Tópicos | Cine Sâo Luiz

A sala de cinema mais antiga do Recife completa, nesta terça (6), 70 anos de lutas e glórias. Com programação diferenciada, festivais diversos, entradas a preços populares e o charme de ser um dos últimos cinemas de rua do país, o São Luiz chega a seu 70º aniversário longe do público. Fechado novamente para reformas e manutenção de alguns maquinários, o equipamento cultural que é um dos mais queridos do povo recifense não poderá ser celebrado.

Inaugurado em 1952, no piso térreo do Edifício Duarte Coelho, localizado no centro da capital pernambucana, o cinema quase centenário já precisou fechar as portas muitas vezes para reformas e troca de equipamentos a fim de ser modernizado. Algumas delas pegaram o público de surpresa, pela falta de aviso, já outras incomodaram bastante os amantes da sétima arte pela demora em sua conclusão.

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Foto: Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens/Arquivo

Em 2008, ano em que foi tombado como monumento histórico pelo Governo do Estado, o São Luiz fechou suas portas para passar por reforma e só voltou a abri-las cerca de 12 meses depois. Já em 2014, o então governador de Pernambuco, João Lyra Neto, autorizou a liberação de um crédito de R$ 1,2 milhão para a compra de equipamentos voltados à modernização do cinema. A medida foi uma resposta a inúmeros pedidos da classe produtora do audiovisual.

Após um período de 120 dias para o processo de licitação, o equipamento finalmente entrou na era digital. Em 5 de novembro de 2015, o cinema inaugurou seu novo projetor digital Barco 23B 4K, com capacidade de projetar filmes em 3D, além de um servidor digital e novos processadores e amplificadores de som para formato Dolby 7.1.

No ano seguinte, o sistema de refrigeração da sala precisou de reparos fazendo o cinema parar novamente. Tal sistema, aliás, continua dando dor de cabeça aos mantenedores do São Luiz. De acordo com a assessoria da Fundarpe, órgão que gerencia o espaço, o conserto do circuito de climatização do cinema demanda um certo tempo e cuidado pois são poucos os fornecedores disponíveis no país para a compra de suas peças específicas.

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens/Arquivo

Já em 2018, o São Luiz simplesmente fechou as portas sem aviso ou qualquer explicação ao público. Após dois meses fechado, reportagem do LeiaJá apurou que um problema no projetor havia sido o motivo e que o processo para liberação da verba que possibilitaria o reparo estava complicado. Sendo assim, a estimativa de reabertura da sala seria apenas para meados daquele ano. 

Fechamento forçado

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens/Arquivo

Em 2020, um motivo até então inimaginável forçou o São Luiz a suspender seu funcionamento mais uma vez. Uma crise sanitária de ordem mundial, a pandemia do novo coronavírus, e suas devidas restrições afastaram o público do cinema de rua mais uma vez. Durante dois anos, o equipamento permaneceu fechado tendo sido um dos últimos a retomarem as atividades quando medidas de relaxamento dos protocolos de segurança começaram a permitir a volta à vida ‘normal’.

No final de 2021, quando a pandemia se aproximava de seu 'aniversário' de dois anos, a Fundarpe explicou, através de sua assessoria de imprensa, os motivos pelos quais o São Luiz permanecia fechado quando as demais salas recifenses já estavam em operação. Em nota enviada ao LeiaJá à época, a Fundarpe explicou que o sistema de climatização precisou novamente de reparos, bem como a placa de som. Além disso, a nota afirmava que durante o tempo em que o cinema ficou sem abrir ao público foram feitas revisões periódicas em toda sua estrutura.

Aniversário sem festa

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens/Arquivo

A retomada do Cinema São Luiz, após dois anos de pandemia, aconteceu em fevereiro de 2022 com uma programação de seis filmes, sendo três inéditos. A alegria do público, porém, durou pouco e meses mais tarde, no final de maio, a sala voltou a ser fechada, permanecendo assim até esta terça (6), dia do 70º aniversário do espaço. 

Procurada por esta reportagem, a assessoria de imprensa da Fundarpe explicou os motivos. Mais uma vez, o equipamento recebeu um aporte de R$ 1,3 milhão para modernização do sistema de climatização e instalação elétrica do cinema. O prazo estimado para a conclusão dos serviços é de seis meses. Sendo assim, os apaixonados por cinema e pelo São Luiz vão precisar, mais uma vez, esperar. Confira a nota na íntegra. 

