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Depois de ter sua festa adiada, o Palmeiras se tornou hendecampeão nacional nesta quarta-feira horas antes de entrar em campo, pela 35ª rodada do Brasileirão. A conquista era questão de tempo pra um time que construiu uma campanha irretocável. Depois de empilhar taças nas Copas, a equipe de Abel Ferreira alcançou a consistência que exige o Brasileirão, "um dos campeonatos mais difíceis do mundo", nas palavras do técnico português, e coroa uma campanha que dispensa retoques.

O título veio sem precisar entrar em campo. Nesta tarde, o Internacional ajudou o time paulista a antecipar a festa ao perder para o América-MG por 1 a 0, em Belo Horizonte. Somente o time gaúcho, vice-líder da tabela, poderia atrapalhar a conquista do Palmeiras neste Brasileirão.

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Com o revés, o Inter estacionou nos 64 pontos e não pode mais alcançar o líder, dono de 74 pontos. O time paulista ainda entrará em campo nesta noite para enfrentar o Fortaleza, em casa, quando a festa deve tomar conta das arquibancadas mesmo antes do apito inicial da partida.

CAMPANHA

Embora o Palmeiras tenha mostrado repertório ofensivo variado na temporada, há quem critique o desempenho no time. No entanto, os números provam que o maior campeão do País sobrou em sua trajetória vitoriosa, com defesa sólida e artilheira - Gómez e Murilo, juntos, fizeram 13 gols -, meio-campo equilibrado e ataque eficiente.

O 11º título nacional do Palmeiras, considerando também as vitórias na Taça Brasil (1967) e no Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1960, 1967 e 1969), campeonatos que são tratados pela CBF como precursores do atual Campeonato Brasileiro, que o time alviverde conquistou em 1972, 1973, 1993, 1994, 2016, 2018 e agora, em 2022, foi conquistado com façanhas notáveis.

Dono do melhor ataque (59 gols) e da defesa menos vazada (22), o Palmeiras é o primeiro na história do Brasileirão de pontos corridos a levantar o troféu com o menor números de derrotas na conta. Foram somente duas, ambas no Allianz Parque, para Ceará e Athletico-PR. A marca pertencia ao São Paulo de 2006, Palmeiras de 2018 e Flamengo de 2019, derrotados quatro vezes.

Também é inédita a série invicta como visitante, de modo que o Palmeiras festeja a taça como o único sem perder fora de casa na história. A campanha longe do Allianz Parque, até o momento, abarca 10 vitórias e sete empates em 17 jogos. Contando também os duelos em casa, são 19 partidas de invencibilidade no torneio que lidera desde a décima rodada, superando o seu antigo recorde na competição, atingido em 2016, de 20 rodadas seguidas na dianteira.

Em aproveitamento, o Palmeiras de 2022 registra o melhor desempenho como visitante da história do Brasileirão com o atual formato: 70,8%. O título foi confirmado com 74 pontos, fruto de 21 vitórias e 11 empates. É o time que mais venceu e menos perdeu e, notavelmente, o mais eficiente.

No campeonato, atingiu 72% de aproveitamento. Desde 2006, quando o torneio passou a contar com 20 times, somente o Flamengo de 2019, que alcançou 78,9%, registrou desempenho superior. Naquele ano, o time de Jorge Jesus somou 90 pontos, pontuação que o time paulista não pode mais alcançar.

"Felizmente tenho um clube que sabe muito bem o que quer, os riscos que vai correr, como se ganha, como se perde", dissera Abel Ferreira, dono agora de seis taças em dois anos de Palmeiras. Ou seja, ele ganhou, com exceção do Mundial, todos os principais títulos que disputou.

A receita para que os próximos anos sejam tão vitoriosos como 2022 e todos os últimos (desde 2015) já está clara na cabeça do treinador português e não envolve muitas nem impactantes contratações.

"Vamos valorizar o que está sendo feito, vamos valorizar a base. Vamos fazer poucas mexidas, para não dizer nenhuma, porque valorizamos o trabalho que é feito no clube, não só pelo treinador, mas por todos. Esse é o futuro do clube".

16 ANOS E MUITAS TAÇAS

A reta final da trajetória teve a marca talentosa de um jovem fenômeno, preparado para ser em breve o melhor jogador do País. Endrick, 16 anos, tem pouca idade, mas muita personalidade e provou que é um atleta precoce e especial. Precisou de poucas chances desde que foi promovido ao time principal para ser decisivo com dois gols na vitória por 3 a 1 sobre o Athletico-PR e reforçar o sentimento de que seu futuro será brilhante. Além dos dois gols, o garoto deu uma assistência na sua breve carreira profissional.

Habituado a atingir recordes, ele se tornou o primeiro atleta da história a conquistar títulos pelo clube em todas as categorias, uma vez que já foi campeão sub-11, sub-13, sub-15, sub-17 e sub-20, todas elas atuando com protagonismo, e agora ergue o primeiro troféu entre os profissionais na equipe que lhe deu a chance de mostrar seu talento e que garantiu à família a ajuda que o São Paulo ainda quando criança.

Com objetivos bem opostos, Ceará e Fluminense se enfrentam nesta segunda-feira, às 20h, na Arena Castelão, em jogo que abre 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Enquanto o time nordestino luta desesperadamente contra o rebaixamento, a equipe carioca busca cravar logo uma vaga na Fase de Grupos da Libertadores.

A situação do Ceará é delicada. O time não vence há oito partidas, sendo duas derrotas consecutivas. A má fase gerou a demissão do técnico Lucho González e colocou o clube na zona de rebaixamento, mais precisamente na 17ª posição, com 34 pontos. O Cuiabá, com 34, está fora do descenso.

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Já o Fluminense defende uma invencibilidade de três partidas. O time carioca entra na rodada na quarta posição, com 58 pontos, atrás apenas de Palmeiras (74), Internacional (64) e Flamengo (61).

Devido a uma punição do STJD, o jogo acontecerá com portões fechados. O Ceará teria que atuar a 100km da capital, mas como não havia tempo hábil para mudar o local da partida, só não será permitida a presença de torcedores.

O técnico Juca Antonello terá problemas para escalar o sistema defensivo do Ceará. O treinador não contará com os zagueiros Luiz Otávio, suspenso, além de Messias e Lucas Ribeiro, lesionados. Com isso, Gabriel Lacerda e Marcos Victor serão titulares contra o Fluminense.

Desfalque contra o Internacional, o atacante Jô, que recentemente reatou seu relacionamento com sua ex-mulher, está novamente à disposição do treinador. A expectativa, no entanto, é que seja opção no banco de reservas.

O treinador poderá mudar também o setor ofensivo. Ele indicou que voltará ao esquema com dois homens de frente, por isso Erick terá chances de iniciar a partida. Caso isso aconteça, Diego deixaria a equipe principal.

Do outro lado, o técnico Fernando Diniz perdeu o lateral Calegari, com uma lesão na coxa esquerda. Com isso, Caio Paulista é o favorito para assumir a vaga, mas Cristiano corre por fora na briga pela titularidade.

Esta deverá ser a única mudança do técnico Fernando Diniz. Existe uma possibilidade, baixa, de Matheus Martins voltar a ser titular. Para isso, Yago Felipe teria que ficar novamente entre os suplentes, o que não deve ocorrer.

"Agora nosso time se encaixou bem de novo com a entrada do Yago, estava treinando muito bem, junto com Ganso e Martinelli. Acho que é entrosar mais e mais para fazer uma boa reta final de Brasileiro", disse André.

A CBF divulgou na manhã desta quarta-feira o áudio do VAR da vitória do Flamengo por 3 a 2 sobre o Santos, no Maracanã, na noite de terça-feira, pelo Brasileirão, em que o entendimento da arbitragem de vídeo sobre um possível pênalti em Camacho no início da jogada do primeiro gol rubro-negro "não teve "impacto nenhum".

