Tópicos | Copa do Mundo de 2022

O atacante Neymar surpreendeu ao afirmar que a Copa do Mundo de 2022, no Catar, pode ser a última de sua carreira. Aos 29 anos, o jogador da seleção brasileira acredita que não "terá cabeça" para estar jogando em alto nível com chances de jogar o Mundial de 2026, na América do Norte.

"Acho que é minha última Copa do Mundo (2022). Eu encaro como a minha última porque não sei se terei mais condições, de cabeça, de aguentar mais futebol. Então vou fazer de tudo para chegar muito bem, fazer de tudo para ganhar com meu país. Para realizar o meu sonho desde pequeno e espero poder conseguir", disse Neymar, em entrevista ao documentário Neymar Jr. and The Line Of Kings, da DAZN.

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Na Copa de 2026, a ser disputada nos Estados Unidos, Canadá e México, o atacante terá 34 anos, idade em que outros craques já jogaram algumas edições do Mundial. Para efeito de comparação, o zagueiro Thiago Silva, de 37 anos, já foi convocado pelo técnico Tite para jogos da seleção neste ano e tem chances de aparecer na lista da Copa de 2022.

Neymar é nome certo na equipe nacional para o Mundial do próximo ano, caso a seleção confirme a classificação nas Eliminatórias. Será sua terceira Copa. Ele estreou na competição em solo nacional no Mundial de 2014. Quatro anos depois, esteve na Copa da Rússia. No Brasil, se machucou nas quartas de final e não estava em campo quando a seleção levou 7 a 1 da Alemanha. Na Rússia não conseguiu impedia a queda para a Bélgica nas quartas de final.

Neymar é o maior atacante da seleção desde a geração dos Ronaldos, Kaká e Rivaldo. Mas ainda não teve o mesmo sucesso que seus antecessores na seleção. Após estrear pelo time principal em agosto de 2010, o jogador do Paris Saint-Germain faturou apenas um título, o da Copa das Confederações de 2013. Além disso, liderou a seleção olímpica na busca pela medalha de ouro no Rio-2016. E participou da conquista do Sul-Americano Sub-20 de 2011. A geração anterior conquistou a Copa do Mundo de 2002, além da Copa das Confederações de 2005 e 2009.

Neste domingo, na partida contra a Colômbia, pelas Eliminatórias da Copa, o atacante defenderá a seleção brasileira pela 114ª vez. Vai superar, assim, Pelé e Djalma Santos e se tornará o quinto jogador que mais disputou partidas pela equipe nacional.

O atacante de 29 anos também se destaca com seus gols. Ele já é o segundo maior artilheiro da seleção, com 69 gols. Está atrás apenas de Pelé, que soma 77 pelas contas da Fifa e 95, pelas estatísticas da CBF, que leva em consideração confrontos com times e combinados.

Com o maior PIB per capita do mundo e recursos de sobra para construir os estádios da próxima Copa, o Catar se dedica agora ao esforço mais difícil na preparação como país-sede do Mundial de 2022. A pequena nação do Golfo da Arábia trabalha duro para melhorar a seleção local e tem conseguido bons resultados graças à mescla do nacionalismo com doses certas de influência estrangeira.

O Catar vive neste momento a alegria da maior conquista da sua história. No começo do mês, ganhou o inédito título da Copa da Ásia ao derrotar na campanha as tradicionais Arábia Saudita e Coreia do Sul, além do Japão na grande final. Os jogadores foram recebidos com festa na volta para casa. O país que nunca disputou um Mundial começa a sonhar em fazer um bom papel em casa.

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"Pelos próximos três anos, até 2022, vamos evoluir bastante. Nós podemos fazer uma boa campanha na Copa. Vamos dar o que falar no Mundial", garantiu ao Estado o português Pedro Miguel Correia, zagueiro da seleção. Embora por muitos anos o Catar tenha recorrido a estrangeiros naturalizados para montar a seleção, isso agora é raridade. Dos 23 convocados para a Copa da Ásia, somente cinco não atuavam no país.

Com população inferior a 3 milhões de habitantes - um terço de estrangeiros -, o Catar sempre penou por falta de mão de obra no futebol. O investimento de milionários do petróleo possibilitou aos clubes contratarem, no começo dos anos 2000, craques como Batistuta e Romário. Porém, o governo resolveu intervir e fazer com que o país conseguisse gerar os próprios talentos esportivos.

O Catar decidiu em 2010 limitar a quantidade de jogadores estrangeiros nos times e frear a convocação de naturalizados. Enquanto defendia as raízes locais, o governo flertou com a influência externa em outro segmento: construiu uma moderna academia esportiva, chamada Aspire, feita para treinar garotos de base. A estrutura tem como um dos diferenciais a presença de treinadores espanhóis. Um dos diretores é o meia Xavi, ex-Barcelona.

