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Como todos sabem (se não sabem, leiam aqui), empolguei-me bastante com a premiere da nova série de comédia sobre policiais disfuncionais, e numa das raras exceções em que uma estreia se mostra compatível com toda uma temporada, Brooklyn Nine-Nine não me desapontou e fechou um excepcional primeiro ano, sobre o qual discorrerei a fim de que se atentem para este novo show de humor que precisa ser visto.

Não vou negar (você é meu doce mel…): Sílvio Santos é realmente um cara admirável na história da TV aberta brasileira. Um figurão. Um homem que conseguiu subverter todas as dificuldades de sua vida e criar um império. Não há nenhum jovem estudante de Rádio e TV, ou admirador desta área, que despreze os ensinamentos práticos do titio Sílvio. Mas, infelizmente, há uma segunda coisa que também não pode ser negada: o atual “Programa do Sílvio” no SBT é um verdadeiro chute no ovo. Mas daqueles bem, bem, bem dolorosos, sabe? Porque se fosse apenas o frontman fazendo suas galhofas e tocando bons 60 ou (estourando mais do que o máximo) 120 minutos de entretenimento massificado, ainda poderíamos considerá-lo tragável. Mas, primeiro, o programa não tem fim. Sério mesmo.

Nem sempre escrever sobre um filme é uma tarefa tranquila. Aliás, eu sou partidário da ideia de que escrever é um ato doloroso para aquele que aspira fazer disso um ofício. Pode ser um devaneio meu, mas é uma das certezas que tenho na vida. Outra delas é que falar sobre algo que se tem muita estima é um desafio ainda maior do que debater sobre uma frivolidade qualquer. Nesse texto em questão vou me aventurar a analisar uma das minhas fitas preferidas: Beleza Americana.

Como a periferia vem sendo representada pelo cinema brasileiro? Existe uma mudança na forma de representar a periferia desde suas primeiras incursões até hoje? E as outras periferias do mundo, como vêm sendo representadas? As periferias nos Estados Unidos, na Europa e outros países se assemelham e distinguem-se em que aspectos no cinema?

Nós já tínhamos uma lista de melhores séries de TV de todos os tempos, mas que, por opção nossa, não incluía seriados que ainda não tinha terminado, afinal, a série excelente de hoje pode ser a péssima série de amanhã. Acontece que ficamos tão empolgados com o encerramento da primeira temporada de True Detective, que decidimos fazer esta listacongratulando os shows de hoje, ainda que não saibamos o dia de amanhã.

Veronica Mars se tornou um pequeno fenômeno recente por ter conseguido ir além dasséries canceladas prematuramente. Enquanto que alguns festejaram quando Arrested Development ganhou uma nova temporada pela Netflix (e uns tantos se arrependeram com o resultado), outros aguardam ansiosamente pela nova temporada de 24 horas, os fãs da jovem espiã tiveram a oportunidade de assistir a um filme que pudesse ao menos dar encerramento ao final deixado em aberto 7 anos atrás.

Toque de Mestre (Grand Piano) é um belo exercício de execução cinematográfica, um filme à moda antiga, mas que perdeu grande parte de seu encanto em um roteiro ora previsível e formulaico, ora tolo, encenado por um elenco mal escalado, com fraquíssimas atuações de seus coadjuvantes.

É quase intrigante pensar que Peter Berg, diretor responsável pelo execrável Battleship – Batalha dos Mares, é o mesmo condutor deste sensacional O Grande Herói, que a despeito da tradução infantil e desarrazoada, é um filme de ação espetacular, que, não obstante, se propõe a compor uma homenagem aos grandes guerreiros da nossa época – soldados militares -, chegando a cometer alguns deslizes em relação a este segundo intento.

A característica mais gratificante em Episodes é encontrar uma série que não se furta de críticas e metáforas para embasar seu enredo. Produzida pela Showtime em parceria com a BBC, o programa, que começara abordando as diferenças culturais entre Inglaterra e Estados Unidos, alçou voo e hoje trata de revelar, com bom humor, os bastidores do showbusiness hollywoodiano justamente pela visão de um casal de roteiristas ingleses, e as situações advindas destes choques são tamanhas que extrapolam a própria diegese e culminam por embarcar numa realidade que é a da própria Episodes.

Com uma carreira cinematográfica exemplar e coroada pelo recente Gravidade, no momento, é quase impossível duvidar do talento de Alfonso Cuarón. Já J. J. Abrams é um realizador competente, mas com alguns deslizes aqui e ali, podendo ser considerado um gênio de entretenimento, mas nem sempre tão preciso quanto o primeiro. Apesar dos problemas, é inevitável não se criar expectativas ao se saber que os dois nomes se uniram na produção e criação de umasérie televisiva, que tomou forma com o título Believe.

