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Pela primeira vez no Brasil, o Barça Legends fará sua estreia na Arena de Pernambuco no próximo sábado (14), às 19h, contra o Pernambuco Legens. Com uma escalação composta por grandes nomes em ambos times, a Seleção de lendas do Barcelona reúne jogadores que até já 'penduraram a chuteira'. Na Seleção de Pernambuco não é diferente. A equipe pernambucana que irá enfrentar os craques do clube catalão é composta por personagens que marcaram os times pernambucanos. 

Com um grande número de relacionados para essa partida, será que você sabe quem são todos eles ou, pelo menos, a maioria? O LeiaJá destacou alguns atletas de ambas seleções e contou um pouco de suas trajetórias no meio futebolístico. Confira:

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Seleção Pernambucana

Atacantes

Denis Marques: Natural de Maceió, em Alagoas, o ex-atacante iniciou sua carreira no Mogi Mirim, clube do interior de São Paulo. Depois teve passagens pelo Kuwait SC, Atlético Paranaense, Omiya Ardija, Flamengo e ABC. Por Pernambuco, o atleta atuou pelo Santa Cruz entre 2012 e 2013. Pela a equipe tricolor, Denis Marques conquistou por duas vezes o Campeonato Pernambucano (2012 e 2013, respectivamente). 

Sílvio Luiz Borba da Silva: Conhecido como ‘Kuki’, o ex-atacante atuou pelo Náutico entre os anos de 2001 e 2009, onde se tornou artilheiro e ídolo do clube. Com a camisa do Timbu, Kuki foi campeão pernambucano por três vezes (2001 2002 e 2004). Em 2001, 2003 e 2005 o ex-atacante foi o artilheiro do Estadual. No ano de 2009, em uma partida contra o Grêmio, Kuki se tornou o jogador que mais vestiu as cores alvirrubras. Ao final de sua carreira, o atleta fez 387 jogos pelo Náutico, com 179 jogos. Hoje, Kuki é o auxiliar técnico do Timbu desde abril de 2010.

Edinaldo Batista Libânio: O ex-atacante Grafite, que já atuou pela Seleção Brasileira nos anos de 2005 (Mundial de Clubes da Fifa) e 2010 (Copa do Mundo), defendeu em Pernambuco as cores do Santa Cruz. Em 2001, ele chegou ao clube coral onde permaneceu até 2002, depois disso passou por clubes como Goiás e São Paulo. Em 2015, o ex-atacante retornou ao Tricolor do Arruda e participou do elenco que conquistou o acesso à Série A do Brasileiro. No ano seguinte, garantiu o título da Copa do Nordeste e foi eleito como o melhor jogador da competição. No mesmo ano, Grafite também conquistou o Estadual pelo clube. Em dezembro de 2016, o ex-atacante rescindiu seu contrato e seguiu para o Atlético-PR, mas terminou não permanecendo por muito tempo. Em agosto de 2017, o atleta retornou ao Santa Cruz e viu o clube ser rebaixado à Série C do Brasileiro. Em 2018 chegou a renovar com o clube coral, mas acabou deixando a equipe e anunciando sua aposentadoria.

Meias

José Carlos da Silva: Natural do Recife, Carlinhos Bala pode ser chamado de 'Rei de Pernambuco'. O meia passou pelos três grandes clubes da capital pernambucana e deixou sua marca em cada um deles. Em 2005, o atleta foi um dos protagonistas da boa campanha do Santa Cruz e conquistou o acesso à Série A do Brasileiro e o Estadual com a camisa tricolor. No ano de 2007, o atleta foi emprestado ao rival Sport e se tornou o artilheiro do time na temporada. No ano seguinte, Bala permaneceu no clube rubro-negro e foi uma das peça-chaves para a conquista inédita do Leão de campeão da Copa do Brasil. Em 2009, Bala fechou com o Náutico e já tomou posse da camisa 10 do Timbu e se tornou capitão da equipe, contudo, foi dispensado no ano seguinte por indisciplina. Em 2010 o meia acertou seu retorno para o Sport para a temporada de 2011, mas no mesmo ano foi dispensado. Em 2012, Carlinhos Bala voltou a atuar pelo Santa Cruz onde ganhou mais uma vez o Campeonato Pernambucano, ao final da competição, foi liberado pelo clube. Ainda por Pernambuco, Bala atuou pelo América em 2015 e chegou a fazer 23 jogos.