"Depois que a presença de estrangeiros no Catar foi limitada, teve um declínio muito grande no campeonato local. Mas foi uma mudança necessária para dar espaço aos jogadores do país", explicou o ex-meia Fábio Montezine, atual auxiliar técnico das seleções de base. Revelado no CT de Cotia do São Paulo, ele defendeu o Catar em duas Eliminatórias para o Mundial.

A geração campeã da Copa da Ásia tem média de idade de 24 anos e é formada na maioria por jogadores criados na Aspire. "O investimento do Catar nas categorias inferiores é enorme. Os jogadores que se destacam nos clubes vão para a academia bancada pelo governo e só saem de lá para jogar por seus respectivos times profissionais. Depois, voltam para se aperfeiçoar", contou o meia Rodrigo Tabata, ex-Santos, que está há nove anos no país-sede da Copa de 2022.

Tabata diz ter notado ao longo do tempo uma evolução no torneio. Os catarianos continuaram com o estilo técnico, mas aprenderam a ter consciência tática e dedicação aos treinos. O zagueiro Pedro Miguel garante que a evolução do futebol local está só no começo. "Temos outros jovens que virão com mais vontade. Todos nós estamos trabalhando bem e muito confiantes", afirmou.

O Catar quer entrar para a história do futebol. Se ainda não consegue fazer isso dentro de campo, com uma seleção forte, vai tentar na organização do evento - o Mundial a ser disputado em 2022, quando a França defenderá a conquista obtida neste ano na Rússia. O excesso de confiança do Comitê responsável é gigantesco, como demonstra nesta entrevista Fatma Al Nuaimi, diretor de comunicação do Comitê Supremo do Catar para Entrega e Legado, nome oficial do grupo organizador do torneio.

Logo de saída, a Copa do Catar já tem um atrativo diferente. Por causa do calor nos meses de junho e julho, de 50 graus, a disputa está marcada entre 21 de novembro e 18 de dezembro.

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Al Nuaimi diz que a competição estará aberta a todos, inclusive à comunidade LGBT, e garante ao Estado que os torcedores vão ver uma Copa jamais vista. "Estamos prontos para quebrar os paradigmas da organização de Copas do Mundo e nos estabelecermos como referência em termos de megaeventos esportivos e seu legado."

Ritmo das obras

"Estamos felizes com o progresso feito em nossos estádios desde o início das construções, em 2014. O Khalifa International (reformado) é o primeiro estádio pronto. Foi concluído mais de cinco anos antes do torneio, em maio de 2017, quando sediou a final da Copa do Emir. As construções estão evoluindo bem nas outras sete instalações e estarão concluídas em 2020."

Receio de atrasos nas obras

"De jeito algum. Estamos planejando lançar dois estádios no começo de 2019, Al Bayt e Al Wakrah. Vale a pena mencionar que tínhamos planos de contingência em andamento. Isso nos permitiu ser capazes de responder rapidamente ao bloqueio ilegal ao Catar (em junho de 2017, Bahrein, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos fecharam suas fronteiras aéreas e impuseram bloqueios político e econômico ao país). Estabelecemos rotas alternativas de suprimento. Há muito trabalho, como de costume, e estamos em dia com o cronograma em todos os nossos projetos."

Investimentos

"Estamos trabalhando com orçamento de 23 bilhões de riyals (US$ 6,32 bilhões ou R$ 25,64 bilhões). É importante notar que a maior parte da construção da infraestrutura teria sido levada adiante, independentemente da vitoriosa candidatura para sediar a Copa. Expansões da malha rodoviária, o sistema nacional do metrô e a expansão do Aeroporto Internacional de Hamad são projetos integrantes da Visão Nacional Catar 2030 e foram planejados antes de o país ter-se decidido a se candidatar para o Mundial."

Copa das Confederações

"Todos os nossos estádios estarão concluídos em 2020. Então, a infraestrutura estará montada bem antes do torneio proposto para 2021. Estamos finalizando os planos, teremos alegria em organizar qualquer que seja o evento que consideremos o melhor para testar a preparação do Catar, antes do pontapé inicial para a Copa."

Álcool e comunidade LGBT

"O álcool não é parte da cultura catari e não poderá estar disponível em todos os lugares. Só em áreas designadas. A Fifa vai trabalhar com o Comitê Organizador para encontrar uma solução que satisfaça as partes interessadas, internas e externas. Com relação aos torcedores LGBT, todo mundo será bem-vindo. O Catar é um país relativamente conservador, mas tudo o que pedimos aos visitantes é que respeitem nossa cultura."