O Cinema São Luiz, equipamento cultural gerido pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), e que este ano completa 70 décadas de existência, segue em nova fase de reformas. Desta vez, as obras estruturais do prédio, orçadas no valor estimado de R$ 1,3 milhão e com prazo de execução de seis meses, tiveram início no final de maio deste ano e são voltadas para a modernização do sistema de climatização e instalação elétrica do cinema. Nesse período, o equipamento não exibirá sua programação de filmes. Além disso, não haverá aumento dos ingressos no retorno das atividades no Cinema São Luiz.


 

Quando a pandemia do Covid-19 foi anunciada em Pernambuco, uma imagem no letreiro do Cinema São Luiz, equipamento cultural gerido pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) que fica localizado na Rua da Aurora, no Recife, emocionou quem viu e repercutiu entre os amantes da sétima arte: “Cuidem-se. Em breve estaremos juntos”, prometia o texto bem antes de vivermos as quarentenas e o isolamento social. 

De lá pra cá foram quase dois anos de funcionamento interrompido, em decorrência da pandemia e de algumas obras que precisavam ser realizadas no prédio, mas agora o Cinema São Luiz está novamente de portas abertas para o povo pernambucano, justamente às vésperas de completar 70 anos, comemorados em setembro próximo.

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A reabertura oficial está marcada para esta quinta-feira (24) e durante toda a semana, até 2 de março, fãs do cinema terão a chance de conferir uma programação com seis filmes, dos quais três são inéditos: “A Ilha de Bergman“, da francesa Mia Hansen-Løve; “Um Herói“, do iraniano Asghar Farhadi; e “Seguindo Todos os Protocolos“, do pernambucano Fábio Leal. Os outros três são “A Felicidade das Pequenas Coisas”, de Pawo Choyning Dorji. “Rio de Vozes”, de Andrea Santana e Jean-Pierre Duret; e “As Aventuras de Gulliver”, de Ilya Maksimov.

Na sessão de reabertura, na quinta-feira (24), será exibido “A Ilha de Bergman“, filme presente na competição oficial do Festival de Cannes 2021. A diretora Hansen-Løve (de Adeus, Primeiro Amor e Eden) nos coloca na ilha de Faro, o retiro do deus sueco Ingmar Bergman para contar a história de um casal de realizadores (Tim Roth e Vicky Krieps) trabalhando num novo roteiro enquanto eles próprios vivem uma crise conjugal.

Também na quinta (24), antes da sessão das 19h de “A Ilha de Bergman“, o Governo de Pernambuco, por meio da Fundarpe, prestará uma homenagem ao professor Geraldo Pinho, programador do Cinema São Luiz falecido em novembro do ano passado, e que marcou a história do cinema pernambucano. Na ocasião, a família de Geraldo Pinho receberá uma placa homenageando o trabalho dele para o audiovisual pernambucano e brasileiro.

REFORMA

Entre os serviços feitos no Cinema São Luiz estão a recuperação e instalação do ar-condicionado, a recuperação e calibragem do projetor digital; restauro do teto; higienização das poltronas, carpete e cortina; troca do telhamento. Nos últimos dias, a equipe da sala realizou inúmeros testes de projeção e do funcionamento dos compressores do ar condicionado central para garantir que tudo esteja como antes da pandemia. A diferença será apenas na capacidade do espaço que, por conta da segurança sanitária, foi limitada a 300 espectadores.

Marcelo Canuto,  presidente da Fundarpe, ressalta que o local vai obedecer a todas exigências de segurança sanitária. “Ainda precisamos tomar algumas precauções. Além da limitação de espectadores por sessão, permanecem as recomendações de uso de máscaras e apresentação da carteira de vacinação, valendo tanto em material físico como pelo celular, além do documento comprovante de identidade", completou.

Os ingressos seguem com o valor de R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada) com o destaque para criação da Sessão Geraldo Pinho com o ingresso a preço único e popular de R$ 5. A Sessão Geraldo Pinho é a primeira sessão do dia das segundas-feiras (exceto para eventos especiais, como mostras e festivais). A bilheteria segue abrindo 30 minutos antes do início da sessão e fechando 20 minutos após o início da sessão, com o pagamento dos ingressos acontecendo apenas com dinheiro.

