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A três dias da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, o PT ainda luta para atrair o apoio de partidos como PP, PR e PRB à candidatura do petista Chinaglia (SP). Esses partidos, que juntos somam 91 deputados, ainda não fecharam apoio, mas tendem, até o momento, a dar votos ao líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), principal adversário de Chinaglia e desafeto do Palácio do Planalto.

O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (RS), o líder do PT na Casa, Vicentinho (SP), e o deputado Vicente Cândido (SP), um dos coordenadores campanha de Chinaglia, ficaram reunidos em Brasília por quase duas horas, a portas fechadas, com representantes de partidos que já declararam apoio - PSD, PC do B e Pros - e os líderes do PRB, César Halum (TO), e do PR, Maurício Quintella (AL). Nenhum representante do PP compareceu ao encontro.

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Os três partidos cortejados ganharam ministérios neste segundo governo da presidente Dilma Rousseff. O PRB ganhou a pasta do Esporte, enquanto o PR ficou com Transportes. O PP, apesar de ter ficado com a Integração Nacional, não se conformou em perder a pasta das Cidades, entregue a Gilberto Kassab (PSD-SP).

Nos bastidores, o PP, com 36 votos, já decidiu apoiar Cunha e costura um megabloco de 19 partidos a fim de conseguir os melhores cargos da Mesa Diretora, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira, 29. Uma eventual mudança de lado do partido é tida como difícil até por aliados de Chinaglia.

O PR, apesar da tendência de apoiar oficialmente o peemedebista, está dividido e só deve chegar a uma posição oficial quando reunir seus 34 deputados, no sábado, 31. O PRB, que tem 21 representantes na Câmara, já havia declarado apoio a Cunha - mas tem sido pressionado pelo Palácio do Planalto a rever sua posição.

"Os partidos decidem a adesão a um bloco na reta final de um processo de formação de uma Mesa Diretora de um Parlamento", disse Fontana, que afirmou estar trabalhando na campanha como "militante" e não como líder do governo. Uma nova reunião está prevista para esta sexta-feira, 29, e um café da manhã será oferecido pelo PT no sábado.

Sem dar maiores detalhes, líderes partidários afirmaram ter exposto na reunião quais dos 10 cargos da Mesa Diretora lhes interessam. Henrique Fontana confirmou a discussão e aproveitou para alfinetar Cunha, que é acusado nos bastidores governistas de oferecer o mesmo cargo a mais de um partido.

"Estamos trabalhando com negociação à luz do dia, tratando frente a frente. Os partidos fazem suas reivindicações para compor o nosso bloco e os outros que estão também compondo o bloco ouvem e participam dessa mesma negociação. Isso dá segurança para que os partidos não imaginem que um pode estar fazendo uma negociação separada com outro, que poderia prejudicar um terceiro", disse o líder do governo.

Resposta

Fontana também rebateu na tarde desta quinta-feira a acusação feita pela manhã por Eduardo Cunha de que o governo estaria oferecendo a liberação de emendas para atrair votos dos novatos em Chinaglia.

"Não há nenhuma procedência no que ele está falando. Estamos trabalhando e buscando a adesão e o voto dos 513 deputados em cima do argumento político", afirmou o líder do governo. "Depois que passar a eleição, ele (Cunha) vai ver que esse tipo de acusação não leva a nada", concluiu.

O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou nesta quinta-feira (20), que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou apoio do governo à reabertura do Refis, programa de reparcelamento de débitos tributários, para todos os setores, conforme estava previsto no relatório preliminar da Medida Provisória 627, a MP das coligadas. "Refis nem pensar, porque isso poderia estimular outros setores a não fazerem o pagamento com a expectativa de contar com outro Refis. Ele (o ministro) foi muito duro", disse.

O ministro se reuniu nesta manhã com líderes da base aliada para discutir a MP. Nessa reunião, segundo relato de Chinaglia, alguns deputados pediram a inclusão na MP da reabertura ampla do Refis, o que foi descartado pelo ministro.

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O relator da MP 627, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), deve se reunir nesta tarde de quinta-feira mais uma vez com o ministro Mantega para discutir matéria que trata da tributação de empresas brasileiras coligadas no exterior.

Em seu relatório preliminar, Cunha havia previsto a reabertura do Refis para multinacionais, bancos e seguradoras e para os contribuintes de modo geral. No entanto, em audiência pública na Comissão Mista que analisa o projeto, a Receita deixou claro que o governo só concorda com a reabertura do Refis incluindo os débitos vencidos em 2013 para as empresas brasileiras multinacionais.

