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Após cinco longos anos de restauração, o Big Ben de Londres, o relógio mais famoso do mundo, sairá oficialmente do silêncio no domingo (13) para marcar mais uma vez o ritmo dos dias na capital britânica.

Com seu imenso sino de 13,7 toneladas, o grande relógio que domina o Parlamento britânico retomará sua atividade normal após uma limpeza completa das mais de 1.000 peças que compõem seu mecanismo.

Em agosto de 2017, uma multidão se reuniu em Westminster para ouvir os últimos repiques de seus cinco sinos de ferro fundido. Alguns até derramaram uma lágrima.

Muitos se reunirão novamente no domingo às 11h GMT (8h de Brasília) para ouvir mais uma vez o som deste símbolo de Londres: seu carrilhão de quatro sinos tocará a cada quarto de hora, enquanto o sino principal tocará a cada hora, como aconteceu nos 158 anos anteriores à renovação.

A data coincide com o domingo seguinte ao 11 de novembro, dia em que o Reino Unido comemora o armistício da Primeira Guerra Mundial.

Nos últimos cinco anos, o Big Ben tocou poucas vezes, usando um mecanismo elétrico substituto. A última vez foi para o funeral da rainha Elizabeth II, que faleceu em setembro.

- "O som de Londres" -

No alto da "torre elizabetana" de 96 metros do Palácio de Westminster, os sinos são protegidos por uma rede externa para impedir a entrada de morcegos e pombos.

De lá, a vista de Londres é espetacular, mas os três relojoeiros responsáveis pelo Big Ben não têm tempo para apreciá-la.

Ian Westworth, de 60 anos, e seus colegas estão ocupados finalizando os testes para garantir que tudo estará funcionando corretamente após uma reforma de 80 milhões de libras (US$ 93 milhões).

"O som de Londres está de volta", diz Westworth à AFP durante uma visita ao campanário.

"Esses sinos tocaram atravessando as guerras", ressalta, impressionado com todas as transformações da cidade testemunhadas por eles.

A "torre elizabetana", o novo nome dado à torre do relógio em 2012 por ocasião do jubileu de diamante da monarca, foi construída na década de 1840.

Naquela época, sem tráfego, ou arranha-céus, "em uma noite tranquila você podia ouvir (o Big Ben) a até 24 quilômetros de distância", lembra o relojoeiro.

- Imitar as luzes vitorianas -

A restauração envolveu a limpeza e a pintura dos braços e martelos, mas os sinos não se moveram.

O sino principal, o Big Ben, é tão grande que para movê-lo seria necessário levantar todo piso da torre do sino.

A parte mais complicada foi desmontar o mecanismo do relógio de 11,5 toneladas, que remonta a 1859, para limpá-lo.

Além disso, 28 luzes LED agora iluminam os quatro mostradores do relógio, com cores que variam do verde ao branco para se assemelhar aos lampiões a gás da era vitoriana.

Outra luz branca maior foi colocada acima dos sinos para indicar quando o Parlamento está em sessão.

Antes da reforma, os relojoeiros verificavam a precisão da hora usando seus telefones. Agora, o relógio é calibrado por GPS.

Já o método de acertar a hora continua muito tradicional: moedas antigas são usadas para adicionar, ou subtrair, peso das molas do relógio gigante, permitindo que um segundo seja ganho, ou perdido.

Na torre do sino, durante os testes, é preciso usar tampões e protetores de ouvido para proteger seus tímpanos a cada nova hora em ponto.

São sete da manhã, e o Big Ben – um símbolo de estabilidade em um caótico contexto político britânico – ressoa sete vezes com um estrondo.

Embora ensurdecedor, o inconfundível som também é um sinal de estabilidade, após anos de grande turbulência política no Reino Unido.

O palácio de Westminster, um impressionante complexo gótico às margens do rio Tâmisa, também precisa de uma grande reforma, mas as disputas políticas sobre seu alto custo atrasaram o processo.

Enquanto isso, Westorth e seu colega Alex Jeffrey, de 35 anos, continuam concentrados em seu trabalho: cuidar dos 2.000 relógios do Parlamento britânico.

"É o melhor trabalho do mundo", diz o mais novo.

Os principais concorrentes à Presidência apostam em jingles com ritmos populares para atrair o eleitorado nas redes sociais. Com letras simples e repetitivas, as músicas servem como 'isca' para marcar a presença do candidato nas plataformas e na cabeça do eleitor.

As trilhas já somam milhões de visualizações, mas a tendência é que elas façam ainda mais sucesso a partir do dia 26 de agosto, quando poderão ser reproduzidas na televisão e no rádio. Com foco no público jovem, quem ainda não lançou seu jingle sai atrás dos candidatos que relacionam sua imagem a mais de um ritmo.

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Líder nas pesquisas, Lula (PT) confiou na releitura de "Lula Lá", lançada na campanha de 1989, para revitalizar sua imagem. A equipe do petista também divulga um piseiro que fala sobre voltar para o ex e coloca Lula como a solução para a retomada econômica.

Jair Bolsonaro (PL) não se distanciou do agronegócio e escolheu o atual ritmo mais popular do Brasil. O sertanejo "Capitão do Povo" versa sobre a família e reforça o apelo religioso. Em determinado verso, Bolsonaro é apontado como digno de fé.

Do Ceará, Ciro Gomes (PDT) defende a quebra da polarização com o "Forró da Virada". O jingle tenta atrair o voto como uma opção para a harmonizar o cenário político. A estratégia da equipe de Ciro também considerou a variedade sonora do Brasil e lançou um pagode e uma marchinha.

Simone Tebet (MDB) destaca a força da mulher em um feminejo que a descreve como a esperança do Brasil. A candidata mais popular também tem um samba e outro sertanejo no embalo da campanha.

O samba também foi escolhido por Luciano Bivar (União Brasil) para anunciar a proposta de criar um imposto único. Os demais concorrentes ainda não lançaram seus jingles.

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O cenário musical paraense vem ganhando diversos nomes de destaque. Entre as novidades está o músico Reiner, que comemora um ano do lançamento do EP “Breu”, importante registro da musicalidade paraense.

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“O meu primeiro contato com a música é desde muito pequeno. Lembro de pedir para tocar Renato Russo, Chico Buarque, Caetano Veloso, Ramones", disse o artista sobre sua formação.

Aos 12 anos, Reiner começou a pesquisar música. "Eu escutava bastante Ramones nessa época e fiquei enchendo o saco do meu pai para me dar uma bateria para eu aprender a tocar, ao invés disso ele me deu um violão de náilon. Eu comecei a tentar aprender a tocar e desde do primeiro momento eu queria fazer as minhas próprias coisas, criar e tal”, contou o músico.

O EP “Breu” foi lançado em abril de 2021. Representa a descoberta do estilo musical de Reiner, uma mistura entre o trip hop e o regional amazônida. “O processo criativo de 'Breu' foi 100 por cento consciente de onde eu queria estar e o som que eu queria fazer. Eu fiquei três anos estudando trip hop, que é um gênero musical da Inglaterra no qual os caras desaceleravam o rap, o disco music, para fazer uma música mais introspectiva, meio psicodélica até. Basicamente eu fui atrás de tudo isso, toda essa história para fazer uma coisa que eu queria, que é pegar o trip hop como base do trabalho e misturar ele com música negra e música regional”, afirmou.

