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Com apenas 12 anos, um garoto canadense, da cidade de Quebec, se declarou culpado por uma série de ataques a diversos sites do governo e da polícia do Canadá, e tudo foi feito em nome do grupo Anonymous. A moeda de troca para motivar o garoto a realizar as invasões foram jogos de videogame. Após conseguir as informações confidencias, o jovem as trocava por títulos eletrônicos.  

No total, o prejuízo causado pelo garoto foi de US$ 60 mil. Entre as páginas hackeadas pelo canadense, estão as da Polícia de Montreal, do Instituto de Saúde Pública de Quebec e do governo chileno. Alguns deles ficaram inativos por dois dias.

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De acordo com a Polícia de Montreal, o menino ensinou a outras pessoas como invadir as máquinas. O advogado do jovem disse que "ele viu isso como um desafio, mas não houve nenhum propósito político". O canadense, cujo nome não foi revelado, será condenado em dezembro. 

A multiplicação de redes sem fio popularizou o acesso da web em diversos ambientes. Internautas que vão a restaurantes, centros comerciais ou até mesmo estádios de futebol e não conseguem conectar seus smartphones ou laptops a Wi-Fi ficam extremamente chateados com a situação. Porém, muitos não sabem que a conexão pode trazer riscos ocultos. Mais de um terço dos usuários não toma precauções adicionais ao entrar em redes públicas, segundo a pesquisa global da Kaspersky sobre riscos de segurança para o consumidor.

No levantamento, 34% dos entrevistados declararam que não tomam nenhuma medida especial para proteger suas atividades online ao usar um ponto de acesso, enquanto 14% estavam satisfeitos em usar bancos ou fazer compras na web usando qualquer rede disponível. Apenas 13% se preocuparam em verificar o padrão de criptografia nestes pontos.

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No Brasil, 32% dos pesquisados afirmaram não tomar nenhuma providência de proteção enquanto utilizam a internet via hotspot. Já 10% disseram que se sentem confiantes em fazer compras online ou usar o internet banking através de qualquer rede e apenas 9% dos internautas do País se preocuparam em verificar o padrão de criptografia dos pontos de acesso.

E quando se trata de internet, estar seguro nunca é demais, já que um outro usuário utilizando a mesma rede pode estar apenas lendo e-mails ou utilizando chats, mas também pode estar monitorando o tráfego de internet de todos à sua volta. Isso é possível por meio de um ataque “man-in-the-middle”.

Cada solicitação de um dispositivo passa pelo ponto de acesso e somente depois chega aos sites que os usuários querem visitar. Sem a criptografia da comunicação entre os usuários e o hotspot, o criminoso virtual pode interceptar todos os dados inseridos pelo usuário.

De acordo com o analista de segurança Cássio Reis, o recomendável é utilizar apenas conexões seguras com os pontos de acesso. “Os que não conseguem ficar sem se conectar devem ao menos dar preferência a redes que possuem os protocolos de segurança WPA e WPA2”, explica. Outra dica é sempre evitar utilizar dados sigilosos durante a navegação. “Senhas de bancos e números de documentos devem sempre ser evitados”, complementa.

A professora Neide Martins, de 34 anos, começou a utilizar pontos de Wi-Fi depois que comprou seu primeiro smartphone. Ela confessa que não possui muitos conhecimentos sobre segurança na rede, mas não acessa páginas que pedem informações sigilosas quando está compartilhando este tipo de conexão. “Não tenho ideia sobre os perigos que a Wi-Fi pode ocasionar, mas por ser uma rede compartilhada, prefiro não acessar sites de bancos, por exemplo, é questão de bom senso”, conta.

 

 

 

O jovem marroquino que ameçou o presidente Obama através do Twitter foi condenado, nesta sexta-feira (25), a três meses de prisão. A decisão foi tomada por um tribunal de Casablanca. Nascido na região de Azilal, no centro do Marrocos, o adolescente foi declarado culpado por crime eletrônico e utilização de violência por meios eletrônicos.

"Matarei seu presidente e todas as pessoas que estiverem com ele. É o que farei quando chegar aos Estados Unidos no próximo mês", escreveu Soufiane I. antes de ser condenado.

