção masculina para evitar um possível boicote à Copa América sediada no Brasil.

“A gente não viu o Tite falando nada quando a Copa América seria sediada na Argentina. Bastou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) pedir para o presidente Bolsonaro a autorização para que ela acontecesse aqui no Brasil, para que o Tite se posicionasse politicamente. É um hipócrita, porque a gente tem vários vídeos dele no passado, onde ele faz referências e puxa o saco do ex-presidente Lula”, disse o parlamentar.

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De acordo com o senador, os comentários negativos gerados em torno da realização da Copa América no país teriam relação com um embate existente entre a Rede Globo e SBT, emissora responsável pela veiculação dos jogos na chamada rede aberta. “Sobre essa polêmica da Copa América, todos nós sabemos que não é sobre saúde. E sim, sobre Globo ‘versus’ SBT, uma vez que é o SBT que vai transmitir com exclusividade a Copa América”, criticou.

Flávio Bolsonaro chegou a afirmar que a competição “seria perfeitamente possível de ser realizada aqui, uma vez que nós já vacinamos mais de 70 milhões de brasileiros”. A afirmação de Flávio, no entanto, não está completa. De acordo com as informações disponibilizadas pelas secretarias estaduais de Saúde, o Brasil contabiliza 48.734.903 pessoas imunizadas com a primeira dose da vacina contra a Covid-19, cerca de 43% da população. Já a segunda dose, foi aplicada em outras 22.896.108, totalizando 10,81% de brasileiros completamente imunizados contra a doença.

Segundo o parlamentar, o “nosso sistema de saúde tem suportado bem até o momento todas as demandas que são necessárias”. Até o final de maio, contudo, as solicitações por leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratamento do novo coronavírus cresceram em todo o Brasil, resultando na ocupação de mais de 100% na rede pública de três capitais. Ao todo, eram dez capitais com ocupação de leitos acima de 90%.

Flávio Bolsonaro ainda usou como exemplo a transmissão feita pelo canal da TV por assinatura, SporTV3, do torneio de Roland Garros. “Estão vendo lá? Bastante gente nas arquibancadas, seguindo todos os protocolos”, afirmou. A competição é realizada na França, onde 20,38% da população já recebeu a segunda dose do imunizante contra a Covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde francês.

“Então, pessoal, faço um apelo especial aos jogadores da seleção brasileira. Não se deixem ser usados num momento como esse”, afirmou. “Não abram mão de fazer o trabalho de vocês por qualquer razão que seja, porque hoje a pseudojustificativa é a Covid. Amanhã pode ser uma outra coisa com que vocês não concordem”, finalizou o senador.

Desde a noite da última quinta-feira (3), a hashtag #ForaTite, movimento pedindo a saída do técnico da seleção brasileira, ganhou espaço nas redes sociais. Dezenas de internautas criticaram a posição do treinador, na coletiva de imprensa na Granja Comary. Tite fez críticas veladas à realização da Copa América no Brasil e prometeu esclarecer sua posição após os dois próximos jogos das Eliminatórias - o último será na terça-feira (8) no Paraguai. No Twitter, o assunto alcançou relevância e ficou entre os mais comentados da rede entre os "trending topics".

Internautas chamaram o treinador de "esquerdopata" e "lacrador" por conta de um possível boicote do técnico, sua comissão e até mesmo os jogadores à Copa América 2020, que será disputada no Brasil após a desistência da Colômbia (por problemas políticos internos) e da Argentina (pelo agravamento da pandemia). Em sua maioria, os internautas que usam a hashtag #ForaTite são favoráveis à realização da Copa América em território nacional e apoiam o presidente Jair Bolsonaro.

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Nesta sexta-feira, o mesmo grupo insatisfeito com o treinador começou a pedir para que Renato Gaúcho assuma a posição na Seleção. Embora não tenham a metodologia de uma pesquisa científica, os números apontam tendências, um retrato das redes sociais, especialmente o Twitter.