Reiner diz que, além dessa musicalidade na melodia, o trabalho também possui um discurso político muito forte que vem a partir de sua vivência trabalhando numa empresa. Além de músico, ele é engenheiro elétrico. “Eu tive uma experiência muito negativa nessa empresa. Acordava às 5 da manhã e chegava em casa 6 horas da tarde todos os dias e foi uma época que o governo Bolsonaro tinha acabado de chegar ao poder e a maioria dos trabalhadores de lá são bolsonaristas e eles não percebem o quanto de exploração que está sendo aplicada ali nesse cotidiano e que essa rotina aliena e impede essas pessoas de pensarem criticamente sobre diversos assuntos. Então isso me motivou muito a escrever músicas e a falar sobre o que eu queria falar e de cada vez mais estar alinhado à esquerda radical”, ressaltou.

“Eu passei muito tempo fazendo coisas e escrevendo músicas que não refletiam a musicalidade daqui. Eu queria negar isso durante muito tempo, depois eu fui entendendo que não tinha como eu fugir disso, porque eu acredito que o povo paraense é muito conectado à cultura tradicional e à cultura popular, o que é muito diferente de outras cidades do país”, contou Reiner sobre seu entendimento da cultura do Estado e também sobre si mesmo. Por muito tempo ele disse ter se enxergado como uma pessoa branca, até perceber que não se encaixava nisso nem na musicalidade que esse público produzia.

O músico também falou sobre a música amazônida e como ele a vê como um todo experimental. “O meu lance é que as minhas coisas não são óbvias, elas são bem conceituais, e eu vejo que tem uma porta muito fechada para o tipo de som que eu faço. A música que eu faço ao mesmo tempo que ela é daqui e ela é universal. Algumas coisas são muito fechadas, aqui dentro de Belém mesmo. No Brasil, chegar no público é difícil porque a distância física ainda é um empecilho muito grande pro nosso trabalho”, destacou.

Reiner vai lançar um single em breve com o cantor Rasec e um outro com Antonio de Oliveira. Ele disse que tem um disco a caminho para dar continuidade ao trabalho que o  “Breu” começou, com assuntos políticos, porém de maneira mais leve. “A gente está fazendo show todo mês e estou organizando alguns eventos com o Pratagy, a gente tem um selo junto, e a gente está promovendo eventos todos mês com artistas que a gente gosta. Na arte que está sendo feita aqui em Belém tem muita coisa para ser mostrada e muita gente para ser ouvida”, concluiu o artista.

Reportagem de Yasmin Ismael Seraphico (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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O carimbó é um ritmo típico paraense que faz parte da vida e história de milhares de pessoas no Estado e no país. Além de ser tombado como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, o carimbó muda a vida de quem o escolhe como carreira. É o caso de Fernanda Anjos, que faz parte de sete grupos de carimbó, sendo cinco como flautista e três como dançarina.

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Fernanda começou a sua trajetória na música aos seis anos de idade, quando se interessou pela flauta doce. Após isso, ela passou a aprender mais sobre o instrumento e fez parte de projetos sociais na Aldeia Amazônica, onde ficou sabendo sobre a seleção para o programa Vale Música. A partir daí, em 2004, ela começou os estudos de musicalização e se apaixonou pela flauta transversal, seu instrumento até hoje.

Para a musicista, o carimbó já abriu diversas oportunidades de viagens, apresentações e premiações dentro e fora do país. “O carimbó já me levou para diversos festivais nacionais e internacionais de folclore. Com o grupo Frutos do Pará eu tive o privilégio de conhecer o maior festival nacional de folclore do Brasil, que é em Olímpia, São Paulo. Também fomos pra festivais como Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, Festival Internacional de Nova Petrópolis, Festival Internacional de Quinta do Sol no Paraná e muitos outros. Já com o Iaçá Luterana eu pude representar o Brasil na Europa, participando do projeto da Kinder Cultura Caravana da UNESCO e UNICEF. Foi uma turnê de três meses passando pela Alemanha, Suíça e França”, informa.

O ritmo paraense é geralmente conduzido e cantado por homens. Fernanda afirma que para ela é uma conquista conseguir abrir espaço para a estética feminina dentro dos grupos musicais por onde passou. “Quando eu comecei a tocar, a presença feminina nos grupos musicais parafolclóricos era bem pequena. Então, a mulher naquela época não tinha um espaço visual estético dentro do musical, ela sempre usava as mesmas roupas que os homens, sem essa diferenciação. Ao longo do tempo eu consegui impor a minha presença feminina estética em todos os grupos por onde eu passei e particularmente eu coloco isso como uma conquista, um marco na minha vida enquanto musicista”, relata.

Apesar dos vários desafios que envolvem o fazer música na Amazônia, Fernanda conta que foi um baque passar do estudo erudito para grupos folclóricos, em que o saber é muito mais na prática. “Foi desafiador, já que na cultura popular os músicos tinham um conhecimento mais empírico. Eu já não usava partitura nas apresentações com os grupos folclóricos como eu usava na orquestra e nas bandas sinfônicas com o maestro. Na cultura popular, os músicos escutam as músicas e depois vão reproduzindo, pegando de ouvido, já é um outro formato. Com o tempo eu fui aprendendo e tendo domínio. Hoje em dia eu toco e danço com vários grupos em Belém”, observa.

Fernanda Anjos ama a cultura popular regional desde bem pequena e tem planos para projetos futuros que incentivem outras pessoas, jovens, crianças ou adultos, a imergir nos ritmos paraenses. “Eu ainda pretendo realizar um recital de flauta transversal com repertório todo da cultura popular.”

Por Ana Lúisa Rodrigues (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).

A Rússia "desacelerou o ritmo da ofensiva" militar na Ucrânia no início do quinto dia da invasão, quando são aguardadas negociações em Belarus, afirmou nesta segunda-feira (28) o exército ucraniano.

"Os ocupantes russos desaceleraram o ritmo da ofensiva, mas continuam tentando obter êxitos em algumas áreas", afirma um comunicado divulgado pelo Estado-Maior ucraniano.

A Rússia invadiu a Ucrânia na quinta-feira, o que marcou o início de uma guerra que chocou o mundo.

As forças ucranianas, apoiadas por armamento ocidental, lutam de maneira intensa para resistir ao avanço do exército russo, segundo o governo dos Estados Unidos, que lidera as condenações e a campanha do Ocidente de sanções.

"Em violação ao direito humanitário internacional, os ocupantes executaram um ataque com míssil contra edifícios residenciais nas cidades de Zhytomyr e Chernigov", afirmou o Estado-Maior das Forças Armadas, em referência a cidades do noroeste e norte do país.

"Ao mesmo tempo, todas as tentativas dos invasores russos de alcançar o objetivo da operação militar fracassaram", acrescentou.

"O inimigo está desmoralizado e sofre muitas perdas. Observamos casos frequentes de deserção e desobediência. O inimigo percebeu que a propaganda e a realidade são diferentes", conclui a nota do exército ucraniano.

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A dança está presente na vida de todo e qualquer paraense, sendo um grande traço cultural do Estado do Pará. Esse aspecto é fortemente ilustrado no documentário “Paraense Dançarino”, produzido pelo jornalista, compositor, publicitário e escritor Edson Coelho de Oliveira, e lançado neste mês de dezembro no Youtube.

