Criado por um alemão que resolveu rechear o pão com uma salsicha, iguaria bastante apreciada no país europeu, o cachorro-quente, celebrado na última quarta-feira (9), virou mania nas ruas de Nova York (EUA) no fim do século XIX. De lá para cá, o lanche, que tinha como acompanhamento apenas o molho de mostarda, ganhou outros complementos na receita e faz sucesso em diversas partes do mundo.
No Brasil, o cachorro-quente ganhou o acréscimo de itens como purê de batata, molho vinagrete, milho, ervilha, batata palha, queijo cheddar, entre outros condimentos que transformaram a iguaria em uma verdadeira refeição. Ainda há quem prefira saborear o hot-dog tradicional, mas com a correria do trabalho e os demais afazeres do dia, o famoso "dogão" acaba sendo uma boa opção.
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O Supreme Dog, da rede paulistana Busger | Foto: Divulgação
Para Rodrigo Arjonas, sócio-fundador da rede paulistana de hamburguerias Busger, a iguaria conquistou o mundo pela simplicidade. "É um lanche que não requer muitos ingredientes para o preparo e nem para o consumo. Atinge todas as idades, agrada aos mais variados paladares e pode ser considerada uma refeição que sustenta", ressalta.
Embora aposte na tradição e no trivial, Arjonas cita que os clientes têm o preferido. "O Supreme Dog, feito no pão de brioche, com salsicha Frankfurt preparada na churrasqueira, acompanhada da nossa maionese verde artesanal. O sanduba recebe uma dose caprichada de catupiry e bacon triturado, a combinação entre salsicha e bacon fica super saborosa", garante o proprietário que aponta o equilíbrio dos sabores como grande diferencial do cachorro-quente da rede.
Outro restaurante que aposta no hot-dog como opção no cardápio é a rede Bullguer. Instalada em várias regiões do país, a hamburgueria também tem uma das receitas prediletas da clientela, como explica Cátia Moura, gerente de marketing da rede. "O nosso Bulldog é o preferido. Acreditamos que pelo fato de ter o diferencial do bacon enrolado na salsinha húngara e o frescor do sabor com a salada de repolho", explica. De acordo com ela, a possibilidade de oferecer uma refeição completa em apenas um item tem explicação. "Certamente uma combinação com produtos de qualidade e uma boa pitada de sabor", fala Cátia.
Lanche Nutritivo
Para a nutricionista e health coach Tâmara Borges, o cachorro-quente pode ser considerado um alimento substancioso pelo equilíbrio da composição do lanche, mas é preciso que o consumidor atente ao baixo teor de nutrientes. "O lanche tradicional fornece principalmente dois macronutrientes: o carboidrato do pão e a proteína do recheio. A grande questão é a baixa presença de vitaminas e minerais tornando o alimento pobre em micronutrientes que encontramos legumes e verduras", aponta.
A especialista ainda alerta para a quantidade de produtos que podem não ser benéficos se consumidos em grandes quantidades. "O excesso de farinhas refinadas e substâncias químicas nocivas como nitrito e nitrato, presentes na salsicha, são associados à maior incidência de câncer e os complementos ricos em gorduras saturadas como a maionese", indica.
Ainda segundo Tâmara, o preparo caseiro do sanduíche pode trazer versões mais saudáveis para a degustação. "É sempre bom incentivar o preparo de alimentos em casa e, neste caso, muitas adaptações podem ser feitas como o uso de pães integrais, um recheio feito de carnes magras, além da adição de cenoura em cubos e a salada que acrescenta micronutrientes e fibras ao lanche fazendo dele uma excelente opção para adultos e crianças", completa.