Operários empenhados

"Temos uma força de trabalho de mais de 28 mil pessoas ao redor de todos os locais de construção e escritórios. Agora estamos nos aproximando do período de pico de construções e provavelmente iremos superar os 30 mil trabalhadores no fim deste ano ou início do outro."

Oportunidade para brasileiros

"É claro! Temos uma equipe incrivelmente diversificada e talentosa que inclui mais de 50 nacionalidades. O Catar é uma economia global, recepcionando sem visto pessoas de quase 90 países, e isto está refletido na força de trabalho."

Denúncias de trabalho escravo

"A saúde e a segurança dos nossos trabalhadores permanece sendo prioridade número 1. Temos nos nossos locais de trabalho taxa de acidentes comparável ou superior a muitos padrões internacionais, inclusive os preparativos para a Olimpíada de Londres, considerados os mais seguros da história. Mas também reconhecemos haver ainda muito trabalho a ser feito e vemos o fato de o Catar sediar a Copa como um catalisador para acelerar iniciativas positivas já em andamento no país. Isto deixará um legado de progresso significativo e sustentável com relação ao bem-estar dos trabalhadores ao redor do país."

Melhor de todas as Copas

"Confiamos em oferecer aos fãs do futebol, aos jogadores e aos dirigentes e técnicos uma inesquecível experiência. O Catar é um dos países mais seguros do mundo, toda nossa infraestrutura da competição, inspirada na cultura árabe e com tecnologia de ponta, se estende por um raio de 50 km a partir do centro de Doha. Estamos prontos para quebrar os paradigmas da organização de Copas do Mundo e nos estabelecermos como referência em termos de megaeventos esportivos e seu legado."

A Conmebol pediu para a Fifa considerar a possibilidade de ampliar o número de seleções participantes na Copa do Mundo para 48 já a partir do torneio de 2022, no Catar. No ano passado, a entidade máxima do futebol ampliou o Mundial de 32 para 48 equipes, mas apenas a partir da edição de 2026.

Para os sul-americanos, a expansão representaria ter praticamente todos seus países classificados ao Mundial. Pelos planos da Fifa, sete vagas seriam dadas para a Conmebol em uma Copa expandida. Assim, na região, apenas três seleções participantes das Eliminatórias ficariam de fora.

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A carta, segundo o Estado apurou, vem com um pedido explícito para que sete vagas sejam dadas para a América do Sul no Catar.

Dentro da Fifa, muitos veem com ceticismo a possibilidade. Isso por conta de todo o plano ter sido desenhado para 64 jogos e 32 delegações no Mundial do Catar. Ao adicionar 16 seleções, todos seus jornalistas e torcedores, a estrutura necessária teria de sofrer um importante salto.

No total, uma Copa com 48 seleções teria mais de 80 partidas e exigiria novos hotéis, campos de treinamento e estrutura. Para complicar, o torneio de 2022 ocorrerá na menor sede da história de um Mundial.

Mas, nos últimos meses, as relações entre o Catar e a Conmebol foram incrementadas, com frequentes reuniões e interesses comerciais. Para a Copa América de 2019 no Brasil, por exemplo, o time árabe será um "convidado especial" da competição.

Para a Fifa, a primeira experiência com 48 times deveria ocorrer em 2026. Em junho, a entidade escolherá a sede e abriu a brecha para que, e forma inédita, toda uma região possa realizar o evento.

Por isso, México, Canadá e Estados Unidos se uniram para apresentar um projeto comum. Para isso, porém, precisarão de 12 sedes, contra apenas oito estádio no Catar. No caso da Copa de 2026, o Marrocos também concorre. Mas é justamente a dificuldade em receber 48 seleções que coloca o pleito do país do Norte da África em uma situação de debilidade.

Sindicatos ameaçaram levar a Fifa aos tribunais suíços, acusando a entidade de cumplicidade com violações aos direitos humanos no Catar, por causa das obras para a Copa do Mundo de 2022 e a forma pela qual os operários são tratados.

No início do ano, a reportagem do Estadão.com visitou algumas das obras e constatou a situação de semiescravidão que vivem muitos dos operários. No total, 1,7 milhão de estrangeiros trabalham no país do Oriente Médio.

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O caso será levado aos tribunais pela Confederação de Sindicatos da Holanda, em nome de um trabalhador de Bangladesh, Nadim Sharaful Alam. Numa carta enviada à entidade, o sindicato deu três semanas à Fifa para que pague compensações. Caso contrário, o processo nos tribunais será iniciado.

Os dirigentes da entidade já indicaram que não tem a intenção de pagar a compensação. Em Zurique, o temor não se refere ao valor solicitado pelo operário - cerca de US$ 5 mil - pelos dois anos trabalhados no país. Mas a preocupação se refere ao precedente que o caso pode representar. Se vencer, o operário estaria criando jurisprudência e milhares de casos poderiam chegar aos tribunais.