Francisco Carvalho da Silva Neto: Mais conhecido como Chiquinho, o ex-meia atuou pelo Sport entre os anos de 1993 e 2000, com uma passagem pelo Botafogo e Vasco neste meio tempo, mas retornando ao Leão. Em 2012, o atleta encerrou sua carreira. Depois do momento como jogador, Chiquinho passou a ser comentarista da Rede Globo onde trabalhou por três anos. Em janeiro de 2017, o ex-jogador assumiu a Secretaria de Esportes de Olinda.

José do Carmo Silva Filho: Revelado nas categorias de base do Santa Cruz, o famoso 'Zé do Carmo' foi campeão pernambucano em 1983 e 1986 pela equipe tricolor. No ano seguinte, passou pelo Vasco onde conquistou o título carioca e de campeão brasileiro. Depois, o ex-jogador retornou ao clube coral e conquistou outros dois títulos estaduais (1993 e 1995). Zé do Carmo chegou a trabalhar como técnico de futebol, mas hoje é comentarista esportivo.

Zagueiros e Laterais

Ricardo Soares Florêncio: O ex-lateral 'Russo', iniciou sua carreira nas categorias de base do Sport e jogou no clube rubro-negro entre 1995 e 1996. Em seguida passou pelo Vitória e pelo Cruzeiro, retornando para o Leão da Ilha em 1998 e conquistou o título do Campeonato Pernambucano daquele ano. Por falta de verba, o Sport resolveu negociar o atleta que foi novamente para o Vitória. Mas no ano 2000 voltou ao clube rubro-negro, em uma rápida passagem. Depois da equipe pernambucana, Russo atuou em clubes como o Santos, Vasco e Spartak Moscou. Em 2005, Russo voltou novamente ao Sport e ficou até o ano de 2007. Logo depois acertou com o Santa Cruz e ficou até o ano de 2008. Em dezembro de 2011, o atleta anunciou sua aposentadoria.

Sandro Barbosa Carneiro da Cunha: o ex-zagueiro Sandro Barbosa foi revelado pelo o Sport mas logo foi vendido para o Santos. Depois do clube paulista, o ex-jogador foi para o Botafogo, onde se tornou ídolo da torcida e jogou por cinco anos.  Em 2005 voltou para o clube rubro-negro e teve apenas uma passagem rápida. Em 2008 assinou com o Santa Cruz e ficou até 2010, quando anunciou a sua aposentadoria.

Antônio Monteiro Dutra: Natural do Maranhão, Dutra tem um currículo extenso no futebol. Pelo Brasil o ex-jogador atuou em clubes como Paysandu, Santos, Coritiba e América-MG. Em Pernambuco, o ex-lateral-esquerdo defendeu a camisa do Sport, atuou em 240 partidas pelo Leão, foi campeão estadual em 2007, 2008, 2009 e 2010, além de participar do título inédito do clube rubro-negro de campeão da Copa do Brasil em 2008. Em 2012, Dutra acertou com o Santa Cruz e também conqusitou o estadual pela equipe tricolor. Em 2014, aos 40 anos, o atleta encerrou sua carreira no Yokohama Marinos, do Japão. Neste ano, o ex-jogador foi anunciado como o novo técnico da categoria sub-20 do Santa Cruz.

Goleiro

João Bosco de Freitas Chaves: o ex-goleiro Bosco deu início na sua carreira no Vitória, de Vitória de Santo Antão, mas ganhou destaque quando passou a treinar no Sport e chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira. Bosco também passou pelo Cruzeiro, Portuguesa e Fortaleza. Em 2005 foi contratado pelo São Paulo onde ficou até 2011, quando encerrou sua carreira. No Sport, Bosco conqusitou o Campeonato Pernambucano por sete vezes (1994, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000 e 2003); a Copa Pernambuco (2003) e a Copa do Nordeste (2000).