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Edson conta que, como letrista, é parceiro de um dos maiores cantores de brega do Pará, Luiz Guilherme, e que sempre o acompanhou nas festas, ficando deslumbrado com o tema. “Quando eu e meu amigo Eduardo Alves fomos atrás de um tema, para inscrevermos no edital Prêmio Preamar de Cultura e Arte, o tema da dança saltou na hora, a gente morava em Bragança e convivia muito proximamente com o tema no cotidiano”, relata.

Por já trabalhar com publicidade e com cinema, o jornalista diz que não teve dificuldades na produção. Edson e sua equipe definiram datas e locais, dentro da região nordeste paraense contemplada pelo edital. “A equipe básica então fui eu, com o roteiro e direção; o Eduardo Alves, que desde o início participou das ideias e do roteiro, além de ter editado e fez a pós-produção; a Luciana Martins, na coordenação de produção; e o Renato Chalu, com imagens e a direção de fotografia”, cita.

O documentário foi todo filmado nas duas primeiras semanas de janeiro deste ano. Edson Coelho destaca a ausência das festas causada pela pandemia como uma dificuldade durante as gravações. “Mas reunimos um time ótimo de entrevistados, que de certa forma são o próprio doc, além do pessoal dançando na rua, na cozinha, fazendo churrasquinho, bebendo cerveja à beira de rio”, relembra.

Além disso, ele conta que, como sempre ocorre na produção de um documentário, a própria dinâmica das filmagens traz surpresas. Uma delas foi o encontro com os músicos Manoel e Felipe Cordeiro, em Bragança, que colaboraram bastante por meio do conhecimento sobre o Pará. Além disso, também deram contribuições valiosas compositores como Tonny Brasil – que realizou uma trilha especialmente para o curta –, Ronaldo Silva, Paulo Uchoa e Márcio Montoril, que cederam músicas para os efeitos sonoros do trabalho.

“Também houve sessão de imagens que não tínhamos como captar, como o pessoal dançando de terno e gravata em Santarém Novo, imagens que nos foram cedidas pela Cris Salgado e pela Irmandade do município”, acrescenta Edson.

O jornalista também relata o que aprendeu durante a produção do documentário, como de onde vêm a paixão pela música e a perícia dos dançarinos. Ele cita a proximidade com os ritmos dançantes do Caribe, recriados em forma de brega e lambada. “E como o nosso amor influencia, por nos colocar em contato cotidiano com a dança, por nosso contato apaixonado cotidiano com a música”, complementa.

O jornalista diz que achou o resultado final dinâmico, esclarecedor e delicioso de assistir, e que teve as melhores reações do público. "Quando você vê a coisa de dentro pra fora, vê pequenos defeitos, e também se defronta com ideias que teriam enriquecido o trabalho, mas isso é sempre inevitável. Gostei mesmo do resultado”, conclui.

Confira do documentário no link abaixo:

https://youtu.be/xRXCfTL2P2c

Por Isabella Cordeiro.

Pela primeira vez em um ano e meio, as maiores operadoras de shoppings do Brasil conseguiram vender mais do que antes da pandemia. Aliansce Sonae, BRMalls, Iguatemi e Multiplan vinham registrando quedas nas vendas dos lojistas desde que a crise sanitária fechou o comércio e, posteriormente, permitiu a abertura aos poucos.

Com o avanço da vacinação e o fim das restrições para os centros de compras, o quadro se inverteu. Em outubro, essas empresas viram crescimento nas vendas em relação ao mesmo mês de 2019, em termos nominais. Iguatemi e Multiplan tiveram altas de 15% e 10%, respectivamente. Aliansce e BRMalls confirmaram que houve aumento, mas sem divulgar dados.

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"Em novembro, as primeiras semanas de vendas também foram boas", afirmou o presidente da Aliansce Sonae, Rafael Sales, em reunião com analistas.

Paralelamente, a inadimplência dos lojistas e os espaços vagos dos shoppings estão diminuindo pouco a pouco.

PERSPECTIVAS

A pergunta que fica agora é se os negócios vão permanecer saudáveis, em meio à piora da economia brasileira, com juros e inflação em alta. Na visão dos empresários, a expectativa é de desempenho muito forte nas vendas neste fim de ano, com Black Friday e Natal. Para o próximo ano, pairam dúvidas.

Sales, da Aliansce Sonae, afirmou que estimar o desempenho das vendas para 2022 é um "exercício mais complexo" devido às incertezas. "Não sabemos como estará a economia brasileira no ano que vem", afirmou. Mas ele se diz otimista, porque o pior da pandemia ficou para trás, e a sua rede tem boa ocupação, além de novos canais para vendas online.

O presidente da BRMalls, Ruy Kameyama, também tem visão positiva. Segundo ele, a recuperação nas vendas foi vista em todas as regiões onde está presente, especialmente nos empreendimentos do Centro-Oeste e do Paraná, regiões puxadas pelo agronegócio.

"Temos percebido que existe um interesse forte dos lojistas para entrar nos shoppings", disse, em teleconferência. A expectativa, segundo ele, é cortar descontos nos aluguéis e reajustar aluguéis para recuperar parte das receitas.

Na rede Iguatemi, com shoppings voltados para as classes A e B, a previsão é de que as vendas sigam fortes até a metade de 2022. Isso porque os seus consumidores ainda estão limitados para viajar e devem direcionar boa parte dos gastos com lazer e compras para o mercado local, diz a vice-presidente de finanças, Cristina Betts. O Iguatemi prevê que a taxa de ocupação suba de 90,7% para 93% no fim do ano.

Para analistas, o movimento de recuperação deve continuar, embora em ritmo diferente. "Os shoppings de baixa renda devem se recuperar mais lentamente do que aqueles de alta renda, já que o crescimento da inflação está concentrada em alimentos e mercadorias", afirmou o analista do Citi André Mazini, em relatório.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ela começou a cantar em 2018 em eventos particulares, mas decidiu encarar a noite paraense e desde o início de 2021 vem fazendo shows em Belém e região. As apresentações são ecléticas, mas Bia Salles estoura com o Forró Universitário e o Piseiro, que vem ganhando espaço no cenário nacional.

"Tenho feito shows todos os finais de semana. Tenho tentado conciliar com a minha vida fora, onde trabalho também em hospital. Graças a Deus, tenho sido bem aceita por onde passo. Poucas mulheres cantam esse estilo que eu canto aqui em Belém. Estou me preparando para lançar minha primeira música no mês que vem", disse a artista.

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Bia Salles está com a agenda cheia para o fim de semana. Na sexta-feira ela se apresenta no Stadium Boliche e no PontocomB@r. No sábado, faz show no Napoli Premium. E no domingo, além de cantar na Falabelolub e Verôchopp, ela canta em um evento particular.

Da assessoria da cantora.

 

Há poucos eventos na história dos Estados Unidos que chegam perto do milhão de mortos. Estima-se que a gripe espanhola, de 1918, tenha matado 675 mil americanos, de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças, quando a população era um terço do que é hoje. Mas isso ocorreu quando ainda não existiam vacinas contra a gripe, antibióticos, ventilação mecânica e outros recursos médicos.