Gianni Infantino, o novo presidente da Fifa, garantiu que não existe plano de retirar a Copa do Catar, enquanto sua entidade insiste que o organismo máximo do futebol não pode ser responsabilizado por como um país lida com seus operários.

Mas, para os advogados, a Fifa tinha a obrigação de exigir garantias de respeito aos direitos trabalhistas pelos organizadores do Mundial. Um dos problemas seria o sistema kafala - lei que exige que o trabalhador obtenha um visto de saída do país.

Para os advogados do caso, existem duas responsabilidades da Fifa. "Quando ela deu a oportunidade para que o Catar participasse do processo de candidatura para a Copa de 2022 e, em sequência, sua escolha. E quando fracassou em assumir sua responsabilidade diante do destino de operários migrantes ao não demandar do Catar a reforma em seu sistema trabalhista", indicou a carta enviada pelo sindicato à Fifa.

O Estadão.com visitou, sob anonimato, alguns dos canteiros de obras em Doha e conversou com operários, todos estrangeiros, da Ásia ou África. Poucos tinham consigo seus passaportes, confiscados pelos empregadores para os impedir qualquer fuga, organizar um protesto ou até mesmo mudar de emprego.

As regras impedem a liberdade de associação e esses operários não podem ter carteira de motorista ou conseguir empréstimos em um banco. Quem decidir trabalhar para outra empresa pode ser punido com uma pena de três anos de prisão ou pagar US$ 13 mil, uma fortuna para esses operários.

Oficialmente, trabalhadores que sejam recrutados em seus países de origem para atuar no Catar não devem pagar qualquer tipo de taxa. Mas muitos do Nepal confirmaram ao Estadão.com que é "comum" que várias das 760 agências de recrutamento em Katmandu cobrem um valor pelo "trabalho administrativo".

Para deixar o Nepal, o operário pode pagar até US$ 600 em comissões para a agência, além de seguro do voo. Ao desembarcar em Doha, porém, descobre que o salário irá variar de US$ 220 a US$ 460 por mês e as dívidas se acumulam desde o primeiro dia. A água nos alojamentos, por exemplo, é limitada e qualquer pedido extra é cobrado. Nesses locais, afastados da população, existe apenas um armazém que vende comida, controlado pela mesma empresa que fornece os trabalhadores para as construtora.

A Fifa vai criar uma comissão para monitorar a construção dos estádios da Copa do Mundo no Catar para garantir "condições de trabalho decentes". Durante a sua primeira visita de trabalho ao Catar nesta sexta-feira, o presidente Gianni Infantino disse que o painel vai incluir "setores relevantes da sociedade civil e outras partes interessadas relevantes da Fifa".

O Catar é frequentemente criticado por grupos de direitos humanos e sindicatos por supostos abusos e mortes em uma série de projetos de construção ligados à Copa do Mundo de 2022 desde que ganhou o direito de sediá-la em 2010.

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Na semana passada, um especialista em direitos humanos da Universidade de Harvard apontado pela Fifa aconselhou que torneios devem ter sedes trocadas onde os abusos persistirem. "Nós levamos nossa responsabilidade a sério e estamos comprometidos em fazer a nossa parte", disse Infantino em um comunicado publicado pela Fifa.

Infantino visitou o Estádio Internacional Khalifa em Doha e o alojamento dos trabalhadores durante uma viagem de dois dias, e também se reuniu com o emir do Catar, o xeque Tamim bin Hamad al-Thani.

A Anistia Internacional aprovou os "passos na direção certa" anunciados pelo presidente da Fifa, que foi eleito há dois meses. "Finalmente parece que a Fifa está acordando para o fato de que, a menos que tome ações concretas, a Copa do Mundo de 2022 no Catar será construída sobre sangue, suor e lágrimas de trabalhadores imigrantes", disse Mustafa Qadri, um porta-voz da Anistia Internacional para os direitos dos imigrantes na região do Golfo.

O país deve gastar dezenas de bilhões de dólares na preparação para o torneio, marcado para novembro e dezembro de 2022, construindo oito novos estádios, reformando outros e realizando diversas obras, com as de infraestrutura.

O Catar faz o uso maciço de trabalhadores da construção civil do sul da Ásia que estão "amarrados" através do sistema "kafala" em que os imigrantes têm suas despesas pagas pelas empresas para as quais vão trabalhar, mas ficam com seus documentos retidos.

Professor de Harvard, John Ruggie disse na semana passada que a Fifa deveria ter exigido que o "kafala" não fosse usado para qualquer obra da Copa do Mundo. E embora as autoridades do Catar tenham prometido reformas, o progresso na legislação tem sido lento.

