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O diretor de estatística e apoio à exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Herlon Brandão, afirmou há pouco que superávit de US$ 2,761 bilhões registrado em maio é o maior resultado mensal desde agosto de 2012. O bom resultado foi fortemente influenciado pelo preço das commodities. Em maio, o volume exportado de soja, de 9,3 milhões de toneladas, foi recorde. Diferentemente do minério de ferro, cujo preço no mês passado foi o menor desde 2006, queda de 60% em relação ao preço de 2014.

Brandão afirmou ainda que o comportamento para o mês é superavitário. "Já tivemos superávit de até US$ 4 bilhões para maio", afirmou Brandão. O diretor também disse que houve aumento de 10% no volume vendido e queda de 23,4% no preço ante maio de 2014.

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Petróleo

Segundo Brandão, o déficit na conta petróleo faz com que o saldo global da balança comercial continue negativo. O saldo da conta petróleo está negativo em US$ 3,555 bilhões no acumulado do ano. Sobre as importações para o mês de maio, Brandão afirmou que o resultado reflete a situação econômica e cambial do país. "O menor nível de atividade econômica gera menor demanda por produto importado", disse. As importações apresentaram queda de preço de 10,2% e de 8,8% de volume.

O diretor de estatística e apoio à exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Herlon Brandão, afirmou há pouco que superávit de US$ 2,761 bilhões registrado em maio é o maior resultado mensal desde agosto de 2012. O bom resultado foi fortemente influenciado pelo preço das commodities. Em maio, o volume exportado de soja, de 9,3 milhões de toneladas, foi recorde. Diferentemente do minério de ferro, cujo preço no mês passado foi o menor desde 2006, queda de 60% em relação ao preço de 2014.

Brandão afirmou ainda que o comportamento para o mês é superavitário. "Já tivemos superávit de até US$ 4 bilhões para maio", afirmou Brandão. O diretor também disse que houve aumento de 10% no volume vendido e queda de 23,4% no preço ante maio de 2014.

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Petróleo

Segundo Brandão, o déficit na conta petróleo faz com que o saldo global da balança comercial continue negativo. O saldo da conta petróleo está negativo em US$ 2,305 bilhões no acumulado do ano. Sobre as importações para o mês de maio, Brandão afirmou que o resultado reflete a situação econômica e cambial do país. "O menor nível de atividade econômica gera menor demanda por produto importado", disse. As importações apresentaram queda de preço de 10,2% e de 8,8% de volume.

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 296 milhões na terceira semana de maio (de 18 a 24). De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 25, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações somaram US$ 4,143 bilhões e as importações, US$ 3,847 bilhões no período.

Com isso, no acumulado de maio, o superávit comercial chegou a US$ 1,948 bilhão, resultado de exportações de US$ 12,843 bilhões e importações de US$ 10,895 bilhões. No ano, a balança comercial brasileira ainda acumula déficit, de US$ 3,118 bilhões, resultado de vendas externas de US$ 70,774 bilhões e importações de U$S 73,892 bilhões.

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A média diária das exportações nas três primeiras semanas de maio foi de US$ 856,2 milhões, queda de 13,4% em comparação com a média diária de US$ 988,2 milhões de maio de 2014. De acordo com o MDIC, a retração se deu em razão da queda nas vendas externas de produtos básicos - recuo de 17,8%, de US$ 542,3 milhões para US$ 445,7 milhões, por conta principalmente de minério de ferro, carne bovina, de frango e suína, farelo de soja, café em grão e soja em grão.

Em manufaturados, houve baixa de 7,6%, de US$ 317,9 milhões para US$ 293,6 milhões, por conta de bombas e compressores, óleos combustíveis, máquinas para terraplenagem, motores e geradores, aviões, óxidos e hidróxidos de alumínio, automóveis e autopeças. Já os embarques de semimanufaturados caíram 4,8%, de US$ 104,4 milhões para US$ 99,4 milhões, pelas quedas de celulose, couros e peles, ferro-ligas e óleo de soja em bruto.

Na comparação com abril deste ano, as exportações cresceram 13%, reflexo do aumento nas vendas das três categorias de produtos: semimanufaturados (15,7%, de US$ 85,9 milhões para US$ 99,4 milhões), básicos (18,1%, de US$ 377,4 milhões para US$ 445,7 milhões) e manufaturados (6,7%, de US$ 275,2 milhões para US$ 293,6 milhões).

Nas importações, a média diária das três primeiras semanas de maio foi de US$ 726,3 milhões, 23,9% abaixo da média registrada no mesmo período do ano passado (US$ 954,3 milhões). Caíram os gastos com combustíveis e lubrificantes (-42,0%), adubos e fertilizantes (-40,7%), siderúrgicos (-30,9%), veículos automóveis e partes (-30,3%), equipamentos mecânicos (-20,5%) e instrumentos de ótica/precisão (-20,3%).

Em relação a abril, houve queda de 0,9%, resultado da redução na compra de siderúrgicos (-24,4%), equipamentos mecânicos (-13,5%), veículos automóveis e partes (-12,3%), plásticos e obras (-8,8%), instrumentos de ótica/precisão (-7,2%) e aparelhos eletroeletrônicos (-2,6%).