Drew Gilpin Faust, historiador e ex-presidente da Universidade Harvard, disse que as conquistas médicas e sociais nos EUA levaram muitos americanos a acreditarem que estavam prontos para qualquer coisa, que "havíamos conquistado a natureza". "Quando montaram hospitais de campanha no Central Park (em Nova York) e corpos começaram a ser empilhados porque não havia capacidade para enterrá-los, ficamos chocados e não pensamos que isso aconteceria conosco", disse Faust. "O senso de domínio sobre a natureza foi seriamente desafiado pela pandemia."

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Os óbitos pelo coronavírus nos EUA ocorreram mais rapidamente à medida que a pandemia avançava. A primeira morte foi registrada em fevereiro de 2020. Em 27 de maio, 100 mil pessoas já haviam morrido. Demorou quatro meses para o país registrar outras 100 mil mortes e mais três até a marca de 300 mil óbitos. As 400 mil mortes chegaram apenas cinco semanas depois.

Embora a velocidade de contágio pareça diminuir, cerca de 1,9 mil americanos morrem em média por dia - 29 milhões de pessoas tiveram covid nos EUA, quase o triplo de casos registrados no Brasil, segundo a Universidade Johns Hopkins.

"É mais um dia triste em nossa história", disse Ali Mokdad, epidemiologista da Universidade de Washington. "Nossos netos e as gerações futuras olharão para trás e nos culparão pelo fracasso em enfrentar uma pandemia no país mais rico do mundo. Permitimos que as pessoas morressem, não protegemos nossa população mais vulnerável, indígenas, latinos e negros. Não protegemos nossos trabalhadores mais essenciais."

Ainda levará meses para vacinar toda a população americana, e novas variantes mais contagiosas do vírus podem desfazer rapidamente o progresso da imunização e provocar outro pico de covid-19. O Institute for Health Metrics and Evaluation, centro de pesquisa em saúde global da Universidade de Washington, projetou que os EUA poderiam atingir mais de 614 mil mortes até o dia 1º de junho.

Segundo os pesquisadores, porém, fatores como o uso de máscaras, o distanciamento social e a velocidade da vacinação podem afetar essa estimativa. (Com agências internacionais).

O São Paulo vive sua melhor fase sob o comando do técnico Fernando Diniz, que chegou ao clube em setembro do ano passado. O treinador achou a posição de Daniel Alves no meio de campo da equipe, Alexandre Pato desencantou nos últimos jogos e Pablo também encerrou o jejum de gols no clássico de sábado.

Embalado pelas vitórias importantes, por 3 a 0 sobre a LDU, pela Copa Libertadores, e a de virada por 2 a 1 sobre o Santos, pelo Paulistão, o São Paulo não sabe quando voltará a jogar por causa da parada dos campeonatos em razão da pandemia do novo coronavírus.

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No clássico contra o Santos, o São Paulo jogou no Morumbi sem público por causa da recomendação da Federação Paulista de Futebol (FPF). Após a vitória, Fernando Diniz lamentou a quebra da sinergia com a torcida. Haviam sido vendidos mais de 16 mil ingressos para a partida, e os torcedores serão ressarcidos. Contra a LDU, mais de 39 mil pessoas acompanharam a vitória no estádio.

"Sempre faz falta, ainda mais que a torcida do São Paulo está se encaixando com o time, criando uma sinergia. Os jogadores ficam mais contagiados, sentem essa vibração. Foi ruim, porque essa conexão com a torcida está cada vez mais encaixada", afirmou Diniz.

No fim de semana, o São Paulo garantiu a classificação para as quartas de final do Paulistão. A equipe lidera o Grupo C, com 18 pontos, um a menos do que o Santo André, que tem a melhor campanha do campeonato. Na Libertadores, o São Paulo está no Grupo D ao lado de River Plate, LDU e Binacional, todos com três pontos cada.

A partir desta terça-feira (17), o elenco foi liberado por tempo indeterminado das atividades no CT da Barra Funda. Os jogadores se reapresentam apenas para receber orientações da comissão técnica e do departamento.

 

Confira o que o São Paulo precisa manter na pausa da temporada:

DANIEL ALVES EM NOVA FUNÇÃO

Após conviver com indefinição sobre sua posição - no meio ou na lateral-direita, Daniel Alves deslanchou nesta temporada atuando praticamente como volante. Ele é o artilheiro do time em 2020, com cinco gols marcados.

ALEXANDRE PATO GOLEADOR

O atacante ficou mais de seis meses sem balançar as redes. No entanto, ele encerrou o jejum no dia 22 de fevereiro e tem quatro gols marcados nesta temporada, sendo o vice-artilheiro do time. Ele também mudou um pouco de função: vem atuando mais como centroavante, um "falso 9".

EMBALO DE PABLO

Outro que vinha em um jejum de gols, Pablo marcou duas vezes e decidiu a virada por 2 a 1 sobre o Santos. Ele não balançava as redes havia nove partidas, desde o dia 22 de janeiro, na estreia deste ano. O atacante foi elogiado pelo técnico Fernando Diniz: "Mais do que precisando, ele estava merecendo. Está fazendo uma boa temporada, tem jogado constantemente bem a maioria dos jogos. Ficou marcado pelos gols perdidos contra o Binacional, mas vem fazendo boa temporada".

SINERGIA COM A TORCIDA

A estreia do São Paulo na Copa Libertadores da América contou com 39.107 torcedores que empurraram o time desde os primeiros minutos rumo à vitória por 3 a 0 sobre a LDU. O estádio também teria um bom público no clássico contra o Santos, já que mais de 16 mil ingressos haviam sido vendidos, mas teve portões fechados por causa da pandemia do novo coronavírus.

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O brega completou 50 anos em 2019 e fica mais forte com o passar do tempo. Ao lado da pegada do tecnobrega, o ritmo é uma forte expressão popular da periferia de Belém.

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O brega surgiu da criatividade que alguns. Músicos ouvintes das rádios dos anos 70 decidiram substituir as letras dos sucessos internacionais pelas letras nacionais e adicionaram batidas marcantes na melodia, criando, assim, o novo ritmo.

Segundo o jornalista Jorge Reis, que foi diretor da rádio Liberal, houve uma força artística muito grande e os músicos paraenses começaram a compor músicas de gosto popular, mas com influências do techno e dance. “Do mesmo jeito que aconteceu o axé na Bahia, o Pará começou a produzir essa expressão artística, com influência tecnológica, influência estrangeira, versões de músicas de novelas e de rádio”, disse.

Nos anos 80, o ritmo estourou. Surgiu a Banda Calypso, expressão muito grande do ritmo. Nesse período houve uma verdadeira cena artística musical das periferias, que ganhou espaço no centro e entrou nas rádios. “Tudo o que acontece é devido a esse início, que foi deflagrado por pessoas como o Tony Brasil, que é compositor de nove entre dez músicas de sucesso do tecnobrega e criou também essa expressão”, explicou Jorge Reis.

No início dos anos 2000, o tecnobrega explodiu. Tony Brasil, cantor com 36 anos de profissão, foi quem aperfeiçoou o ritmo no Pará. Segundo o produtor e músico, o avanço tecnológico permitiu que novas técnicas surgissem. “Brega, para mim, é além de meu trabalho e vida, é a válvula de escape para o povo da minha terra. Desde que me entendo vejo o Brega como a festa onde as pessoas se reúnem para curtir todas as influências musicais que recebemos de outros lugares e culturas, traduzidas em um único estilo”, destacou Tony Brasil, que tem quase duas mil composições.