Infantino cobrou ações efetivas do governo Catar, mas também se disse "confiante de que estamos no caminho certo". O chefe do comitê organizador do Catar, Hassan al Thawadi, afirmou que a primeira Copa do Mundo no Oriente Médio vai cumprir todas as exigências da Fifa. "Crucialmente também estamos firmemente empenhados em deixar um legado social duradouro após o torneio, inclusive na área do bem-estar dos trabalhadores", declarou Al Thawadi no comunicado da Fifa.

Copa bilionária, salários miseráveis. Sete mil trabalhadores poderão morrer até o pontapé inicial da Copa do Mundo em 2022, no Catar, se o atual ritmo de vítimas e acidentes nas obras para o torneio não mudar. O alerta é da Confederação Internacional de Sindicatos (ITUC) que, em um informe, apontou para os problemas na preparação do evento mais polêmico da histórias das Copas.

Segundo o estudo, as empresas de construção no Catar vão obter uma receita de US$ 15 bilhões com as obras de estádios e infraestrutura, usando um total de 1,8 milhão de trabalhadores durante os 12 anos de preparação, entre 2010 e 2022.

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Sem conseguir convencer o governo do Catar ou a Fifa a mudar as leis trabalhistas, os sindicatos optaram por denunciar as empresas, muitas delas ocidentais. As obras estão sendo realizadas por grupos como a ACS (Espanha), Bechtel (Estados Unidos), Besix (Bélgica), Bouygues (França), Carillion (Reino Unido), CCC (Grécia), Ch2M Hill (EUA), CIMIC (Austrália) ou Hochtief (Alemanha).

"Todo o CEO operando no Catar sabe que os lucros ocorrem graças aos salários baixos que são pagos e que esses lucros também resultam em mortes", alertou

Sharan Burrow, o secretário-geral do sindicato.

Em sua avaliação, dezenas de casos de mortes de trabalhadores não estão sendo calculadas. "O governo se recusa a publicar o número de vítimas ou as causas de mortes", disse o sindicalista.

Segundo ele, uma projeção inicial era de que 4 mil operários morreriam até 2022. Mas ele revela que os serviços de emergência dos hospitais estão recebendo 2,8 mil pessoas por dia, 20% a mais que em 2014. Esse aumento estaria ligado às obras. "A taxa de fatalidade é acima de mil trabalhadores por ano", denuncia o sindicalista. "Até 2022, serão 7 mil", insiste.

Outro problema é questão dos salários. "No projeto do estádio Khalifa, um marco da Copa, trabalhadores ganham US$ 1,50 por hora", denunciou.

Diante da recusa da Fifa e do governo em lidar com a crise, o grupo pede que as empresas aumentem os pagamentos, criem um salário mínimo e façam inspeções de segurança.

Após o cancelamento da entrevista coletiva que o presidente Joseph Blatter daria nesta sexta-feira, a Fifa confirmou, através de um comunicado, que a Copa do Mundo de 2022, no Catar, vai começar em 21 de novembro, uma segunda-feira, dando início a um torneio de 28 dias, que terminará em 18 de dezembro, um domingo.

O Comitê Executivo da Fifa confirmou as datas da Copa do Mundo de 2022 nesta sexta-feira, seis meses após definir o dia 18 de dezembro, data de um feriado nacional no Catar, para a final.

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Em março, a Fifa finalmente decidiu retirar o torneio de 2022 dos meses de junho e julho para evitar o calor do verão do Catar. Definida para ser disputada em 28 dias, a Copa do Mundo de 2022 terá quatro a menos do que o usual, sendo projetada para causar menor impacto nos clubes e ligas, que precisarão interromper suas atividades no meio da temporada europeia.

Até por isso, a Fifa atrasou a definição da data de abertura da Copa do Catar enquanto mantinha conversações sobre o calendário das seleções nacionais para o período entre 2019 e 2024. O calendário internacional determina quando os clubes devem liberar os seus jogadores para as seleções.

O calendário aprovado e divulgado nesta sexta-feira define que os clubes devem liberar os jogadores para a Copa do Mundo de 2022 em 14 de novembro, uma segunda-feira, uma semana antes do jogo de abertura do torneio. Nenhuma data para compromissos das seleções, seja por eliminatórias de torneios continentais ou amistosos, foi agendada para outubro de 2022.

Em vez disso, os dois jogos normalmente programados em outubro foram movidos para quatro meses antes. Isso criou um programa de quatro partidas entre seleções nacionais, programados para o período entre 30 de maio e 14 de junho de 2022, ao fim da temporada europeia. Em uma mudança menor, as duas tradicionais datas reservadas em setembro para compromissos para seleções foi alterada para ser iniciada em 20 de setembro.