O Japão registrou superávit comercial de 229,3 bilhões de ienes em março, depois de quase três anos anotando resultados negativos para a balança mensal. O número é mais do que quatro vezes maior que a previsão dos analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que esperavam saldo positivo de 47,9 bilhões de ienes. Em fevereiro, o déficit havia sido de 424,6 bilhões de ienes.

Em relação a março do ano passado, as exportações japonesas subiram 8,5%, ante uma expectativa do mercado de alta de 6,5%. Os Estados Unidos foram o destino com maior crescimento, para onde os embarques subiram 21,3%. Só para a China, houve aumento de 3,9%. Para a Ásia e para a Europa, as exportações cresceram 6,7% e 9,1%, respectivamente.

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As importações do Japão tiveram queda de 14,5% no mesmo tipo de comparação. Fonte: Dow Jones Newswires.

O superávit de US$ 458 milhões da balança comercial brasileira em março era "previsível" e foi puxado basicamente pelo aumento das exportações de soja e açúcar, em razão do maior número de dias úteis, avaliou o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. De acordo com o executivo, a desvalorização do real ante o dólar não teve efeito sobre as exportações de manufaturados até o momento.

Castro destacou que, nos 22 dias úteis de março, os embarques de soja aumentaram para 5,592 milhões de toneladas, ante 868 mil toneladas nos 18 dias úteis de fevereiro. Com isso, a receita bruta da commodity passou de US$ 346 milhões para US$ 2,211 bilhões. Os embarques do açúcar, por sua vez, aumentaram de 811 mil toneladas para 1,817 milhão, fazendo com que a receita crescesse de US$ 281 milhões para US$ 618 milhões. "Esses dois itens foram basicamente os responsáveis. Os outros aumentos foram pequenos", disse.

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O executivo avaliou que o efeito da desvalorização do real sobre manufaturados só deverá ser sentido a partir do final do segundo trimestre. "Aquele câmbio que todos estão dizendo que vai resolver o problema das exportações poderá até resolver, mas não resolveu até agora", afirmou. Para isso acontecer, ele defende que o dólar deve se manter valorizado e que haja remanejamento de recursos do Programa de Financiamento às Exportações (Proex), pois o montante aprovado no Orçamento de 2015 já estaria praticamente todo comprometido.

Castro ressaltou que a AEB prevê um superávit em torno de US$ 5 bilhões neste ano, puxado principalmente por uma queda das importações. Ele argumenta que, com o mercado interno e investimentos mais retraídos e com a alta do dólar, a demanda por importados deverá diminuir. Para a entidade, as importações deverão cair cerca de 12% em 2015, recuo maior do que a retração de 10% das exportações. No acumulado do primeiro trimestre, a balança comercial está com déficit de US$ 5,557 bilhões.

Estagnação econômica

O diretor de Pesquisa Econômica da GO Associados, Fabio Silveira, avaliou que o desempenho positivo da balança comercial em março foi puxado pelo recuo nas importações. No mês passado as importações somaram US$ 16,521 bilhões, baixa de quase US$ 1 bilhão ante os US$ 17,510 bilhões de março do ano passado.

Enquanto a receita total com importações caiu 5,65% entre os meses de março de 2014 e de 2015, na média por dia útil a queda foi de 18,51%, para US$ 751 milhões em março de 2015. "O que ajudou a balança comercial foi o desempenho menos nobre do ponto de vista do crescimento, com queda na importação espelhada na estagnação e a possível recessão que devemos ter no primeiro trimestre", disse Silveira.

Para o economista, outro motivo para o recuo nas importações e o consequente saldo positivo na balança foi o recuo em dólar dos preços de produtos importados em grande volume, como petróleo e derivados, petroquímicos e plásticos nobres. Silveira disse ainda que se a tendência de queda nas importações atrelada à fragilização econômica seguir durante o ano a GO Associados pode até rever a estimativa de um superávit comercial para 2015, até agora em US$ 2 bilhões.

Apesar do déficit comercial de US$ 5,557 bilhões acumulado no primeiro trimestre do ano, o diretor de estatística e apoio à exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Herlon Brandão, disse nesta quarta-feira (1°) que o governo continua com a expectativa de superávit para o ano. No entanto, não há uma estimativa do ministério para o tamanho desse saldo positivo esperado para 2015. "A tendência é de haver superávits comerciais nos próximos meses. O comportamento esperado é de queda nas duas pontas, com redução maior das importações", projetou.

Para Brandão, o déficit no começo do ano foi muito influenciado pela queda nos preços de commodities, como minério de ferro e petróleo, que detêm parcela significativa da pauta de exportações brasileira. "Por outro lado, o dólar no curto prazo aumenta a rentabilidade para o exportador. A alta do dólar ajuda a mitigar a queda nos preços de commodities", afirmou.

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Questionado se a alta do dólar desde janeiro está entre as causas da queda de 18,5% na média diária da importações no primeiro trimestre na comparação com 2014, Brandão disse ainda ser cedo para se fazer essa avaliação. "Ainda não há informação sobre o efeito câmbio na queda das importações", disse. O diretor evitou comentar ainda o possível efeito da menor atividade econômica no País sobre o ritmo das compras no exterior.

