Tópicos | Bixiga 70

O cantor pernambucano Lira lança seu segundo disco, O labirinto e o desmantelo, no dia 15 de maio com um show no Recife. Na mesma noite, os paulistas do Bixiga 70 também lançam novo trabalho, Bixiga 70 III, e o cantor Tagore completa a programação. As apresentações serão na casa de shows Baile Perfumado. 

Lira (ex-vocalista do Cordel do Fogo Encantado) passou dois anos trabalhando em seu mais novo álbum. Com produção do percussionista Pupillo, O labirinto e o desmantelo conta com 11 faixas que trazem a mesma pegada de psicodelia elétrica do primeiro disco solo do artista, LIRA (2011). As letras das canções são narradas em primeira pessoa com estrutura rítmica comandada pelo standup drums (bateria montada num suporte para ser tocada em pé) do próprio Pupillo, além de experimentações com instrumentos da música clássica. 

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Já o Bixiga 70 mostra seu afrobeat lançando o terceiro disco de sua carreira, Bixiga 70 III. Este trabalho foi resultado de um processo de maturação e aprendizado que a big band passou durante suas útlimas viagens pela França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Sinamarca, Suécia, EUA e Marrocos, além de cidades brasileiras. Tudo isso apenas cinco anos após sua formação. Finalizando a noite, o pernambucano Tagore mostra a originalidade do seu pop. No repertório, músicas do seu álbum Movido a Vapor, apresentado no Festival Rec Beat 2015. 

Serviço

Lira - Lançamento do álbum O labirinto e o desmantelo

15 de maio | 21h

Baile Perfumado (Rua Carlos Gomes, 390 - Prado)

R$ 50 (lote 1), R$ 60 (lote 2), R$ 70 (lote 3) e R$ 80 (na hora)

(81) 3127 4143

 

 

O país das cantoras também é afortunado pelo enorme elenco de bons instrumentistas, mas a canção prevalece maciçamente. A música instrumental brasileira sempre ficou estigmatizada como algo hermético, para poucos, apesar da popularização de gêneros como o choro e o samba-jazz. Porém, como o metropolitano que se diz cosmopolita, mas não conversa com o vizinho, músicos tradicionais tendem a menosprezar colegas e bandas de estilos mais pop e festivos.

Pois esses que vêm quebrando preconceitos de músico que toca para impressionar outro músico, nem por isso fazem trabalhos menos elaborados. Com shows e discos de perfil mais dançante e menos "cabeça", bandas como Bixiga 70, Orquestra Brasileira de Música Jamaicana, Macaco Bong, Abayomy Afrobeat Orquestra, Orkestra Rumpilezz e músicos como Guilherme Kastrup, Thiago França e Webster Santos fogem do padrão choro-baião-jazz-samba, sem negar as influências das tradições brasileiras.

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As ações do programa mineiro Conexão, que atua pela primeira vez em São Paulo, com shows de encerramento dessa etapa do projeto neste e no próximo fim de semana (inaugurando a ocupação cultural do Largo da Batata), refletem essa tendência. "A ideia dessa programação é mesmo fugir do rótulo de que música instrumental é só pra músicos ou iniciados", diz Alysson Brenner, curador da Conexão SP. "Por isso trouxemos grupos que têm comunicação maior com o público e quebram um pouco esse estigma. Essa foi a proposta para encerrar o evento e tem também esse clima de celebração, quer dizer, a música instrumental também combina com esses momentos."

Mauricio Fleury, produtor, tecladista e guitarrista da superbanda Bixiga 70, acredita que hoje o público tem mais acesso à música em geral (incluindo instrumental), está mais interessado em ouvir sons diferentes, atentar para detalhes, e com isso "a abordagem mudou". "No nosso caso, acho que também o que faz a história rolar é que é um som instrumental dançante. Sempre foi nossa intenção fazer uma coisa que carregasse a informação da música instrumental, elaborada, mas que fosse também divertida, pra festejar, celebrar", diz o músico.

O Bixiga 70 lançou recentemente o segundo e ótimo álbum, que leva apenas o nome da banda, em que vai além do estilo afrobeat do primeiro, incorporando ritmos afro-latinos e afro-brasileiros. "Evidentemente passa pela nossa formação a tradição musical brasileira como o choro. A gente sempre se empolgou com o som de Hermeto Pascoal e de Frank Zappa, que também tem várias músicas instrumentais maravilhosas", conta Fleury. "Tem vários diálogos musicais dentro da banda, com afrobeat, com dub, que não é necessariamente aquela guerra dos improvisos. Tem um pouco de influência do jazz e do funk, mas a gente tenta fazer um negócio com uma cara diferente."

O percussionista, baterista e produtor Guilherme Kastrup, em conversa com músicos do Bixiga 70, "ao ver um show deles lotado de gente jovem se divertindo", lembrou-se da época de sua iniciação musical. "A canção no Brasil é soberana, mas, quando eu era adolescente, nos meados dos anos 80, artistas como Hermeto, Aquarela Carioca, Paulo Moura, Egberto Gismonte e Naná Vasconcelos lotavam lugares grandes como Circo Voador, Parque Lage e Parque da Catacumba. A música instrumental tinha muito público", lembra.