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Quando se está navegando na internet pelo celular, nunca se está 100% seguro. Por isso, nada melhor que utilizar um aplicativo para garantir a segurança contra atraques virtuais, já que um a cada três usuários já sofreu ataques de phishing que imitavam serviços de bancos eletrônicos enquanto usavam seus smarthones, aponta pesquisa da B2B International. Pensando nisso, a Kaspersky Lab lançou um aplicativo gratuito para usuários de iPhones e iPads, o Kaspersky Safe Browser, que é compatível com iOS 5 e superiores.

Além de bloquear links para sites de phishing, o software possui segurança contra outros recursos baseados na web que podem ser perigosos para os usuários, já que sob ataque de cibercriminosos ele pode ser induzido a compartilhar sua senha de um site de rede social, endereço de email, conta da Apple e outros.

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O aplicativo também é capaz de filtrar o conteúdo de acordo com critérios selecionados pelo usuário. Assim, eles podem bloquear automaticamente sites pornográficos, material grosseiro ou que contém violência, sites de jogos, redes sociais, chats, fóruns e outros. No total, são 17 categorias predefinidas para a filtragem de conteúdo.

De acordo com o gerente de produto da Kaspersky Lab, Alexey Chikov, muitos usuários de produtos Apple acreditam que seus dispositivos são imunes a ataques virtuais. “Essa falsa sensação de segurança facilita os planos dos cibercriminosos. O Kaspersky Safe Browser for iOS protege os usuários contra conteúdo perigoso sempre que eles ficam online”, complementa.

Ser vítima de um golpe online é um risco que muitos internautas estão correndo. Ter cuidado com dados pessoais utilizados para acessar bancos ou lojas online nunca deve ser demais, já que segundo uma pesquisa divulgada neste mês pela B2B Internacional e Kaspersky Lab mostra que quatro em cada dez usuários que já sofreram algum tipo de fraude cibernética nunca recuperam seu dinheiro.

Quem pensa que a devolução da quantia perdida é garantida, engana-se. Em teoria, se os scammers roubarem dinheiro de um pagamento bancário ou eletrônico, o valor pode ser devolvido pelo banco, ou como resultado de um processo judicial. No entanto, a prática se mostra diferente, já que apenas 45% das vítimas de fraudes online foram compensados ​​totalmente. Outros 14% só recuperaram uma parte do montante roubado, mas 41% das vítimas restantes ficaram sem nada.

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Dos casos analisados, em 17% o valor desapareceu durante o uso de internet banking, enquanto 13% das vítimas eram clientes de lojas online. Ao contrário destes sistemas, que normalmente devolvem o dinheiro perdido aos internautas, os serviços de e-mail e pagamento eletrônico só devolvem a quantia total em 12% dos casos.

Apesar baixo índice de devolução, 45% dos usuários ainda acreditam que suas transações são protegidas pelos administradores desses serviços financeiros. No entanto, nem sempre as companhias são capazes ou estão dispostas a fornecer o nível de proteção exigido, o que facilita o ataque dos cibercriminosos.

Usuários de Android precisam ficar atentos: foi descoberto um golpe inédito no cibercrime móvel quando dois grupos se uniram para contaminar smartphones em conjunto.

A amaeça foi descoberta pela equipe de analistas da Kaspersky ao investigar como o Trojan Obad.a vinha sendo distribuído, até identificarem que o malware estava sendo ajudado por outro, o Trojan-SMS.AndroidOS.Opfake.a, espalhado via mensagens SMS.

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O vírus se espalha através do link na mensagem, geralmente disfarçado de cobrança. Uma vez que o usuário clica no link e o executa, acaba infectado pelo Obad.a que, por sua vez, envia mensagens de textos para todos os contatos do celular infectado.

Embora a Kaspersky tenha afirmado que o Google já corrigiu a falha no Android 4.3, as demais versões do sistema operacional continuam vulneráveis. 

O Plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira (7/11) duas propostas que inserem dispositivos no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) para tipificar crimes cometidos por meio da internet e dispositivos eletrônicos. Os textos, que já foram aprovados pelo Senado, seguem para sanção presidencial.

Uma das propostas torna crime “invadir dispositivo informático alheio” com o fim de obter, mudar ou destruir dados ou informações, instalar vulnerabilidades ou obter vantagem ilícita. A pena prevista para esse crime é de três meses a um ano de detenção e multa.

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O texto enquadra no mesmo crime quem produzir, oferecer, distribuir, vender ou difundir dispositivo (como um pendrive) ou programa de computador (vírus, trojans ou cavalos de Tróia e hishings) destinado a permitir o crime de invasão de computadores ou de smartphones e tablets.