Março

Brandão disse que o superávit da balança comercial no mês de março, de US$ 458 milhões, foi o melhor resultado para o mês desde março de 2012, quando houve saldo comercial positivo de US$ 2 bilhões. Em março de 2014, o superávit foi de US$ 118 milhões, e em março de 2013, US$ 163 milhões.

Segundo ele, a balança comercial costuma registrar superávit nos meses de março. "É a trajetória esperada, costuma registrar déficit em janeiro e fevereiro e, em março, começa a entrar a safra de soja", explicou.

Brandão informou que o Brasil exportou 840 mil toneladas de soja na última semana de março, que teve apenas dois dias úteis. No mês de março, foram 5,6 milhões de toneladas exportadas, menos que os 6,2 milhões de março de 2014. No acumulado do ano, o País exportou 6,5 milhões de toneladas, ante 9 milhões de toneladas no primeiro trimestre do ano passado.

"No ano passado, tivemos uma concentração de exportações de soja em fevereiro, com 2,8 milhões de toneladas. Em fevereiro deste ano, foram apenas 870 mil toneladas. Portanto, esperamos um forte volume de exportações nos próximos meses", afirmou.

Segundo Brandão, a queda nas exportações no primeiro trimestre do ano está relacionada à redução nos preços de minério de ferro, soja e petróleo e óleos combustíveis. Segundo ele, essa é uma tendência que deve continuar ao longo de todo o primeiro semestre deste ano.

"Foram quedas fortes nos preços desses produtos. Também houve uma queda no preço do milho, que já estava baixo", afirmou. "Pelo menos no primeiro semestre, a queda nos preços vai afetar bastante o resultado da balança comercial", acrescentou.

Segundo ele, isso deve ocorrer porque a base de comparação em relação ao primeiro semestre do ano passado é alta, já que os preços desses produtos caíram mais fortemente apenas no segundo semestre de 2014. Brandão destacou que, por outro lado, houve aumento nos preços de café, que subiu 33,6%, devido à menor oferta do produto no mercado mundial. Também houve aumento no valor exportado de aviões, mas, nesse caso, foi devido aos modelos comercializados, de maior porte.

Nem mesmo o aumento nos volumes exportados foi capaz de melhorar o resultado das exportações no trimestre. Segundo Brandão, houve aumento significativo nas vendas de petróleo em bruto, café, milho, minério de ferro, aviões e celulose. "Tivemos recorde no volume exportado de minério de ferro, de 79,3 milhões de toneladas, e de petróleo, de 8,5 milhões de toneladas", afirmou.

Para se ter uma ideia, a quantidade exportada de minério de ferro cresceu 10,5% no primeiro trimestre, mas o preço caiu 50,7%. O resultado foi uma redução de 45,5% no valor exportado. O mesmo aconteceu com o petróleo, cujo volume vendido aumentou 87,8%, mas o preço recuou 49,8%, resultando numa queda de 5,8% no valor embarcado.

No caso das importações, houve queda no volume de compras de combustíveis, automotivo e eletroeletrônicos em geral.

Conta-petróleo

Brandão destacou que o déficit na conta-petróleo deve cair neste ano, devido à redução no valor da commodity e pela queda no volume e no preço dos derivados.

No primeiro trimestre deste ano, as exportações da conta-petróleo somaram US$ 3,853 bilhões e as importações, US$ 7,113 bilhões, com saldo negativo de US$ 3,261 bilhões. Nos três primeiros meses do ano passado, o déficit foi de US$ 4,548 bilhões, com vendas de US$ 5,057 bilhões e compras de US$ 9,605 bilhões.

Segundo ele, no primeiro trimestre deste ano, comparativamente ao mesmo período do ano passado, houve uma redução de 23,8% nas exportações de petróleo, motivadas, principalmente, pela queda no preço do produto. Por outro lado, houve queda de 25,9% nas importações de derivados de petróleo, influenciadas pela diminuição tanto no preço quanto no volume importado. "Esperamos que o déficit continue se reduzindo por conta dessa questão da queda dos preços", disse.

Ainda de acordo com Brandão, no primeiro trimestre deste ano, houve recorde nos valores exportados de celulose, com US$ 1,295 bilhão, e de farelo de soja, com US$ 1,253 bilhão.

As exportações brasileiras registraram média diária de US$ 771,8 milhões em março, queda de 16,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já as importações registraram média diária de US$ 751 milhões, com retração de 18,5% na mesma base de comparação. Os números foram divulgados nesta quarta-feira, 1, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

As exportações de básicos retrocederam 29,7%, para US$ 7,525 bilhões, resultado explicado pela venda menor de minério de ferro (-49,9%); soja em grão (-39,3%), petróleo em bruto (-24,8%); e carne bovina (-23,7%). Os embarques de manufaturados caíram 6,1% em março, para US$ 6,533 bilhões, com queda principalmente em aviões (-27%); açúcar refinado (-25,6%) e pneumáticos (-22,3%).

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As exportações de semimanufaturados cresceram 8,8% no mês passado, para US$ 2,461 bilhões puxadas, principalmente, por cátodos de cobre (+253%); ferro fundido (+60,6%); e açúcar em bruto (+27,6%). Do lado das importações, caíram as compras de combustíveis e lubrificantes (-28%); matérias-primas e intermediários (-18,8%); bens de capital (-16,3%); e bens de consumo (-13,7%).