O gol do centroavante Pedro, no fim do primeiro tempo, começou com pênalti de Matheuzinho em Camacho ignorado pelo árbitro André Luiz de Freitas Castro no início da jogada. O Flamengo atravessou o campo e Marinho cruzou para o camisa 9 do time carioca marcar de letra.

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A CBF já havia anunciado que o árbitro André Luiz de Freitas Castro e o responsável pelo VAR, Adriano Milczvski, estão suspensos por tempo indeterminado e passarão por reciclagem devido ao erro no lance.

Confira trecho da conversa entre o VAR da partida, Adriano Milczvski, e o assistente do VAR (AVAR), Luciano Roggenbaum:

VAR: "A perna já está parada. O pé para do lado e ele tropeça no pé. Ele não chega a atingir, certo?"

AVAR: "Esse contato é sem impacto algum, Adriano?"

VAR: "Sem impacto nenhum".

AVAR: "Perfeito".

PRESSÃO SANTISTA NA ARBITRAGEM

O Santos usou suas redes sociais durante o jogo para protestar, em tom bastante irônico e de inconformismo e ainda encaminhou uma carta à CBF assinada pelo presidente Andres Rueda cobrando explicações.

"Será que mudaram a regra e não avisaram ninguém? Tem foto. Tem vídeo, tem tudo. Só não teve o mínimo: a marcação de um pênalti claro para o Santos contra o time mandante. Nem pelo juiz, nem pelo VAR", detonou o Santos em seu Twitter.

CBF VOLTA A ENFRENTAR CRÍTICAS

O futebol brasileiro passa, mais uma vez, por grandes críticas à arbitragem. Assim como em outros anos, 2022 vem sendo marcado por erros graves de árbitros e assistentes em várias partidas.

Entre junho e julho, o tom das cobranças de jogadores, técnicos e dirigentes subiu e sete árbitros foram afastados pela CBF, que tenta contornar mais uma crise envolvendo o setor.

A arbitragem do futebol brasileiro teve que lidar com correções de rota neste ano. Em abril, a Comissão de Arbitragem passou a ter um novo presidente. Wilson Seneme assumiu a vaga, após deixar a mesma função na Conmebol, onde esteve por seis anos.

Seneme chegou à CBF para preencher oficialmente a lacuna deixada após a saída de Leonardo Gaciba, demitido do cargo em novembro do ano passado, após uma série de episódios polêmicos envolvendo árbitros na reta final do Brasileirão. Ainda em abril, foram oficializados os desligamentos de dez funcionários, que tinham cargos de comando na arbitragem brasileira.

Em agosto, árbitros de todo o Brasil passaram por uma intertemporada no Rio na próxima semana. O dirigente também informou à época que foram criados 840 perfis em plataforma de vídeo e estatísticas para que os árbitros assistam aos lances dos jogos em que atuam, para análises de lances e orientações de instrutores.

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Recém tetracampeão da Copa do Brasil, o Flamengo recebe o Santos na noite desta terça-feira (25), na abertura da 34ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Terceiro colocado na tabela, com 58 pontos, o time carioca entra em campo, com o apoio da torcida, no último duelo antes da decisão do título da Libertadores, no sábado (29), contra o Atlhetico-PR, no Equador. Já o Peixe, em 12º lugar (43 pontos), só pensa em vencer para chegar mais próximo da zona de classificação para a Libertadores do ano que vem. O duelo às 21h45 (horário de Brasília), no Maracanã, será transmitido ao vivo na Rádio Nacional, com narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz e reportagem de Bruno Mendes. 

Com moral alto, após a conquista da Copa do Brasil na semana passada, o Rubro-Negro está invicto no Brasileirão há cinco rodadas. A última vitória, no sábado (22), foi fora de casa, contra o América-MG, por 2 a 1. Para o jogo desta noite, a expectativa é que o técnico Dorival Júnior poupe ao máximo os titulares para a decisão de sábado (29). Certeza, de fato, será a escalação do goleiro Diego Alves, no lugar de Santos. No último treino, na tarde de segunda (24), Dorival comandou coletivo com os jogadores David Luiz, Éverton Ribeiro e Pedro.

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O Santos entra em campo disposto a se recuperar da derrota em casa. por 1 a 0, no clássico contra o Corinthians, no último sábado (22). No entanto, o técnico Orlando Ribeiro terá de contornar vários desfalques. Maicon, Luiz Felipe e Soltedo seguem em recuperação de lesões e nem sequer viajaram para o Rio de Janeiro. Outras ausências em campo serão Lucas Braga e Lucas Barbosa, ambos suspensos. Já Bauermann está à disposição do treinador após ter cumprido suspensão no clássico contra o Timão. 

Ceará e Cuiabá empataram por 1 a 1, neste domingo, em jogo ofuscado por confusões e brigas generalizadas nas arquibancadas da Arena Castelão, em Fortaleza. Parte da torcida invadiu o gramado e a partida acabou sendo finalizada antes do previsto por falta de segurança. O jogo foi válido pela 32ª rodada.

O jogo foi marcado por uma confusão generalizada nas arquibancadas durante o segundo tempo. O conflito se estendeu até o gramado. No meio do tumulto, os jogadores saíram do campo às pressas, se abrigando nos vestiários. A partida teve que ser encerrada aos 47 minutos da segunda etapa, quando ainda faltavam cinco minutos para o término de acordo com os acréscimos.

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Com o resultado, o Ceará manteve a 16ª colocação, com 34 pontos, a três pontos do Cuiabá, 17º, que abre a zona de rebaixamento, com 31.

No duelo dos desesperados, a ordem era cometer erro zero e não se expor. Com isso em mente, Ceará e Cuiabá fizeram um primeiro tempo bastante truncado e com poucas chances de gols. Jogando em casa, o Ceará até teve mais iniciativa e posse de bola e apostou mais em jogadas aéreas, mas errou o alvo com Mendoza e Luiz Otávio. Antes da bola rolar, torcedores do Ceará jogaram sal grosso sob a cabine no VAR, mas, curiosamente, o árbitro de vídeo acabou anulando um gol de Mendoza, por impedimento.

Do outro lado, a estratégia do Cuiabá era nítida, retraído e sair em velocidade nos contra-ataques. Os cuiabanos até tinham mais qualidade na hora de armar suas jogadas e levaram mais perigo com a bola no chão, como num chute de André Luís, que bateu na rede pelo lado de fora. No mais, as duas equipes pouco produziram efetivamente, deixando isolado os atacantes Jô, pelo Ceará, e Deyverson, pelo Cuiabá, que não chegaram a finalizar na primeira etapa.

No segundo tempo, o Ceará voltou mais animado a fim de impor seu ritmo. Mas quem chegou a balançar as redes foi o Cuiabá, com Deyverson, mas quis o destino que o VAR, banhado de sal grosso, anulasse o gol do ex-palmeirense. O Cuiabá seguia cumprindo bem sua estratégia dentro de campo, mas aos seis minutos, o lateral Igor Cairús levou o segundo cartão amarelo e acabou expulso de campo.

Com um jogador a mais, o técnico Lucho González encheu seu time de atacantes. Vina e Cléber entraram para ajudar Jô, que seguia isolado no meio da defesa adversária. O Ceará dominava as ações da partida contra um Cuiabá acuado, com o atacante Deyverson sendo o jogador mais avançado, antes da linha do meio campo.

Avançado, o Ceará insistia nas jogadas aéreas, mas quando colocou a bola no chão teve suas melhores chances. Jô ajeitou para Cléber finalizar para grande defesa de João Carlos. No lance seguinte, Mendoza fez o travessão do Castelão balançar. No rebote, Cléber, sem goleiro, mandou para fora.