Um dos objetivos é evitar a violação e a divulgação de arquivos pessoais, como fotos e outros documentos. O Projeto de Lei 2793/11, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), conhecido por Lei Carolina Dieckman, prevê ainda pena de reclusão de seis meses a dois anos e multa para quem obtiver segredos comerciais ou industriais ou conteúdos privados por meio da violação de mecanismo de segurança de equipamentos de informática. A mesma pena vale para quem invadir dispositivo remotamente e sem autorização. Caso haja divulgação, comercialização ou transmissão a terceiros dos dados obtidos, a pena poderá ser aumentada de 1/3 a 2/3.

O PL também torna crime a falsificação de cartão de crédito ou débito, que passa a ser equiparada ao crime de falsificação de documento, já previsto no Código Penal, com pena de reclusão de 1 a 5 anos e multa.

PL do Azeredo

O Plenário também aprovou o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 84/99, de autoria do ex-deputado Luiz Piauhylino. O texto insere no Código Penal outros quarto tipos de condutas criminosas praticadas por usuários de internet. Assim como o PL 2973/11, também torna crime a utilização de dados de cartões de crédito ou débito, obtidos de forma indevida ou sem autorização. 

Também foi introduzida uma nova previsão na lei de combate ao racismo (7.716/89) para obrigar que mensagens com conteúdo racista sejam retiradas do ar imediatamente, como já ocorre atualmente em outros meios de comunicação, como radiofônico, televisivo ou impresso. Atualmente, a legislação prevê pena de reclusão de 2 a 5 anos e multa quando o crime é cometido por intermédio dos meios de comunicação, incluindo os digitais.

A proposta inclui ainda, no Código Penal Militar, punição para a  divulgação de dado eletrônico em tempo de guerra que favoreça o inimigo, prejudique operações militares ou comprometa a eficiência militar do País. A punição para o crime varia de 20 anos de reclusão, em grau mínimo, à pena de morte, em grau máximo.

Finalmente, o texto aprovado estabelece ainda que os órgãos da polícia judiciária deverão criar delegacias especializadas no combate a crimes praticados por meio da internet ou por sistema informatizado.

O Brasil, juntamente com a Índia, é o terceiro país que mais sofre perdas resultadas de crimes digitais, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. A conclusão é parte do estudo da Norton Cybercrime Report 2012, da Symantec. Segundo o cálculo da empresa, o país perde aproximadamente 16 bilhões de reais anualmente com crimes digitais. 

Participaram da pesquisa 13 mil adultos com acesso à internet, de 24 países. A Symantec afirma que as perdas somam 220 bilhões de reais nesses países, valor equivalente ao que os americanos gastam com fast food. A estimativa da empresa é de que 556 milhões de pessoas são vítimas de crimes digitais por ano, o que equivale a 18 ocorrências por segundo. Quarenta e dois porcento delas são casos de fraude e 17% de roubo de informações, com cada ataque gerando um prejuízo médio de quase 400 reais. 

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Um ponto importante no relatório da empresa, que é especialista em segurança online, é a afirmação de que as principais falhas que viabilizam os crimes do tipo são de comportamento. O estudo aponta também que as pessoas estão mais conscientes das ameaças tradicionais. 

O estudo divulgou um pouco do perfil dos entrevistados: 89% deles apagam mensagens suspeitas de remetentes desconhecidos; 83% têm ao menos um antivírus básico no computador e 78% evitam abrir arquivos anexos ou clicar em links incluídos em mensagens de origem desconhecida. Porém, criminosos ultimamente vêm explorando dispositivos móveis e redes sociais, a fim de surpreender vítimas. 

Segundo especialistas, os dispositivos móveis, que dobraram de 2010 para 2011, são os principais pontos de vulnerabilidades atualmente. Outro "ponto fraco" seriam redes Wi-Fi desprotegidas, utilizadas por dois terços dos participantes da pesquisa. 

Dados pessoais enviados por e-mail também criam oportunidades para o crime. Também há o velho problema das senhas fáceis de adivinhar, que 40% dos usuários admitem utilizarem, mesmo com especialistas alertando há anos de que senhas devem ser complexas e trocadas periodicamente. 