Aproveitando a estreia de Até o Fim, a odisseia de um só homem, filme excepcional de J. C. Chandor, com Robert Redford restrito a um barco durante boa parte da projeção, começamos a lembrar de filmes que se passam em um só lugar, ou quase isso.

Após muitas discussões acerca do sentido da palavra “lugar”, o resultado é esta lista, como sempre, polêmica, do Zona Crítica.

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Fazia tempo não ficava parado diante de uma tela esperando o fim dos créditos, pois estava completamente envolvido com o que acabara de assistir. É uma terrível sensação, já que o que culmina por me deixar assim é um fiapo de alento envolvido numa imensidão de pensamentos que quase sempre me põem em estado de inércia sobre a vida, a minha existência e a fímbria que abarca tudo isso. Corriqueiramente, costumo passar os próximos dias imerso em pensamentos “contraproducentes”, que apenas me conduzem a um estado de desejo por fazer algo a mais, ao passo que minha visão de mundo só piora. Sim.

Em 2006, quando Zack Snyder apresentou o seu 300, houve uma recepção dividida por parte da crítica, mas muito boa por parte do público. Não que o trabalho de Snyder tenha sido excepcional, já que bebeu bastante da fórmula de Robert Rodriguez em Sin City (2005), mas demonstrou uma estética e habilidade gráfica interessante, além de atuações e textos condizentes com a imaginação aplicada nos quadrinhos de Frank Miller. Em resumo, se 300 não tinha um roteiro relevante, ao menos tinha uma concepção e uma mise-en-scene divertida.

As pessoas uma vez ou outra me despejam falácias como “não se fazem mais filmes como antigamente”, ou “perdeu-se o romantismo do cinema”. Argumentos clichês, que poderiam estar na boca de Galvão Bueno, fosse ele o comentarista do Oscar. Essas pessoas nunca se atinam pelo fato de que os filmes ruins simplesmente não sobreviveram ao tempo, sobrando apenas aqueles que têm algo a falar, que possuem uma importância para o Cinema. Mas se a qualidade/conteúdo não se determina pela sua época – e claro, há também aqueles que acham que os únicos filmes são os feitos “hoje em dia” -, a forma vem sendo o grande camaleão dessa arte adolescente que é o Cinema.

Fomos buscar inspiração no filme Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comumpara criar esta lista de músicas que inspiraram filmes, ou músicas que foram criadas a partir destes.

Para que a festa do Oscar não sofra os xingamentos clássicos de chata e insuportável necessita-se de alguns elementos que a transformem no oposto dessas constatações. Os apresentadores e as inserções musicais são essenciais para que o ritmo do evento se torne agradável e divertida. Nada pior que apresentadores sem graça, músicas sonolentas e sem inspiração. Mas o principal elemento, e que foge do controle dos produtores, são os vencedores e os seus discursos. Inspirados, emocionantes e bem humorados são tudo aquilo que os organizadores desejam, e que consequentemente tornam a festa inesquecível. Então, pensando nisso, elaboramos uma lista dos discursos mais memoráveis da premiação.

Impulsionados pela estreia de Pompeia (é, sabemos que é de Paul W. S. Anderson e que provavelmente será uma porcaria, mas para nós, qualquer desculpa serve), começamos a pensar em filmes épicos e qual o resultado? Esta lista monstruosamente épica com os mais épicos filmes épicos de todos os tempos… Épicos.

 

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As pessoas fazem tradições que começam bem despretensiosas e quando você vê já tá há uns dez anos na mesma rotina de só comer chocolate com um pacote de salgadinho do lado, só por costume mesmo (e porque o salgado quebra o gosto do doce e vice-versa!). Acho que foi assim que eu comecei com a minha maratona de filmes do Oscar, sei lá quando, mas que vou mantendo ano a ano porque continua sendo divertida. Ah. Tem isso, né? Uma tradição que passou a ser trabalhosa não vale mesmo a pena ter, tipo usar camisa-suja-véa-de-guerra-de-time só porque faz 20 anos que ele não perde fora de casa, precisamente desde que você esqueceu de botar ela pra lavar.

Gosto do Martin Scorsese por vários motivos: sua incrível capacidade técnica, seu amplo conhecimento em cinema e sua história, suas tramas sempre interessantes e pela sua paixão por Rolling Stones. Não que tudo isso seja pouco para se admirar um cineasta, mas o que mais me agrada nesse brilhante diretor é sua capacidade de ofertar ao espectador um mundo visto por baixo. É sobre isso que falarei hoje.

Considerado um ator excelente, Philip Seymour Hoffman, vencedor do Oscar por Capote, faz seu debut na cadeira de diretor com essa adaptação para os cinemas da peça homônima de Bob Glaudini, que também assina o roteiro. Porém, os atributos do ator parecem pouco refletir na sua condução, já que ele nos entrega uma obra rasa que jamais parece saber que rumo seguir.

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