Seleção do Barcelona

Atacantes

Giovanni Silva de Oliveira: o ex-atacante Giovanni, natural do Pará, atuou em clubes brasileiros como Remo, Paysandu e Santos. Em 1996, o atleta ficou muito conhecido na Europa e foi vendido para o Barcelona. No clube catalão, conquistou a Supercopa da Espanha (1996); Copa do Rei (1996-1997, 1998-1999); Recopa Europeia (1997); Supercopa Europeia (1997); e a La Liga (1997-1998 e 1998-1999). Giovanni também foi convocado para a Seleção Brasileira, em 1995, quando ainda atuava pelo Santos. Partipou também da Copa América de 1997, da Copa do Mundo de 1998 e de alguns amistosos em 1999. Em 2010, o ex-jogador anunciou sua aposentadoria.

Javier Pedro Saviola Fernández: Revelado pelo River Plate, da Argentina, Saviola foi vendido ao Barcelona com apenas 19 anos. O ex-atacante atuou pelo clube catalão entre os anos de 2001 e 2007, e conquistou a Supertaça de Espanha (2007). Além disso, Saviola também garantiu a artilharia da Copa Del Rey, também em 2007. O ex-jogador encerrou sua carreira no River, no ano de 2015.

Meias

Rivaldo Vítor Borba Ferreira: logo no início de sua carreira, o ex-meia assinou seu primeiro contrato profissional com o Santa Cruz, onde ficou entre os anos de 1990 e 1992. Em 1993, o atleta seguiu para o Corinthians e ganhou destaque no clube paulista, garantindo sua primeira convocação para a Seleção Brasileira. Em 1997 voltou à Seleção para a disputa da Copa das Confederações. Em 1998 participou do Mundial da França com um grande desempenho. Em 1999 conquistou a Copa América e ainda foi premiado como o melhor jogador da premiação, além de ser artilheiro ao lado de Ronaldo, com cinco gols. No ano de 2002, Rivaldo foi um dos líderes do Brasil no Pentacampeonato. Destaque no Brasil, o ex-jogador foi vendido ao Deportivo La Coruña (1996-1997) onde fez uma ótima temporada. Pouco tempo depois, Rivaldo já era jogador do Barcelona, onde jogou entre os anos de 1997 e 2002. No clube catalão, o ex-meia viveu o auge da sua carreira. 30 milhões de doláres foram pagos pelo atleta. No Barça, Rivaldo conquistou a Supercopa Europeia (1997); Campeonato Espanhol (1997-1998, 1998-1999) e a Copa do Rei (1998). Em 2014, no Mogi Mirim, o ex-atleta fez o anúncio da sua aposentadoria.

Edmílson José Gomes de Moraes: natural de São Paulo, o ex-volante tem no seu currículo a conquista dos dois maiores campeonatos do mundo. Edmílson iniciou sua carreira no XV de Jaú, em 1991, em seguida atuou pelo São Paulo, Lyon e em 2004 chegou ao Barcelona. No clube catalão, o ex-jogador permaneceu por quatro anos. Neste tempo, Edmílson conquistou o Campeonato Espanhol (2004-2005, 2005-2006); a Supercopa da Espanha (2005); Copa Cataluña (2004-2005) e a Liga dos Campeões da Europa (2005-2006). Em 2000, o ex-volante fez a sua estreia na Seleção Brasileira. Pelo Brasil, Edmílson atuou entre os anos de 2000 e 2007, jogando 42 vezes com a amarelinha. Em 2002 conquistou a Copa do Mundo. O atleta encerrou a sua carreira no ano de 2011.

Zagueiros e Laterais

Juliano Belletti: o ex-lateral-direito iniciou sua carreira em 1994, no Cruzeiro, aos 18 anos. No ano seguinte, foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira, comandada pelo técnico Zagallo, como volante. Em 2000, foi novamente convocado para a Seleção, desta vez pelo treinador Vanderlei Luxemburgo. Belletti participou da eliminatórias para a Copa e fez parte do grupo que conquistou o Pentacampeonato. Depois do mundial, o ex-jogador foi contratado pelo Villarreal, da Espanha. Com um bom desempenho, Belletti foi contratado pelo Barcelona, onde conqusitou o Bi-Campeonato espanhou e garantiu o gol da conquista da Liga dos Campeões na vitória sobre o Arsenal, em 2006. Em junho de 2011, o ex-jogador anunciou sua aposentadoria devido a problemas físicos.