No caso dos combustíveis, a retração ocorreu principalmente pela redução do preço do petróleo. Já em bens de consumo, as principais quedas foram em automóveis, máquinas e aparelhos domésticos e peças para bens de consumo duráveis.

Em matérias-primas, caíram as compras de insumos para agricultura, além de produtos alimentícios e acessórios de equipamentos de transportes. Em bens de capital, a principal queda ocorreu em acessórios de maquinaria industrial.

A retração nas exportações brasileiras de produtos semimanufaturados (-5,7%) e manufaturados (-4,6%) provocou queda de 2,6% na média diária exportada que ficou em US$ 735,4 milhões na terceira semana de março (16 a 22) ante os US$ 755,4 milhões registrados até a segunda semana do mês. Os dados divulgados nesta segunda-feira, 23, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam que houve queda nas vendas externas de açúcar em bruto, celulose, couros e peles e ouro em forma semimanufaturada. Também houve redução nas exportações de automóveis de passageiros, autopeças, motores para veículos, açúcar refinado e tubos de ferro fundido.

Por outro lado, no mesmo período, as vendas de produtos básicos cresceram 2,1%, com destaque para soja em grão, farelo de soja, carne de frango e suína e algodão em bruto. Na terceira semana de março, as exportações somaram US$ 3,677 bilhões.

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Com relação às importações, que totalizaram US$ 3,876 bilhões na terceira semana do mês, o MDIC destaca o crescimento de 1,6% na média diária importada, que chegou a US$ 775,2 milhões, na comparação com o verificado até a segunda semana de março (US$ 762,8 milhões). Esse incremento é explicado pelo aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, aparelhos eletroeletrônicos e veículos automóveis e partes.

No mês, as exportações somam US$ 11,231 bilhões, com média diária de US$ 748,7 milhões, o que representa uma retração de 19,3% ante a média de março de 2014 (US$ 927,8 milhões). Essa queda foi motivada pela redução nas vendas de produtos básicos (-32%), com destaque para minério de ferro, soja em grão, carne suína, de frango e bovina e petróleo em bruto. Também foi registrada queda nas exportações de manufaturados (-8,2%), com menores vendas de aviões, açúcar refinado, máquinas para terraplenagem, autopeças, motores para veículos, motores e geradores e polímeros plásticos. Por outro lado, as exportações de semimanufaturados estão em março deste ano 4,2% maiores que a média registrada em igual período de 2014, puxadas pelas vendas de catodos de cobre, ferro fundido, ouro em forma semimanufaturada, açúcar em bruto, ferro-ligas, madeira serrada e celulose.

Na comparação com fevereiro deste ano, a média diária exportada registrada aumento de 11,5% no acumulado de março, em razão das vendas de produtos básicos (+19,3%), manufaturados (+7,4%) e semimanufaturados (+1,7%).

No acumulado do mês de março, as importações totalizam US$ 11,504 bilhões, com média diária de US$ 766,9 milhões, o que representa uma queda de 16,8% ante a média exportada em março de 2014 (US$ 921,6 milhões). Nessa base de comparação, caíram os gastos principalmente com adubos de fertilizantes (-37,3%), veículos automóveis e partes (-28,0%), borracha e obras (-25,3%), equipamentos mecânicos (-23,8%), farmacêuticos (-22,3%), combustíveis e lubrificantes (-20,5%) e siderúrgicos (-20,1%). Na comparação com fevereiro deste ano, houve queda de 7,6% na média importada, com redução dos gastos com combustíveis e lubrificantes (-30,4%), adubos e fertilizantes (-28,3%), plásticos e obras (-15,2%) e siderúrgicos (-12,8%).

No acumulado do ano, o saldo comercial é negativo em US$ 6,288 bilhões. As exportações somam US$ 37,027 bilhões e as importações, US$ 43,315 bilhões.

A balança comercial brasileira registrou um déficit de US$ 199 milhões na terceira semana de março (16 a 22), segundo dados divulgados nesta segunda-feira (23) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No período, as exportações somaram US$ 3,677 bilhões e as importações, US$ 3,876 bilhões.

Com esse resultado, até o dia 22 de março, a balança comercial acumula um déficit de US$ 273 milhões no mês. As exportações somam US$ 11,231 bilhões no acumulado do mês e as importações, US$ 11,504 bilhões.

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Segundo os dados do MDIC, no ano, o saldo comercial já é negativo em US$ 6,288 bilhões, resultado de exportações de US$ 37,027 bilhões e importações de US$ 43,315 bilhões.

O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 4,0 bilhões nos dois primeiros meses do ano, o que representa uma queda de 5,4% em relação ao mesmo período de 2014, segundo informou nesta quarta-feira (18) a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Segundo a entidade, no primeiro bimestre de 2015, as importações de produtos químicos ficaram em torno de US$ 5,9 bilhões, retração de 9,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as exportações, de praticamente US$ 2,0 bilhões, apresentaram queda de 15,6% na mesma comparação.

Somente em fevereiro, as compras externas de produtos químicos chegaram a US$ 2,7 bilhões, decréscimo de 13,8% em relação a janeiro. As exportações atingiram US$ 859 milhões, registrando queda de 22,1% em igual comparação. Em relação a fevereiro de 2014, as importações diminuíram 8,7% e as exportações tiveram queda de 24,2%.