Segundo Wanderley Andrade, que começou a cantar brega aos 14 anos de idade, o ritmo teve grandes influências. “Espero que venham mais cantores que possam enraizar o nosso ritmo, mas que venham com conteúdos, com letras maravilhosas que vão durar de geração em geração”, disse o cantor, que faz, em média, 30 shows por mês, em todo o Brasil, e conquistou o público com canções como “Traficante do amor” e “Ladrão de coração”.

A cantora de brega Rose Marie disse que o ritmo tem um significado muito grande no Pará. “O brega merece esse reconhecimento, porque não é justo não dar o valor a que é tanto executado dentro do Estado”, concluiu a cantora.

O brega está na rotina dos paraenses, que se sentem representados pelo ritmo. “Eu gosto de brega porque eu sempre ouvia na minha jovem guarda, vou deixar de ouvir só quando eu morrer”, disse Almeri Reis, de 55 anos.

As aparelhagens têm papel fundamental na divulgação do brega paraense. “A aparelhagem sempre vai ser importante para fortalecer o brega, porque não deixa de ser uma vitrine. O Dj mostra o seu trabalho com todo seu potencial de atrair o público para a aparelhagem e tocar o brega, o verdadeiro brega”, concluiu Dj Franjinha, da aparelhagem Carroça da Saudade.

 

Passado o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado no último domingo (3), muitos estudantes se sentem como se tivessem tirado um peso das costas. E por isso, acreditam que é a vez de relaxarem durante a semana que antecede a segunda etapa de provas. Ao mesmo tempo, sentem que há necessidade de continuar com as revisões das disciplinas. Mas como manter o ritmo dos estudos sem deixar de descansar?

No próximo domingo (10), milhões de estudantes farão as provas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Para o professor André Maia, de biologia, é muito importante que o aluno descanse, mas que pelo menos até sexta-feira, revise alguns assuntos da disciplina que geralmente caem na prova. “Assuntos como citologia, ecologia, doenças, entre outros que costumam aparecer no Enem, merecem uma revisada durante a semana. Mas depois disso, é ideal que o aluno desacelere e relaxe, pois, o que tinha de ser absorvido, já foi absorvido”, aconselha o educador.

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Na opinião do professor de química Berg Figueiredo, revisar conteúdos de Ciências da Natureza com questões interdisciplinares é uma boa técnica para estudar as matérias sem cansar. “Se você acerta uma questão interdisciplinar, você aumenta a sua pontuação em outras disciplinas. Como por exemplo, eletroquímica e radioatividade que envolvem conceitos matemático, como a regra da proporção”, explica Berg. O professor também indica assistir a séries como forma de estudo e relaxamento. "A série Chernobyl trabalha muito  radiotividade. Então, dá para o aluno revisar assistindo a série e dar uma descansada. As paródias também podem ajudar muito", conclui.

A psicóloga Karla Cabral pontua algumas maneiras de como o candidato pode conciliar os estudos com o descanso no resto da semana.

Dormir bem

Inicialmente, o aluno precisa ter boas noites de sono, principalmente porque ele já passa o dia revisando os assuntos da prova. E mesmo que o estudante queira estudar intensamente, não adianta se ele não tiver uma jornada de sono de pelo menos sete ou oito horas diárias. Não dormir bem pode interferir diretamente no rendimento mental, segundo a psicóloga. 

Alimentação saudável

Com a ansiedade em função da prova, alguns candidatos podem deixar de comer ou comer intensamente, o que pode ocasionar, inclusive, transtornos alimentares. Então, buscar comer bem, evitar gordura, entre outros alimentos que não fazem bem para a saúde é uma técnica importante a ser seguida até mesmo no dia da prova, de acordo com Karla.

Atividades de lazer

É importante se permitir ter pequenos prazeres antes do Exame visto que este é um momento de estresse intenso, de pressão social, já que se impõe como uma escolha para a vida. Por isso, é fundamental que o participante faça outras coisas para além de focar nos estudos. "Então, escutar músicas que gosta, ter momentos em família, algo que sirva como estratégia de realxamento", argumentou a psicóloga.

Trabalhar a respiração 

"Normalmente, a gente não costuma parar pra sentir a nossa respiração. Dias antes da prova e durante a prova, é recomendável respirar corretamente, de modo a ficar mais tranquilo e mais confiante", aconselha Karla.

Os amantes do brega terão, no sábado pós-Carnaval, no Recife, a oportunidade de assistir aos shows dos principais artistas do gênero.  A festa 'Capital do Brega' será realizada no Cais da Alfândega com nomes como Michelle Melo, Labaredas, Joelma, Conde do Brega, Kelvis Duran, banda Metade e outros, além de MCs. A entrada será gratuita.

O evento é inspirado no documentário homônimo produzido em novembro de 2018 pela Globo Nordeste, que realiza o festival. Torpedo e banda Sedutora também estão entre as atrações. A festa começa às 18h.

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Confira a chamada e a programação completa do evento:

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Quando se fala em tecnomelody, uma das bandas mais lembradas pelos paraenses, e que representa muito bem esse ritmo, é a banda AR-15. Músicas que fazem muito sucesso até hoje, as chamadas “marcantes” como “Eu e o mar”, “Anjo Bom”, “Galera do Rock” podem ser ouvidas em qualquer ponto da cidade, desde um show de aparelhagem até dentro de um ônibus na capital.

A banda surgiu no final de 2006, e é uma das pioneiras do tecnomelody, o ritmo que estava começando nessa época. ”Eu parei a minha carreira para montar a banda, e dar início ao novo projeto que queríamos realizar. Tinha aquele melody mais lento, e aí começou o tecnomelody com o Dj Maluquinho, e depois veio a banda AR-15”, contou o cantor e compositor Harrisson Lemos, também empresário da banda.

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 O tecnomelody carrega a essência do brega, da música eletrônica e do romantismo. Em muitas das músicas da banda é possível notar a referência a equipes, aparelhagens e Djs. “Vou dançar, curtindo o som do Águia de fogo, amor. Dj Elison a tocar e Juninho a metralhar os nossos corações, com lindas canções”, diz um trecho da música “O Show do Águia”.

Harrisson Lemos explica que as aparelhagens cumprem um papel fundamental de divulgação das músicas. “As aparelhagens têm várias equipes, e todas elas querem músicas. Então no auge da banda, quando a gente iniciou, todo mundo queria uma música com a AR-15. Elas ajudam a divulgar o nosso trabalho”, afirmou.

O cantor também revela uma curiosidade sobre um dos hits da banda, chamado “Eu e o Mar”, ao contar que a música foi inspirada em uma história real vivida por um fã que terminou um relacionamento. “A gente recebeu uma mensagem de um fã contando que se deixou da namorada, e ficou em frente ao mar pensando nela, pedindo pra ela voltar, ouvindo o barulho das ondas. A gente pegou as estrofes principais e foi adaptando na melodia”, disse.