O Catar se manifestou nesta sexta-feira (29) pela primeira vez após a eclosão do escândalo de corrupção envolvendo dirigentes da Fifa e defendeu a sua honestidade e os seus atos no processo de escolha da Copa do Mundo de 2022, que passou a ser alvo de investigação das autoridades suíças, assim como a definição da Rússia como palco do Mundial de 2018.

"Nossa meta ao organizar a Copa do Mundo é utilizar o poder positivo do esporte para unificar as pessoas", declarou o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2022 em um comunicado oficial divulgado nesta sexta-feira.

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O documento afirma que o Catar "cumpriu com todas as investigações iniciadas sobre o processo de candidaturas de 2018/2022 e seguirá fazendo". "Realizamos nossa candidatura com honestidade", diz o comitê organizador.

O anúncio das investigações sobre o processo de escolha das sedes das duas próximas Copas coincidiu com a prisão, na última quarta-feira, de sete dirigentes da Fifa, entre eles o brasileiro José Maria Marin, atendendo ao pedido da Justiça dos Estados Unidos, por suspeita de corrupção - além disso, os norte-americanos solicitam a extradição dos detidos.

A escolha do Catar para sediar o Mundial de 2022 é objeto de controvérsias desde o momento da votação, em dezembro de 2010. E, nesta sexta-feira, em um ataque direcionado aos dirigentes dos Estados Unidos e da Inglaterra, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse que a entidade não estaria passando por essa crise se Catar e Rússia não tivessem vencido o processo de escolha dos organizadores do principal torneio do futebol mundial.

Além das suspeitas de corrupção para ser eleito a sede da Copa do Mundo de 2022, o Catar também é criticado pelas condições de trabalho aos operários estrangeiros que participam das obras de infraestrutura do torneio.

Depois de seis meses de um quebra-cabeça financeiro complicado, a Fifa oficializou nesta quinta-feira uma mudança histórica e definiu que a Copa do Mundo de 2022 ocorrerá no período do inverno do hemisfério Norte, modificando pela primeira vez a data de seu evento mais importante.

O Mundial do Catar ocorrerá entre os dias 21 de novembro e 18 dezembro, sendo disputado em apenas 28 dias. Geralmente as Copas ocorrem no meio do ano. Mas o projeto se chocava de frente com a Liga dos Campeões da Europa e os clubes já anunciaram que querem compensações da Fifa para modificar suas agendas para encaixar o Mundial.

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A mudança é um reconhecimento generalizado de que, ao dar ao Catar a Copa do Mundo de 2022, os cartolas simplesmente ignoraram o fato de que seria impraticável jogar futebol no deserto no verão. Pelos critérios da Fifa, porém, quem organizasse a Copa teria de se comprometer a realizá-la em junho e julho.

Agora, a mudança está definida, deixando os demais países que se candidataram ao evento irritados pela alteração da data depois da escolha. No lugar de enfrentar temperaturas acima de 40ºC, a Copa será disputada a cerca de 20ºC.

Outra decisão foi a de que o Mundial de 2022 será mais curto que aquele disputado no Brasil em 2014 para que evite coincidir com o Natal. A ideia original previa uma final em 23 de dezembro. Mas o compromisso foi de que o torneio perderia alguns dias para ser concluído em 18 de dezembro. Assim, os clubes também teriam um prejuízo menor.

Segundo a Fifa, a Copa com início em novembro era "a única opção". Isso porque o mês de fevereiro será destinado para os Jogos Olímpicos de Inverno, em Almaty ou Pequim. A Fifa decidiu não abrir um conflito com o Comitê Olímpico Internacional (COI) e aceitou evitar um choque entre os dois eventos. Thomas Bach, presidente do COI, havia deixado claro que a entidade não modificaria o período da sua competição.

Já o Ramadã no mundo islâmico começa no dia 2 de abril, o que dificultaria as operações de um evento em um país muçulmano nesse período, preferido pelos clubes europeus. Assim, a Fifa definiu agora, em reunião do seu comitê executivo, pela realização da Copa do Mundo de 2022 entre 21 de novembro e 18 de dezembro.

A tensão entre os clubes europeus e a Fifa foi amenizada nesta terça-feira aos reunião entre o presidente Joseph Blatter e o representante dos times, o alemão Karl-Heinz Rummenigge. Presidente da Associação dos Clubes Europeus e do Bayern de Munique, Rummenigge se mostrou otimista quanto a uma solução para o impasse entre as duas partes, em razão da nova data da Copa do Mundo de 2022.

