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Para conceder guarda provisória de Filó ao influenciador Agenor Tupinambá, permitindo o reencontro entre o jovem de 23 anos e a capivara neste domingo, 30, o juiz Márcio André Lopes Cavalcante, da 9ª Vara Federal Cível de Manaus, considerou que o local onde o animal estava - o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) - contava com 'irregularidades que colocam em risco sua saúde e sua vida'.

A avaliação se deu com base em laudo apresentado por Tupinambá à Justiça. O documento, assinado por veterinários, classificou como 'inadequadas' as condições a que foram submetidas a capivara no Centro de Triagem de Animais Silvestres. Márcio André Lopes Cavalcante determinou que o documento elaborado por veterinários seja encaminhado ao Ministério Público Federal para que sejam 'tomadas providências', considerando que há outros animais que ainda se encontram no Cetas.

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De acordo com a decisão Tupinambá ficará responsável pela capivara até o desfecho da ação por ele impetrada na Justiça. Depois que a capivara retornar à casa do influenciador, ele deverá prestar informações à Justiça sobre a saúde do animal. Além disso, também terá de dar 'livre acesso' aos órgãos ambientais para fiscalização da capivara.

Ao conceder a guarda provisória, o juiz ponderou que a devolução da capivara ao antigo tutor é 'medida plenamente reversível'. "Caso, ao final do processo, conclua-se que as condições em que o animal vive no centro de triagem do Ibama são melhores do que aquelas em que ele vivia, será possível o seu retorno ao Cetas. O que talvez seja irreversível será a manutenção da capivara no Cetas tendo em vista que, pelo relato da equipe técnica, existe concreto risco à saúde do animal", anotou o magistrado.

Influenciador 'vive na floresta'

No despacho assinado neste domingo, 30, o juiz Márcio André Lopes Cavalcante avaliou que o impasse envolvendo Filó 'é fruto de um profundo desconhecimento da realidade do interior do Amazonas e de um choque cultural'.

Para o magistrado, o influenciador morador da zona rural do interior do Amazonas, 'vive em perfeita e respeitosa simbiose com a floresta e com os animais ali existentes'.

"Não há muros ou cercas que separam o casebre de madeira do autor em relação aos limites da floresta. Os animais circundam a casa e andam livremente em direção à residência ou no rumo do interior da mata. Não há animais de estimação no quintal da casa do autor porque o seu quintal é a própria Floresta Amazônica. Percebe-se, portanto, que não é a Filó que mora na casa de Agenor. É o autor que vive na floresta, como ocorre com outros milhares de ribeirinhos da Amazônia, realidade muito difícil de ser imaginada por moradores de outras localidades urbanas do Brasil", assinalou.

O tão esperado veredicto contra o ex-policial branco condenado pelo assassinato de George Floyd gerou uma onda de esperança entre os afro-americanos nesta quarta-feira, embora a morte de uma adolescente negra morta pela polícia seja um exemplo de que o caminho ainda é longo.

"Justiça!", um "ponto de virada na história": tanto o advogado da família Floyd, Ben Crump, quanto os manifestantes reunidos em frente ao tribunal de Minneapolis na terça-feira não puderam conter sua alegria após ouvir o veredicto contra o ex-policial Derek Chauvin.

"Agora vamos poder respirar um pouco melhor", repetiram os manifestantes, os políticos, mas também os irmãos de George Floyd, retomando as últimas palavras que este afro-americano de 46 anos afirmou no dia 25 de maio de 2020, antes de sua morte.

"Por favor, não consigo respirar", Floyd implorou várias vezes, enquanto Chauvin mantinha o joelho sob o pescoço por mais de nove minutos.

Esse apelo logo se tornou um grito de guerra contra o racismo e os abusos da aplicação da lei que ecoaram em várias partes do mundo.

Após três semanas de um processo cercado de alta tensão nesta cidade do norte dos Estados Unidos, os 12 membros do júri concluíram, em menos de 24 horas, que o réu era culpado das três acusações contra ele: homicídio em segundo e terceiro grau e homicídio culposo.

Expulso das forças de ordem,, o ex-agente de 45 anos demonstrou pouca emoção quando o veredicto foi anunciado. Ele foi imediatamente algemado e levado para a prisão. Uma decisão e imagem muito raras em um país onde os policiais raramente são condenados.

"Continuar lutando"

Mas depois da satisfação inicial, muitas vozes não tardaram em apontar que esse processo continua sendo um evento isolado. "Devemos continuar lutando por todas as minorias marginalizadas que perderam suas vidas para a brutalidade policial", tuitou o advogado Crump.