O líder do Governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou há pouco que a aprovação de criação de uma comissão externa para investigar a Petrobras foi uma derrota relevante para o Palácio do Planalto no ponto de vista numérico, e não de mérito. Para ele, a comissão não terá sucesso.

Chinaglia afirmou que o governo não subestimou a força do chamado "blocão", grupo de partidos, em sua maioria da base aliada, que resolveu declarar independência no plenário e que teve peso crucial no resultado da votação. "O governo ouviu o recado que foi dado e ao mesmo tempo começou a fazer tratativas com os vários partidos da base", disse.

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O líder questiona o fato de que ainda não há nenhuma investigação formal na Holanda sobre possíveis pagamentos de propina à Petrobras. Chinaglia também duvida da eficácia da comissão. "É imaginar que uma delegação parlamentar de qualquer outro País que chegar ao Brasil e falar 'eu quero ver o que a Polícia Federal está investigando, eu quero ver o que o Ministério Público está investigando'. Não creio que teria sucesso", afirmou.

O deputado disse ainda que o governo está trabalhando para que novas derrotas não ocorram em projetos de grande relevância. "O Marco Civil da Internet, se for votado com mau humor e distorcer o resultado, aí pode haver prejuízos para o País. Divergências nós sabemos que existem. Que cada bancada expresse a sua opinião fora do ambiente de confronto", concluiu.

O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que, se o Supremo Tribunal Federal (STF) concluir o julgamento proibindo doações de empresas privadas em campanhas eleitorais, a decisão ficaria "manca". Em um café da manhã nesta quarta-feira (18), com jornalistas, Chinaglia defendeu ser necessária uma reforma política mais ampla e diz ser favorável ao financiamento público de campanhas. Ele acredita que, caso o STF decida pela proibição, deverá haver uma modulação para que caiba ao Congresso regulamentar o tema e com validade apenas para 2016.

"O julgamento não dá conta de fazer reforma política. Você proíbe (doação privada) e não resolve. Vai ficar uma decisão naturalmente manca", afirmou Chinaglia. "Sou favorável ao financiamento público e acho que a decisão (do STF) não vai dar conta", complementou.

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Chinaglia disse que teve a oportunidade de conversar com ministros da Corte no coquetel de fim de ano feito pela presidente Dilma Rousseff na segunda-feira. Disse ter ouvido que, como não haverá unanimidade o STF, por meio do relator, o ministro Luiz Fux, deve discutir alguma "mediação" na decisão. "O que eu tenho dúvidas é se vão querer fazer valer para 2014. Se fizer, a confusão vai ser grande. Eu avalio que vão mediar aí", disse o líder do governo. Ele acredita que o Congresso terá de analisar a questão do financiamento de campanhas já em 2014, mas reconheceu as dificuldades devido às diferentes posições.

Honorários

Chinaglia afirmou ainda que o Executivo tem posição contrária ao repasse para advogados públicos dos chamados honorários de sucumbência, pagos por determinação judicial em causas ganhas pelo governo. A proposta está no novo Código de Processo Civil, o que deve impedir a conclusão da votação da proposta neste ano. Os recursos hoje vão para os cofres públicos na esfera federal, mas em alguns Estados há repasse para os advogados públicos.

"A posição do governo, inclusive da Advocacia-Geral da União, é contrária", disse Chinaglia. "Conceitualmente, a conta não vai fechar. Como precisa dar estimulo pecuniário para se fazer aquilo ao que se capacitou por um concurso?", questionou.

Ele afirmou que caso seja aceita essa possibilidade pode se estimular outras carreiras do funcionalismo a buscar benefícios semelhantes. E disse que é preciso um debate público sobre o tema e que o ideal seria fazer a discussão em um projeto específico.

Manifestações

O líder do governo admitiu que a Casa está "em baixa" no julgamento popular e que não foram atendidas pelo Legislativo as expectativas das pessoas que participaram das manifestações de junho. Chinaglia disse que a responsabilidade é coletiva e que o Congresso precisa continuar trabalhando para melhorar sua imagem.

Questionado se o Congresso cumpriu o que se esperava após os protestos de junho, Chinaglia foi direto: "Na minha opinião e na do povo, não cumprimos. No julgamento popular, estamos em baixa. Eu me incluo nisso. Quanto aos motivos, pode se abrir uma avenida", disse.

Chinaglia afirmou que o balanço mais adequado deve ser feito pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), mas disse que é preciso maior dedicação do Congresso porque os questionamentos da população são sobre todos os políticos. "Não estou dizendo que a Câmara trabalhou mal. O que fizemos é insuficiente porque o mundo político está sob questão."