Os atritos entre clubes e Fifa se intensificaram na semana passada quando a entidade máxima do futebol propôs oficialmente que a Copa do Catar seja disputada no inverno do hemisfério norte, entre os meses de novembro e dezembro. Os times europeus criticaram a proposta, que ainda precisa ser aprovada pelo Comitê Executivo da Fifa, por causa das alterações que causaria nos campeonatos nacionais e europeus, como a Liga dos Campeões.

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Diante da crescente tensão entre clubes e Fifa, Blatter se reuniu com Rummenigge nesta terça, na tentativa de chegar a um acordo com os europeus. "Eu ainda estou confiante e otimista. Há possibilidades de encontrarmos uma solução série e justa", declarou o influente presidente do Bayern de Munique.

Diplomático, o dirigente tentou amenizar a polêmica com a Fifa, em especial o secretário-geral Jérôme Valcke, que negou o pedido de Rummenigge por uma compensação aos clubes em razão das futuras mudanças no calendário europeu. "Eu tenho uma opinião diferente [da dele] neste assunto", declarou Rummenigge.

O dirigente alemão e os demais líderes do futebol europeu pleiteavam a mudança na data da Copa para os meses de abril e maio. Na avaliação deles, a antecipação do Mundial causaria menos danos ao calendário do continente, que geralmente se encerra em maio.

Clubes e ligas europeias temem perder receitas com a mudança de calendário e ter de reestruturar seus torneios. Alguns chegam a propor que a candidatura do Catar seja revista, diante do fato de o contrato dado pela Fifa ao país falar exclusivamente em uma Mundial no meio de 2022.

O presidente da Uefa, Michel Platini, disse nesta quarta-feira que o mundo do futebol não se importa de realizar a Copa do Mundo de 2022, no Catar, nos meses de janeiro e fevereiro, para fugir do verão asiático. Segundo principal dirigente do futebol mundial e líder dos poderosos clubes europeus, o francês deixou claro que seu continente não vê problemas em um Mundial concomitante com os Jogos Olímpicos de Inverno.

Membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), a Fifa prometeu ao órgão que não irá realizar a Copa do Mundo no mesmo período que os Jogos de Inverno, cuja sede ainda não foi escolhida - há um imbróglio, mas só Pequim (China) e Almaty (Casaquistão) estão formalmente na disputa.

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"Isso é a Fifa. Eles não querem entrar em conflito com o Comitê Olímpico, mas o resto do mundo quer achar a melhor solução para o futebol", disse Platini, em evento com jornalistas, em Londres. O dirigente também deixou claro que, pela Uefa, não há qualquer problema em adiar para junho as semifinais e finais da Liga dos Campeões, que normalmente acontecem entre abril e maio.

Na proposta dos europeus, a Copa aconteceria entre janeiro e fevereiro, durante uma pausa nos campeonatos nacionais e continentais. A Liga dos Campeões seria retomada para suas duas fases finais, como costuma acontecer com a Copa Libertadores. A Fifa estuda também a possibilidade de jogar a Copa entre novembro e dezembro de 2022.

A definição sobre a data de realização da Copa do Mundo de 2022 ficou mais próxima nesta segunda-feira, quando a Fifa apontou duas opções de calendário, enquanto o Catar, responsável pela organização do torneio, admitiu que uma mudança para o período do inverno do país é o "ideal" para o Oriente Médio.

Depois de uma reunião nesta segunda-feira sobre cinco propostas sobre quando jogar o torneio, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, tratou de diminuir as opções. "Estamos chegando mais perto de reduzir as datas para a Copa do Mundo para duas opções - janeiro e fevereiro 2022 ou novembro e dezembro de 2022", disse Valcke, em um comunicado divulgado pela Fifa.

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O presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo do Catar, Hassan Al Thawadi, disse pela primeira vez que a realização do torneio no calor escaldante de junho e julho, como originalmente programado, pode não ser a melhor solução.

"(Al Thawadi) Salientou que, para o Oriente Médio, a situação ideal e com todas as circunstâncias que uma Copa do Mundo inclui pode ser realizá-la no inverno", afirma o comunicado da Fifa.

Ainda assim, a Fifa observou que o Catar "permanece totalmente empenhado em oferecer o que foi prometido em sua candidatura", incluindo as tecnologia que diminua as temperaturas nos estádios para combater o calor escaldante, com mais de 40ºC, que são atingidas no verão do país.

A opção janeiro-fevereiro parece ser a mais favorável para as confederações nacionais, pois muitos países estão em pausa de meio de temporada ou mesmo no período que antecede o início da temporada. A Ásia e a África, inclusive, utilizam esse período para disputar seus torneios continentais de seleções.

O problema é que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, assegurou ao presidente do COI, Thomas Bach, que a Copa do Mundo não vai colidir com a Olimpíada de Inverno de 2022. O comitê avalia as candidatas nesse momento, sob a expectativa de realizá-la em fevereiro de 2022.

