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A um ano e meio da eleição, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou uma revisão do Plano de Metas aprovado em 2017, com maior foco em ações de zeladoria. Só o orçamento para serviços de limpeza e capinação, por exemplo, chega a R$ 3,4 bilhões - quase cinco vezes mais do que o investimento previsto em novos equipamentos de Educação e Saúde.

Anunciado nesta segunda-feira (8) o plano de Covas aumenta de 53 para 71 as metas para o biênio 2019-2020. Na prática, também altera promessas do ex-prefeito e atual governador João Doria (PSDB). Entre elas, reduz o número de equipamentos públicos que devem ser repassados à iniciativa privada, de 55 para 10. A expectativa de conseguir R$ 5 bilhões, no entanto, foi mantida.

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O plano de Covas tem previsão orçamentária de R$ 15,3 bilhões para os próximos dois anos, incluindo custeio e investimentos. Desses, ao menos R$ 6,7 bilhões (43%) serão destinados a metas de zeladoria, incrementando serviços de limpeza, coleta seletiva, construção de calçadas e programas de tapa-buraco, além de revitalizar praças, parques, pontes e viadutos.

Por sua vez, Saúde e Educação preveem investimento de R$ 747 milhões em novos equipamentos. Para essas áreas, a gestão Covas espera entregar o Hospital da Brasilândia, além de duas UBSs, 12 UPAs e 12 CEUs. Também foi incluído no plano equipar o Hospital de Parelheiros, na zona sul.

"O que aprendemos aqui em relação ao acontecimento no (Largo do) Paiçandu, com aquele prédio que caiu, e com o viaduto da Marginal do Pinheiros (...) é que a gente precisa arrumar a casa", disse Covas. "É melhor pôr para funcionar o que já existe do que colocar coisa nova e deixar o que já existe ruim."

A revisão

O Plano de Metas passa a ter 36 objetivos, em três eixos: "cuidar da cidade", "proteger o cidadão" e "inovar a gestão". Foram incluídas 25 metas. Outras 18 foram mantidas na íntegra e 7, que já teriam sido cumpridas, retiradas. Só 6 das 28 restantes foram ampliadas - as demais acabaram sendo "incorporadas parcialmente" ou com "escopo ajustado". Segundo Covas, houve ajuste de objetivos, uma vez que o otimismo para o cenário econômico em 2017 não se confirmou. "A reforma (da Previdência) não foi aprovada, a expectativa de crescimento não se realizou e nós tivemos frustração com o comportamento do PIB em 2017 e 2018."

Entre as novas metas está reduzir em 80% o número de usuários de drogas em logradouros públicos - ação que será limitada à região da Luz. A referência são 496 pessoas contadas pela GCM em dezembro. Houve redução de novos corredores de ônibus de 72 km para 9,4 km.

Embora argumente adversidade econômica, a Prefeitura afirma que vai aumentar a previsão de investimento de R$ 10,8 bilhões (plano de Doria) para R$ 12,8 bilhões. Todo o orçamento estaria garantido, diz Covas. "Havendo sucesso no plano de desestatização ou aumento de repasse federal e estadual, nós poderemos fazer a mais." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O viaduto da Marginal do Pinheiros que cedeu 18 dias atrás teve a sua elevação finalizada na tarde deste domingo, 2. Com a recolocação da estrutura em seu nível original, dois metros acima, a Prefeitura de São Paulo descartou a possibilidade de demolir o viaduto. Os testes haviam sido iniciados neste sábado, 1º, quando se ergueu em um metro o viaduto. O outro metro restante foi elevado neste domingo.

O prefeito Bruno Covas (PSDB), que esteve no local, informou que em 15 dias será possível determinar as obras necessárias para a remediar a estrutura, além do cronograma de conclusão. Após o macaqueamento - termo técnico para designar a elevação da estrutura - , finalizado neste domingo, engenheiros da administração municipal vão realizar estudos para determinar a estratégia de recuperação.

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"Hoje conseguimos descartar 100% a hipótese de demolição do viaduto, com o resultado que tivemos aqui do macaqueamento. Já conseguimos prever isso porque essa ainda era uma hipótese que levávamos em consideração, o que significaria mais prazo para poder fazer a demolição e a construção de um novo viaduto", afirmou o prefeito.