A citação do líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), como suposto beneficiário de propina da Máfia do Asfalto, causou incômodo no Palácio do Planalto. A expectativa é de que o líder dê explicações convincentes sobre suas relações com os personagens citados e desfaça qualquer suspeita. Apesar do clima de cobrança, Chinaglia só corre o risco de ser demitido do cargo se no decorrer das investigações sua atuação ficar comprovada. O parlamentar nega ter recebido qualquer quantia.

Ex-presidente da Câmara e ex-líder também do governo Lula, Chinaglia tem no seu passado um motivo para a permanência dentro do governo. Suas respostas, porém, foram vistas como tímidas até agora e incapazes de desvinculá-lo do caso. O governo espera que ele apresente elementos para descaracterizar a denúncia. "Ele tem a confiança do governo, mas é claro que ninguém gosta de ver um líder do governo numa situação dessas. Esperamos uma reação dele", diz um assessor palaciano.

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Uma planilha do empreiteiro Olívio Scamatti, controlador do grupo Demop, sugere pagamentos a uma série de parlamentares. O nome de Chinaglia é citado como beneficiário de R$ 40 mil pagos em dezembro de 2011. A reportagem tentou contato nesta sexta-feira, 01, mas não houve retorno. Antes, o deputado tinha classificado a acusação como "vigorosa mentira" e cobrado do Ministério Público uma apuração rigorosa.

Assim como Chinaglia, o ex-líder do governo Cândido Vaccarezza (PT-SP) aparece na lista. Ele é tido como o maior beneficiário, tendo supostamente recebido R$ 355 mil entre janeiro de 2011 e junho de 2012 em 16 repasses. Ele nega ter recebido qualquer quantia.

"Nunca recebi um tostão do Olívio", afirmou Vaccarezza. "Eu nunca na minha vida negociei nenhuma emenda, nem com Olívio, nem com ninguém", continuou. "Não sou amigo dele. Encontrei com o Olívio em toda a minha vida umas cinco vezes no máximo", complementou.

Vaccarezza afirma que dois assessores que aparecem na investigação como próximos do empreiteiro foram demitidos em 2010 e 2011, mas por razões administrativas. Diz não saber se o grupo Demop fez a execução de alguma de suas emendas porque faz a destinação de recursos para prefeituras, que são as responsáveis por fazer a licitação e tocar as obras.

A chamada Máfia do Asfalto foi desmontada pela Operação Fratelli, deflagrada em abril. Scamatti, preso desde então, é apontado como líder do grupo que agia na intenção de direcionar licitações de prefeituras para realizar obras de pavimentação e recapeamento asfáltico. Parte dos recursos aplicados decorriam de emendas parlamentares.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), classificou de "vitória relevante do governo" a manutenção de todos os vetos presidenciais que foram apreciados, na terça-feira, 20, à noite, em sessão conjunta do Congresso Nacional.

Chinaglia comentou especificamente a manutenção do veto parcial ao projeto que atualizou o rateio para o Fundo de Participação dos Estados (FPE). Quando aprovadas pelo Congresso, as novas regras de distribuição do fundo tinham um dispositivo que impedia a União de fazer desonerações com recursos do FPE e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que foi vetado pela presidente Dilma Rousseff. Ontem, os parlamentares mantiveram a decisão do Planalto.

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"Eu tinha dito (ontem) que, na minha opinião, (o FPE) era o de maior dificuldade", registrou Chinaglia. "Mas nunca nós deixamos de trabalhar (com a possibilidade) de que poderíamos ganhar. Não seríamos surpreendidos nem pela vitória nem pela derrota", disse o petista.

Caso tivesse caído, esse veto parcial teria um impacto para as contas do governo na ordem de R$ 11 bilhões, de acordo com a ministra das Relações Institucionais da Presidência, Ideli Salvatti.

FGTS

Perguntado pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o líder do governo na Câmara evitou fazer prognósticos sobre a nova rodada de votação de vetos presidenciais, marcada para 17 de setembro. Nesse dia, o Congresso vai decidir sobre outro veto considerado chave pelo Planalto: o do projeto que extinguiu a multa adicional de 10% sobre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nos casos de demissão sem justa causa. Chinaglia alegou que manter esse veto deve ser ainda mais difícil do que manter o do FPE, argumentando que existe pressão pela sua derrubada na Câmara dos Deputados.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse nesta terça-feira, 2, que a base aliada vai trabalhar para que o processo do plebiscito para reforma política comece ainda este mês e seja concluído até outubro, tendo assim tempo hábil para que o resultado da consulta popular se reflita já nas eleições de 2014. "Acho que temos de pegar a bandeira (da reforma política) com mais força do que fizemos no passado", afirmou o petista, após a reunião com líderes da base governista na Casa.