Aproveitando o erro na saída adversária, Deyverson abriu o placar para o Cuiabá. Aos 37 minutos, Richardson falhou feio ao tentar recuar para João Ricardo, o atacante interceptou, driblou o goleiro e saiu para comemorar, com suas tradicionais dancinhas.

Quando o moral do Ceará estava lá embaixo, com a torcida já indo embora, Jô deixou tudo igual aos 47 minutos. Nino Paraíba cobrou o escanteio, a bola ficou viva na área, após bate rebate a bola tocou no travessão e caiu nos pés do centroavante.

Antes do gol de empate, já havia uma confusão generalizada nas arquibancadas do Castelão. O que se agravou logo após o gol de Jô, onde torcedores tiveram que se abrigar no gramado. No meio da confusão, alguns torcedores do próprio Ceará aproveitaram a situação para partirem para cima dos jogadores que tiveram que sair de campo às pressas. Vina foi um dos principais alvos da ira dos torcedores, que conseguiram se evadir antes de ser agredido.

Já o zagueiro Luiz Otávio saiu de campo chorando, sendo escoltado até os vestiários. Já nos vestiários, o árbitro Caio Max Augusto de Araújo, após consultar o policiamento,optou por encerrar o confronto por falta de segurança.

Na próxima rodada, o Ceará terá outro duelo contra times da zona do rebaixamento. No domingo, dia 23, encara o Atlético-GO, no estádio Antônio Accioly, em Goiânia. No mesmo dia e horário, o Cuiabá recebe o Goiás, na Arena Pantanal, em Cuiabá.

FICHA TÉCNICA:

CEARÁ 1 X 1 CUIABÁ

CEARÁ - João Ricardo; Gabriel Lacerda (Cléber), Luiz Otávio e Victor Luis; Nino Paraíba, Richardson,Richard Coelho (Guilherme Castilho), Lima (Vina), Mendoza e Bruno Pacheco; Jô. Técnico: Lucho González.

CUIABÁ - João Carlos; Marcão Silva, Joaquim, Paulão, Alan Empereur e Igor Cairús;Denilson, Rafael Gava (Daniel Guedes), André Luís (Felipe Marques) e Rodriguinho (Pepê); Deyverson (Gustavo Nescau). Técnico: António Oliveira.

GOLS - Deyverson, aos 37, e Jô, aos 47 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Joaquim, Alan Empereur e Denilson (Cuiabá); Nino Paraíba e Richard Coelho (Ceará).

CARTÃO VERMELHO - Igor Cairús (Cuiabá).

ÁRBITRO - Caio Max Augusto de Araújo (RN).

RENDA - R$ 333.954,00.

PÚBLICO - 41.242 pagantes.

LOCAL - Arena Castelão, em Fortaleza (CE).

Líder disparado do Brasileirão, o Palmeiras se aproxima cada vez mais do seu 11º título do torneio. Com 10 pontos de vantagem sobre o Internacional, vice-líder, a vitória da equipe alviverde sobre o Botafogo, por 3 a 1, deixou as chances de título na casa dos 98%. Os dados são do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Com 63 pontos conquistados, em uma impressionante campanha de 18 triunfos, nove empates e apenas duas derrotas, tudo se encaminha para que a equipe seja campeã - faltam nove jogos para o fim do campeonato. Com este cenário, apenas uma catástrofe tiraria o título do Palmeiras. O Internacional possui 1,2% de chance de título. O Fluminense apenas 0,50% e o Corinthians, quarto colocado, 0,17%.

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Na briga por uma vaga direta para a Copa Libertadores, além do Palmeiras - já classificado -, Internacional (99.97%), Fluminense (99,86%) e Corinthians (99,48%) já têm presenças praticamente garantidas. O Flamengo, quinto colocado, tem 98,5%, mas ainda terá a chance de carimbar passaporte para o torneio continental caso seja campeão da atual edição, em que disputa o título contra o Athletico-PR, sexto colocado, ou da Copa do Brasil, em que enfrenta o Corinthians.

Dentre os paulistas, a missão do São Paulo é bastante árdua, já que a equipe tem apenas 17,5% de chance de ir ao torneio. O Santos tem 14,4% de possibilidade de garantir a vaga.

REBAIXAMENTO

Na luta contra a degola, o Juventude, lanterna do torneio, já está praticamente na Série B, com 99,70% de chance de cair. No 19º lugar, o Atlético-GO tem 93,7%. O Avaí, 18º, também está perto descenso, com 81,2%.

Primeiro time dentro da zona de rebaixamento, o Cuiabá tem 42,7% e acompanha de perto a situação de Ceará (37,6%) e Coritiba (32,6%), que têm maior possibilidade de queda.

O Palmeiras caminha a passos firmes para conquistar o seu 11º Brasileirão. A vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, nesta quarta-feira, no Mineirão, fez o time comandado por Abel Ferreira chegar a 95,6% de chances de ser campeão, segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Faltando apenas dez rodadas para acabar o campeonato nacional, a equipe palestrina tem 60 pontos, nove a mais que o vice-líder Fluminense, e só um desastre tiraria a taça dos palmeirenses. O tricolor carioca tem apenas 2,7% de chances de ser campeão, enquanto o Internacional, terceiro colocado, aparece com 1,3%. As outras equipes do pelotão de frente surgem com menos de 1%.

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A briga por uma vaga na Libertadores também está perto de ser encerrada. Com o Palmeiras confirmado, Flu e Inter aparecem com probabilidades de 99,4% e 97,8%, respectivamente, de jogar a competição sul-americana no próximo ano. O Corinthians, por sua vez, também está com um pé no torneio internacional, com possibilidade de 88,8%. Vale lembrar que o alvinegro paulista também está na final da Copa do Brasil, que garante vaga direta. O rubro-negro carioca tem 82,5%.

Com chances remotas de vaga entre os seis primeiros, São Paulo e Santos aguardam a definição das finais da Libertadores (Athletico-PR x Flamengo) e da Copa do Brasil para saberem se o G-6 virar G-8 e sonharem com uma presença na principal competição de clubes da América.

Por outro lado, ambos têm boas chances de marcar presença na Sul-Americana. O time da Baixada tem 65,9% de probabilidade, enquanto o tricolor do Morumbi, finalista da atual edição, que também dá vaga direta para a Libertadores, tem 63,1%. O título garante uma vaga direta na Libertadores.

Na parte de baixo da tabela, o Juventude e Atlético-GO praticamente já deram adeus à Série A, com 99,61% e 98,4%, respectivamente de risco de queda. O Avaí, em 18º, também precisa de uma arrancada para fugir da segundona. A possibilidade do time catarinense cair é de 72%. O último no grupo do descenso provavelmente será decidido entre Coritiba (41%), Cuiabá (39,9%) - que atualmente abre a zona da degola -, e Ceará (30,9%).

A tensão promete tomar conta do Estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR), na noite desta quarta-feira. A partir das 19 horas, Coritiba e Ceará fazem um confronto direto na luta contra o rebaixamento, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Os dois times estão próximos na tabela de classificação. Em 15º lugar, o Ceará tem 31 pontos, três a mais que o Coritiba, 16º colocado. Em caso de revés, o time paranaense depende de um tropeço do Cuiabá diante do América-MG para não entrar na zona de rebaixamento.

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O Coritiba aposta justamente no fator casa para se recuperar da derrota para o Botafogo, por 2 a 0, no Rio de Janeiro (RJ). Nas últimas duas partidas no Couto Pereira, o time comandado por Guto Ferreira ganhou de dois adversários diretos: Avaí (1 a 0) e Atlético-GO (2 a 0).