Por causa do trabalho, a CPTM havia interrompido a circulação da Linha 9-Esmeralda entre as estações Cidade Universitária e Villa-Lobos/Jaguaré. Com a conclusão do macaqueamento, a CPTM foi avisada para que o trem volte a circular normalmente. Para suprir a demanda do transporte de passageiros, 20 ônibus ficaram disponíveis entre este sábado, 1º, e domingo.

"Isso é o macaqueamento. Não é a obra de recuperação do viaduto. Estamos comemorando o macaquemanto que era o que estava previsto fazer entre o 25º e o 30º dia (após o incidente)", disse Covas. "Era impossível começar essa avaliação sem o término dessa operação." Logo após o viaduto ceder, a Prefeitura realizou o escoramento da estrutura e a colocação das estacas.

Foram utilizados no trabalho seis macacos hidráulicos, todos operando ao mesmo tempo, e cada um deles tinha capacidade para erguer 300 toneladas. Os equipamentos foram apoiados em dez estacas previamente instaladas.

Enquanto as obras estão sendo executadas e a Prefeitura toca os processos para a contratação de empresas que farão as vistorias em outros viadutos, a administração municipal fará uma nova vistoria visual em cerca de 160 outros pontos da cidade, para detectar novos locais que possam estar em risco.

Isso porque, ao autorizar as contratações emergenciais para empresas que farão estudos técnicos sobre as condições dos viadutos, o Tribunal de Contas do Município (TCM) exigiu que, a cada contrato emergencial, a Prefeitura apresentasse informações que justificassem a necessidade de contratos assinados sem licitação.

O prefeito Bruno Covas (PSDB) admitiu nesta segunda-feira (19) que a vistoria feita nos viadutos de São Paulo é 'insuficiente'. Em entrevista coletiva, afirmou que quer contratar, de forma emergencial, uma empresa para fazer laudos estruturais de todos os 185 viadutos e pontes da cidade. Para isso, irá consultar o Tribunal de Contas do Município (TCM) sobre a viabilidade da proposta.

"A vistoria visual é incompleta, é insuficiente. Desde o ano passado já tínhamos visto que é insuficiente, e por isso havíamos passado por esse processo de contratação de um laudo mais estruturante para 33 pontes e viadutos. Se o TCM autorizar, vamos fazer nos 185 viadutos e pontes", disse Covas.

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Na manhã desta segunda-feira (19), houve a primeira reunião presencial do Comitê de Crise no gabinete do prefeito para tratar dos próximos passos em relação ao viaduto que cedeu na zona oeste.

Por quase três horas, o prefeito Bruno Covas se reuniu com os secretários de Infraestrutura e Obras, Vitor Aly, e de Mobilidade e Transportes, João Octaviano Neto.

Segundo Covas, além do escoramento total da estrutura, os engenheiros fizeram uma "janela" para dar acesso a parte interna do viaduto e avaliá-lo melhor.

De acordo com Aly, será feita uma estrutura para, então, construir um pilar provisório para aliviar a tensão do danificado.

O novo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse em entrevista à Rádio Eldorado na manhã desta sexta-feira, 27, que vai desativar ciclovias que não têm uso e admitiu que o serviço de zeladoria na capital paulista "não está a contento". Covas afirmou ter encomendado um estudo ao secretário municipal dos Transportes, João Octaviano, para mapear o uso das ciclovias na cidade.

"Há a necessidade de transformação de algumas ciclofaixas em ciclovias, de implantar outras para fazer interligação no sistema e de desativar algumas que não têm nenhum uso", disse o prefeito. O levantamento foi iniciado pelo ex-secretário da pasta, Sérgio Avelleda, hoje chefe de gabinete da Prefeitura, e será concluído em meados de junho.

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"Vamos discutir com a população onde vamos implantar novas ciclovias para dar racionalidade ao sistema, ligando algumas que não têm ligação hoje. Vamos poder desativar algumas que só incomodam a população", afirmou o tucano.

Dez dias atrás, Covas disse que as ciclovias foram lançadas de forma aleatória na cidade como "orégano em pizza". A declaração foi dada em entrevista à Rádio CBN. Em resposta, ciclistas e pedestres divulgaram uma carta aberta ao prefeito, destacando diretrizes nacionais e municipais sobre o papel da rede cicloviária no desenvolvimento urbano.