Desde o início da campanha nas Eliminatórias da Copa de 2018, em 1º de setembro de 2016, Tite viveu bons momentos na seleção e chegou a ser unanimidade. Em tom de ironia, internautas o apontavam como virtual candidato à presidência do País. O prestígio se dissipou após a derrota para a Bélgica e a eliminação na Copa da Rússia.

Com 52 jogos no comando da equipe - 38 vitórias, 10 empates e quatro derrotas -, Tite apresenta retrospecto amplamente favorável, mas vive um momento de instabilidade. As razões são as divergências com o presidente da CBF, Rogério Caboclo, por conta do apoio do treinador às insatisfação dos jogadores com a Copa América e a maneira como a CBF se posicionou sobre o tema - os jogadores ficaram sabendo que o torneio seria no Brasil pelas redes sociais e pela imprensa.

Também agravaram a crise a denúncia de assédio sexual e moral de uma funcionária da CBF contra o presidente e críticas do dirigente à comissão técnica da seleção, especialmente ao auxiliar Cléber Xavier, auxiliar de Tite.

O técnico Tite não conseguiu esconder seu incômodo com a atual situação entre comissão técnica e jogadores contra a CBF por causa da imposição de a seleção brasileira ter de jogar a Copa América. Visivelmente incomodado com o assunto e um tanto triste, o treinador garantiu que está trabalhando normalmente, após o jogo contra o Equador, no Beira-Rio, evitou falar em adeus, e garantiu estar em paz consigo mesmo.

Por compromisso, Tite deu coletiva após a vitória com o Equador. Se enrolou em algumas respostas táticas e quando o assunto foi sua manutenção no comando da seleção após a polêmica dos últimos dias, ele se esquivou bastante e jogou a decisão para frente.

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"Estou fazendo o meu trabalho normalmente, estou em paz comigo mesmo", afirmou, sem tanta convicção nas palavras. "Tem uma resposta que eu guardo que o (Barack) Obama deu para o (Pedro) Bial. Ele disse: "minhas adversidades são pequenas em relação à uma série de outras pessoas com problemas maiores, de saúde, alimentação...' Faço o que gosto, pressões são normais."

Tite preferiu não esticar a polêmica sobre a Copa América. Apesar sacramentou as palavras do capitão Casemiro, ao fim do jogo. "O Casemiro foi muito feliz na resposta que deu na saída de campo. É o pensamento que nós temos. E temos consciência também. Há a hora certa para falar a coisa certa."

Quando questionado se foi seu jogo de despedida no Brasil, o treinador apenas admitiu que muitas hipóteses seriam levantadas após ele revelar a insatisfação do grupo com a Copa América e pediu total averiguação para não surgirem versões forçadas. "Sabia que surgiram essas hipóteses".

Para brindar o elenco de um conturbado momento extracampo, ele foi econômico ao revelar sua tática. Simulando apontar para o campo, disse o que pediu ao time: "Joga bola, vai lá e joga bola." E usou de uma certa ironia para explicar as comemorações com abraço nele, entre o grupo todo. "Alegria de 15 pontos em cinco jogos. De ganhar após sete meses sem jogar juntos."

À vontade, mesmo, só quando o assunto foi bola rolando. Tite revelou que a seleção tem duas formas de jogar e que a modificação que fez, com a saída de Fred para a entrada de Gabriel Jesus, vital para a busca da vitória, não foi a programada.

Lucas Paquetá seria o substituído, mas a pressão pelo segundo cartão amarelo em Fred e sua consequente expulsão o fez mudar a troca de emergência. "Na minha primeira impressão não foi falta para cartão. Um jogador experiente tem de jogar pressionado com o amarelo, mas estavam forçando e tirei Fred, que já não vinha bem no primeiro tempo."

A polêmica sobre a realização da Copa América no Brasil pode ser encerrada pela própria Seleção brasileira. Nessa quinta-feira (3), o treinador Tite deixou em aberto a participação na competição agendada para o próximo dia 13 e indicou que a posição oficial sobre o tema pode ser compartilhada após a partida desta sexta (4), contra o Equador, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022.