"Está todo mundo focado nisso (manter o Coritiba na Série A). É muito importante a permanência do Coritiba na Série A. A dedicação tem sido muito alta. Todo mundo comprou esse objetivo", disse o goleiro Gabriel Vasconcelos.

Em relação ao último jogo, Guto Ferreira vai ter que realizar uma mudança. Convocado para defender a seleção da Venezuela, Chancellor dá lugar para Guilhermo. O treinador ainda tem os retornos dos atacantes Adrián Martínez e Léo Gamalho, liberados pelo departamento médico.

A derrota em casa para o São Paulo, por 2 a 0, trouxe mais problemas para Lucho González além da perda dos três pontos. O lateral-direito Nino Paraíba e o zagueiro Gabriel Lacerda receberam o terceiro amarelo, enquanto o zagueiro Luiz Otávio e o atacante Zé Roberto foram expulsos. Todos eles desfalcam o Ceará.

Dos quatro suspensos, Nino Paraíba e Luiz Otávio foram titulares contra o São Paulo - Gabriel Lacerda e Zé Roberto entraram no decorrer da partida - e serão substituídos por Michel Macedo e Lucas Ribeiro, respectivamente. No mais, a formação será a mesma.

"Nós sabemos das dificuldades que vamos encontrar, no Brasileirão não tem jogo fácil, mas para a gente é uma final, por se tratar diante de um adversário direto. Vamos em busca da vitória, porque é só isso o que nos interessa neste momento", disse Michel Macedo.

Sem vencer há três jogos no Campeonato Brasileiro, o Flamengo volta a campo nesta quarta-feira, de olho na reabilitação para seguir dentro do G-4. Fora de casa e com desfalques importantes, o time carioca enfrenta o Fortaleza na Arena Castelão, a partir das 19h, com previsão de mais de 55 mil torcedores. O adversário também tenta retornar ao caminho das vitórias após alguns resultados negativos.

Apesar do jejum de vitórias no Brasileirão, o Flamengo é quarto colocado com 45 pontos, depois da derrota para o rival Fluminense, por 2 a 1, que derrubou uma série invicta de 19 jogos. Se parece longe do título nacional, tem presença confirmada em duas finais: na Copa do Brasil diante do Corinthians e na Copa Libertadores contra o Athletico.

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"Nós estamos focados e trabalhamos na base do jogo a jogo, pensando sempre nas três competições. Temos várias baixas diante do Fortaleza, mas estamos bem preparados para fazer uma grande exibição. É dever do Flamengo sempre jogar bem e buscar as vitórias" comentou técnico Dorival Júnior.

Mesmo com um discurso otimista, desta vez, Dorival Júnior não poderá poupar titulares. Ao contrário, terá que escolher os substitutos do meia Everton Ribeiro e do atacante Pedro, servindo a seleção brasileira, e do meia Arrascaeta, na seleção do Uruguai. Há ainda os reservas que servem suas seleções nesta Data-Fifa, como Caio Vidal e Erick Pulgar, do Chile, e Guillermo Varela, no Uruguai.

Outros dois reservas que vinham entrando todos os jogos estão machucados: os atacantes Marinho e Everton Cebolinha. O zagueiro Rodrigo Caio e o atacante Bruno Henrique, como passaram por cirurgias, já estavam fora dos planos.

Como já fez antes, em outros jogos, Dorival Júnior não se importa de dar chances aos jogadores formados na base do clube. Um deles é o atacante Mateusão, que tem sido destaque nas categorias menores, e começará jogando ao lado de Gabigol. No meio-campo, ganham chance os novatos Victor Hugo e Matheus França.

Atualmente, o Fortaleza aparece na 14.ª colocação com 31 pontos ganhos e está três pontos na frente da zona de rebaixamento. O Avaí, primeiro time dentro da degola, tem 28 pontos.

O técnico Juan Pablo Vojvoda tem um desfalque certo. O atacante Robson levou o terceiro cartão amarelo no empate por 1 a 1 com o Juventude e agora cumpre suspensão automática. Na briga pela titularidade no setor ofensivo, estão Romero e Pedro Rocha.

O objetivo é acabar com o jejum de três jogos sem vitória. Antes do empate em Caxias do Sul (RS), perdeu no Rio de Janeiro para o Fluminense, por 2 a 1, e em casa para o Botafogo, por 3 a 1.

Certeza mesmo é o apoio de sua torcida. Na venda parcial de ingressos anunciada pela diretoria no início da noite de terça-feira, tinham sido comercializados pouco mais de 48 mil bilhetes, sendo 34 mil para a torcida cearense e pouco mais de 14 mil para os flamenguistas, que ganharam uma cota de 15 mil.

O Palmeiras está cada vez mais próximo de conquistar o seu 11º título do Campeonato Brasileiro. Com a vitória por 1 a 0 no clássico com o Santos, o time de Abel Ferreira terminou a 27ª rodada com 91,5% de chances de se sagrar campeão. Os dados são do Departamento de Matemática da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

A equipe palestrina lidera o campeonato com 57 pontos, nove a mais que o vice-líder Fluminense - a distância pode diminuir para oito pontos caso o Internacional vença o Atlético-GO, nesta segunda-feira, em Goiânia. A possibilidade de título aumentou consideravelmente em relação à última semana, quando o Palmeiras aparecia com 83% de chances. O Fluminense aparece logo atrás, com apenas 3,8% de chances, seguido do time colorado (3,2%) e do Flamengo (0,8%).

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A título de comparação, o Palmeiras tinha 53 pontos nesta mesma rodada em 2018, quando levantou o caneco do Brasileirão pela última vez. Naquela ocasião, o Internacional também era quem mais incomodava a equipe então dirigida por Luiz Felipe Scolari. Os gaúchos tinham a mesma pontuação dos paulistas, mas perderam fôlego e terminaram em terceiro.

Ao comparar as campanhas, os três pontos conquistados diante do Santos fizeram o Palmeiras superar o número de vitórias alcançadas nesta mesma altura do campeonato em 2018, sendo 16 contra 15. O campeonato irretocável do alviverde paulista ainda conta com o melhor ataque, com 44 gols marcados, e a melhor defesa, sendo vazada apenas 19 vezes. O Palmeiras detém também a maior sequência de invencibilidade, com 12 partidas sem perder.

CORINTHIANS PERTO DA LIBERTADORES; SANTOS E SÃO PAULO SONHAM COM G-8

Se por um lado o Corinthians vê o arquirrival distante na tabela do Brasileirão, o finalista da Copa do Brasil segue firme na briga por uma vaga no G-6 para garantir-se na Libertadores. Com 44 pontos, um a menos que o Flamengo, o time alvinegro está em quinto lugar, com 74,4% de chances de jogar a competição continental em 2023. Fluminense (97,&%), Inter (94,6%), Flamengo (88,2%) e Athletico-PR (75,6%) aparecem na frente.

Com chances remotas de vaga entre os seis primeiros, São Paulo e Santos aguardam a definição das finais da Libertadores (Athletico-PR x Flamengo) e da Copa do Brasil (Flamengo x Corinthians) para saberem se o G-6 virar G-8 e sonharem com uma presença na principal competição de clubes da América. Por outro lado, ambos têm boas chances de marcar presença na Sul-Americana. O time da Baixada tem 56,6% de probabilidade, enquanto o tricolor do Morumbi, finalista da atual edição, tem 55,3%. O título garante uma vaga direta na Libertadores.

Para Rogério Ceni, a semifinal da Copa do Brasil foi o limite do São Paulo. Não seria possível chegar mais longe, considerando as limitações do time nesta temporada. Isso faz o treinador, com uma postura serena na entrevista depois da eliminação na competição, ficar satisfeito com a equipe, apesar da desclassificação.