INFANTIL 

Crianças e jovens também terão seu programa garantido no Cinema São Luiz durante a ‘Sessão Família’. Sempre aos domingos pela manhã, essa linha da programação apresentará títulos para serem desfrutados não apenas pelos pequenos, mas pela família inteira. O filme inicial é a animação As Aventuras de Gulliver, de Ilya Maksimov. A obra é uma coprodução com a Ucrânia.

SEGUNDA NO CINEMA 

Uma das novidades no retorno do Cinema São Luiz é o funcionamento agora, também, nas segundas-feiras. Desta forma, a sala passa a funcionar de quarta-feira até segunda-feira, ininterruptamente, com uma nova programação sendo apresentada sempre nas quintas-feiras. O recesso da equipe passa a acontecer nas terças-feiras, dia da semana em que o cinema estará fechado.

PROGRAMAÇÃO

A Ilha de Bergman

Horários:

Quinta-feira (24/2), às 14h30 e 19h

Sexta-feira (25/2), às 17h15

Sábado (26/2), às 15h20 e 17h30

Domingo (27/2), às 15h30

Segunda-feira (28/2), às 15h e 17h15

Terça-feira (1º/3) – fechado

Quarta-feira (2/3) – às 15h, 17h15

Seguindo Todos os Protocolos

Horário:

Sexta-feira (25/02), às 19h30

Sessão especial seguida de debate com o diretor

Um Herói

Horário:

Sábado (26/02), às 19h40

Pré-estreia exclusiva

A felicidade das Pequenas Coisas

Horários:

Quinta-feira (24/2), às 17h30

Domingo (27/2), às 14h20

Segunda-feira (28/2), às 19h30

Rio de Vozes

Horários:

Sexta-feira (25/2), às 15h20

Quarta-feira (2/3), às 19h30

As Aventuras de Gulliver

Sessão Família

Horário

Domingo (27/02), às 11h

 

Serviço

Reabertura no Cinema São Luiz

24 de fevereiro a 2 de março

Endereço: Rua da Aurora, 175, Boa Vista – Recife

Entrada: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) | Primeira sessão da segunda: R$ 5,00 (preço único)

Redes sociais (Instagram, Twitter e Facebook: @cinesaoluizreal

 

*Via Assessoria de Imprensa



 

No dia 19 de março de 2020, o icônico letreiro do Cinema São Luiz - que informa aos transeuntes a programação semanal da sala na fachada do número 175 da Rua da Aurora (bairro da Boa Vista) - trocou os títulos que estavam então em exibição por uma mensagem de ‘até logo’. Era um momento de extrema gravidade em todo o mundo, com a chegada arrebatadora da pandemia do coronavírus, e o cinema, assim como tantos outros equipamentos culturais e serviços diversos da capital pernambucana, fecharam suas portas sem estimativa de retorno.

Quase dois anos se passaram e o letreiro do São Luiz, um dos últimos cinemas de rua a resistirem à chegada dos multiplex, continua ostentando o seu 'voltamos em breve'. Apesar da diminuição dos índices de internações e mortes por Covid no Recife e consequente relaxamento das normas de segurança que, inclusive, já colocaram outras salas de exibição em funcionamento pela cidade, o cinema tão querido por moradores e visitantes da 'Mauricéia' permanece fechado. 

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Outros cinemas recifenses retomaram suas operações desde meados deste ano. Algumas salas de exibição em shoppings como Tacaruna, Guararapes e Patteo de Olinda funcionam com algumas limitações desde junho. Já o Cinema da Fundação voltou a abrir as portas um pouco em seguida, no mês de agosto. Agora, depois da última atualização do Plano de Convivência com a Covid-19, anunciada nesta segunda (1º) pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), os cinemas pernambucanos poderão funcionar todos os dias da semana, sem restrição de horários, e com 100% de sua capacidade de ocupação. No entanto, é preciso fazer o controle vacinal do público a partir de uma plateia de 300 pessoas.