Durante a coletiva de imprensa, que atrasou 2h, Tite contou que conversou sobre o assunto com o presidente da CBF Rogério Caboclo e com diretor de seleções Juninho Paulista, mas não deve se posicionar antes dos confrontos contra Equador e Paraguai.

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“Temos uma opinião muito clara e fomos lealmente, numa sequência cronológica, eu e Juninho, externando ao presidente qual a nossa opinião. Depois, pedimos aos atletas para focarem apenas no jogo contra o Equador. Na sequência, solicitaram uma conversa direta ao presidente. Foi uma conversa muito clara, direta. A partir daí, a posição dos atletas também ficou clara. Temos uma posição, mas não vamos externar isso agora. Temos uma prioridade agora de jogar bem e ganhar o jogo contra o Equador. Entendemos que depois dessa Data Fifa, as situações vão ficar claras", explicou.

Com os jogadores em silêncio e sem a participação do capitão Casemiro na coletiva, ele confirmou que a ausência descreve a posição dos atletas. “Eles têm uma opinião, externaram ao presidente, e vão externá-la ao público em um momento oportuno. Inclusive, isso tem a ver com a ausência do nosso capitão, Casemiro, aqui nessa entrevista”, pontuou.

Após o sinal positivo do Brasil em receber a Copa América - que ocorreria na Argentina e na Colômbia -, estavam programadas cinco entrevistas de jogadores para os últimos três dias, mas nenhuma foi realizada.

Para Tite, a polêmica em torno do torneio prejudica o trabalho dentro das quatro linhas. "Tem efeito negativo, sim, em campo, traz prejuízo. Mas temos de superar e jogar bem. Compete a nós todos filtrarmos essa situação, fazer grande jogo e ter o resultado que a gente merecer”, avaliou.

O técnico ressaltou que a equipe e os diretores estão focados nos confrontos das Eliminatórias para credenciar o Brasil à Copa do Catar. "A Copa América é muito importante. Mas mais importante, é o nosso jogo amanhã. É jogarmos bem, porque vamos ser cobrados, inclusive com o nosso torcedor. Temos posição clara. Mas deixa a nossa cabeça voltada para o jogo de amanhã. Entendo todos vocês e também entendo que é importante essa posição e não estou me eximindo”, reiterou.

O senador Renan Calheiros (MDB) mandou um recado para a Seleção Brasileira, o técnico Tite e o atacante Neymar durante a abertura da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) da Pandemia, nesta terça-feira (1º). O parlamentar usou parte do seu tempo na reunião para mais uma vez se colocar contra a realização da Copa América no Brasil.  

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"Já que não podemos fazer apelo ao presidente da República, ao ministro da Saúde e a CBF, que tem se transformado em negacionista e irresponsável por querer patrocinar esse evento, quero me dirigir à Seleção Brasileira, aos seus jogadores e seu treinador", iniciou Renan. "Quero me dirigir ao Neymar. Neymar não concorde com a realização dessa Copa América no Brasil, não concorde. Não é esse o campeonato que queremos disputar. Precisamos disputar o campeonato da vacinação. É neste campeonato que você precisa marcar gols para que esse placar seja alterado", emendou.

Ainda se dirigindo ao atacante brasileiro, o senador afirmou: "no campeonato da vacinação ocupamos os últimos lugares, enquanto no da morte somos campeões. O segundo lugar. Não permita entrar em campo enquanto seus amigos, conhecidos e parentes continuam a morrer". 

O apelo foi feito a eles, segundo Renan, porque "é inacreditável que o governo federal queira sediar a Copa América aqui no Brasil, no exato momento em que a pandemia se agrava e enche nossos cemitérios e CPIs. Seria transformar essa Copa em campeonato da morte".