"Chegamos, dentro das condições que temos, aonde dava para chegar. Era o limite", resumiu o treinador. "Poderíamos ter mais sorte no jogo do Morumbi. Lá fizemos um jogo para um melhor resultado", acrescentou, citando o revés por 3 a 1 no duelo de ida no qual o São Paulo foi superior, mas o Flamengo, mais eficiente.

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A final da Copa do Brasil será a primeira de que ficará fora o São Paulo na temporada. Já disputou a decisão do Paulistão e no dia 1º de outubro decidirá o título da Copa Sul-Americana com o Independiente del Valle, do Equador. Até a partida em Córdoba, na Argentina, a prioridade é outra: afastar o time da zona do rebaixamento no Brasileirão.

Para isso, o time de Rogério Ceni tem de vencer Ceará e Avaí, seus dois próximos rivais na competição nacional. O primeiro compromisso é domingo, às 16h, no Castelão. O segundo, dia 27, no Morumbi.

"A gente pensa no dia 1º, mas não podemos nos dar ao luxo de desperdiçar pontos no Brasileirão. Temos que tentar o melhor que a gente tem na parte física e técnica. Chegou em um ponto em que não dá mais pra deixar para depois. Vamos jogar com o máximo de força possível contra o Ceará e o Avaí", avisou o treinador.

"Precisamos usar tudo o que temos para não correr riscos no Brasileirão. Não podemos deixar acontecer isso", completando. A preocupação é justificável. São 31 pontos somados, somente cinco a mais que o Cuiabá, primeiro dentro da zona de risco e apenas uma vitória nas últimas 11 rodadas do torneio que deixaram o São Paulo ocupar a 13ª colocação.

Após quatro jogos sem balançar as redes, Germán Cano, artilheiro do Fluminense na temporada, voltou a marcar gols no último sábado. O argentino fez os dois gols da vitória carioca por 2 a 1 sobre o Fortaleza pelo Brasileirão. A atuação, obviamente, foi assunto na entrevista coletiva do técnico Fernando Diniz, que elogiou a relação que tem com o jogador desde os tempos em que trabalharam juntos no outro lado do Rio de Janeiro, pelo Vasco.

"Cano é muito bom, ele voltou a fazer gol de novo, mas não acho que estava sem confiança. Ele é muito seguro no que faz. A gente tem uma relação extremamente afinada desde o Vasco. Hoje antes do jogo estávamos falando para não pensar muito se a bola não entrar. Se não entrasse hoje, seria no próximo jogo, era uma questão de tempo. Ele é muito importante para nós, pelos gols que faz, pela questão de entrega", afirmou o treinador.

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O último gol marcado por Germán Cano havia sido justamente contra o Fortaleza, no jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil, no dia 17 de agosto. Com os dois gols deste sábado, o atacante chegou a 15 gols no Campeonato Brasileiro. Somando todas as competições do ano, Cano já soma 33 gols marcados.

Fernando Diniz também falou sobre a maneira característica do Fluminense atuar. "O time do Fluminense é um time extremamente previsível, a gente tem um jeito de jogar que é característico da equipe. A gente é muito forte jogando dentro das nossas características. Vamos fazer adaptações como temos que fazer, mas a essência do time a gente não vai mudar", disse o treinador.

O próximo compromisso do time tricolor será decisivo pela Copa do Brasil. O clube enfrentará o Corinthians em Itaquera às 20h da próxima quinta-feira. A partida de volta está empatada após resultado de 2 a 2 no Maracanã. Pelo Brasileirão, no outro domingo, o Fluminense fará clássico contra o Flamengo.

Em situações opostas no Brasileirão, Palmeiras e São Paulo viram aumentar suas chances de título e de rebaixamento, ao fim dos jogos de sábado e domingo do Campeonato Brasileiro. O time do Morumbi tenta se recuperar do momento de instabilidade na temporada e, depois do empate em 1 a 1 com o Cuiabá, fora de casa, agora tem 13,3% de risco de rebaixamento no Brasileirão, segundo dados estatísticos do Departamento de Matemática da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

A equipe está na 14ª posição, venceu apenas seis vezes na competição e os recentes resultados preocupam o torcedor. O time do técnico Rogério Ceni ainda fará as partidas de volta das semifinais da Copa do Brasil - perdeu para o Flamengo por 3 a 1 em casa - e para o Atlético-GO na Copa Sul-Americana - também pelo mesmo placar.

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Quatro equipes serão rebaixadas para a Série B do Campeonato Brasileiro de 2023. De acordo com as estatísticas, 15 equipes ainda têm chances significativas de terminarem o torneio rebaixadas.

Na parte de cima da tabela, pouca coisa mudou. O líder Palmeiras empatou com o Red Bull Bragantino, mas não viu sua distância na ponta da tabela diminuir já que Flamengo, Corinthians e Internacional também não venceram na rodada. Com isso, a equipe do técnico Abel Ferreira está com 75,6% de chance de ser campeã brasileira.

Na próxima rodada do Brasileirão, o Palmeiras vai receber o lanterna Juventude, o Flamengo visita o Goiás e o Corinthians faz o clássico com o São Paulo.

Confira os riscos de rebaixamento no Brasileirão em % (UFMG):

Juventude - 96,6

Atlético-GO - 82,7

Avaí - 65,9

Coritiba - 54,9

Cuiabá - 42,5

Ceará - 19,3

São Paulo - 13,3

Botafogo - 9,5

Fortaleza - 7,2

Red Bull Bragantino - 4,3

Goiás - 2,6

América-MG - 0,69

Santos - 0,48

Atlético-MG - 0,025

Athletico-PR - 0,001

Chances de ser campeão do Brasileirão em % (UFMG):

Palmeiras - 75,6

Flamengo - 7,7

Internacional - 5,4

Fluminense - 3,9

Corinthians - 3,5

Corinthians e Inter foram protagonistas de um bom jogo na tarde deste domingo, na Neo Química Arena, mas deixaram o estádio em Itaquera frustrados com o empate por 2 a 2 porque o resultado impediu que um dos dois assumisse a vice-liderança do Brasileirão e diminuísse a distância para o líder Palmeiras.

Os gaúchos marcaram antes do primeiro minuto, com Alemão, mas aos 18 minutos os anfitriões já haviam virado a partida com Balbuena e Yuri Alberto. No segundo tempo, porém, Alan Patrick saiu do banco de reservas para acertar o ângulo de Cássio e definir o resultado.

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O 2 a 2, mesmo resultado do primeiro turno, é mau negócio para os dois times, que perdem a oportunidade de colar no Palmeiras, líder com 51 pontos. Ambos têm 43 pontos. O Corinthians está na frente, no terceiro lugar, porque tem uma vitória a mais que o Inter, o quarto.

Rafael Ramos e Edenílson não se viram de perto. O lateral-direito português, acusado de racismo pelo volante há quatro meses, entrou no segundo tempo, mas sentiu uma lesão e deixou o campo antes de o colorado ir a campo. O português virou réu nesta semana por injúria racial. Edenilson acusa o atleta de ter lhe chamado de "macaco".

O primeiro tempo foi bom porque os dois oponentes se propuseram a jogar. Logo, deixaram espaços. Antes do primeiro minutos a rede já havia sido balançada. Alemão marcou aos 49 segundos, se valendo de um vacilo da zaga rival. O Corinthians, porém, se reagrupou rapidamente e virou o jogo num intervalo de seis minutos.

Aos 12, Balbuena empatou depois de escanteio cobrado por Mosquito e desviado por Gil. Aos 18, Yuri Alberto, bem posicionado, aproveitou falha de Daniel no rebote do chute de Róger Guedes, Yuri Alberto e fez o gol da virada. Houve outras chances dos dois lados. Roger Guedes perdeu a mais impressionante delas nos acréscimos da primeira etapa. Maurício acertou a trave de Cássio.

