A deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB) justificou, nesta quinta-feira (2), a adesão da legenda tucana ao Governo de Pernambuco, administrado por Edaudro Campos(PSB), a quem o PSDB fazia oposição. Segundo Nunes, como Eduardo "está na oposição ao PT, os caminhos do PSDB e PSB se encontraram".
“O PSDB foi oposição na Assembleia até agora. Mas nós entendemos e apoiamos a posição do partido, que é nacional, de fazer uma composição com o PSB em Pernambuco como está sendo feita em Minas Gerais e com chances em São Paulo e Paraná. O que acontece é que o governador Eduardo Campos, em nível nacional, está na oposição (ao PT), por isso os caminhos do PSDB e do PSB se encontraram. Em função disso, inclusive do compromisso assumido pelo governador de num eventual segundo turno nos apoiar, como também o apoiaremos, deu-se o entendimento”, declarou.
##RECOMENDA##
Sobre a possível postulação tucana ao governo, nas eleições deste ano, a deputada confirmou o que foi dito pelo presidente da legenda, Sérgio Guerra, que alegou a falta de recursos para a campanha estadual. “O PSDB tinha a opção de ter candidatura própria mas esse cenário não foi levado adiante porque não temos estrutura para fazer uma campanha a governador no momento em que o grande o debate em Pernambuco vai se dar entre Eduardo e Dilma. Então decidimos apoiar o candidato a governador de Eduardo mas vamos fazer a campanha de Aécio Neves à Presidência”, cravou.
Já com relação ao cenário na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), onde os tucanos atuavam como oposição fiscalizando a gestão de Campos, Nunes frisou que vai continuar com um posicionamento critico, mas que o protagonismo oposicionista em 2014 ficará a cargo do PT e do PTB. “Na Assembleia, o partido nos deu a liberdade de sermos independentes, fazendo as críticas quando necessárias e votando com o governo nas votações que considerarmos importantes para o povo de Pernambuco. Não estamos abdicando do nosso pensamento com essa aliança com o PSB. Vamos continuar com nossa posição crítica. Mas reconhecemos que o protagonismo da oposição este ano, na Assembleia, vai ocorrer sobretudo nas bancadas do PT e PTB porque elas estarão enfrentando Eduardo nos níveis federal e estadual. Acreditamos ainda que o debate federal vai se dar também na Assembleia e nós participaremos dele", disse. "Não podíamos ir contra uma decisão nacional do partido. Mas continuaremos fazendo as cobranças necessárias (ao governo). Seria um absurdo mudar da água para o vinho. Quando houver necessidade de votar contra o governo votaremos sem problemas. O partido vai entender e nos respeitar. Essa questão já está colocada no partido", acrescentou.