Há mais de 13 anos no mercado, a banda continua lançando músicas novas e fazendo sucesso tanto na capital quanto no interior do Estado. O cantor faz um balanço da trajetória da banda: “Graças a Deus continuamos fazendo muito sucesso, tendo uma aceitação muito grande do público, das pessoas que gostam do nosso trabalho e que curtem a nossa música”, destaca.

 Apesar da grande repercussão e apelo popular, no inicio o ritmo sofreu preconceito pela população local por ser um movimento que nasceu na periferia da cidade e ter a nomenclatura “brega”. Harisson Lemos faz uma comparação com o funk no Rio de Janeiro. “O que acontece com o brega hoje é a mesma coisa que aconteceu com o funk no Rio de Janeiro. Antigamente o funk era um ritmo de favela. Só que o funk foi crescendo, e quando se viu já estava na alta sociedade. O brega também nasce na periferia, só que ele se expande, daqui a pouco todo mundo tá cantando, dançando. O brega chegou a um nível que todo mundo gosta de curtir. Tanto o filho do rico quanto o filho do pobre gostam de brega”, argumentou.

Além de ter se tornado um ritmo popular, o tecnomelody quebrou barreiras quando artistas, bandas e aparelhagens passaram a se apresentar em casas de shows elitizadas da cidade, que anos atrás não cediam espaço a esse segmento. “Hoje as aparelhagens tocam nessas casas tops, elas entraram junto com as bandas para expandir esse ritmo. Isso é legal, porque a gente busca essa valorização do público que a gente não tinha antigamente”, explica.

Mesmo fazendo parte do dia a dia do paraense, o tecnomelody não conseguiu se  expandir para o resto do Brasil. A falta de incentivos do governo estadual contribui para que o ritmo continue limitado e não ganhe projeção nacional, como o sertanejo de Goiânia, o forró do Ceará e o funk do Rio de Janeiro. ]

Harrisson avalia o futuro do ritmo caso não haja uma mudança nesse cenário triste da música paraense: “Eu espero que venha surgir alguém com uma proposta nova para poder dar seguimento nesse ritmo, e um incentivo do Estado para valorizar o nosso tecnomelody. A cultura paraense é muito rica, só que infelizmente é pobre em investimento. Se não vier um ‘salvador’ do tecnomelody, mais na frente esse ritmo pode virar apenas uma música de saudade, para o pessoal relembrar”, concluiu.

Por Caroline Monteiro, Fernanda Cavalcante e Adrielly Araújo. Vídeo: Fernanda Cavalcante.

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O reggae, estilo musical jamaicano que conquistou fama em todo o planeta graças a artistas como Bob Marley, passou a integrar a lista de Patrimônio Imaterial da Humanidade, anunciou a Unesco nesta quinta-feira.

A decisão de incluir o reggae na lista foi tomada pelo Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, reunido esta semana em Port-Louis, a capital das Ilhas Maurício.

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"É um dia histórico", celebrou a ministra da Cultura da Jamaica, Olivia Grange, que viajou a Maurício para a oportunidade. "Destaca a importância de nossa cultura e nossa música, cujo tema e mensagem é amor, união e paz", afirmou em uma entrevista à AFP.

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) destacou que a contribuição deste estilo musical "à reflexão internacional sobre questões como a injustiça, a resistência, o amor e a condição humana demonstram a força intelectual, sociopolítica, espiritual e sensual deste elemento do patrimônio cultural".

A organização também recordou que, embora a princípio tenha sido uma expressão musical de comunidades marginalizadas, com o tempo o reggae foi "abraçado por amplos sectores da sociedade, sem distinção de sexo, etnia ou religião".

O reggae se une a uma lista criada em 2003 e que inclui quase 400 tradições ou expressões culturais, que vão da pizza napolitana até o flamenco, passando pela cerveja belga, a ioga e o tango.

O comitê da Unesco, que precisava examinar quase 40 pedidos de inscrição durante a reunião, também incluiu em sua lista as Parrandas de Cuba.

O reggae, apresentado pela Jamaica, se desenvolveu nos anos 1960 a partir do ska e do rocksteady, além de ter adicionado influências do soul e do rythm and blues americanos.

O estilo caribenho ganhou popularidade rapidamente nos Estados Unidos e Reino Unido, graças aos muitos imigrantes jamaicanos que chegaram ao país após a Segunda Guerra Mundial. Também se tornou música dos oprimidos, abordando temas sociais e políticos, a prisão e as desigualdades.

O reggae é indissociável do movimento espiritual rastafari, que sacraliza o imperador etíope Haile Selassie e promove o uso da maconha.

Em 1968, a canção "Do the Reggay" do grupo Toots and the Maytals foi a primeira a utilizar o nome reggae, um ritmo que depois conquistou grande êxito mundial graças aos clássicos de Bob Marley e seu grupo The Wailers, incluindo "No Woman, No Cry", "Stir It Up" ou "I Shot the Sheriff".

"O reggae é exclusivamente jamaicano", afirmou a ministra da Cultura antes da votação. "É uma música que nós criamos e que penetrou em todo o mundo".

Ao contrário da lista de Patrimônio Mundial, a de Patrimônio Cultural Imaterial não se estabelece segundo critérios de "excelência ou de exclusividade", de acordo com a Unesco. Não busca reunir o patrimônio "mais belo", e sim representar sua diversidade e destacar as artes e habilidades das diferentes comunidades.

por Rebeca Ângelis

"Capoeira é muito mais que uma luta, capoeira é ritmo, é música, é malandragem, é poesia, é um jogo, é religião”, já dizia mestre Pastinha - um dos primeiros guardiões da tradição praticada no Brasil. E, seguindo seus ensinamentos, muitos adeptos continuam mantendo-na como forma de ideologia, a exemplo do grupo de Capoeira Angola N’golo N’guzo, situado na cidade Alta de Olinda. 

É noite de segunda-feira e, aos poucos, o salão começa a se encher de alunos para a aula do mestre Marcelo Baia - professor de capoeira há 40 anos. A turma, que outrora era formada apenas por homens, hoje se contrapõe ao antigo cenário e agrega mulheres e crianças, todos juntos, formando uma roda em que todos são iguais. 

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Antes mesmo da aula propriamente dita iniciar, membros do grupo já começam a praticar outra aprendizagem: a de cidadania. Os primeiros que chegam se dividem na tarefa de varrer, organizar e manter o espaço limpo para mais um dia de “treino”. Eis que começa a aula. Nas lições, todos aprendem sobre ginga, maneira correta de se posicionar e tocar o berimbau. Capoeirista aprende, sobretudo, a dialogar com o próprio corpo, por meio dos reflexos ou da própria mandinga executada nos movimentos do Aú, Rabo de arraia, Biqueira, Tesoura, Rolê e várias outras defesas diante do adversário.

Todos aprendem a jogar de forma ímpar, mas em unanimidade, respeitando os princípios de ser cidadão em coletivo. “A capoeira vem da arte, de onde vem a ancestralidade. Vem da fé de acreditar em você e em algo mais, na união de pessoas. Na espiritualidade que se pode transformar as coisas.”, explica Marcelo. Confira o vídeo com entrevista exclusiva sobre o assunto:

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Luta e enfrentamentos

Desde seu início, a capoeira que existia originalmente no Brasil com referências africanas, era do tipo de Angola. Passou por várias lutas, principalmente, de 1890 a 1937, quando foi considerada crime previsto pelo Código Penal da República. Na época, para sobreviver ao ambiente hostil da sociedade, os alunos a praticavam em escolas clandestinas nos subúrbios.