A Associação de Clubes Europeus sugeriu que a Copa do Mundo seja disputada entre 28 abril e 29 maio. Essa opção, porém, foi rejeitada por Valcke. Além disso, o sindicato dos jogadores se opõe a esse plano de disputa do torneio na primavera do Catar por causa do calor.

A Fifa disse que a comissão se reunirá no início do próximo ano, provavelmente em fevereiro, para avaliar os relatórios de Valcke e do presidente Confederação Asiática de Futebol, o xeque Salman Bin Ebrahim Al Khalifa do Bahrein, das propostas feitas na reunião desta segunda-feira.

"Estamos satisfeitos com o nível de detalhes fornecidos pelos participantes e com as discussões produtivas que aconteceram hoje", disse o xeque Salman. O Comitê Executivo da Fifa deverá decidir sobre as datas da Copa do Mundo de 2022 em março.

Presidente da Federação Alemã de Futebol entre 2006 e 2012 e atualmente membro do Comitê Executivo da Fifa, Theo Zwanziger causou polêmica nesta segunda-feira. Em entrevista publicada pelo jornal alemão Sport Bild, ele disse duvidar que a Copa do Mundo de 2022 seja realizada no Catar.

"Eu pessoalmente acho que no fim a Copa do Mundo de 2022 não vai acontecer no Catar. Os médicos (da Fifa) dizem que eles não podem assumir responsabilidades em uma Copa do Mundo que aconteça naquelas condições", disse o dirigente, que não estava no Comitê Executivo da Fifa quando o Catar foi escolhido sede do Mundial, em 2022.

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A principal preocupação é com o calor do verão no Catar. No começo do mês, a Fifa apresentou duas opções de datas alternativas para o evento cercado por polêmicas. As datas oferecidas seriam janeiro-fevereiro de 2022 (paralelamente aos Jogos Olímpicos de Inverno, o que irrita o COI) ou novembro-dezembro do mesmo ano.

O Catar promete colocar ar condicionado em todos os estádios, mas isso não basta na opinião de Zwanziger. "Uma Copa do Mundo não acontece apenas dentro dos estádios. Torcedores do mundo todo vão viajar para o Catar", lembra ele.

Pela primeira vez, a Copa do Mundo será disputada fora de seu período tradicional em meados do ano. A Fifa propõe mudar a data da Copa de 2022 no Catar para evitar o verão no país árabe. Nesta segunda-feira, em Zurique, a entidade apresentou duas opções de datas alternativas para o evento cercado por polêmicas. As datas oferecidas seriam janeiro-fevereiro de 2022 ou novembro-dezembro do mesmo ano.

Tradicionalmente, a Copa ocorre nos meses de junho e julho. Mas a Fifa criou uma escândalo quando deu a organização do evento ao Catar, depois que o Comitê Olímpico Internacional havia recusado a candidatura de Doha para os Jogos Olímpicos indicando que seria impossível disputar eventos esportivos no verão, entre os meses de junho e agosto no hemisfério norte.

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Os cartolas da Fifa, entre eles Ricardo Teixeira, optaram por ignorar o clima e elegeram o Catar para sediar a Copa que tradicionalmente ocorre em meados do ano. Mas a pressão de jogadores e mesmo da opinião pública forçou a Fifa a rever o calendário. Nesta segunda-feira, o presidente da Fifa, Joseph Blatter esteve com demais cartolas, entre eles o CEO do Comitê Organizador Local de 2022, Hassan Al Thawadi, além de presidentes de clubes e de associações nacionais.

O grupo recebeu do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, documentos sugerindo a mudança da Copa para o inverno do hemisfério norte. Duas datas foram sugeridas: janeiro e fevereiro de 2022 ou novembro e dezembro. Valcke deixou claro que a Copa precisa acontecer no ano de 2022, e não poderia envolver nem dias em 2021 ou 2023.

A proposta, porém, obriga a Fifa a realizar uma mudança no calendário internacional entre 2018 e 2024. Clubes europeus temem ver torneios como a Liga dos Campeões seriamente afetada pelo Mundial, que obrigaria o Velho Continente a rever a agenda de seu evento mais lucrativo.

Mas não é apenas o mundo do futebol que se queixa. As federações de esportes de inverno não querem o futebol competindo com os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022. O argumento desse grupo é bastante explícito: não há como esquiar no verão e o inverno é o único momento possível para realizar os eventos.

Uma nova reunião está marcada para novembro de 2014, quando os diferentes grupos vão apresentar dados sobre como essa nova agenda poderia afetar suas competições. Em fevereiro de 2015, mais uma reunião seria convocada, na esperança de bater o martelo na data final.

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