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Em delação premiada, o ex-policial militar do Rio de Janeiro, Élcio Vieira de Queiroz, apontou a participação do grupo liderado pelo contraventor Bernardo Bello no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes. Queiroz fechou um acordo de delação premiada que motivou uma operação da Polícia Federal (PF) para investigar o caso Marielle.

Como mostrou o Estadão, Queiroz também deu o nome de um suposto responsável por contratar o ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado pelas investigações como o assassino de Marielle e Anderson. O delator citou que o suposto contratante do crime foi o policial militar Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como "Macalé", assassinado em novembro de 2021. Queiroz disse ainda que a arma usada para matar Marielle foi desviada do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), chamada de "trope de elite" da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

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Em um dos depoimentos, Queiroz declarou que "apareceu também celular" para Ronnie Lessa e ele achou "estranho aquele celular aparecer pra ele". Segundo o delator, Lessa "costumava andar com celular de última geração" e o aparelho novo era um smartphone "feio". "Eu perguntei e ele falou que era de uma pessoa que tinha fornecido pra ele", relatou Queiroz.

O delator contou aos investigadores, em depoimento mais recente, que foi Bernardo Bello quem deu o telefone a Ronnie Lessa. O chefe da segurança do bicheiro, José Carlos Roque Barboza, teria fornecido o carro Cobalt, usado no dia do assassinato, em 14 de março de 2018. As informações foram publicadas pelo jornal Folha São Paulo.

Élcio Queiroz é o primeiro envolvido nos assassinatos a assumir a coparticipação no crime. Ele foi expulso das fileiras da corporação em 2015 por fazer segurança ilegal em uma casa de jogos de azar na capital fluminense e passou a atuar à margem da lei. Queiroz e Ronnie Lessa foram presos em março de 2019. Após quatro anos na cadeia, Queiroz decidiu falar. O ex-PM confessou em delação premiada que dirigia o veículo usado na execução, participou de todo o planejamento e deu detalhes do atentado.

Quem é o bicheiro Bernardo Bello

Bernardo Bello Pimentel Barboza tem 41 anos. O bicheiro chegou a ser preso em janeiro de 2022, em Bogotá, na Colômbia, pelo assassinato de Alcebíades Paes Garcia, o Bid, seu suposto concorrente no Rio. Bello foi solto após a Justiça acolher um habeas corpus e determinar sua liberdade.

A Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) tentam prender Bello desde novembro de 2023. O Disque-Denúncia publicou neste sábado, 29, que o Bello é procurado por três crimes. Segundo a central, o contraventor passou a figurar como um dos chefes do jogo do bicho no Rio "após romper com a mulher e com toda a família dela - a família Garcia - em uma ascensão marcada a sangue".

Nesta semana, a Promotoria fluminense abriu a operação Às de Ouros II para prender Bernardo Bello e cinco investigados ligados a ele pelo assassinato do advogado Carlos Daniel Ferreira Dias. O crime ocorreu em maio de 2022, em Niterói. Segundo as investigações, o advogado mediou um conflito envolvendo uma empresa do ramo alimentício, cujo desfecho não agradou a Bello.

Jogos de azar

Como mostrou o colunista Leonencio Nossa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avança no caso Marielle e ao mesmo tempo acena para jogatina. Menos de 24 horas depois de a PF revelar detalhes sobre os assassinatos do Rio e quatro dias após o Ministério da Justiça anunciar ações de segurança pública, o governo enviou ao Congresso uma Medida Provisória para regularizar de vez a prática das apostas esportivas online, as bets. Não é uma liberação geral da jogatina, mas um empurrão para a abertura dos cassinos, bingos e caça-níqueis.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumenta que há um vácuo jurídico no setor. As apostas online são uma realidade e se escoram em uma lei, ainda do governo Michel Temer, para atuarem. O argumento de que as apostas podem aumentar a arrecadação já duram mais de cem anos. No século 19, o barão de Drummond criou uma cartela com carinhas de animais para financiar o zoológico de Vila Isabel. Com o tempo, a ideia criada para melhorar a vida dos bichos se espalhou. Mas o zoológico foi fechado por falta de dinheiro.

O caso de Marielle ilustra com fatos a ligação entre o jogo e a criminalidade. Ronnie Lessa, acusado de ser o principal matador da vereadora, foi segurança da família Andrade, um dos principais clãs da contravenção. Ele era dono de 80 máquinas caça-níqueis na Barra da Tijuca.

Neste sábado (15), o nome de Ludmilla se tornou um dos assuntos que deram o que falar no Twitter. A cantora se apresentou na noite dessa sexta-feira (14), no Copacabana Palace, Rio de Janeiro, na festa de aniversário do bicheiro Adilson Coutinho de Oliveira, com show de Gusttavo Lima. O evento, que teve lista assinada pela promoter Carol Sampaio, reuniu 500 convidados. Foi só a imagem de Ludmilla cair na internet para as pessoas detonarem sua atitude.

Diversos usuários da rede social ironizaram a postura da artista. "Ludmilla vem militando sempre sobre a pandemia, 'lamenta' a morte de pessoas com Covid, 'exige' a vacinação, mas o principal método para não proliferar o vírus, ela não cumpre: o isolamento social!", disparou um dos internautas. Além de Ludmilla e Gusttavo Lima, segundo informações do site Metrópoles, a festa do bicheiro também contou com outras presenças VIPs como Alexandre Pires e Mumuzinho.

