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Pré-candidata à Presidência pelo PSTU, a sindicalista Vera Lúcia é pouco conhecida entre os nomes que se colocam na disputa em outubro. Entretanto, em entrevista ao LeiaJá, a pernambucana radicada no Sergipe, não poupou críticas aos nomes com maior visibilidade, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, para ela, deu “migalhas a classe trabalhadora”. 

“Lula já governou este país, saiu do seio da classe trabalhadora, governou com os grandes empresários, banqueiros e latifundiários e, junto com esses setores, também trilhou o caminho da corrupção e todo mundo viu no que deu”, disparou Vera, lembrando que mesmo preso o líder-mor petista pode disputar, assim como o PT vem reafirmando a candidatura. 

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A pré-candidata que, inclusive, foi do PT, mas terminou sendo expulsa da legenda, declarou também que durante os mandatos de Lula “quem lucrou foram as grandes indústrias”. “O que garantiu a classe trabalhadora foram apenas poucas migalhas, que inclusive, quando vem a crise, boa parte disso já se foi. Poucas concessões que foram feitas à classe trabalhadora, quem lucrou mesmo foram as grandes indústrias”, criticou. 

Vera ainda salientou que Lula foi aliado da direita e ponderou que o presidente Michel Temer (MDB) “está aí porque era o vice de Dilma”. 

Já sobre Temer, a presidenciável declarou que “ainda não caiu” por falta de vontade dos partidos de esquerda. “Já poderíamos ter derrubado o governo Temer. Ano passado esse país viveu uma das maiores greves. O governo não cai porque muitos partidos que dizem querer o Fora Temer não querem de verdade. Se quisessem já tinham mobilizado a classe trabalhadora para derrubá-lo. Na verdade o que eles querem é desgastar o governo para canalizar toda insatisfação que existe para a via das eleições”, declarou. 

O mundo silencia com a morte de Zygmunt Bauman. O magnífico sociólogo polonês lançou mais de 50 livros e dedicou-se à análise das condições da classe trabalhadora e da lógica de exclusão social, exaltando os excluídos sob um ponto de vista marxista, de uma forma singular e como apenas ele soube fazer.

Entre os temas abordados por Bauman, os que mais se destacam são ligados ao consumismo, a globalização e as transformações nas relações humanas. Este último foi eternizado na obra que se tornou best-seller em 2003, Amor Líquido, que versa sobre como os relacionamentos da modernidade tendem a ser menos duradouros.

Aos 91 anos, Zygmunt teve uma trajetória vida entre servir ao exército polonês na Segunda Guerra, ser filiado ao Partido Comunista Polaco e, enquanto professor da Universidade de Varsóvia, foi afastado e também teve obras censuradas. De todas as suas contribuições, a obra Modernidade e Holocausto talvez tenha sido a mais emblemática e lhe rendeu, em 1989, o Prêmio Europeu Amalfi de Sociologia e Ciências Sociais.

O sociólogo foi o criador do termo “modernidade líquida”, onde o líquido servia como metáfora para expressar as mudanças facilmente adaptáveis, fáceis de serem moldadas e capazes de manter suas propriedades originais. Bauman nos trouxe, talvez, o conceito mais correto em relação à sociedade atual: vivemos um progresso constante e o significado e propósito da vida e da felicidade é individual.

Para entender as teorias de Zygmunt Bauman é preciso voltar ao passado. É preciso enxergar uma sociedade que buscava a perfeição, que detinha a sensação de controle do mundo, da economia, da natureza e, por que não dizer, da tecnologia. Entretanto, com o passar dos anos, vimos a instabilidade econômica mundial, as guerras, a revolução tecnológica acontecer e, então, todo o conceito da modernidade sólida se desfez.

Os pensamentos modernos de Bauman para sua época chamaram a atenção de todos. A filosofia sobre a liquefação das formas sociais: o trabalho, a família, o engajamento político, o amor, a amizade e, por fim, a própria identidade. Foi o sociólogo que nos fez refletir sobre as consequências dessas reflexões. Situações que produziam angústia, ansiedade constante e o medo líquido: temor do desemprego, da violência, do terrorismo, de ficar para trás, de não se encaixar nesse novo mundo, que muda num ritmo alucinante.

“Fluidez” é a qualidade de líquidos e gases. (…) Os líquidos, diferentemente dos sólidos, não mantêm sua forma com facilidade. (…) Os fluidos se movem facilmente. Eles “fluem”, “escorrem”, “esvaem-se”, “respingam”, “transbordam”, “vazam”, “inundam” (…) Essas são razões para considerar “fluidez” ou “liquidez” como metáforas adequadas quando queremos captar a natureza da presente fase (…) na história da modernidade.

Não podemos confundir o conceito de modernidade líquida de Bauman com a pós-modernidade tão falada e debatida nas áreas da filosofia e sociologia. Não se enxerga uma ruptura entre os conceitos de modernidade e pós-modernidade, mas sim uma continuação. Entendemos que há uma lógica diferente, uma rigidez substituída pela volatilidade, pelo imediato, pelo individualismo e pelo consumismo, mas, graças às teorias de Zygmunt Bauman podemos compreender as mudanças de uma forma mais simples, clara e objetiva.

Perde-se um ícone. Eterniza-se um pensador. Espera-se que as contribuições de Bauman nunca sejam esquecidas e que suas obras influenciem positivamente milhões de pessoas.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) vai entregar um documento no Congresso Nacional do PT com críticas a presidente Dilma Rousseff (PT) e ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A informação foi divulgada pela coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, neste sábado (6). 

De acordo com o periódico, o texto acusa a petista de ter promovido uma “guinada na política econômica, com ataques a direitos dos trabalhadores”. Sob a ótica dos sindicatos ligados a CUT, o ajuste fiscal é “regressivo e recessivo” e coloca o PT “contra a classe trabalhadora”. 

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Ainda segundo a coluna, o documento é assinado pelo presidente da CUT, Vagner Freitas, e pela cúpula sindical da sigla. O Congresso do PT acontece nos próximos dias 11 e 12, em Salvador, na Bahia. 

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