Chinaglia disse que o plebiscito é questão fechada entre os partidos da base, mas admitiu a existência de divergências sobre os temas da reforma. "Em qualquer bancada há divergência sobre qualquer tema da reforma política", respondeu. Para o deputado, um referendo pode se tornar uma armadilha, já que a proposta levada à consulta popular está sempre sujeita à rejeição. "É preferível que a população possa interferir", argumentou.

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Segundo ele, o ideal seria combinar agilidade no processo (para que novas regras passem a valer no próximo ano) e "um processo bem feito". Os prazos para o plebiscito, se aprovado no Congresso, serão determinados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Se o processo se iniciar em setembro, evidentemente não valerá para 2014, não tem como. Não há prazo hábil para fazer uma consulta bem feita", ressaltou.

Em sua avaliação, a população já assimilou bem a ideia de plebiscito para reforma política proposta pela presidente Dilma Rousseff. "A prova que a presidente acertou é que 68% da população brasileira apoia a ideia de plebiscito", comemorou o petista, se referindo à pesquisa do Instituto Datafolha.

O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que o governo não sabe o impacto financeiro de mudanças realizadas na Medida Provisória 609, que trata principalmente da desoneração da cesta básica. A medida propôs o benefício para 19 itens, mas foi estendido e atualmente 41 categorias de produtos estão contempladas. A proposta está em votação no plenário da Câmara.

"Ainda não sabemos o impacto. Aquilo que foi acrescentado pelo relator com a concordância do governo será mantido. Há outras coisas nas quais não há compromisso de sanção e o governo vai analisar", disse Chinaglia.

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O petista afirmou ainda que é preciso fazer uma análise se as desonerações feitas chegariam ao consumidor final. Disse que o governo tem uma política de desonerações e que a análise dos setores a serem incluídos respeitará esses princípios.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou, nesta terça-feira (11), que "é possível haver alteração" no texto do projeto que muda o rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Chinaglia mencionou que o relator da proposta na Câmara, deputado Júlio Cesar (PSD-PI), vem anunciando que quer modificar o texto.

Perguntado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se, com modificações na Câmara, a matéria teria como ser apreciada pelo Senado antes do prazo estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), 23 de junho, o líder do governo disse que isso é "uma preocupação". Ele afirmou, no entanto, que uma eventual votação no Senado para chancelar ou rejeitar possíveis modificações da Câmara deve ser mais curta.

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O projeto que altera a distribuição do FPE já foi aprovado pelo Senado e precisa ser votado na Câmara. Ele mantém até 2015 as regras atuais do rateio do fundo. Esse ponto preocupa parlamentares uma vez que foram essas regras que o STF julgou inapropriadas em 2012. Tal qual saiu do Senado, a proposta poderia ser mais uma vez questionada pela Corte, alega o relator do texto.

Neste momento, o colégio de líderes da Câmara discute a pauta da semana. Entre os projetos que podem ir a voto nesta semana, está o do FPE.

Ao mesmo tempo em que os líderes dos partidos no Senado discutiam a votação das Medidas Provisórias 601 e 605, aprovadas na tarde desta terça-feira na Câmara, o líder do governo na Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que é cedo para dizer que o esforço dos parlamentares foi "jogado no lixo". Isso porque o Senado ainda pode votar pelo menos a MP 605, que permite a transferência de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para o pagamento das usinas térmicas.

Chinaglia revelou que tanto o Palácio do Planalto como os líderes na Câmara "trabalhavam com a garantia" de que, aprovados os textos pelos deputados, eles seriam apreciados no Senado sem problemas. "A informação que eu tenho é que a gente trabalhou com a garantia de que estava tudo certo. Nós trabalhamos aqui, e o governo também, com a convicção que estava tudo resolvido. E não estava. Então faz parte", comentou.

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Para o petista, a importância das duas MPs valem a votação no plenário do Senado, mesmo faltando menos de 7 dias para o fim da validade. Chinaglia destacou que a MP 605 não pode ser reeditada. "É a primeira vez que se reduz a tarifa de energia no Brasil. Estamos aqui apelando para que o Senado decida fazer a votação", insistiu.

Na avaliação do líder, seria "um grande ganho" se o Senado votasse pelo menos a MP 605. Já MP 601, que estende a vigência do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) até o final de 2017, não deverá ir a plenário no Senado por decisão dos líderes dos partidos na Casa, uma vez que a MP chegou no final do dia.