Frank de Boer: Com nacionalidade Holandesa, o ex-zagueiro deu início a sua carreira em 1988 no AFC AJAX e ficou no clube até 1998. Em 1999, foi contratado pelo Barcelona, onde conquistou dois Campeonato Espanhóis e uma Copa do Rei. Em 2006, o ex-jogador anunciou sua aposentadoria aos 36 anos. Frank de Boer chegou a investir na carreira como treinador, mas não obteve muito sucesso.

Roberto Oscar Bonano: o ex-goleiro argentino, Bonano, deu início a sua carreira em 1991, no Rosario Central. Em 1996 passou a defender a camisa do River Plate, onde permaneceu até 2001. Neste ano, o ex-arqueiro foi vendido para o Barcelona e atuou no clube catalão até 2003. Na equipe espanhola, Bonano conquistou o Troféu Joan Gamper em 2001 e 2002.

O comando das equipes ficará por conta do técnico Nereu, pela Seleção Pernambucana e pelo treinador Albert 'Chapi' Ferrer pela Seleção Catalã. Mais informações sobre a partida história pode ser encontrada no site oficial do evento. 

Futebol e Política. Já diriam os mais precavidos que ambos não se misturam. Porém a história tem se mostrado bem diferente. O esporte mais tradicional do Brasil já entrou de vez no meio eleitoral e atualmente ex-jogadores, dirigentes e até ilustres torcedores já tem ocupado diversos cargos na vida pública. Em 2016 essa ligação é evidente em vários estados do Brasil. Somente de ex-boleiros, nomes tradicionais como Marcelo Ramos, Marcelinho Carioca, Eduardo Ramos são candidatos. Em Pernambuco, o cenário não é diferente. Várias personalidades do futebol local concorrem nas urnas neste ano: Nildo, Zé do Carmo, Araújo, Cabuloso, Jesus Tricolor, Mister N, entre outros disputam por pleitos.

A ligação entre política e futebol dentro do Brasil tem origem durante o período da Ditadura Militar, quando o governo se apropriou da imagem da Seleção Brasileira durante a campanha da Copa do Mundo de 1970. O craque do time, Pelé, por muitas vezes serviu até como garoto propaganda de programas governamentais. O primeiro candidato a cargos políticos dentro do futebol só viria anos depois em 1990 quando o conhecido centroavante Reinaldo, ex-Atlético/MG, foi candidato a vereador de Belo Horizonte e teve expressivas marcas chegando a Câmara Municipal e, em seguida, a Assembléia Legislativa. Outros seguiram o mesmo caminho como Roberto Dinamite, Raul Plasmann e Mazzaropi no início dessa trajetória. Porém, a maior vitória, que estabeleceu de vez a chegada do futebol no meio político, foi a do ex-atacante Romário, ao chegar em 2014 ao senado federal.

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Dois anos depois com o início das eleições municipais, ex-jogadores almejam o início na carreira política e os partidos buscam por personalidades do esporte para conseguir expressivas votações. Assim, nomes que antes só eram vistos no gramado ou nas arquibancadas, são acompanhados, a partir de agora, no guia eleitoral e no dia 2 de outubro na tela de uma urna.

Zé do Carmo, ex-volante conhecido pelas suas passagens no Santa Cruz e no Vasco é um dos exemplos ao ser convidado para ter sua primeira experiência eleitoral neste ano. Filiado ao PRB tem no seu histórico dentro do campo sua grande esperança de uma expressiva votação. “Acredito num bom desempenho pelo número de pessoas que conheço e por elas saberem da minha seriedade. Vou aproveitar esses 37 anos dentro do futebol, o nome que eu fiz, respeitado, para as pessoas conciliarem isso, saber que o Zé do Carmo traz respeito e seriedade”, destacou o ex-atleta.