Um treinador conservado, muitas vezes até chamado de retranqueiro, Mano Menezes tornou o Inter mais ofensivo no segundo tempo, até porque não havia outra alternativa na perseguição ao empate. Ele lançou mão de Alan Patrick e a escolha foi acertada.

O meio-campista mudou o panorama da partida. Criativo, melhorou a dinâmica dos gaúchos, que tiveram mais volume de jogo, e, o mais importante, foi decisivo ao anotar o gol de empate com um lindo arremate da entrada da área que morreu no ângulo esquerdo de Cássio.

CORINTHIANS 2 X 2 INTER

CORINTHIANS - Cássio; Fagner (Rafael Ramos [Bruno Méndez]), Gil, Balbuena e Fábio Santos; Ramiro (Cantillo), Fausto Vera e Giuliano (Roni); Gustavo Mosquito (Mateus Vital), Róger Guedes e Yuri Alberto.

Técnico: Vítor Pereira.

INTER - Daniel; Bustos, Vitão, Mercado e Renê; Gabriel, Johnny (Edenílson), De Pena (Alan Patrick), Mauricio (Pedro Henrique) e Wanderson (Liziero); Alemão (Braian Romero). Técnico: Mano Menezes.

GOLS - Alemão, aos 49 segundos, Balbuena, aos 12, e Yuri Alberto, aos 18 minutos do primeiro tempo; Alan Patrick, aos 22 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Braulio da Silva Machado (Fifa/SC).

CARTÕES AMARELOS - Daniel, De Pena, Balbuena, Cantillo.

RENDA - R$ 2.613.444.

PÚBLICO - 41.748.

LOCAL - Neo Química Arena.

A busca por uma vaga na final do Campeonato Brasileiro Feminino começa neste sábado (27) com o duelo Corinthians x Palmeiras, às 14h (horário de Brasília), em Itaquera, em São Paulo. No dia seguinte, às 11h, o Internacional faz o outro mata-mata contra o São Paulo, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.

Os jogos de volta, que definem quem vai brigar pelo título do Brasileirão deste ano, ocorrerão na casa das Palestrinas e das São-Paulinas, respectivamente nos dias 10 e 12 de setembro.

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As datas, horários e locais dos confrontos foram anunciados na noite de terça-feira (23) pela CBF. A final da competição (jogos de ida e volta) ocorrerá nos dias 18 de 25 de setembro.

Atual tricampeã, a equipe do Corinthians – apelidada de “Brabas” – avançou à semi com vitória sobre o Real Brasília, por 1 a 0.  Já as Palestrinas se classificaram com duas vitórias sobre o o Grêmio, com placares de 5 a 0, e 2 a 1.

Na última segunda (22), as Gurias Coloradas, que buscam o título inédito, se classificaram à semi ao eliminarem o Flamengo com placar agregado de 4 a 2.  Já a equipe do São Paulo avançou após despachar a Ferroviária por 2 a 0.

Palmeiras e Flamengo empataram em 1 a 1, neste domingo, no Allianz Parque, em jogo com cara de final antecipada do Brasileirão. A equipe carioca foi com o time reserva a campo e saiu na frente do placar, com Victor Hugo, mas Raphael Veiga igualou o placar na segunda etapa. O Palmeiras segue líder da competição, com 49 pontos, e o Flamengo caiu para terceiro lugar, sendo ultrapassado pelo Fluminense, com 48.

No início do duelo entre duas equipes que disputam o título do Brasileirão e também da Libertadores (ambos estão nas semifinais), o time paulista controlava mais a posse de bola, mas não conseguia sair da marcação rubro-negra. Aos poucos, o time carioca saiu para o jogo e levou perigo. Aos 29, o lateral Ayrton Lucas cruzou da linha de fundo e o jovem Victor Hugo testou livre para abrir o placar.

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O que se viu no primeiro tempo entre dois times, que têm construído uma rivalidade nos últimos anos, foi um clima morno para uma partida considerada importante na reta final do Brasileirão. O Palmeiras pouco agrediu o Flamengo e foi travado pelo organizado sistema defensivo do adversário.

Na volta do intervalo, o time da casa pouco mudou na sua estratégia para sair de campo com a vitória. Rony aproveitou um recuo errado do zagueiro Pablo e quase empatou a partida, mas o goleiro Santos fez grande defesa.

Depois, Raphael Veiga balançou a rede, mas estava impedido no momento do lance. Aos 20, o meia bateu colocado da entrada da área e empatou o jogo em grande estilo para incendiar o Allianz Parque. Nos 15 minutos finais, os dois times passaram a ser um pouco mais conservadores para atacar, sem querer dar espaços ao adversário.

O time paulista volta a campo no sábado que vem para novo duelo entre líder e vice-líder, desta vez contra o Fluminense, no Maracanã. O Flamengo joga antes, na quarta-feira, no jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil, contra o São Paulo, no Morumbi. No domingo que vem, a equipe carioca faz o clássico com o Botafogo, pelo Brasileirão.

 

FICHA TÉCNICA:

PALMEIRAS 1 X 1 FLAMENGO

PALMEIRAS - Weverton; Marcos Rocha (Mayke), Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Zé Rafael, Danilo (Gabriel Menino), Gustavo Scarpa e Raphael Veiga (Tabata); Rony (Flaco López) e Dudu (Wesley). Técnico: Abel Ferreira.

FLAMENGO - Santos; Matheuzinho, David Luiz, Pablo, Ayrton Lucas; João Gomes (Vidal), Thiago Maia, Victor Hugo (Everton Ribeiro); Everton Cebolinha (Gabriel), Marinho (Pedro) e Lázaro (Arrascaeta). Técnico: Dorival Júnior.

GOLS - Victor Hugo, aos 29 minutos do primeiro tempo. Raphael Veiga, aos 20 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - João Gomes e Vidal.

ÁRBITRO - Ramon Abatti Abel (SC).

RENDA - R$ 4.240.006,98.

PÚBLICO - 40.485 pagantes.

LOCAL - Allianz Parque, em São Paulo (SP).

A CBF anunciou nesta quinta-feira (18) a alteração do horário do clássico entre Santos e São Paulo, pela 23ª rodada do Brasileirão, domingo, das 18 para as 19 horas na Vila Belmiro, atendendo recomendação do Ministério Público.

Todos os ingressos para o compromisso foram vendidos antecipadamente pelo Santos e caso a mudança prejudique determinado torcedor, o Santos vai ressarcir o valor pago. O clube usou as redes sociais para comunicar a mudança, que visa garantir a segurança em dia com jogo dos quatro grandes do Estado.

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"Atenção, nação santista! A pedido da CBF, o clássico de domingo mudou de horário e agora vai ser disputado às 19h!", informou o Santos. A entidade consultou a emissora responsável pela transmissão da partida, que não se opôs com a modificação.

O Palmeiras joga no domingo, às 16 horas, no Allianz Parque, com o Flamengo. Como o jogo na Vila Belmiro só terá santistas, mas sempre há caravana partindo da capital, adiantar o começo do clássico é uma maneira de evitar encontro entre as torcidas e evitar brigas.

Como o duelo na capital termina por volta das 18 horas, possíveis encontros ao fim das partidas também ficariam praticamente descartados com o clássico encerrando 21 horas e levando em consideração, ainda, o tempo de deslocamento dos santistas até São Paulo.

O atacante venezuelano Yeferson Soteldo desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos na manhã deste sábado e teve uma recepção calorosa da torcida do Santos. De volta ao alvinegro praiano, o camisa 10 se dirigiu para as instalações do clube, onde começou a realizar exames médicos.