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Ainda de acordo com a Abiquim, os intermediários para fertilizantes foram o principal item da pauta de importação brasileira de produtos químicos, com compras de US$ 812,0 milhões no primeiro bimestre deste ano, aumento de 13,4% em relação ao mesmo período em 2014. Já as resinas termoplásticas, apesar da redução de 31,4%, foram os produtos químicos mais exportados pelo País, com vendas de US$ 261,9 milhões.

"Apesar da desaceleração das importações de produtos químicos nos últimos meses, ainda é bastante grave e crônico o déficit do setor no País, sobretudo quando se observa que a participação de importados no consumo aparente nacional tem crescido mês a mês e já margeia os 37,5%", diz, na nota, a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo. Consumo aparente é a soma de produção com importações deduzidas as exportações.

"Em um cenário econômico doméstico bastante delicado, o combate às práticas desleais e ilegais de comércio ganham ainda mais relevância, uma vez que os danos causados por esses tipos de atos podem ser irreversíveis e custar a própria sobrevivência de diversas unidades industriais", acrescenta Denise.

A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 24 milhões na semana passada, resultado de exportações de US$ 3,624 bilhões e importações de US$ 3,648 bilhões. Os montantes foram registrados entre os dias 9 a 15 de março. No mês, o déficit comercial acumula US$ 74 bilhões.

Conforme informou nesta segunda-feira, 16, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as vendas externas no ano somam US$ 33,350 bilhões e as importações, U$S 39,439 bilhões, resultando em um déficit de US$ 6,089 bilhões em 2015.

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A média diária das exportações em março foi de US$ 755,4 milhões, o que significou uma queda de 18,6% em comparação com a média diária de US$ 927,8 milhões de março de 2014. A baixa ocorreu, de acordo com o MDIC, devido a quedas de produtos básicos (-32,4%, de US$ 486,2 milhões para US$ 328,4 milhões, por conta, principalmente, de minério de ferro, soja em grão, carne suína, de frango e bovina e petróleo em bruto) e manufaturados (-6,7%, de US$ 316,3 milhões para US$ 295,0 milhões, com queda em aviões, polímeros plásticos, motores e geradores, motores para veículos, açúcar refinado e autopeças).

Já as vendas ao exterior de semimanufaturados apresentou alta (+6,2%, de US$ 102,9 milhões para US$ 109,3 milhões, por conta de ouro em forma semimanufaturada, açúcar em bruto, madeira serrada, celulose, ferro-ligas e ferro fundido).

Em relação a fevereiro, as exportação apresentaram aumento de 12,4% na comparação pela média diária, por conta do crescimento nas vendas de produtos básicos (+18,4%, de US$ 277,3 milhões para US$ 328,4 milhões), manufaturados (+9,1%, de US$ 270,4 milhões para US$ 295,0 milhões) e semimanufaturados (+3,7%, de US$ 105,4 milhões para US$ 109,3 milhões).

Nas importações, a média diária até a 2ª semana de março, de US$ 762,8 milhões, ficou 17,2% abaixo da média de março/2014 (US$ 921,6 milhões). Caíram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (-33,9%), veículos automóveis e partes (-33,4%), combustíveis e lubrificantes (-30,1%), borracha e obras (-24,5%) e equipamentos mecânicos (-20,1%). Em relação a fevereiro, houve queda de 8,1%, pelas diminuições em combustíveis e lubrificantes (-38,8%), adubos e fertilizantes (-24,4%), plásticos e obras (-13,4%) e siderúrgicos (-8,7%).

A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 50 milhões na semana passada, resultado de exportações de US$ 3,930 bilhões e importações de US$ 3,980 bilhões. As informações referem-se ao período entre os dias 1º e 8 de março. Conforme informou nesta segunda-feira, 9, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as vendas externas no ano somam US$ 29,726 bilhões e as importações, U$S 35,791 bilhões, resultando em um déficit de US$ 6,065 bilhões em 2015.

A média diária das exportações na primeira semana de março foi de US$ 786,0 milhões, o que significou uma queda de 15,3% em comparação com a média diária de US$ 927,8 milhões de março de 2014. A baixa ocorreu, de acordo com o MDIC, devido a quedas de produtos básicos (-28,5%, de US$ 486,2 milhões, em março de 2014, para US$ 347,8 milhões, na primeira semana de março de 2015, por causa, principalmente, de minério de ferro, soja em grão, carne suína, de frango e bovina, e petróleo em bruto) e semimanufaturados (-0,2%, de US$ 102,9 milhões para US$ 102,7 milhões, pelas quedas de óleo de soja em bruto, ouro em forma semimanufaturada e semimanufaturados de ferro/aço).

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O MDIC destaca que os manufaturados mantiveram-se estáveis (de US$ 316,3 milhões, em março do ano passado, para US$ 316,4 milhões, na primeira semana deste mês, com aumentos em tubos de ferro fundido, laminados planos, suco de laranja e automóveis de passageiros).

Em relação a fevereiro deste ano, o aumento da média diária foi de 17,0%, em virtude do crescimento nas vendas de produtos básicos (+25,4%, de US$ 277,3 milhões para US$ 347,8 milhões) e manufaturados (+17,0%, de US$ 270,4 milhões para US$ 316,4 milhões). Caíram, no entanto, os semimanufaturados (-2,5%, de US$ 105,4 milhões para US$ 102,7 milhões).

