Tópicos | Amenizando impactos

Protagonista das articulações para que o PT fosse reintegrado a Frente Popular de Pernambuco e não concorrer ao Governo com a candidatura da vereadora Marília Arraes (PT), o senador Humberto Costa (PT) afirmou, neste domingo (5), que deve sentar à mesa nesta segunda-feira (6) com Marília e pontuou que pretende estimular que ela seja candidata à deputada federal. 

“Ela fez um trabalho maravilhoso [de pré-campanha], é hoje uma liderança emergente extremamente respeitada. Eu devo tentar conversar com ela amanhã, mas vamos estimular de todas as formas para que ela possa ser candidata e, certamente, terá uma grande votação”, projetou o senador, em conversa com jornalistas, depois da convenção que homologou a candidatura dele à reeleição

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“Temos o maior respeito e apreço por Marília. Queremos que ela continue fazendo [o trabalho que começou na pré-campanha] e esperamos que ela possa continuar fazendo isso disputando um mandato de deputada federal”, completou. 

O fato da postulação da neta do ex-governador Miguel Arraes ter sido preterida gerou um novo racha interno no PT, que desde 2012 passou a lidar com fissuras eleitorais. Questionado sobre as feridas que ficaram, Humberto disse que vão cicatrizar e disse que o acordo feito com o PSB foi em prol da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

“Será uma campanha de Lula e a medida que o tempo for passando as feridas vão cicatrizando. Pretendo fazer uma de conversas e acredito que vamos superar”, frisou. “Fizemos esse acordo porque ele, pelo Brasil e por Pernambuco. Precisávamos e precisamos consolidar um conjunto de partidos em torno da candidatura de Lula e o apoio do PSB, ainda que não seja formal, nos ajuda a trazer, como já trazemos, o Pros e o PCdoB que virá”, acrescentou. 

Ao ser indagado se temia protesto da militância petista nas urnas, o senador negou. “O protesto já aconteceu no dia da convenção [quando ele foi chamado de golpista]. Não acredito, o povo pernambucano vai entender perfeitamente o que nos levou a fazer essa aliança que é a defesa de Lula e o enfrentamento ao golpe que foi dado no Brasil”, argumentou. 

Com apenas 27 dias, o governador Paulo Câmara afirmou que o ano de 2016 está “se mostrando complexo” e para tentar amenizar o impacto disso, os governadores de todo o país se reúnem na próxima segunda-feira (1º), em Brasília. Apesar do contexto de crise política nacional em que estão imersos, principalmente com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) prestes a ser retomado no Congresso, os gestores devem focar o encontro na discussão dos desafios para as administrações estaduais neste ano. 

“Vamos focar nas questões administrativas e na questão da melhoria do serviço público para o enfrentamento dessa crise”, informou o socialista, deixando claro que a crise política não deve entrar na pauta principal. 

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“Dois mil e dezesseis está se mostrando um ano complexo, com poucas alternativas existentes. É preciso que tomem medidas de imediato, medidas que busquem fazer com que esse componente político seja de alguma forma minimizado para que haja condições de se debater o econômico. Não é fácil essa tarefa”, acrescentou.

Segundo Paulo Câmara, a expectativa é de avanço nas pautas estaduais, pois os governadores “estão sentindo na pele”, juntamente com os prefeitos, os impactos dos “desafios de 2016”. 

Com a conjuntura nacional repleta de altos e baixos para o Governo Federal, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, reuniu-se, na noite dessa segunda-feira (28), com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini. Segundo o parlamentar, o encontro durou mais de três horas e os representantes da gestão debateram com os senadores temas como a reforma administrativa e a apreciação dos vetos presidenciais, marcada para esta quarta (30). 

A reunião aconteceu na tentativa de afinar os discursos do PT tanto no Senado quanto no governo, principalmente diante da perda de alguns espaços representativos da legenda na máquina federal para partidos da base. "Todos esses aspectos que vêm sendo tratados nos últimos dias foram abordados: a negociação com o PMDB, as mudanças de posições do PT dentro da Esplanada, com a perda de alguns espaços, tudo isso foi discutido”, detalhou Humberto. 

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Para o senador, os petistas vão entender as articulações do Palácio do Planalto. “Obviamente, na política, nós não só queremos preservar espaços como ampliá-los. Mas acredito que o PT entenderá que, num novo contexto ministerial, será preciso ter um primeiro escalão mais representativo da base de sustentação no Congresso e que garanta a governabilidade", ponderou.   

Já para a apreciação dos vetos presidenciais foram definidas estratégias para a manutenção dos vetos feitos pela presidenta Dilma Rousseff e o avanço dos projetos de interesse do Governo e do partido no Senado. Na madrugada da última quarta-feira, o Congresso Nacional manteve, com votos contrários da oposição, 26 vetos da presidenta Dilma. Outros seis que estavam na pauta, incluindo o veto ao reajuste de até 78% aos servidores do Judiciário, serão examinados esta semana.

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