"Não foi por falta de alerta que eu fiz. Eu já estava informado que o presidente Renan teria dificuldades em aceitar. Apesar do acordo, foram feitos 11 destaques, não se fez nenhuma economia processual. Eu lamento", afirmou. Sem votação no Senado, a MP perderá a validade.

O governista se juntou ao líder do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS), e reforçou as críticas sobre o curto tempo para votação das MPs na Câmara. Segundo Chinaglia, no trâmite atual, a Comissão Especial Mista acaba prevalecendo sobre o plenário das Casas e falta "ajuste" para definição de um cronograma mais adequado de votações. "O Senado não está satisfeito, a Câmara não está satisfeita. O plenário da Câmara ficou a menor frente à Comissão Mista, segundo análise da maioria dos líderes, incluindo o presidente da Câmara e eu também", disse.

O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), convocou uma reunião para a próxima segunda-feira, 27, com objetivo de tentar "enterrar" a Comissão antes de ela ser instalada. Dos 199 deputados que apoiaram a criação da Comissão, 120 são da base aliada, sendo que o PMDB ajudou com 52 assinaturas.

Em razão de a CPI já ter sido protocolada na Mesa Diretora da Câmara, não há mais a possibilidade de retirada das assinaturas. Para o governo impedir a criação da comissão, que ainda deve aguardar uma fila com 15 outros pedidos, é preciso que o governo consiga convencer pelo menos 100 dos 199 deputados a assinarem outro requerimento pedindo o fim da CPI.

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"Nunca vi, em nenhum país do planeta, a base aliada assinar uma CPI. Quero ter uma conversa franca para ouvir dos líderes o que eles querem", disse Chinaglia ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Questionado se tinha recebido orientação do Palácio do Planalto nesse sentido, o petista foi enfático: "Eu vou trabalhar (contra a CPI)".

Segundo o Broadcast apurou, alguns deputados da base receberam nesta sexta-feira ligações da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, perguntando se tinham assinado o requerimento para criação da CPI. "Ligaram pedindo a confirmação. Acho que entendi o recado", disse um integrante do PMDB, sob condição de sigilo. Segundo ele, apesar de o líder do partido, Eduardo Cunha (RJ), não ter assinado o requerimento de criação da Comissão, os deputados que foram ao gabinete do líder esta semana foram orientados a dar apoio à iniciativa.

Cunha negou que o pedido de criação da CPI seja uma retaliação ao governo federal. "Não há nenhum gesto deliberado" disse ele, na tarde desta sexta. "Estão superfaturando a minha atuação", rebateu o líder.

A presidente Dilma Rousseff trocou cargos e títulos na mensagem de indicação do líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), publicada hoje no Diário Oficial da União. Na parte referente aos despachos da presidente da República, lê-se na mensagem nº 76, de 13 de março de 2012: "Indicação ao Congresso Nacional do nome do senhor senador Arlindo Chinaglia para exercer a função de líder do governo". Chinaglia é deputado federal e a mensagem deveria ser encaminhada à Câmara. O líder do governo no Congresso é senador José Pimentel (PT-CE).

O erro foi motivo de ironia do líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR). "Isso é puro reflexo de um governo incompetente, que não consegue acertar sequer uma publicação no Diário Oficial. Fica parecendo que a presidente Dilma não sabe a diferença entre um deputado e um senador. Não é à toa que a crise toma conta de sua base no Congresso", afirmou.

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O relator do Orçamento da União, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), apresentava as mudanças em seu parecer preliminar no fim da manhã, na Comissão Mista do Orçamento. Para conseguir que a votação seja ainda hoje, Chinaglia aumentou de R$ 13 milhões para R$ 15 milhões o valor que cada deputado e senador poderá destinar por meio de emendas individuais. Segundo o relator, a mudança será compensada com a redução de recursos disponíveis para os relatórios setoriais.

Outra alteração feita por Chinaglia foi carimbar para a área da saúde a nova emenda criada por ele para beneficiar municípios com até 50 mil habitantes. Antes, as cidades poderiam gastar esse dinheiro em até oito setores. Agora somente poderão escolher como aplicá-los dentro da saúde. Serão R$ 2,2 bilhões destinados a quase 5 mil pequenos municípios.

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Chinaglia também confirmou a emenda que prevê ganho real para aposentados e pensionistas que ganham acima de um salário mínimo desde que haja um acordo entre o governo, centrais sindicais e entidades representativas. Essa mudança não garante um reajuste acima da inflação porque sequer foi reservado recurso para atender a essa demanda.

Diante das concessões, a previsão é de que a votação do parecer preliminar aconteça nas próximas horas. Após essa fase, abre-se prazo para a apresentação de emenda e o relatório final deve ser votado em meados de dezembro.

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