O estudo na íntegra pode ser lido no link (em inglês)

O Brasil vai propor, na reunião do Grupo de Trabalho sobre Crimes Cibernéticos, marcada para dezembro, em Viena (Áustria), que os países aprovem leis comuns para combater esse tipo de crime de forma mais eficiente. A reunião foi convocada pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (Unodc).

A coordenadora-geral de Combate a Ilícitos Transnacionais do Ministério das Relações Exteriores, Virginia Toniatti, disse hoje (9/9) que a posição brasileira foi formulada após a realização de seminário com representantes de vários ministérios e do Judiciário. Nenhum representante do Poder Legislativo, que também foi convidado pelo governo, apareceu no debate.

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Ela informou que o ideal, para o governo brasileiro, seria ter normas que contemplem "instrumentos de cooperação [internacional] claros e que se tenha a preocupação de, ao fazer uma investigação, respeitar as garantias fundamentais e os direitos humanos”.

A posição brasileira também inclui os crimes que devem ser tipificados pela norma internacional que venha a ser adotada. Entre eles, invasão de computadores e de redes; acesso ou coleta de dados preservados, sigilosos ou de correspondências; produção, difusão ou divulgação de vírus; fraudes; furtos; estelionato; pornografia infantil e crimes de ódio, como racismo.

Toniatti considera importante que esses crimes estejam tipificados "para que todos os países possam cooperar, trocar informações, de forma que um crime que ocorreu aqui e teve efeito em outro país possa ser identificado e os culpados, punidos”. Ela também enfatizou a necessidade de cooperação e troca de informações entre as polícias de cada país, em uma rede que funcione ininterruptamente.

As discussões sobre o combate internacional aos crimes cibernéticos começaram em 2005, no Congresso das Nações Unidas sobre Crimes Cibernéticos, Prevenção do Crime e Justiça Criminal, mas a discussão não avançou. Somente em 2010, de acordo com Virgina Toniatti, na convenção seguinte, em Salvador, foi assinada a Declaração de Salvador, na qual os países voltaram a pedir maior cooperação internacional.

(*) Com informações da Agência Brasil

O gasto das empresas com o cibercrime – para combatê-lo ou reverter os danos provocados – aumentou 56% este ano em relação mesmo período do ano passado, de acordo com o Instituto Ponemon, braço da HP.

“O cibercrime pode causar sérios problemas à estrutura das companhias”, afirma o estudo, que constatou que o investimento médio das corporações pesquisadas em segurança online foi de 5,9 milhões de dólares.

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Segundo Larry Ponemon, fundador do instituto, há uma explicação para a alta. “Ataques sofisticados estão ocorrendo com mais frequência”, disse. Em 2010, ofensivas explícitas dominavam as tentativas – vírus, cavalos de Tróia, malwares, botnets. “Agora, vemos tipos mais complexos, como códigos maliciosos, ataques de negação de serviço, programas espiões ou mesmo roubo de dispositivos”.

Leia mais: Para o cibercrime, não há crise financeira

Para o especialista, tais pragas são mais difíceis de serem removidas, de modo que os custos para a ação aumentam. Ano passado, quando as estratégias do cibercrime eram as consideradas convencionais, demorava-se, em média, 14 dias para limpar o sistema ao custo médio de 247 mil dólares. Esses índices subiram para 18 dias e 417 mil, respectivamente.

“São ataques engenhosos e, por isso, difíceis de serem identificados”.

Defender-se também está complicado, de acordo com Ponemon. A estratégia do “soco duplo” tem sido muito utilizada. “Primeiro há um ataque de negação de serviço, para sobrecarregar o sistema da empresa e distraí-lo. Ao mesmo tempo, outra ofensiva é lançada, como um programa espião que espalha um software-cliente de botnet”.

“É quase impossível manter todos os invasores fora do sistema, é quase certo que eles conseguirão penetrá-lo”, avisa. “Portanto, o método deve mudar. Em vez de assistir ao que acontece fora dos muros, é preciso observar atentamente a situação dentro da rede”.

A pesquisa chegou a outras conclusões interessantes. Descobriu, por exemplo, que o custo per capita para empresas menores lidarem com o cibercrime é maior do que o das grandes. Além disso, o número de ataques realizados com sucesso cresceu 44%, chegando a 72 por semana – nas companhias que participaram do estudo. Por fim, elas declararam que o maior investimento está na detecção de pragas e recuperação de sistemas – 45% do capital para cibercrime está depositado nessa tarefas.

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