Na década de 1990, ele viu esse público se perder e a impressão que ficou foi a de que "a busca excessiva pelo virtuosismo foi tornando a música instrumental brasileira mais hermética, as pessoas foram se cansando de tanta nota, velocidades extremas e harmonias cada vez mais complexas". "Agora, sinto que existe uma renovação de anseios de quem faz música instrumental. Uma busca por novas estéticas, novas fontes de inspiração, e uma procura por restabelecer o contato com o público", diz Kastrup.

Enfim, sem menosprezar a tradição, trabalhos como o de Kastrup, do Bixiga 70, a fusão de jazz com toques do candomblé da Rumpilezz e o rock do Macaco Bong, entre outros, vão abrindo caminhos para recuperar um certo público de música instrumental que se distanciou do gênero. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PROGRAMAÇÃO

SEXTA

Orquestra Brasileira de Música Jamaicana, Banda Black Rio, Batuque Manouche e DJ Beto Chuquer no Estúdio (Rua Pedroso de Morais, 1.036, tel. 3814-7383). R$ 5

SÁBADO

Banda Mantiqueira, Daniel Mã, Areia de Grupo de Música Aberta, Aláfia e DJ Samuca no Centro Cultural Rio Verde (Rua Belmiro Braga, 119, tel. 3034-5703). R$ 5

DOMINGO

Macaco Bong, Orkestra Rumpilezz e Bixiga 70 no Largo da Batata. Grátis

CONEXÃO SP

Estúdio (Avenida Pedroso de Morais, 1.036, Pinheiros, tel. 3814-7383). Sexta, 20 h.

R$ 5.

A 6ª edição do Porto Musical que aporta no Bairro do Recife desde a quarta (30), apresenta nesta sexta (1), às 22h30, a banda paulistana Bixiga 70 que mistura e explora elementos da música  brasileira, latina e africana. O grupo, que foi revelação do festival Rec Beat 2012, exibe para o público pernambucano nesta sexta (1) uma grande homenagem ao Rei do Baião com a música A morte do vaqueiro, além de canções do primeiro disco lançado no final de 2011 e músicas novas que farão parte do novo CD que será gravado ainda este ano. O cantor e compositor Herbert Lucena que conquistou três prêmios na 23ª edição do Prêmio da Música Brasileira de 2012, também será uma das atrações da noite desta sexta (1) no Porto Musical.

Já no sábado (2), último dia da convenção de música e tecnologia, será a vez dos músicos Felipe Cordeiro (PA), Bongar (PE), Coutto Orchestra de Cabeça (SE), Roosevelt (Alemenha) e o DJ Scratchy do Reino Unido subiram no palco que está montado na Praça do Arsenal. Além dos showscases gratuitos, o Porto Musical é formado por 15 conferências, que retrata o mercado fonográfico mundial e reúne inúmeros produtores e admiradores da música. Indústrias Criativas – O case do Rio Criativo, Futuro da comunicação pública no Brasil, Como a tecnologia interativa digital pode mudar a indústria da música, A presença da cena musical da Guiana Francesa ou a mistura permanente e Quando os mundos colidem – O xamanismo musical do rock e as voltas do mundo são alguns dos temas que estão sendo abordados nas conferências e mesas redondas do Porto Musical que acontece no Cine Teatro Apolo-Hermilo, no Bairro do Recife.

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A 6ª edição do Porto Musical será finalizada com a festa La Tabaquera neste sábado (2), às 01h, no Francis Drinks, que fica lozalizado no Bairro do Recife. O evento que é comandando pelos músicos Caçapa e Alessandra Leão, mistura ritmos, como cumbia, merengue, guaracha, rumba congolesa, carimbó, frevo e forró.

Confira a programa da convenção aqui no site.

A Fundarpe e a Secretaria de Cultura de Pernambuco adiaram mais uma vez a data para o anúncio da programação do Festival de Inverno de Garanhuns deste ano, que só acontece nesta terça (26). A última previsão era que a grade do festival saisse na sexta passada (22), o que não se confirmou. Sem perder tempo, o Blog No Grau soube com exclusividade de algumas atrações do palco Guadalajara, o maior do FIG. 

O cantor e compositor Milton Nascimento, um dos mais importantes nomes da MPB, está na programação do Festival de Inverno de Garanhuns 2012. Outros nomes que devem ser anunciados amanhã (26) são Siba Veloso, Lenine, Lirinha e Mombojó. Quem também deve se apresentar na 22ª edição do FIG é a banda paulista Bixiga 70, que tem sido muito elogiada por seus shows e pelo disco homônimo lançado ano passado.

O Festival de Inverno de Garanhuns 2012 terá mais de 20 polos de atividades espalhados pelo município do agreste pernambucano e deve investir ainda mais em ações formativas nas diversas áreas da cultura. Uma ação que promete é a Praça da Palavra, espaço dedicado à literatura.

O Blog No Grau já tinha adiantado algumas atrações deste ano do festival, que incluem Erasmo Carlos, Marcelo Jeneci e Jorge Vercilo. Há ainda a expectativa da vinda de alguma atração internacional de peso. É ver para crer. O FIG acontece do dia 12 ao dia 21 de julho.

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