A nova liberação é animadora mas, os apaixonados pelo São Luiz - cinema  reconhecido pela programação que privilegia a produção audiovisual nacional e pernambucana e pelos preços mais acessíveis, mais chamados de ‘populares’ - terão que esperar até 2022 para voltarem a ver em seus letreiros títulos de filmes. De acordo com a assessoria da Fundarpe, órgão que gerencia o espaço, problemas técnicos em alguns equipamentos da sala impedem um pronto retorno de seu funcionamento.

Em nota enviada ao LeiaJá, a Fundarpe explica que “o cinema passa por manutenção no sistema de climatização da sala e reparo na placa de som, que apresentou defeito na última revisão mensal”. Além disso, o órgão afirma haver “um pregão eletrônico (licitação) em curso para compra de compressores para o ar-condicionado”. Tal processo demanda um certo tempo e cuidado pois são poucos os fornecedores disponíveis no país para a compra de peças específicas para o maquinário. A previsão é de que na próxima quarta (10) seja definida uma empresa vencedora no processo e que assim, “até o final de janeiro de 2022 sejam concluídos os reparos nesses equipamentos”. 

Ainda de acordo com a Fundarpe, durante esse tempo sem abrir ao público, o São Luiz vem passando por revisões periódicas em toda sua estrutura. Uma vez por semana e por mês, os equipamentos são ligados para checagem de seu funcionamento. A equipe fixa de trabalhadores do local não sofreu nenhuma baixa e, agora, com a retomada das atividades culturais, a administração do equipamento espera “receber propostas de produtoras e realizadores de festivais e mostras”. Por fim, mas não menos importante, não há previsão de “mudança na tabela de preços”. 

Além de sua importância para a cadeia do audiovisual local e nacional, e consequente fomento da cultura do cinema entre o público, o São Luiz é um símbolo da cidade do Recife e um espaço que guarda as memórias afetivas de várias gerações de recifenses. Com 67 anos de história, o equipamento cultural - que em 2008 ‘viu’ o prédio onde funciona ser tombado pelo Governo do Estado como Patrimônio Histórico -, figura como um dos poucos cinemas de rua remanescentes no país, funcionando, também, como ferramenta de resistência e valorização da sétima arte. Resta aos cinéfilos de plantão um pouco mais de paciência para que possam voltar a ocupar as poltronas de veludo vermelho desta emblemática e histórica sala de exibição.   


 

A Rede Globo está convidando pessoas para uma sessão fechada no Cinema São Luiz para exibir o último capítulo da novela Avenida Brasil. Sucesso de público, a novela mobiliza um sem-número de pessoas que, além de assitir as tramas de Nina, Carminha, Tufão e companhia, costumam comentar cada acontecimento do folhetim nas redes sociais.

Mas a mesma rede que durante meses foi invadida pelos personagens e cenas de Avenida Brasil, agora serve para a organização de protestos pela iniciativa de exibir seu último capítulo em um cinema administrado pelo poder público, como é o caso do São Luiz, que é administrado pelo Governo do Estado e tem sido um dos espaços mais importantes de prática de políticas públicas para a cultura, com a exibição de filmes que estão fora do circuito comercial, cineclubes e programações temáticas.

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Já existem dois eventos no facebook chamando pessoas para protestarem no cinema pela sessão exclusiva: este e este. Somando os dois, 76 pessoas já confirmaram suas presenças. Até o momento, nem a Globo, nem o Governo do Estado se manifestaram publicamente.

A pergunta feita no título desta matéria já teve resposta afirmativa comprovada, “por A + B”, devido ao sucesso e explosão desse ritmo em festas (como a Brega Night) que ocorre no Recife. Pois esta explosão, que já havia sido trazida aos cinemas com o filme “Faço de mim o que quero”, de Sergio de Oliveira e Petrônio de Lorena, chega novamente às telas do cinema com o filme “Explosão Brega”, de Hanna Godoy, que tem pré-estreia nesta segunda-feira (29), às 19h, no Cinema São Luiz.

Compõem o elenco do filme os cantores e “performers” Kelvis Duran, Michelle Melo, Mc Leozinho, Mc Cego e Metal, Mc Sheldon e as bandas Kitara, Musa do Calypso e Remixsom. Dos palcos às poltronas, a presença dos mais novos astros está confirmada na pré-estreia desta segunda-feira.

A diretora do longa afirmou que um segundo filme, intitulado “Reis do brega” já está em pré-produção. Os ingressos para a pré-estreia custam R$ 4 e R$ 2 (meia).

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