No entanto, mesmo tendo neste ano sua primeira candidatura a um cargo público, se engana quem pensa que Zé não tem um histórico no meio político. Segundo ele, desde seus tempos de jogador já tinha interesse pela área e sempre recebeu propostas para se candidatar. Nunca teve tempo. Mas, neste ano, achou espaço para concorrer ao posto de vereador. “Sempre gostei de política, de ler jornais. A primeira coisa que fazia era ver a página de esportes e depois política. Então, para mim, nunca foi um absurdo falar de política, mas era só acompanhando por notícias, vendo a situação do país. De quatro em quatro anos, as pessoas sempre me chamavam, mas eu estava sempre trabalhando em clubes, com contrato no futebol. Como esse ano eu estava livre, resolvi aceitar”, conta o volante que atuou durante dez anos no Santa Cruz. “Um dia encontrei com o Silvio Costa que me perguntou se eu não tinha vontade de ser vereador. Respondi que tinha, e mediante a isso começamos a conversar. Depois disso comecei a me interessar ainda mais, ler tudo, acompanhar tudo, noticias de Brasília, do Senado, da Câmara e também fazendo projetos”, relata sobre esse seu início na área.

Seguindo o passos de diversos ex-profissionais do mundo da bola, ele não vê muita diferença entre os meios e relaciona com isso o grande aumento de jogadores com candidaturas pelo Brasil. “Em Belo Horizonte é muito forte isso, são vários ex-jogadores na política, tanto que hoje o João Leite (ex-goleiro do Atlético-MG) é candidato a prefeito. No Rio e em São Paulo também existem ex-jogadores que gostam e vão tendo contato com as pessoas, tendo ajuda de políticos experientes. Você acaba entrando e gostando tanto da política como do futebol. Você está lidando com gente, com o povão, não tem muito de diferente, não”, observou.

Quanto às propostas de projetos de lei que pensa em colocar em pauta na Câmara, ele garante que não pensa apenas no futebol, mas em outras áreas de interesse da população. Contudo, garante que não vai fugir das raízes. “Trabalho com o esporte e tenho alguns projetos. Tenho que dar mais ênfase a eles, o caminho para saúde é o esporte”, concluiu.

Política e Futebol nas raízes


Se assim como o número de atletas tem aumentado consideravelmente na política, dirigentes de futebol tem histórico grande no meio. Tenha como exemplo a candidatura de Alexandre Kalil, presidente Campeão da Libertadores pelo Atlético-MG, à prefeito de Belo Horizonte. São vários que já tiveram experiência em ambos os lados ou até conciliando atividades, como Antônio Luiz Neto, ex-presidente do Santa Cruz que desenvolveu paralelamente as atividades no clube e na câmara dos vereadores. Para isso, ele também, tem um exemplo dentro da sua família. Seu tio, Aristófanes de Andrade, também foi vereador do Recife e presidente do time Coral ao mesmo tempo. 

A partir desse exemplo que ALN, como é mais conhecido, buscou referências para fazer um bom trabalho em ambas as áreas. “Quando cheguei a presidência do Santa Cruz, já havia sido vereador por cinco mandatos. Para assumir a presidência, fui convidado por vários conselheiros e lideranças. Cresci dentro do Santa Cruz, sou sobrinho de Aristófanes de Andrade, que também era vereador e presidente do clube, e trouxe ele para o Arruda. Sendo um homem público, tive ele como espelho para fazer um bom trabalho. Meu tio nunca usou o clube para fazer política, pelo contrário, ele ajudou muito e foi o que eu tratei de fazer, usei da mesma receita formando um time com parte da base e outros com jogadores emergentes da região, querendo crescer, e alguns atletas experientes”, relembrou.

O vereador ainda destaca que mesmo já tendo experiência na parte administrativa, comandar um clube de futebol foi bem diferente do que já tinha vivenciado. “A administração de um clube de futebol é completamente diferente da administração de uma empresa privada comum. Tenho experiência administrativa, mas dirigir um clube e, principalmente na situação que o Santa Cruz estava, era um desafio muito grande. Não existiam recursos, a concorrência eram clubes muito mais preparados financeiramente, as dificuldades por conta da torcida que já vinha machucada durante anos, as dívidas, era uma série de problemas que foi necessário que o clube ficasse com pés no chão e praticasse sua receita popular, respeitar do mais frágil até os mais ricos”, comentou.