Dezenas de torcedores aguardavam pelo jogador no saguão do aeroporto para dar as boas-vindas. Ao chegar, Soteldo vestiu a camisa do clube alvinegro diante dos cantos da torcida. Enquanto se deslocava para o carro, o jogador foi acompanhado de perto pelos torcedores.

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Após a finalização dos exames médicos, Soteldo deve assinar o novo contrato com o Santos ainda neste sábado. O jogador chega por empréstimo do Tigres, do México, até julho de 2023. O valor de compra será fixado no contrato. A apresentação oficial do atleta deverá ficar para o início da próxima semana.

Na primeira passagem entre 2019 e 2021, Soteldo marcou 20 gols e 17 assistências em 105 jogos com a camisa alvinegra. Foi peça importante das campanhas do vice-campeonato brasileiro em 2019 e do vice da Libertadores de 2020. Meses depois, em abril de 2021, foi vendido ao Toronto, do Canadá, em negociação necessária para a diretoria santista encerrar um transfer ban imposto pela Fifa. Após 26 jogos, seis gols e quatro gols pelo Toronto, foi para o Tigres. Lá, fez 19 partidas, com um gol e uma assistência.

Além de Soteldo, o Santos se reforçou com o meia-atacante Luan, emprestado pelo Corinthians, com o lateral-direito Nathan, vindo do Boavista, de Portugal, e com o meio-campista argentino Gabriel Carabajal, vendido pelo Argentinos Juniors. Os dois primeiros reforços já foram inclusive relacionados para a partida deste domingo contra o América-MG pelo Campeonato Brasileiro.

O Campeonato Brasileiro tem 12 fornecedores de uniforme para os seus 20 clubes. São seis empresas (Umbro, adidas, New Balance, Nike, Puma e Volt) que brigam pela atenção dos dirigentes e tentam agradar ao torcedor. Seis clubes, no entanto, apostam em fabricação própria, uma tendência cada vez maior no mercado. Times como Fortaleza, Ceará, Atlético-GO, Coritiba, Goiás e Juventude quebraram a hegemonia das grandes empresas e partiram para produções menores e personalidades, onde tudo pode ser resolvido num café entre as partidas.

Trata-se de um mercado dinâmico, em que cada time analisa as suas possibilidades financeiras para fazer uma escolha mais adequada. No caso do Atlético-MG, que recentemente anunciou parceria com a gigante do ramo adidas para o fornecimento do material esportivo, por exemplo, todas os aspectos foram explorados: o clube poderia continuar com a antiga fornecedora, a Le Coq Sportif; poderia ainda investir em uma produção própria; e poderia fechar com uma das grandes empresas, que foi o que aconteceu neste caso.

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Segundo Leandro Figueiredo, diretor de negócios do Atlético-MG, um fator que foi levado em conta para a escolha foi a internacionalização da marca do clube, além de um pedido da torcida, já que a empresa alemã vestiu o time há quase 40 anos. O formato do negócio, baseado em royalties, também foi um atrativo. A marca própria, embora analisada, não seria ideal para o momento que o Atlético está, diz o dirigente.

"A adidas nos ofereceu um material completíssimo, assim como toda a possibilidade de internacionalizar ainda mais o nome do clube, além de uma padronização para o nosso futebol tanto masculino quanto feminino. A nossa torcida abraçou essa chegada e tivemos um ótimo lançamento. Temos uma expectativa de vender cerca de 40% a mais do que na temporada passada (quando o time de Cuca foi campeão brasileiro e da Copa do Brasil). Apesar de termos poucos dias desde o anúncio da parceria, vemos que acertamos na nossa decisão", disse.

Vestir o time com camisas novas a cada temporada é tão importante quando contratar reforços para o elenco. A novidade sempre trás esperança de conquistas, de acordo com os entrevistados. E camisa de futebol tem muito simbolismo nessa história, sem falar dos colecionadores.

O que acontece na parceria entre Atlético e adidas é que a empresa fornece um enxoval completo para o clube, que é abatido no valor total de receita. Existe uma participação de cada um nas vendas dos produtos e, ao fim da temporada, ambos fazem um balanço e dividem os lucros conforme os valores que forem atingidos. "Existem gatilhos de royalties que precisam ser atingidos nesta parceria e é nisso que se baseia o negócio. Nós entendemos que o Atlético é um meio, não o fim da operação. É uma coisa que retroalimenta e beneficia os dois membros da parceria, e não só um. Para se ter ideia do nível de profissionalismo trazido pela adidas, hoje nós temos um profissional específico até para ajudar com as chuteiras que nossos atletas vão utilizar, em todos os níveis, garantindo ainda mais qualidade", disse Figueiredo.

Com a assinatura com o Atlético, a adidas se manteve como a segunda empresa que mais tem participação no mercado de fornecedores da Série A do futebol brasileiro, com quatro clubes: também estão com o Flamengo, o Internacional e o São Paulo. Quem lidera essa preferência, no momento, é a Umbro, com cinco: Athletico-PR, Avaí, Cuiabá, Fluminense e Santos.

Um dos destaques da marca inglesa neste ano foi o lançamento de uma "collab" entre Umbro, Santos e Charlie Brown Jr. Segundo o diretor da Umbro Brasil, Eduardo Dal Pogetto, a marca busca fugir das repetições e trazer objetos customizados para cada um dos clubes, entregando produtos que possam conectar não só à história do cliente, mas também de outros universos.

"Somos uma marca bastante diferenciada no que se refere à qualidade dos produtos, cuidado com os temas trabalhados, além da preocupação que temos em produzir projetos customizados para cada time parceiro, fugindo ao máximo da repetição de um tipo de layout entre eles nas camisas oficiais. Aliado a isso, a Umbro busca sempre oportunidades que possam acrescentar à parceria, explorando projetos que fujam do óbvio", diz o gestor. "Na collab entre Umbro, Santos e Charlie Brown Jr, conectamos quatro mundos distintos: moda, futebol, música e cultura do skate, tornando-se sucesso não apenas com a torcida santista como também com as torcidas dos demais clubes".

Pogetto acrescenta, ainda, que o mercado de vendas de camisas depende de diversos fatores. Alguns deles podem ser controlados por quem comanda a operação, como a Umbro, que são o design, distribuição e mix de produtos. Outros, dependem muito do desempenho esportivo do time em competições, da chegada de nomes importantes no mercado ou da contratação/venda de um ídolo, por exemplo. O processo de desenvolvimento de uma camisa dura cerca de um ano e, por vezes, mais de dez opções são oferecidas.

Nem todos os times, porém, acreditam que confiar toda a operação a uma marca é ideal. Esse foi o caso do Fortaleza, que criou a Leão1918. Segundo Bruno Brayma, gerente de projetos do clube, isso se deu primeiro porque o Fortaleza percebeu que as grandes empresas têm fabricação no Ceará e aí veio o estalo de produzir as camisas do time nessas mesmas fábricas, mas sem terceiros, sem atravessadores, e com a mesma qualidade e tecnologia desses perfis.

"Nós temos uma média entre 100 e 120 mil unidades de camisas de jogo que são comercializadas em nossas lojas anualmente, sem entrar no mérito de enxoval - passeio, concentração, viagem e outros produtos. Todo uniforme da Leão1918 vem com um contexto histórico por trás, como os 100 anos do clube, além de homenagens e camisas temáticas da Copa do Nordeste. Com o advento da marca própria, o clube conseguiu fortalecer o seu elo junto ao torcedor com um produto de qualidade. Não apenas camisa de jogo, que é a locomotiva desse trem, mas o clube evoluiu com os produtos. Com a marca própria, trazendo mais retorno tanto em estrutura quanto qualificação dos seus funcionários como também dentro do gramado", explicou.