Em relação à zeladoria urbana, uma das principais bandeiras da gestão do ex-prefeito João Doria (PSDB), Covas admitiu que o serviço "não está a contento". Ao assumir o cargo, Covas teve a primeira agenda pública, no dia 7 de abril, com uma atividade de zeladoria em Cidade Tiradentes, no extremo leste da capital.

"(A zeladoria) está melhor do que estava quando a gente assumiu, mas não está a contento. Ainda temos problemas de mato alto e buraco na rua", destacou. "Ainda não está a contento, mas estamos no caminho certo".

No primeiro ano da gestão Doria, entre janeiro e agosto de 2017, oito de nove serviços de zeladoria - como reparos de calçadas, varrição de rua e limpeza de pichações - feitos pela Prefeitura de São Paulo tiveram queda na comparação com o mesmo período em 2016. O pior desempenho foi na extensão de guias e sarjetas, com queda de 55,8% - foram 63,2 mil metros de ampliação no ano passado, ante 143,1 mil em 2016.

Ônibus

Covas defendeu ainda o edital para concessão das linhas de ônibus publicado pela Prefeitura na terça-feira, 24, que cortará 146 linhas de ônibus da capital. A nova organização do sistema retira a ligação direta dos 13 principais terminais de ônibus da capital paulista com 41 distritos.

"Esse novo edital prevê a racionalização com um novo desenho de várias linhas da cidade, criando linhas que são bairro-bairro e vão poder circular com mais agilidade. Vamos precisar de menos ônibus. Temos várias linhas que se sobrepõem e passam pela mesmas ruas", disse o prefeito.

Segundo o prefeito, as alterações serão feitas somente após a assinatura do edital - prevista para o segundo semestre de 2019 - e todas as mudanças serão comunicadas à população. A previsão da Prefeitura é de ampliar ainda em 9% a quantidade de ruas pelas quais os ônibus passam.

"Vamos tornar o ônibus mais ágil e fazer com que o trabalhador leve menos tempo do trabalho para casa", afirmou ele. Para Covas, a grande novidade vai ser a avaliação do usuário de ônibus, que poderá opinar sobre a qualidade das linhas. E essa opinião poderá até mesmo influenciar no valor do subsídio repassado às empresas. "Se o serviço não for prestado a contento, temos como diminuir o repasse", declarou.

Muro da USP

Em relação aos três casos de vandalismo em menos de uma semana ocorridos no muro da raia olímpica da Universidade de São Paulo (USP), o prefeito lamentou os atos, destacou que não há recursos públicos do município na obra e minimizou problemas com o material dos painéis. O muro foi parcialmente inaugurado há menos de um mês.

"Vamos ter a proibição de qualquer prédio ter vidro porque a gente não pode conviver com vidro? Não é problema em relação ao material. Vamos aumentar a vigilância", disse o prefeito.

De acordo com o prefeito, viaturas da Guarda Civil Metropolitana (GCM) fazem o monitoramento no local. "Tivemos 18 câmeras instaladas que ainda não foram integradas, mas serão em breve, ao sistema de monitoramento (da Prefeitura)", afirmou.

Doria

Questionado sobre a relação com Doria, Covas disse já ter procurado o ex-prefeito para conversar e pedir conselhos sobre questões da gestão municipal. Para ele, Doria "tomou a decisão certa" ao renunciar ao cargo de prefeito. Covas afirmou ainda que "a população vai julgar esta atitude dele nas eleições de outubro".

A primeira viagem de Bruno Covas acontecerá em maio. O prefeito vai para Nova York, nos Estados Unidos. Durante dois dias, ele terá reuniões com investidores internacionais para apresentar o plano de desestatização da Prefeitura, a principal bandeira da gestão Doria-Covas.

"Vamos continuar nessa linha de buscar investimentos internacionais. Não apenas empresas privadas, mas internacionais também podem participar (do plano de desestatização)", finalizou o prefeito.

O PSDB foi fundado em 1988 por dissidentes do PMDB e contou com a filiação de políticos como Mário Covas, José Serra, Franco Montoro, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso. Naquele momento o país passava pelo processo de redemocratização iniciado em 1985 com a vitória no colégio eleitoral de Tancredo Neves, e posteriormente com sua morte antes de assumir o mandato do vice José Sarney.