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Na quinta-feira (13), Ludmilla fez uma publicação criticando o governo do presidente Jair Bolsonaro. A voz de 'Rainha de Favela' soltou o verbo no Twitter, após ofertas da vacina contra a Covid-19 serem recusadas para a população brasileira. Ela escreveu: "A morte de milhares de brasileiros pela Covid-19 tem culpados e todos estão sentados em suas cadeiras no Palácio do Planalto. Inadmissível o governo recusar milhões de doses da vacina da Pfizer, vacinas essas que salvariam milhares de vidas. O que mais falta, Brasil?". Depois do show de ontem, Ludmilla não se pronunciou.

Não só de público enorme é pautado o show de Ludmilla. No próximo sábado (23), a cantora fará presença mais que vip durante uma festa milionária proporcionada pelo bicheiro Rogério Andrade. A funkeira foi contratada para cantar no aniversário de um ano do filho de Rogério.

Para marcar presença no evento, Ludmilla irá receber o dobro do cachê que normalmente cobra, segundo informações do colunista Chico Alves, do Uol. Rogério vai pagar R$ 200 mil para a voz do clássico Hoje agitar os familiares e convidados no Rio de Janeiro. Após sua apresentação, ela terá que cumprir mais um compromisso na mesma noite, só que em São Paulo. 

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Facilitando a locomoção, Rogério disponibilizou um avião particular para que a cantora faça o seu show na capital paulista. Ainda de acordo com Chico Alves, o bicheiro estaria interessado em contratar Anitta, mas as negociações não deram certo. 

Haylton Carlos Gomes Escafura, de 37 anos, filho do bicheiro José Caruzzo Escafura, o Piruinha, foi morto a tiros na madrugada desta quarta-feira (14), no Hotel Transamérica, na Avenida Gastão Senges, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Uma mulher que o acompanhava também foi assassinada no local.

Os tiros disparados no quarto de hotel assustaram hóspedes e funcionários do local. Segundo informações do 31º Batalhão de Polícia Militar (Recreio dos Bandeirantes), os corpos foram encontrados no banheiro de um quarto no 8º andar do hotel.

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Os dois foram mortos com balas de diferentes calibres. Policiais militares estão no local, e a Divisão de Homicídios (DH) foi acionada para investigar o caso.

Até o início da manhã desta quarta-feira, não havia informações sobre os autores do crime.

Black Ops

Haylton foi preso em 2012, durante a Operação Black Ops, da Polícia Federal, acusado de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis do Rio. Ele chefiava uma quadrilha que usava a venda de carros de luxo para lavar o dinheiro da contravenção.

A quadrilha foi acusada de contrabando, comércio ilegal de pedras preciosas, formação de quadrilha e evasão de divisas.

Foi concedido, nesta sexta-feira, um habeas corpos ao bicheiro e contraventor Carlinhos Cachoeira, referente a operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Todo esse desenrolar judicial começou com José Olímpio de Queiroga Neto que, ligado ao grupo do bicheiro, ganhou a medida protelar, nesta última quarta-feira (13). A decisão foi concedida pelo desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1º Região.

Por solicitação dos advogados de Cachoeira, houve a extensão da medida para seu cliente. Porém, o beneficio não terá efeito prático: ele continuará preso, pois existe outro mandato de prisão expedido contra sua pessoa referente a Operação Saint-Michel da Polícia Civil, no Estado de Goiás.

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A Juíza da 5º Vara de Justiça do Distrito Federal negou o pedido da defesa que tentava a revogação da prisão relativa à Operação Saint-Michel. Os advogados do contraventor informaram que tentaram um novo pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

O desembargador que decidiu em favor de Cachoeira também julgou um pedido que tentou declarar como ilegais as escutas da Operação Monte Carlo, mas o pedido de vista de outro magistrado adiou a decisão. Também foi Tourinho Neto quem atendeu os pedidos dos advogados do bicheiro, que solicitaram a transferência do presídio de Mossoró – RN, para o Presídio de segurança máxima de Papuda, em Brasília.

Carlinhos Cachoeira foi acusado de chefiar uma quadrilha que explorava os jogos ilegais, sendo preso no dia 29 de fevereiro de 2012. A operação Saint-Michel, que tramita na justiça comum do Distrito Federal, deu continuidade a Operação Monte Carlo. Ao ser constatado o envolvimento de agentes e empresas públicas, aconteceu a prisão do ex-diretor da construtora Delta, Claudio Abreu.

A Justiça do Rio de Janeiro converteu hoje a prisão em flagrante de Aniz Abrahão David, o "Anísio da Beija-Flor", em preventiva. Ele foi preso ontem em Copacabana, na zona sul da cidade, por contravenção e formação de quadrilha.

A decisão foi estendida para o policial civil Pedro Cardoso de Almeida e Maurício de Oliveira, preso junto com o patrono da beija-flor. O juiz da 23ª Vara Criminal do Rio, Daniel Vianna Vargas, afirmou que a "a liberdade dos indiciados neste momento, qualquer deles, acarreta grande possibilidade de destruição dos elementos de prova". O magistrado explicou ainda que a prisão em flagrante foi efetuada dentro das normas legais, não havendo hipótese de relaxamento de prisão.

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