Nas importações, a média diária da primeira semana de março de 2015, de US$ 796,0 milhões, ficou 13,6% abaixo da média de março de 2014 (US$ 921,6 milhões). Nesse comparativo, diminuíram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (-43,9%), veículos automóveis e partes (-31,3%), borracha e obras (-22,5%), equipamentos mecânicos (-22,3%) e farmacêuticos (-15,8%). Ante fevereiro deste ano, houve queda de 4,1%, pelas retrações em adubos e fertilizantes (-35,8%), combustíveis e lubrificantes (-17,9%), plásticos e obras (-9,3%) e equipamentos mecânicos (-4,1%).

A média diária das exportações em fevereiro, até a terceira semana, é de US$ 692,9 milhões, uma queda de 13% em relação à média diária registrada em fevereiro de 2014, de US$ 796,7 milhões, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Os embarques de produtos básicos registram uma retração de 19,4%, por conta, principalmente, de soja em grão, minério de ferro, carne bovina e suína e minério de cobre. As vendas externas de manufaturados diminuíram 8,1%, principalmente em razão das quedas de exportação de polímeros plásticos, máquinas para terraplenagem, motores e geradores, óxidos e hidróxidos de alumínio, motores para veículos, açúcar refinado e autopeças. Nos semimanufaturados, a retração é de 1,3%, puxada por açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, ferro-ligas, couros e peles e ferro fundido.

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Nas importações, a média diária até a terceira semana de fevereiro é de US$ 829,8 milhões, 8,1% abaixo da média de fevereiro de 2014, de US$ 903,1 milhões. Nesse comparativo, decresceram os gastos, principalmente, com farmacêuticos (-24,8%), borracha e obras (-18,4%), veículos automóveis e partes (-16,9%), instrumentos de ótica/precisão (-16,6%), combustíveis e lubrificantes (-16,1%), químicos orgânicos/inorgânicos (-13,8%) e equipamentos mecânicos (-13,3%).

A balança comercial brasileira voltou a registrar déficit, com saldo negativo em US$ 25 milhões na semana passada, resultado de exportações de US$ 3,678 bilhões e importações de US$ 3,703 bilhões. Conforme informou nesta segunda-feira, 09, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as vendas externas no ano somam US$ 17,382 bilhões e as importações, U$S 20,581 bilhões, resultando em um déficit de US$ 3,199 bilhões em 2015.

A média diária das exportações na primeira semana de fevereiro foi de US$ 735,6 milhões, o que significou uma queda de 7,7% em comparação com o mesmo período no ano passado. A baixa ocorreu, de acordo com o MDIC, devido à queda de 9% nas vendas externas de produtos básicos (US$ 358,5 milhões para US$ 326,2 milhões), puxada especialmente pela soja em grãos, farelo de soja, carne bovina e suína e minério de ferro.

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Houve retração também nas exportações de manufaturados, com recuo de 7,6% na primeira parcial de fevereiro (de US$ 304,3 milhões para US$ 281,1 milhões, na comparação com fevereiro de 2014), após uma menor remessa de óleos combustíveis, polímeros plásticos, máquinas para terraplenagem, motores e geradores, motores para veículos, autopeças e automóveis.

A venda de semimanufaturados apresentou um crescimento de 0,6%, indo de US$ 107,9 milhões na primeira semana de fevereiro de 2014, para US$ 108,5 milhões, na semana passada, com destaque para óleo de soja em bruto, catodos de cobre, ouro em forma semimanufaturada, alumínio em bruto e ferro fundido. Apesar do déficit, segundo o MDIC, houve crescimento de 12,7% em relação a janeiro na venda de manufaturados e de 17,1% em produtos básicos.

Importações

A média diária das importações na primeira semana de fevereiro foi de US$ 740,6 milhões, registrando queda de 18% em relação ao mesmo intervalo de 2014. O recuo ocorreu em função da redução de gastos com combustíveis e lubrificantes (-40,8%), borracha e obras (-26,2%), veículos automóveis e partes (-20,0%), equipamentos mecânicos (-19,3%) e químicos orgânicos/inorgânicos (-18,3%). Já na comparação com a primeira semana de janeiro, houve queda de 7,9%, puxada por uma menor compra de produtos siderúrgicos (-24,9%), adubos e fertilizantes (-23,1%), borracha e obras (-14,5%), químicos orgânicos/inorgânicos (-14,4%) e equipamentos mecânicos (-12,2%).

A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 479 milhões na terceira semana de janeiro, elevando o saldo negativo no mês para US$ 1,462 bilhão. As exportações somaram US$ 3,661 bilhões na semana passada e as importações, US$ 4,140 bilhões. No acumulado de janeiro, as vendas externas registraram US$ 7,515 bilhões e as importações, U$S 8,977 bilhões.

Segundo os dados do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a média diária das exportações foi de US$ 683,2 milhões até a terceira semana desse mês, uma queda de 6,2% em relação à média diária de janeiro de 2014 (US$ 728,5 milhões).