Um dos grandes problemas do país era a estagnação econômica e a hiperinflação. Com um cenário nebuloso para o Brasil, o PSDB lançou em 1989 Mário Covas, que ficou de fora da polarização entre Lula, candidato do PT, e Fernando Collor, candidato do PRN, este último sendo o vitorioso ao lado do vice Itamar Franco.

Com o processo de impeachment de Collor, o PSDB ofereceu um dos seus quadros, o então senador por São Paulo Fernando Henrique Cardoso para ocupar o ministério da Fazenda. Num plano conduzido pelo economista Edmar Bacha, o Brasil conseguiu vencer a hiperinflação e FHC, na condição de ministro da Fazenda, se tornou candidato natural à presidência da República e venceu a disputa em 1994.

A história se repete 23 anos depois com a eminente queda de Dilma Rousseff por infringir a Lei cometendo crime de responsabilidade através das pedaladas fiscais. O vice-presidente Michel Temer a cada dia que se passa fica mais próximo de repetir a história escrita por Itamar Franco, que assumiu o país em frangalhos e conseguiu, com o apoio do PSDB, recuperar a economia e colocar o país num ciclo virtuoso que durou mais de vinte anos.

No governo Temer, caso venha a se consumar a saída de Dilma, é de fundamental importância a participação do PSDB, haja vista que o partido possui quadros extraordinários como os senadores Aécio Neves e José Serra, os deputados Bruno Araújo e Antonio Imbassahy e muitos outros quadros técnicos que podem servir ao país como ministros de um governo de reconstrução nacional, assim como foi o governo de Itamar.

Alguns filiados ao PSDB defendem um distanciamento político do governo Temer no pós-Dilma com o único objetivo do partido ser o favorito a chegar ao Planalto em 2018. Mas até lá são quase três anos e o país precisa de uma vez por todas quebrar esse ciclo negativo que foi imposto ao Brasil pelo governo Dilma. E naturalmente o caminho mais óbvio para o PSDB é, assim como em 1992, pensar nas próximas gerações e não nas próximas eleições, sob pena de pagar um alto preço caso dê as costas ao momento delicado que o país vive, assim como fez o PT na redemocratização, no governo Itamar, no Plano Real e na Lei de Responsabilidade Fiscal, que em momentos importantes da história brasileira, o PT pensou no seu próprio umbigo e ficou contra todos esses episódios que contribuíram significativamente para o Brasil sair do caos que se encontrava.

Transporte - O prefeito de Bodocó Danilo Rodrigues (PSB) substituiu 125 veículos estilo pau de arara por 30 ônibus escolares, reduzindo pela metade o custo com o transporte escolar. A frota, que é terceirizada, possui a menor idade média de Pernambuco e todos os veículos são equipados com GPS.

Agenda 40 - O deputado estadual e presidente da executiva do PSB em Goiana, Aluisio Lessa está a frente da organização da Agenda 40 que irá acontecer hoje no município às 19 horas na Casa Paroquial. Este é um momento que a executiva irá irá escutar integrantes socialistas e lideranças locais para colher sugestões e definir a sua atuação para o ano de 2016.

Conferência - A prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, em parceria com a ABLOGPE, realiza a primeira Conferência de Comunicação Social do Município hoje a partir das 8 horas da manhã na Faculdade Guararapes em Piedade. O evento, que contará com palestras e debates, também elegerá o Conselho Municipal de Comunicação que contará com representantes de veículos, da prefeitura e de membros da sociedade sociedade civil organizada.

Urnas - O TSE informou ontem que o corte de gastos feito pelo governo federal diminuiu de tamanho, o que vai garantir a realização da votação com urnas eletrônicas nas eleições de 2016. A diferença no corte de gastos na Justiça Eleitoral de agora e o anterior é de R$ 267 milhões. No último dia 30, uma portaria dos tribunais superiores informava que o corte de gastos feito para equilibrar o Orçamento do governo no próximo ano ameaçava a votação eletrônica. Se isso acontecesse, a votação seria novamente em cédulas de papel. A aquisição das urnas custa cerca de R$ 200 milhões.