 

O técnico Tite convocou nesta sexta-feira o zagueiro Felipe, do Atlético de Madrid, da Espanha. O defensor foi chamado no lugar de Lucas Veríssimo, do Benfica (Portugal), que acabou desconvocado em função de uma lesão muscular na perna direita sofrida contra o Vitória de Guimarães, na última quarta, pelo Campeonato Português.

Após analisar as informações enviadas pelo Benfica, o médico Rodrigo Lasmar confirmou a impossibilidade de recuperação do ex-defensor do Santos a tempo para os treinamentos na Granja Comary, em Teresópolis (RJ). Esta foi a primeira convocação do zagueiro, único estreante da lista para as partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022.

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Felipe, por sua vez, está sendo chamado pela quinta vez. O jogador de 32 anos, ex-Corinthians, soma dois jogos pela seleção brasileira. Ele vai se juntar aos defensores Thiago Silva, do Chelsea, Marquinhos, do Paris Saint-Germain, e Éder Militão, do Real Madrid.

A apresentação dos jogadores da seleção brasileira na Granja Comary se inicia na próxima quinta-feira. O grupo estará completo apenas no próximo dia 31.

A seleção brasileira inicia a sua preparação na próxima quarta-feira. Serão sete dias de treinos na Granja Comary até a viagem a Porto Alegre no dia 2 de junho. Na capital gaúcha, a equipe fará um treino no estádio Beira-Rio no dia 3, antes do jogo contra o Equador no dia 4.

Quatro dias depois, o jogo será contra o Paraguai, no estádio Defensores Del Chaco, em Assunção. O Brasil é líder das Eliminatórias com 12 pontos (quatro vitórias em quatro partidas).

O técnico Tite convocou, nesta sexta-feira (14), a seleção brasileira para as próximas duas rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo Fifa Catar 2020. O Brasil enfrentará Equador e Paraguai nos dias 4 e 8 de junho, respectivamente.

Ao todo, 24 jogadores foram convocados. Confira, a seguir, a lista de atletas:

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Goleiros: Alisson (Liverpool), Ederson (City) e Weverton (Palmeiras)

Laterais: Dani Alves (São Paulo), Danilo (Juventus), Alex Sandro (Juventus) e Renan Lodi (Atlético de Madrid)

Zagueiros: Eder Militão (Benfica), Lucas Veríssimo (Benfica), Marquinhos (PSG) e Thiago Silva (Manchester United)

Meias: Casemiro (Real Madrid), Douglas Luiz (Aston Villa), Everton Ribeiro (Flamengo), Fabinho (Liverpool), Fred (Manchester United) e Lucas Paquetá (Lyon)

Atacantes: Everton (Benfica), Firmino (Liverpool), Gabigol (Flamengo), Gabriel Jesus (City), Neymar (PSG), Richarlison (Everton) e Vini Jr (Real Madrid).

"Brasil e Equador se enfrentam no Estádio Beira-Rio, no dia 4 de junho, às 21h30. Quatro dias depois, também às 21h30 (horário de Brasília), será a vez de duelar com o Paraguai em Assunção. Com 24 jogadores convocados, a lista conta com um estreante. Trata-se do zagueiro Lucas Veríssimo, ex-Santos e atualmente no Benfica, de Portugual. Aos 25 anos, o paulista natural de Jundiaí terá sua primeira oportunidade com a Amarelinha", destacou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em seu site.

Com 12 pontos, a seleção brasileira lidera as Eliminatórias. O Brasil conquistou aproveitamento de 100% em quatro partidas disputadas.

Sem atuar há quase seis meses, a seleção brasileira volta a se reunir no fim deste mês visando duas disputas distintas: as Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar e a Copa América, que será disputada em junho na Colômbia e na Argentina. E, com o calendário fortemente afetado pela pandemia do novo coronavírus, a comissão técnica terá que se desdobrar para montar o grupo e readequar o próprio planejamento.

Após o fracasso na Copa da Rússia, quando o time caiu nas quartas de final diante da Bélgica, Tite e o então coordenador de seleções, Edu Gaspar, elaboraram uma estratégia de longo prazo visando a renovação do grupo. Assim, o planejamento até o Mundial do próximo ano foi dividido em três etapas.