A experiência no futebol, inclusive fez com que politicamente ALN se tornasse mais ativo dentro do meio quanto a elaboração de leis. Para ele, o futebol brasileiro precisa de uma reestruturação e a política deve ter grande parte nisso ajudando-os a diminuir as dívidas. “O meio político pode e deve ajudar o esporte, fazendo leis de incentivo, permitindo a aproximação maior dos clubes para programas sociais que criem isenções porque futebol é uma coisa muito cara. A diferença entre o futebol brasileiro e europeu é um abismo. É necessário que os políticos brasileiros criem leis para proteger os clubes dos impostos. Do jeito que está hoje é muito encargo, é muito difícil, a empresa futebol não é igual a outra, ela não tem lucro”, reclama o ex-dirigente.

Por ter sido o presidente que tirou o Santa Cruz da Série D e levou até a Série B, claro que ele conta com grande apoio de torcedores corais, porém nem por isso ele vê uma má relação com torcedores de Sport e Náutico, e acredita que pode receber votos de ambas torcidas. “Uma das coisas que me deixa feliz é que hoje, depois da minha passagem pela presidência do Santa Cruz, sou alvo de torcedores de outros clubes no restaurante, na farmácia ou onde quer que eu esteja e que vem me dar as congratulações, dizer que queriam que eu fosse presidente do clube deles. Isso é sinal que não agredi ninguém enquanto presidente do Santa Cruz”, encerrou.

A voz da torcidas


Aproveitando o meio futebol, não apenas os ex jogadores e dirigentes procuram a vaga na política. Torcedores ilustres também têm objetivo de chegar a um cargo público. Em Pernambuco, grandes personalidades das arquibancadas saíram candidatos à vaga de vereador como Cabuloso, pelo Sport, Jesus Tricolor, pelo Santa Cruz, e Mister N, pelo Náutico. Se fazendo valer dos personagens famosos, nenhum deles se candidatou por seu nome de batismo e sim como são conhecidos pelas torcidas.

Se chamado por Cristiano Henrique, talvez poucos soubessem quem é ele. Mas se chamado de Mister N, todas as torcidas já sabem quem é o candidato do PHS. E foi por isso que ele optou pelo personagem na hora da candidatura. “Estou saindo por Mister N, porque sou conhecido tanto em Pernambuco como no Brasil assim, é um personagem famoso, tem uma marca muito forte”, pontuou o alvirrubro.

Sem uma candidatura com grandes verbas, ele se faz valer principalmente dos jogos do Náutico para divulgar sua campanha. “Aproveito todos os jogos do Náutico para fazer campanha, além disso, vou estar em todos os bairros que conheço gente e empresários. Desde o ano passado já estava me preparando e divulgando minha candidatura”, ressaltou.

Mister N também acredita que sua campanha terá boa recepção por outros times, não apenas a torcida do Náutico. “O grafiteiro que me pinta é rubro-negro e está me apoiando, puxando votos para mim e tenho outros conhecidos rubro-negros e tricolores que estão me apoiando. Tenho relação com várias outras pessoas que votam pela pessoa e não pelo time”, diz o torcedor.

Seu caminho na política é recente, mas o alvirrubro revela que sua relação com a área tem um vasto histórico e se espelha em dois ex-governadores de Pernambuco para iniciar sua trajetória política. “Meu caminho na política começou quando eu era moleque, o primeiro comitê de Miguel Arraes foi na Várzea, onde eu moro, então sempre estive próximo da política, sempre trabalhei como militante de políticos. Já tive parentes meus na política também como o Pedro Eurico, mas não me baseio em nada dele. Entrei no meio porque o pessoal pediu. Se fosse para ter alguém como exemplo seria o Miguel Arraes e o Eduardo Campos”, citou.

E, mesmo que não seja eleito, revela que já tem projetos relacionados ao futebol em andamento. “Se for eleito ou não for eleito, já estou com projetos para acertar com o pessoal da Federação Pernambucana para modificar a relação de Clássicos em termos de violência. Vou lutar pela torcida única, se for mando de campo do Sport, só torcedor do sport, do Náuticio, só torcedor do Náutico, porque hoje em dia não se tem mais torcedor tem muitos vândalos no meio”, finalizou.

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