No intuito de torná-la permitida, o angoleiro (nome dado ao praticante da Capoeira Angola) Mestre Bimba criou, em 1932, uma nova capoeira: a Regional. Fugindo de qualquer pista que lembrasse a origem “marginalizada”, uniu  técnicas de artes marciais como o boxe e jiu-jítsu e denominou como um método de ensino em academias.

A nova modalidade eliminava algumas posturas, mudava alguns movimentos e exigia alguns critérios para os integrantes como higiene, uniforme e até boas notas no colégio. Foi então, o período que a classe média branca começou a se interessar. Essa adaptação fez uma divisão entre os angoleiros e regionais, que criticam-se mutuamente embora se respeitem. Na missão de guardiões, os primeiros defendem a preservação da essência capoeirista, enquanto que os mais novos endossam que a capoeira precisa evoluir. 

De lá para cá, essa técnica corporal se expandiu e já ganhou adeptos em várias partes do mundo. Chegando ainda a ser reconhecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

Um jogo de resistência da cultura negra

Símbolo da resistência, desde quando era vista como uma prática marginalizada, a capoeira passa até hoje por obstáculos que desafiam sua essência. Isso porque nem todos os adeptos se consideram atletas e a tem como modalidade esportiva, mas sim como um símbolo e expressão da cultura negra, empregado desde a época da escravidão.

“Ê,  Zum zum zum, zum zum zum...Capoeira mata um”, já dizia  a letra do cantor Jackson do Pandeiro, mas a realidade para muitos é que querem matá-la, destruindo todo seu contexto. Entre as novas práticas, encontra-se a inserção da capoeira Gospel, criada por cristãos que propõem adaptar novas canções que não use nomes em menção a religiões matriz africanas como o candomblé e umbanda.

A adaptação é vista por muitos praticantes como sinônimo de apropriação cultural que impõe apagar a raiz do negro, bem como, seus símbolos sagrados, mantidos hoje desde sua origem. “É uma tentativa de assassinar a gênese da capoeira. Como é que um religião surge para matar a origem da própria cultura?”, questiona a mestra Mônica Santana, também integrante do grupo N’golo N’ guzu.

“Capoeira é filosofia de vida, é o legado dos nossos ancestrais. Tentar mudar ou adaptar isso a outros modos, é esquecer da história de lutas e enfrentamentos que nossos ancestrais passaram”, ressalta Marcelo.

Capoeira feminista

“Tem mulher que joga melhor do que muito homem capoeirista”. Seja nas ruas ou dentro das rodas, ouvir comentários como esse e achar que se trata de uma reprodução natural ainda é uma problemática comum entre os “capoeiras”. Justamente porque, o feminismo na capoeira luta contra as desigualdades e as comparações à força e estilo masculino de estar em uma roda de capoeira. Combater o machismo é defender a igualdade de gênero, sem medir qualidades específicas das mulheres. 

Essa compreensão de luta tem se tornado cada vez mais assídua entre as mulheres para defender seus espaços. Sobretudo na capoeira, que, durante muito tempo, foi predominantemente masculino. “Sofri com o machismo nas rodas, desde muito cedo. Até mesmo pela minha mãe que me proibia e permitia apenas que meu irmão fosse aos treinos. Na época questionei, mas por ser impedida de ir, só comecei a praticar com frequência a capoeira, anos mais tarde”, explica Mônica, angoleira desde 1985, que já tem o título de mestra e contra-mestra.  

“Nem mesmo o título de contra-mestra que me foi dado eu aceitava, achava que aquilo não era para mim. Quando quiseram me dar um título, eu dizia: ‘Não, eu não tenho capacidade!’ Ou seja, é tão imposto pra gente que, enquanto mulher não somos capazes, que a gente termina acreditando. Mas não, somos capazes, sim, de ir muito além!”, endossa.

Embora seja mais fácil encontrar registros na história da capoeira apenas de homens, poucas mas (marcantes) mulheres fizeram história, desde que tudo, inclusive, sua presença era proibida. Poucos são os locais que as citam e mergulham em suas histórias, mas seus nomes marcantes fortalecem e encorajam as mulheres atuais ainda mais no legado feminista nas gerações futuras. Confira em nosso Infográfico:

Mesmo depois de conseguir vencer o Pesqueira por 2x0, nessa segunda-feira (29), na Ilha do Retiro, o treinador Nelsinho Baptista afirmou que o Sport ainda não está no ritmo ideal. O comandante rubro-negro comemorou e disse que o resultado traz tranquilidade, mas fez questão de pontuar que o Leão ainda tem que evoluir.

"Ganhando dá mais tranquilidade. Ainda não é o ritmo que queremos, mas estamos trabalhando com o grupo. Iremos repensar e analisar tudo para que a gente continue evoluindo. É um momento importante. Começo do mês que vem temos uma Copa do Brasil, que é importante e vamos ter um grupo forte em campo", disse Nelsinho, segundo informações do site oficial do Sport.

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Com o próximo confronto do Sport já batendo à porta, o treinador Nelsiho Baptista afirmou que já vem analisando o adversário. "O Central é um time que vem com uma vitória e três empates. Já temos um pouco de conhecimento, pela análise que a gente vem fazendo. É uma equipe que tem conseguido resultados importantes, com alguns jogadores se sobressaindo. Será um jogo difícil para nós e sabemos que temos que ter muita atenção", disse de acordo com o site oficial do Sport. A partida contra o Central será no próximo sábado (3), às 16h30, em Caruaru, pela quinta rodada do Campeonato Pernambucano.

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Ritmo com um toque tropical que vai além de uma simples música, o marambiré é uma manifestação cultural que atravessa gerações e envolve dança e cantos marcados fortemente pelo som da caixa e dos pandeiros. Esse movimento cultural oriundo do Baixo Amazonas, da comunidade quilombola do Pacoval, município de Alenquer, no Pará, foi o tema escolhido pela produtora Lamparina Filmes para um documentário, o "Marambiré".

A dança homenageia São Benedito, um santo católico que ao ser trazido de Portugal para o Brasil, pelos padres portugueses, foi logo adotado pelos escravos, tornando-se um santo negro de grande devoção. Além do forte aspecto religioso, o marambiré representa um símbolo de resistência étnica para diversas localidades do Baixo Amazonas. Os cânticos carregam referência à África, com letras que retratam todo o sofrimento de um povo escravizado, e revelam grande identidade afrodescendente.

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O marambiré se desenvolve de forma ritualística e teatral, em fileiras ou em rodas, com uma mistura de lundum, carimbó, marabaixo e apresentação de personagens que são o Rei do Congo, a Rainha do Congo, as rainhas auxiliares, o caixeiro, o contramestre e os valsares. A presença de uma “corte” é muito comum em diversas manifestações culturais de origem africana.

O diretor da produtora Lamparina Filmes, André dos Santos, explica que foi o medo de perder as histórias que são passadas oralmente de geração a geração que o levou a querer fazer o documentário. “Como a manifestação cultural está muito na oralidade, eu achei que o audiovisual tem esse poder de difundir e divulgar, e de certa maneira guardar esse tipo de cultura, que é um tanto esquecida”, explica.