Para o presidente Joe Biden, o veredicto pode marcar "um grande passo à frente no caminho em direção à justiça nos Estados Unidos" e levar a "mudanças significativas".

"Os negros americanos, principalmente os homens negros, foram tratados neste país como se não fossem homens", afirmou Kamala Harris, ao lado dele durante um discurso solene.

"Precisamos reformar o sistema", repetiu a primeira vice-presidente negra dos Estados Unidos. "Sabemos que a verdadeira justiça exige muito mais do que um único veredicto em um único julgamento", ressaltou Barack Obama na terça-feira, pedindo a continuação da "luta" para combater o racismo e a violência policial.

"Não podemos parar por aí", exortou o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Biden e Harris pediram aos parlamentares que agissem mais rápido. Mas republicanos e democratas ainda parecem longe de qualquer ação comum.

Como triste exemplo dessas declarações, na terça-feira, pouco antes do veredicto ser divulgado, a polícia de Columbus, no estado de Ohio, matou a tiros uma adolescente negra de 16 anos que aparentemente atacava outra pessoa com uma faca.

Outros casos também geraram indignação quando foram mostrados durante o julgamento contra Chauvin, como o vídeo de um menor latino de 13 anos, Adam Toledo, morto por um policial de Chicago. Imagens "insuportáveis", segundo a prefeitura da cidade.

Nos arredores de Minneapolis, Daunte Wright, um afro-americano de 22 anos, morreu após ser baleado por um policial branco durante uma blitz de trânsito em 11 de abril.

Sua morte mais uma vez agravou a tensão nesta cidade já repleta de proteções e barricadas em decorrência do julgamento.Seu funeral está marcado para quinta-feira.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira que abrirá uma investigação civil sobre a polícia de Minneapolis.

Separado das investigações criminais em andamento sobre a morte de Floyd, esta nova investigação examinará se a polícia municipal aplica uma política sistemática de força excessiva, mesmo durante protestos legais.

A Agência Europeia de Medicamentos (EM, na sigla em inglês) anunciará nesta quinta-feira (18) à tarde seu veredicto sobre a vacina contra o coronavírus da AstraZeneca, suspensa em vários países da UE.

A opinião da EMA é muito aguardada porque a União Europeia, com dificuldades na distribuição de vacinas, conta com as milhões de doses do laboratório anglo-sueco.

Sete países europeus, incluindo Alemanha e França, ampliaram no início da semana a lista de quase 15 Estados que suspenderam a aplicação desta vacina após reações como dificuldade de coagulação ou formação de coágulos.

A EMA pode seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que na quarta-feira aconselhou a continuidade do uso, sobretudo porque sua diretora, Emer Cook, está "firmemente convencida" de que os benefícios são maiores que os riscos.

Embora não esteja descartada que a EMA anuncie a suspensão da vacina da AstraZeneca na UE, caso os problemas não possam ser resolvidos a agência poderia publicar apenas uma "advertência adicional".

A EMA aprovou em 29 de janeiro a vacina desenvolvida pelo laboratório e a Universidade de Oxford.

Na quarta-feira, a OMS considerou que "no momento, a balança de riscos e benefício está a favor da vacina AstraZeneca" e recomendou o "prosseguimento da vacinação".

Um tribunal especial de Bangladesh adiou o veredicto contra o principal líder de um partido islâmico acusado de crimes de guerra após o defensor passar mal. Motiur Rahman Nizami, chefe do Jamaat-e-Islami, enfrenta 16 acusações que englobam genocídio, assassinato, tortura, estupro e destruição de propriedade durante a guerra de independência contra o Paquistão, em 1971.

O chefe de um painel de três juízes, M. Enayetur Rahim, explicou que uma nova data não será definida até que se avalie detalhadamente a condição médica de Nizami. "Nós não achamos que será lógico anunciar o veredicto sob as atuais circunstâncias", disse.

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A guerra ainda é um assunto emocional. Bangladesh acusa os soldados paquistaneses de matarem três milhões de pessoas, estuprarem 200 mil mulheres e forçarem cerca de 10 milhões a procurarem abrigo em campos de refugiados na Índia.

Isso levou alguns, que demandam a pena de morte a Nizami, a avaliar o adiamento como uma conspiração. "Nós não aceitaremos qualquer compromisso com as pessoas que mataram nosso povo em 1971", disse Imran H. Sarkar, que está fazendo campanha pela sentença de morte. Fonte: Associated Press.

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