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Houve redução dos embarques nos produtos de manufaturados de 23,3%, por conta de aviões, automóveis de passageiros, laminados planos de ferro ou aço, óleos combustíveis, motores e geradores elétricos, hidrocarbonetos e derivados, papel e cartão para escrita e impressão, tubos de ferro fundido, autopeças e motores para veículos e partes. Por outro lado, aumentaram as exportações de semimanufaturados em 8,5%, pelos acréscimos de óleo de dendê em bruto, ferro fundido, borracha sintética e artificial, ferro-ligas, açúcar em bruto e madeira serrada. As vendas externas de básicos subiram 4,0%, puxadas, principalmente, por petróleo em bruto, trigo em grãos, caulim e outras argilas, soja em grão, café em grão, algodão em bruto, fumo em folhas, arroz em grãos e pimenta em grão.

Nas importações, a média diária até a terceira semana de janeiro de 2015 foi US$ 816,1 milhões, 10,6% abaixo da média de janeiro de 2014 (US$ 913,4 milhões). A retração ocorreu, sobretudo, em combustíveis e lubrificantes (-36,5%), cereais (-30,4%), veículos automóveis e partes (-20,9%), equipamentos mecânicos (-17,8%), borracha e obras (-14,8%) e equipamentos elétricos e eletrônicos (-12,7%).

A primeira parcial de 2015 da balança comercial mostra que o Brasil começou o ano como terminou 2014: no vermelho. O saldo comercial entre 1 e 11 de janeiro está negativo em US$ 983 milhões. Esse número foi formado pela diferença entre exportações, que somaram US$ 3,854 bilhões no período, e importações, que foram de US$ 4,837 bilhões.

No ano passado, a balança fechou com um déficit de US$ 3,9 bilhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

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O ministério informou ainda que nas exportações, na comparação entre as médias até a segunda semana de janeiro de 2015 (US$ 642,3 milhões) com a de janeiro de 2014 (US$ 728,5 milhões), houve recuo de 11,8%.

A queda foi causada por uma redução de 33,2% das exportações de bens manufaturados, que caíram de US$ 277,1 milhões para US$ 185,0 milhões - o movimento foi influenciado por tubos de ferro fundido, automóveis de passageiros, motores para veículos e partes, autopeças, motores e geradores elétricos, etanol, veículos de carga, calçados, aviões e óleos combustíveis.

Entre os itens básicos a queda foi de 2,5%, passando de US$ 313,3 milhões para US$ 305,3 milhões. Minério de ferro, carne suína, arroz em grãos, fumo em folhas, carnes salgadas, carne bovina, carne de peru e soja em grão conduziram a redução no segmento.

O contraponto ficou para os semimanufaturados, que cresceram 12,4%, subindo de US$ 114,2 milhões para US$ 128,4 milhões. Os itens que mais se destacaram no segmento foram óleo de dendê em bruto, ouro em forma semimanufaturada, semimanufaturados de ferro ou aço, óleo de soja em bruto e ferro fundido.

Nas importações, a média diária nessa base de comparação variou de US$ 913,4 milhões para US$ 806,2 milhões, queda de 11,7%. Recuaram principalmente os gastos com combustíveis e lubrificantes (-51,8%), adubos e fertilizantes (-28,4%), veículos automóveis e partes (-23,7%), equipamentos mecânicos (-20,3%), produtos farmacêuticos (-19,4%), borracha e obras (-16,1%) e equipamentos elétricos e eletrônicos (-14,2%).

Depois de a balança comercial registrar, em 2014, o primeiro déficit em 14 anos, a expectativa dos economistas é de que o saldo volte para o azul neste ano, mas com resultados bem modestos. As projeções de superávit das consultorias econômicas ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo oscilam entre US$ 1,5 bilhão e US$ 5 bilhões. Apesar de as projeções serem muito variadas, os economistas concordam num ponto: o superávit deve ser sustentado pela queda na importações.

"Em 2015, vamos ter novas baixas nas importações e nas exportações", prevê Bruno Lavieri, economista da Tendências Consultoria Integrada. A consultoria projeta superávit comercial de US$ 1,5 bilhão, com exportações de US$ 223,5 bilhões e importações de US$ 222 bilhões. Nas contas do economista, as importações devem recuar 3% por causa da desvalorização do real em relação ao dólar e do consumo interno fraco.

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As exportação também vão recuar, mas a retração terá menor intensidade, menos de 1%. É que a queda dos preços em dólar das commodities no mercado externo deve, segundo Lavieri, prevalecer sobre a desvalorização do câmbio, que poderia ajudar as exportações.

"A desvalorização do real pode ser que ajude um pouco, mas não será suficiente para mais que compensar a queda de preços das exportações", afirma Lia Valls, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia.

"Em 2015, teremos um saldo levemente positivo de US$ 2 bilhões", prevê o diretor de pesquisa da GO Associados, Fabio Silveira. Ele atribui parte desse desempenho ao câmbio, que deve conter as importações, e ao avanço das exportações de petróleo. Segundo ele, a perspectiva para o resultado da balança comercial deste ano poderia ser muito pior se a economia americana não estivesse em recuperação, o que, na sua avaliação, amplia as exportações brasileiras para os EUA.

