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A Orquestra Inclusiva de Violoncelistas da Escola de Música da UFPA (OIV-EMUFPA) foi criada em 2018 com o objetivo de dar oportunidade aos alunos egressos de violoncelo da EMUFPA de participarem de um grupo musical semiprofissional. A iniciativa também teve a finalidade de compor a grade curricular do Curso de Especialização em Violoncelo, ministrado pelo professor Áureo DeFreitas, doutor em Educação Musical e coordenador da orquestra.

A Orquestra Inclusiva de violoncelo visa, principalmente, atender aos alunos egressos com autismo, déficit de atenção com hiperatividade/impulsividade e dislexia, assim como os alunos neurotípicos (pessoas sem o transtorno do desenvolvimento) que fazem parte da Orquestra de Violoncelistas da Amazônia - OVA. Outros alunos egressos que tocam guitarra elétrica, baixo elétrico, teclado e bateria também participam do grupo, quando convidados.

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O professor Áureo DeFreitas destaca que as pessoas com TDAH em um grupo musical, como a Orquestra Inclusiva de Violoncelistas da EMUFPA, devem estar sempre envolvidas com as atividades. Segundo ele, a coordenação da orquestra mantém os músicos ocupados o máximo possível. “Ressalto que essa ocupação designada a cada músico com TEA (Transtorno do Espectro Autista) ou TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) deve condizer com a sua capacidade de executar a atividade. Nesse caso, é de extrema importância a adaptação do repertório musical”, diz Áureo.

Áureo DeFreitas explica como a música é utilizada no projeto: “Sempre uso duas estratégias básicas: (a) mantenho-os ocupados o máximo possível tocando o violoncelo e (b) tento identificar todas as habilidades técnico-musicais voltadas ao violoncelo que eles dominam. Com essas duas estratégias, eu apenas insiro um repertório adaptado, mas não facilitado, que visa à inclusão social no contexto da proposta musical”.

Com a pandemia da covid-19, as atividades presenciais foram paralisadas. A coordenação da Orquestra Inclusiva de Violoncelistas da EMUFPA realizou atividades on-line. “Como estratégia, usei a Orquestra de Violoncelistas da Amazônia (OVA) como método motivador para tentar manter os músicos da Orquestra Inclusiva de Violoncelistas da EMUFPA. Em 2020, realizamos duas lives musicais para motivá-los. Foi muito difícil, porque veio à tona a desigualdade social existente entre os integrantes. Muitos não tinham os acessórios necessários para uma transmissão on-line satisfatória. De fato, não tinham recursos financeiros para se manterem em atividade”, conta o professor Áureo DeFreitas sobre as dificuldades no contexto pandêmico.

Por Alana Bazia.

A Escola Especial de música Juarez Johnson abre inscrições para o período letivo de 2018. Os interessados podem se inscrever até o dia 6 de fevereiro, na secretaria da unidade, localizada no Espaço Cultural José Lins do Rego. Estão sendo oferecidas aulas de violino, violoncelo, piano e musicalização infantil. As vagas são limitadas.

As ações desenvolvidas pela EEMJJ junto a crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais, além de promoverem  a inclusão social por meio da música, atuam junto ao desenvolvimento integral da pessoa com deficiência. 

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Através de suas atividades musicais, aulas de instrumentos e de musicalização, a escola proporciona aos seus alunos muito mais que uma aproximação com essa linguagem artística acionando estruturas psicomotoras que agem em sua formação humana e favorecem que mecanismos de compensação dessas deficiências sejam acionados.

Neste ano, a escola iniciará seu grupo de estudos musicais envolvendo alunos com altas habilidades, superdotação, onde serão trabalhados diferentes aspectos relacionados ao fazer musical.

 

Mais informações, entrar em contato pelo telefone 99946-1022.

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Sob o comando do Maestro Marlos Nobre, a Orquestra Sinfônica do Recife (OSR) reúne seus instumentos de corda, sopro e percussão, numa harmonia de sons, para realizar ensaios diários no histórico Teatro de Santa Isabel, sua 'casa'. A prática vai das nove da manhã ao meio-dia, e é o melhor caminho para a perfeição durante os concertos. Contrariando a crença de que basta ter talento nato, os músicos ainda dedicam cerca de duas a três horas por dia a estudos individuais, cuja importância é destacada de maneira unânime pelos membros da orquestra. Além disso, para vencer as adversidades, é necessário incluir ainda força de vontade, dedicação, foco e carinho pelo que fazem em suas rotinas.

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Na Orquestra, o português Antonio dos Anjos, aposentado em Portugal, atua como spalla. O termo italiano é usado para designar o primeiro violino da orquestra, que executa os solos e hierarquicamente está abaixo apenas do maestro, a quem eventualmente pode substituir na regência em ensaios e orientações aos músicos. Ele morou até 2011 em seu país natal, até que veio ao Brasil com sua esposa nordestina. A princípio, a ideia era apenas passar férias e curtir o tempo livre, mas o amor pelo que faz é tão grande que não soube ficar longe da música por muito tempo. Ao receber um convite para voltar à ativa, aceitou e fincou raízes de vez no Recife. Agora, se dedica novamente aos sons das sinfonias.