Bayma diz que, na visão do Fortaleza, embora as marcas grandes tenham as suas vantagens, a produção própria trouxe uma força motriz maior para as aspirações do clube, que chegou à sua primeira Copa Libertadores neste ano. "A diferença entre as marcas - Nike, adidas, Kappa, por exemplo - e a produção própria é o modelo de negócios, no qual o Fortaleza ganha no todo, na aquisição de seus produtos, e na venda. Já com marcas terceiras, elas expõem a sua marca como um patrocínio e entram com um aporte financeiro para garantir tanto a visibilidade da marca quanto garantir um enxoval mínimo para os times. Cada clube participa do seu modelo de negócios. O Fortaleza está satisfeito com a marca própria e acredita que é mais rentável e que dá mais credibilidade à sua marca junto ao torcedor".

Empresa brasileira que teve entrada no mercado anunciada há pouco mais de um ano, a Volt Sport também é uma das marcas que estão inseridas no Brasileirão, com o fornecimento de material esportivo para o América-MG, além de clubes em outras divisões. O modelo de negócios da empresa é atrativo e desperta a curiosidade dos clubes - existe pré-contrato com dois times, que ainda não podem ser anunciados. A empresa possui fábrica própria em Joinville (SC) e garante aos parceiros enxoval, remuneração contratual e repasse de royalties sobre o faturamento.

O sócio-diretor da empresa, Fernando Kleimmann, disse ao Estadão que o surgimento da Volt se deu pelas lacunas encontradas no mercado, tanto no fornecimento de produtos quanto em questões de atendimento e de entrega. Por conta disso, o modelo formalizado foi o de oferecer uma solução completa aos clubes envolvidos, desde o desenvolvimento das peças até sua entrega e venda - um cuidado com toda a 'cadeia' envolvida no fornecimento das camisas. Por conta disso, diz ele, oito clubes já são atendidos neste período de um ano e, desses oito, seis funcionavam no modelo de marca própria.

"O mercado carecia de uma marca nacional forte, que trouxesse garantias e benefícios para os clubes. Nós temos três pilares para fazer dar certo: fabricação própria, investidores e o know-how do mercado. Os torcedores compram história, pertencimento e material exclusivo. A Volt oferece porcentagens relacionadas ao valor bruto, modelo de negócio que vai na contramão do mercado brasileiro. Além disso, garantimos o enxoval completo do time, sem nenhum custo adicional, que engloba linha de jogo, treino e viagem", explicou Kleimmann. "Por já ter trabalhado do outro lado dos projetos, como diretor de clube, tenho noção das dificuldades na relação com os fornecedores de materiais esportivos. Conheço os anseios das agremiações, principalmente quando falamos de equipes de menor porte, em relação a confecção e distribuição dos produtos oficiais".

Armênio Neto, que trabalhou no marketing do Santos na era Neymar, acredita que o modelo de negócios do futebol brasileiro vem sofrendo uma mudança, com maior força nos royalties e uma divisão do mercado regional, como é o caso do Fortaleza. "Nos últimos anos, houve uma mudança no modelo de negócio entre as empresas de material esportivo com os clubes. Atualmente, as companhias dão mais royalties do que garantias fixas aos times. Por outro lado, os com força regional, preferem migrar para as marcas próprias ou fabricantes na mesma região, impulsionando os lucros no mercado. A chegada da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) não significa que as relações serão modificadas. O que pode acontecer é uma renegociação das parcerias, tendo os novos gestores à frente do projeto empresarial do clube. É o caso do Botafogo-RJ, que rompeu os acordos com os patrocinadores antigos para pleitear a valorização da marca", analisou.

O Palmeiras aumentou para seis pontos sua vantagem na liderança do Brasileirão ao ganhar com facilidade do Goiás por 3 a 0 neste domingo, no Allianz Parque. A vitória em casa foi construída com gols de Mayke, Raphael Veiga, que voltou a marcar após três erros em cobranças de pênalti, e Atuesta.

O triunfo do líder do campeonato foi visto de perto por Jair Bolsonaro. O presidente assistiu à partida ao lado de Leila Pereira no camarote do clube no estádio e ganhou da mandatária uma camisa do Palmeiras, para o qual diz torcer, embora tenha posado com camisa de outros times, incluindo a do arquirrival Corinthians.

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O Palmeiras ampliou sua série invicta na temporada para nove partidas e soma, agora, 45 pontos contra 39 do Corinthians, vice-líder que tropeçou na rodada. Na quarta, decide com o Atlético-MG uma vaga às semifinais da Libertadores.

Por isso, Abel Ferreira deu descanso para alguns titulares e oportunidade para outros mostrarem serviço, caso de Mayke, por exemplo, um dos protagonistas do duelo e que marcou o gol de número 12.200 da história do Palmeiras.

Era improvável que o Palmeiras encontrasse dificuldade contra o Goiás. E não encontrou mesmo. Mas também pela postura dos anfitriões, que deixaram fácil a partida, com domínio em boa parte do duelo e um futebol de intensidade e de bom nível mesmo com alguns titulares preservados, como Danilo e Gustavo Scarpa.

Mayke, um dos que ganhou oportunidade entre os titulares, aproveitou a chance que lhe foi dada com um golaço. O lateral recebeu de Dudu e acertou um potente chute no ângulo esquerdo de Tadeu. Placar aberto aos 18 minutos. Antes disso, Wesley, um dos poucos fora de sintonia, havia perdido um gol incrível.

A vantagem se tornou confortável no fim da primeira etapa. Raphael Veiga, na sua melhor jornada desde que retornou de lesão, ampliou em cobrança de pênalti assinalada pelo árbitro com o auxílio do VAR. No lance, a bola bateu no braço de Caetano. O meio-campista bateu no meio do gol e voltou a balançar as redes da marca da cal depois de três erros seguidos.

Abel Ferreira dosou energias de atletas importantes na etapa final e, ao mesmo tempo, colocou outros titulares preservados no primeiro tempo. Tirou Veiga, Zé Rafael e Dudu e lançou mão de Gustavo Scarpa, Danilo e Rony, este recuperado de lesão. Depois, López substituiu Navarro.

O ritmo continuou forte. Wesley, principalmente, teve chances para ampliar, mas estava em tarde infeliz. O atacante perdeu três oportunidades fáceis. Não fizeram falta porque os anfitriões marcaram mais um, com Atuesta, no fim, sacramentando a tranquila vitória em casa. Foi o primeiro gol do colombiano com a camisa palmeirense.

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS 3 X 0 GOIÁS

PALMEIRAS - Weverton; Mayke, Gómez, Luan e Vanderlan; Zé Rafael (Danilo), Gabriel Menino (Atuesta) e Raphael Veiga (Gustavo Scarpa); Dudu (Rony), Wesley e Navarro (López). Técnico: Abel Ferreira.

GOIÁS - Tadeu; Halter, Reynaldo e Caetano (Hugo); Diego, Caio, Matheus Sales (Renato Jr), Dadá Belmonte (Pedro Junqueira), Luan Dias (Fellipe Bastos) e Danilo Barcelos (Nicolas); Pedro Raul. Técnico: Jair Ventura.

GOLS - Mayke, aos 18, e Raphael Veiga, aos 49 do primeiro; Atuesta, aos 37 do segundo tempo.

ÁRBITRO - Jean Pierre Gonçalves Lima (RS).

CARTÕES AMARELOS - Zé Rafael, Dadá Belmonte, Danilo Barcelos, Fellipe Bastos, Gómez

RENDA - R$ 2.105.530,28

PÚBLICO - 38.801

LOCAL - Allianz Parque, em São Paulo (07).

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