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A ideia inicial da comissão técnica era aproveitar o período sem jogos oficiais no segundo semestre de 2018 para testar novos atletas. No médio prazo, o time seria mais cascudo, formado por jogadores de confiança do treinador e por jovens que vinham bem. A intenção - na verdade, uma necessidade - era vencer a Copa América de 2019, disputada no Brasil. E o título da competição, que não vinha havia 12 anos, foi conquistado.

A parte mais importante do planejamento, porém, viria na sequência. O início das Eliminatórias para a Copa do Mundo e o seu andamento, com as Datas Fifa espalhadas regularmente ao longo do ano, serviria para o Brasil consolidar uma seleção para a busca do hexa. Só que aí veio a pandemia. O calendário foi suspenso e campeonatos continentais, como a Eurocopa e a Copa América, foram adiados em um ano. No fim, a regularidade das Datas Fifa foi por água abaixo, assim como o planejamento inicial da seleção.

Agora, faltando um ano e meio para a Copa do Mundo, Tite se vê em situação semelhante à de quando assumiu a equipe, no segundo semestre de 2016. Naquela época, porém, o treinador precisou montar seu grupo a partir do zero e sem nenhuma experiência de seleção. Agora, conta com cinco anos e uma Copa de lastro.

CONVOCAÇÃO - Tite tem até o domingo, dia 16, para notificar os clubes sobre os atletas que defenderão o Brasil nos duelos diante do Equador, dia 4 de junho, em Porto Alegre, e Paraguai, quatro dias mais tarde, em Assunção. Por isso, é provável que a lista de convocados para as Eliminatórias seja anunciada na sexta, 14.

Até lá, o treinador terá de definir se a convocação valerá também para a disputa da Copa América. A competição começa em 11 de junho, e o Brasil ficará baseado na Colômbia. Caso o técnico opte por levar o mesmo grupo de jogadores para as duas disputas, os clubes que cederem atletas para a seleção poderão ficar desfalcados por mais de 40 dias.

Outra preocupação da CBF diz respeito aos Jogos Olímpicos. O time olímpico é treinado por André Jardine e deverá contar com três atletas acima de 23 para a disputa em Tóquio. Neymar poderá estar entre eles.

A competição acontecerá apenas em julho, depois da Copa América. Ocorre que os clubes não são obrigados a liberar seus atletas para o torneio olímpico - e é possível que alguns que sejam chamados por Tite tenham idade para estar também na equipe de André Jardine. Para resolver essa equação, a CBF terá de negociar com cada clube a liberação dos jogadores. Em 2016, por exemplo, a entidade fez um acordo com o Barcelona e Neymar disputou apenas a Olimpíada.

PREPARAÇÃO - O Estadão apurou que o Brasil deverá realizar um período de preparação na Granja Comary, em Teresópolis. Caso a opção se confirme, o grupo deverá se reunir a partir de 31 de maio.

Assim como aconteceu às vésperas da Copa de 2018 e da Copa América de 2019, é provável que o grupo esteja desfalcado nos primeiros dias de preparação. Isso porque a final da Liga dos Campeões está marcada para o dia 29, em Istambul, na Turquia. E jogadores de confiança de Tite, como Ederson, Fernandinho e Gabriel Jesus (Manchester City) e Thiago Silva (Chelsea), estarão em campo.

O técnico Tite recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 nesta segunda-feira (5), no Rio de Janeiro. Como profissional de educação física com 59 anos, ele atendeu ao critério estabelecido pela Prefeitura do município para esta data. O imunizante foi aplicado no posto de vacinação do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, em sistema de Drive-Thru.

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"Um sentimento que mistura o alívio por receber a primeira dose e estar mais próximo da imunização, e a esperança de que a vacinação chegue rapidamente a todos e avance por todo o mundo. A ciência e a medicina são fundamentais para nossa vida e nosso futuro. Vacina sim!", comentou Tite. 