Jade Martins, violinista, começou a trilhar seu caminho no universo musical aos 11 anos, por influência da família, ao entrar no Conservatório Pernambucano de Música para estudar. O que no inicio era apenas um hobby hoje é profissão e estilo de vida. Aos 25 anos, a estudante se divide em mil para cumprir sua pesada agenda que inclui tocar na Orquestra Sinfônica do Recife e na Orquestra de Câmara de Pernambuco, assistir aulas na faculdade - na qual está cursando sua segunda graduação ligada à música -, dar aulas particulares e se apresentar em casamentos e outros eventos.

Em entrevista ao LeiaJá, ela garante que sua rotina é prazerosa, pois ama o que faz, mas não deixa de destacar a dificuldade. “Acredito que posso ser bem-sucedida financeiramente na música assim como em qualquer outra área é possível, mas acho que o incentivo para a música clássica, principalmente aqui em Pernambuco, não é o suficiente”, conta. “Nós não recebemos salários bons, não temos incentivos, temos que nos desdobrar ao máximo para ir atrás de qualquer chance e, quando finalmente conseguimos, não temos auxílio nenhum, nem em coisas como passagens, nada. A gente rema contra a maré”, conclui.

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Tocando em orquestra há 29 anos, o violoncelista Fabiano Menezes afirma que consegue viver da música. No entanto, faz questão de frisar: “É um privilégio. A gente sabe que é difícil no Brasil viver de música, então para todos os artistas que conseguem viver de arte é mágico, e bem gratificante”, diz o músico ao LeiaJá.

João Carlos Araújo, um dos mais antigos integrantes da Orquestra Sinfônica do Recife, com 23 anos de casa, também vive da sua arte, e se mostra contente que o público ainda nutra um interesse pela música clássica, como provam os concertos de casa cheia realizados no Teatro de Santa Isabel. Por outro lado, ressalta a necessidade de mais incentivo público. “Acho que a Orquestra deveria também ter atividades mais populares. Não de popularizar o repertório, mas de popularizar as locações, por exemplo, propondo uma apresentação na Jaqueira, no Treze de Maio, no Marco Zero, ou seja, em espaços públicos que tenham capacidade e alcance maiores”, sugere. 

Ele destaca também as 30 vagas atualmente em aberto no grupo. “É uma defasagem que poderia estar sendo preenchida por jovens talentosíssimos, mas eles não têm a oportunidade de fazer um concurso”, afirma João Carlos.

Alguns programas de bolsas de estudo na música são oferecidos para jovens talentos, como a violoncelista Herlane Silva. Ela, que assim como Jade começou sua paixão pela música aos 11 anos, ingressou nesse mundo através de um projeto social, e desde então não consegue mais se ver fazendo outra coisa. “Eu tinha escolhido o violino a princípio, mas achei muito agudo. Depois passei para o contrabaixo e não gostei. Por fim, eu fui assistir a uma aula de violoncelo e me apaixonei de vez”, conta.

A viola Macdonald, feita por Antonio Stradvairus em 1717, está em leilão. Caso os 45 milhões de dólares, equivalente a cerca de R$ 100 milhões, que estão sendo esperados sejam alcançados, esse será o mais novo recorde, tornando o instrumento o mais caro já leiloado. Quem quiser dar as suas ofertas, terá até o dia 26 de junho para realizá-las através de depósito feito em envelopes. 

Hoje em dia, só há 10 violas feitas por Stradivairus no mundo e a maioria está em museus e fundações, e as violas do artista são as mais valorizadas. No total, ainda existem 50 violoncelos e 600 violinos. Inclusive foi um violino Lady Blunt o instrumento mais caro vendido em leilões até agora, com quase 16 milhões dólares. Vale ressaltar que o instrumento atualmente em leilão está extremamente conservado. 

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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está com inscrições abertas para o processo seletivo que irá contratar professor substituto para o Departamento de Música. A oportunidade é para a área de Instrumento de Cordas (violoncelo). Interessados podem se inscrever até o dia 27 de novembro, na secretaria do departamento, das 8h às 12 e das 14h às 17h.

A taxa de inscrição custa R$ 70 e deve ser paga através de depósito bancário na Conta Única da União, no Banco do Brasil, de acordo com as informações do site da UFPE. Para participar é preciso ter graducação em Música. O salário varia entre R$ 2.714,89 e R$ 4.649,65, a depender da titulação do candidato. O processo seletivo é composto por julgamento de títulos, prova escrita e/ou prova didática ou didático-prática. As datas para realização das provas ainda não foram definidas. 

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O prazo de validade da seleção é de um ano, podendo ser prorrogado por 24 meses. 

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