Já Francisco Pessoa Faria, economista da LCA Consultores, acredita que a recuperação da economia americana ajuda pouco o resultado comercial do País. "O crescimento dos EUA tem mais a ver com a oferta e redução de custos, especialmente da energia, e tem impacto limitado. Além disso, a América Latina, que importa produtos do Brasil, está ruim."

Faria espera um superávit entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões para este ano, baseado na queda das importações. Ele ressalta que a queda na importação do diesel, em razão da produção da Refinaria Abreu e Lima, deve ajudar a reduzir as compras externas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A queda nos preços das commodities, especialmente do minério de ferro e dos grãos, e o recuo nas vendas dos produtos manufaturados, por causa da crise argentina e do declínio nas vendas de plataformas de petróleo, levaram à deterioração do saldo comercial em 2014. A avaliação foi feita nesta segunda-feira, 5, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, pela economista Natalia Cotarelli, do Banco Indusval & Partners (BI&P), ao analisar o déficit comercial de US$ 3,930 bilhões no ano passado. "No entanto, para 2015, a expectativa é de superávit comercial modesto, de US$ 5 bilhões", estimou.

Segundo a economista do BI&P, a retração nos preços do petróleo, com consequente redução no déficit da conta-petróleo, e o dólar mais valorizado, que tende a conter a demanda interna, poderão ajudar a melhorar o saldo comercial deste ano. "Duas questões ainda devem atrapalhar o bom desempenho comercial em 2015: um crescimento global ainda modesto e a falta de uma retomada substancial dos preços das commodities", avaliou.

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O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, afirmou na tarde desta segunda-feira, 5, que o déficit da balança comercial em 2014, de US$ 3,9 bilhões, se deve principalmente à queda dos preços de commodities superior ao esperado (especialmente minério de ferro), cenário internacional desfavorável e a conta petróleo.

Segundo ele, a conta petróleo apresentou melhora, mas ainda registra déficit "bastante elevado". Outros fatores de impacto, segundo Godinho, são a safra brasileira de grãos e a taxa de câmbio.

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Godinho destacou que o déficit do ano passado representa apenas 1,7% do total de exportações do País. Em 1997, quando ocorreu o maior déficit da série histórica, de US$ 6,7 bilhões, esse valor representava 11,3% das vendas externas do Brasil.

O secretário chamou atenção para o fato de que o número de exportadores subiu no País pelo segundo ano consecutivo, passando de 18.809 em 2013 para 19.250 em 2014. Além disso, a exportação, que somou US$ 225,1 bi no ano, foi o quarto maior valor da série histórica. As importações, por outro lado, somaram US$ 229 bilhões e tiveram a quarta maior cifra.

Demanda

Godinho também disse que entre os 15 principais destinos dos produtos brasileiros, em 10 houve queda de demanda. O recuo, no entanto, não foi apenas de itens oriundos do Brasil, atingiu também outras praças.

O cenário para o País foi desfavorável ainda entre as economias que apresentaram aumento da demanda, regiões que buscaram produtos que não estavam na pauta de exportações dos brasileiros - caso da União Europeia e da China.

As três categorias de produtos na balança comercial - manufaturados, semimanufaturados e básicos - tiveram queda na exportação em 2014 ante 2013, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Os manufaturados tiveram a maior retração, de 13,7%, devido principalmente a plataforma para extração de petróleo, automóveis de passageiros, veículos de carga, açúcar refinado, autopeças, motores para veículos e partes e óleos combustíveis. Por outro lado, houve aumento na exportação de tubos de ferro fundido, óxidos e hidróxidos de alumínio, laminados planos, máquinas para terraplanagem e polímeros plásticos.

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Os semimanufaturados apresentaram queda de 4,8% na mesma base de comparação. As maiores baixas foram nas vendas de catodos de cobre, ouro em forma semimanufaturada, alumínio em bruto, açúcar em bruto, óleo de soja em bruto. Ao contrário, cresceram as exportações de madeira serrada, semimanufaturados de ferro/aço, couros e peles, ferro-ligas e celulose.

A exportação de produtos básicos caiu menos que as demais, 3,1%, devido principalmente a milho em grão, fumo em folhas, minério de ferro, carne de frango e minério de cobre. Por outro lado, cresceram as vendas externas de café em grão, petróleo em bruto, algodão em bruto, carne suína, carne bovina, farelo de soja e soja em grão.

Na avaliação por mercados de destino, a balança comercial brasileira mostra que só cresceram as exportações para a Europa Oriental, em 9,7% (devido a carnes, soja em grão, café em grão etc) e para os Estados Unidos, em 9,2% (devido a semimanufaturados de ferro/aço, aviões, parte de motores e turbinas para aviação, café em grão, entre outros).

Mostraram queda as vendas para o Mercosul, de 15,2%, sendo que a queda para a Argentina foi de 27,2% devido a automóveis e autopeças, veículos de carga, polímeros plásticos, motores para veículos, entre outros. Também houve queda, de 12%, das vendas para União Europeia, devido a plataforma para extração de petróleo, trigo em grão e alumínio em bruto. Para a Ásia, a queda foi de 5,3%, sendo que a redução das vendas para a China foi de 11,8%, por conta de ferro fundido, soja em grão, minério de ferro, petróleo. Para o Oriente Médio, as exportações caíram 4,9%, devido a carne de frango e bovina, minério de ferro, açúcar em bruto.

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