Na comissão técnica da Seleção Brasileira, quem também já recebeu a primeira dose da vacina é o preparador físico Fábio Mahseredjian. Aos 54 anos, ele atendeu ao critério de São Paulo, que convocou profissionais de saúde (dentre eles os profissionais de educação física) com 53 anos ou mais na última semana. Ainda em abril, o auxiliar técnico Cléber Xavier também deve ser vacinado. 

A Seleção Brasileira volta a entrar em campo em junho e com um mês agitado pela frente. Primeiro com as Eliminatórias da Copa do Mundo, e depois com a disputa da Copa América da Argentina e Colômbia. O Brasil está no Grupo B da competição, juntamente com Equador, Colômbia, Peru e Venezuela.

Do site da CBF

Sem deixar de acompanhar a trajetória dos jogadores brasileiros em meio à pandemia, o técnico Tite não poupou elogios a Neymar e Philippe Coutinho, em entrevista publicada pelo site da Fifa, nesta terça-feira. O treinador da seleção brasileira também exaltou a Colômbia e a Argentina, os próximos rivais do Brasil nas Eliminatórias da Copa, e revelou qual técnico ainda na ativa é a sua grande referência.

Na avaliação de Tite, Neymar vê mostrando clara evolução dentro de campo, ampliando sua atuação em diferentes funções e posições. "Ele amadureceu muito. Antes, quando estava no Barcelona, era um jogador que jogava pelas pontas, marcava gols, tinha velocidade, driblava, fazia jogadas individuais. Agora ele expandiu a zona onde joga e, além de ser goleador, cria muito para os demais. É o que chamo de 'arco e flecha': ele pode armar as jogadas e também finalizá-las. Ele aumentou seu arsenal", declarou o treinador.

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Coutinho também recebeu elogios por sua versatilidade em campo. "No melhor momento desta seleção, nas Eliminatórias de 2018, Coutinho foi o que chamei de 'externo desequilibrante'. Inicialmente, ele jogava pela direita, com liberdade para criar. Aí Renato Augusto de machucou. Aí Coutinho começou a jogar mais centralizado, numa função similar a que fazia nos tempos de Liverpool. Ele também é bom ali. Ele teve altos e baixos, mas é um grande jogador e está em grande forma."

Sobre os próximos rivais da seleção nas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2022, Tite previu dificuldade contra colombianos e argentinos, nos dias 26 e 30 deste mês, respectivamente. Serão o quinto e o sexto jogos do Brasil, que lidera a tabela, com 12 pontos e aproveitamento de 100%.

"Serão dois jogos muito importantes. As Eliminatórias são muito equilibradas. Os dois jogos contra a Colômbia na última Eliminatória foram, tecnicamente, os melhores que jogamos. Os dois times gostam de atacar, de criar, causam problemas para o adversário. Foram jogos muito parelhos. Os dois jogos foram difíceis para nós", comparou Tite.

"Já os clássicos, com Argentina e Uruguai, tem um forte elemento histórico. A Argentina tem grandes jogadores. Para mim, Brasil e Argentina, além de ser um jogo das Eliminatórias, é uma outra competição isolada", disse o treinador brasileiro.

Ao ser questionado sobre outros técnicos, Tite não hesitou ao responder que tem Carlo Ancelotti, dono de três títulos da Liga dos Campeões, por Milan e Real Madrid, como sua maior referência.

"O jeito como (Diego) Simeone organiza seus times é notável. (Josep) Guardiola, suas táticas e habilidade para quebrar os rivais é realmente impressionante. (Carlos) Bianchi tem uma incrível habilidade para tirar o melhor dos seus jogadores em grandes jogos. Algumas das ideias táticas de (Johan ) Cruyff eram fantásticas. Mas, sem qualquer dúvida, com quem mais aprendi foi Ancelotti. Ele vê o jogo de um jeito diferente e único", afirmou.

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