André conta como foi difícil escrever o roteiro para o documentário, pois sempre surgiam coisas novas e importantes no decorrer da filmagem. O filme, que estava previsto sair com 52 minutos, terminou com 80 minutos. “Na realidade, é muito difícil escrever um roteiro de documentário, pois sempre acontecerão mais coisas ali no momento de produção. ‘Marambiré’ também se confunde com a vida dessas pessoas. Tem toda essa questão de agradecimento com relação à conquista de terra, com os plantios e outras culturas, como a Pastorinha, o Boi-Bumbá, a cura de veneno de cobra. Uma série de coisas que a gente não estava esperando do projeto inicial. Acho que está muito maior e melhor”, conta.

A produtora Lamparina Filmes foi premiada no Festival Internacional de Cannes, na França, com o documentário “Samba de Cacete”, que também fala do resgate da cultura afrorregional. “Espero que o Marambiré seja semelhante, eu sou suspeito para falar, mas eu creio que por se tratar de um longa- metragem ele é um filme mais completo. O outro filme, ‘Samba de Cacete’, tinha que ter 26 minutos, por conta que o edital rezava isso. Esse, por ser um filme maior, vai contemplar coisas maiores, ele se encaixa também no maior número de festivais com mostras competitivas. Então espero que ele tenha um longo caminho de prêmios”, almeja o diretor.

O documentário foi contemplado pelo Rumos Itaú Cultural, que é um dos primeiros editais públicos do Brasil. Oferece apoio para projetos em diversas áreas de expressão artística ou de pesquisa.

Serviço

Lançamento será dia 1° de novembro, às 18h, no Sesc Boulevard. Projeto foi contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2015-2016.

Por Maria Clara Silva.

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O Maracatu é um ritmo afrobrasileiro originado no Estado de Pernambuco. Os sons do seu 'baque' formado pelo conjunto de alfaias, agbês e gonguês já influenciaram importantes movimentos musicais brasileiros, como o Manguebeat, inciado com Chico Science. Agora, esse som tipicamente pernambucano ganhou uma data comemorativa, válida em todo território brasileiro. 

A Comissão de Cultura aprovou nesta quarta-feira (4), por unanimidade, a criação do Dia Nacional do Maracatu. A proposta foi feita pela deputada Luciana Santos, que queria marcar o dia 1º de agosto como um dia especial em homenagem ao ritmo. Em Pernambuco, a data já é comemorada desde 1997.

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O dia foi escolhido em homenagem a Luiz de França, o 'Mestre Luiz', que comandou o Maracatu Leão Coroado, um dos mais mais importantes e tradicionais em atividade, por 40 anos. A deputada uniu ativistas e pessoas que participam do maracatu para reforçar sua importância cultural. "O Maracatu é uma das expressões culturais mais ricas do nosso país. É importante fazer valer a identidade do povo brasileiro e o fortalecimento dessas expressões”, comentou Luciana.

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Sob o comando do Maestro Marlos Nobre, a Orquestra Sinfônica do Recife (OSR) reúne seus instumentos de corda, sopro e percussão, numa harmonia de sons, para realizar ensaios diários no histórico Teatro de Santa Isabel, sua 'casa'. A prática vai das nove da manhã ao meio-dia, e é o melhor caminho para a perfeição durante os concertos. Contrariando a crença de que basta ter talento nato, os músicos ainda dedicam cerca de duas a três horas por dia a estudos individuais, cuja importância é destacada de maneira unânime pelos membros da orquestra. Além disso, para vencer as adversidades, é necessário incluir ainda força de vontade, dedicação, foco e carinho pelo que fazem em suas rotinas.

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Na Orquestra, o português Antonio dos Anjos, aposentado em Portugal, atua como spalla. O termo italiano é usado para designar o primeiro violino da orquestra, que executa os solos e hierarquicamente está abaixo apenas do maestro, a quem eventualmente pode substituir na regência em ensaios e orientações aos músicos. Ele morou até 2011 em seu país natal, até que veio ao Brasil com sua esposa nordestina. A princípio, a ideia era apenas passar férias e curtir o tempo livre, mas o amor pelo que faz é tão grande que não soube ficar longe da música por muito tempo. Ao receber um convite para voltar à ativa, aceitou e fincou raízes de vez no Recife. Agora, se dedica novamente aos sons das sinfonias.

Jade Martins, violinista, começou a trilhar seu caminho no universo musical aos 11 anos, por influência da família, ao entrar no Conservatório Pernambucano de Música para estudar. O que no inicio era apenas um hobby hoje é profissão e estilo de vida. Aos 25 anos, a estudante se divide em mil para cumprir sua pesada agenda que inclui tocar na Orquestra Sinfônica do Recife e na Orquestra de Câmara de Pernambuco, assistir aulas na faculdade - na qual está cursando sua segunda graduação ligada à música -, dar aulas particulares e se apresentar em casamentos e outros eventos.

Em entrevista ao LeiaJá, ela garante que sua rotina é prazerosa, pois ama o que faz, mas não deixa de destacar a dificuldade. “Acredito que posso ser bem-sucedida financeiramente na música assim como em qualquer outra área é possível, mas acho que o incentivo para a música clássica, principalmente aqui em Pernambuco, não é o suficiente”, conta. “Nós não recebemos salários bons, não temos incentivos, temos que nos desdobrar ao máximo para ir atrás de qualquer chance e, quando finalmente conseguimos, não temos auxílio nenhum, nem em coisas como passagens, nada. A gente rema contra a maré”, conclui.

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Tocando em orquestra há 29 anos, o violoncelista Fabiano Menezes afirma que consegue viver da música. No entanto, faz questão de frisar: “É um privilégio. A gente sabe que é difícil no Brasil viver de música, então para todos os artistas que conseguem viver de arte é mágico, e bem gratificante”, diz o músico ao LeiaJá.

João Carlos Araújo, um dos mais antigos integrantes da Orquestra Sinfônica do Recife, com 23 anos de casa, também vive da sua arte, e se mostra contente que o público ainda nutra um interesse pela música clássica, como provam os concertos de casa cheia realizados no Teatro de Santa Isabel. Por outro lado, ressalta a necessidade de mais incentivo público. “Acho que a Orquestra deveria também ter atividades mais populares. Não de popularizar o repertório, mas de popularizar as locações, por exemplo, propondo uma apresentação na Jaqueira, no Treze de Maio, no Marco Zero, ou seja, em espaços públicos que tenham capacidade e alcance maiores”, sugere. 

Ele destaca também as 30 vagas atualmente em aberto no grupo. “É uma defasagem que poderia estar sendo preenchida por jovens talentosíssimos, mas eles não têm a oportunidade de fazer um concurso”, afirma João Carlos.

Alguns programas de bolsas de estudo na música são oferecidos para jovens talentos, como a violoncelista Herlane Silva. Ela, que assim como Jade começou sua paixão pela música aos 11 anos, ingressou nesse mundo através de um projeto social, e desde então não consegue mais se ver fazendo outra coisa. “Eu tinha escolhido o violino a princípio, mas achei muito agudo. Depois passei para o contrabaixo e não gostei. Por fim, eu fui assistir a uma aula de violoncelo e me apaixonei de vez”, conta.

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