RÁPIDAS 

Contas - A Comissão de Finanças e Tributação da Alepe aprovou, por unanimidade, na última quarta-feira as contas de 2013 do governo Eduardo Campos. A decisão, que teve como base um relatório do Tribunal de Contas do Estado, foi publicada ontem no Diário Oficial e deverá ir ao plenário da Casa Joaquim Nabuco na próxima semana para serem apreciadas pelos deputados.

Recursos - O prefeito de Camaragibe Jorge Alexandre (PSDB) foi recebido anteontem em Brasília pelo ministro das Cidades Gilberto Kassab (PSD). Na pauta, a liberação de recursos do Ministério para Camaragibe, com investimentos que margeiam R$10 milhões para a pavimentação de ruas do município.

Inocente quer saber - O cerco está se fechando para a presidente Dilma Rousseff? 

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) instalou nesta terça-feira a CPI dos Pedágios e elegeu o deputado Bruno Covas (PSDB) como presidente do colegiado. O parlamentar é neto do ex-governador Mario Covas, a quem a oposição atribui a privatização das rodovias paulistas.

Foi a primeira comissão proposta pela bancada de oposição ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) desde que ele tomou posse, em 2011. A CPI dos Pedágios foi articulada pelo PT e vai investigar eventuais irregularidades na cobrança de tarifas nas estradas estaduais. A reunião na qual se instaurou a CPI na Casa serviu também para eleger o deputado Antonio Mentor (PT) como vice presidente do colegiado e David Zaia (PPS) para ser o relator.

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A oposição protestava pela presidência para evitar que integrantes da base aliada de Alckmin, ao assumir o cargo, blindassem o governo de eventuais investigações e, consequentemente, esvaziassem a comissão. Único representante da oposição no comando da CPI, Mentor afirmou que vai tentar evitar que a comissão naufrague. "É uma tradição da Casa. Mas vamos fazer a disputa no plenário para fazer as nossas convocações", disse o petista, quem propôs a CPI em 2011.

A CPI dos Pedágios foi subscrita por parlamentares da base do governador. Além dos 24 deputados da bancada do PT na Assembleia, da deputada Lecy Brandão (PCdoB) e do então deputado Pedro Bigardi (PCdoB), assinaram o pedido Afonso Lobato (PV), Rafael Silva (PDT), Rogério Nogueira (DEM), José Bittencourt (PSD), Olímpio Gomes (PDT) e Carlos Giannazi (PSOL). A tendência no histórico das CPIs instaladas na Assembleia é de que o próprio proponente assuma a presidência da comissão.

Citados largamente no escândalo das emendas secretas, o deputado Roque Barbiere (PTB) e o deputado licenciado e secretário de Meio Ambiente Bruno Covas (PSDB) conseguiram liberar em 2010, respectivamente, R$ 3 milhões e R$ 2,1 milhões. Barbiere é o 22.º no ranking de 97 deputados, enquanto Bruno ocupa apenas o 71.º lugar.

Barbiere, que afirmou em uma entrevista a um canal de internet que "até 30%" dos deputados "sobreviviam e enriqueciam" vendendo emendas, intermediou a assinatura de 29 convênios. O maior deles, no valor de R$ 330 mil, foi feito com o objetivo de reformar e ampliar a Santa Casa de Misericórdia São Francisco, na cidade de Buritama.

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A maior parte das indicações do deputado denunciante se destina a aquisição de veículos ou equipamentos para prefeituras ou entidades beneficentes do interior. Dezoito emendas tem valor inferior ou igual a R$ 50 mil. Na lista divulgada pelo governo não consta nenhuma emenda de Barbiere para Birigui, cidade onde tem sua base eleitoral. O maior inimigo do deputado é o atual prefeito, Wilson Borini (PMDB).

É de Barbiere a autoria da emenda de menor valor entre todas as pagas em 2010: R$ 8 mil para a compra de um aparador de grama para a cidade de Guzolândia. Por um erro na divulgação da planilha, não é possível identificar o beneficiário da indicação.

Bruno Covas, que em uma entrevista ao Grupo Estado contou que um prefeito certa vez tentou lhe dar R$ 5 mil em dinheiro por uma emenda de R$ 50 mil, conseguiu a liberação de 20 emendas. Assim como Barbiere, destinou a de maior valor - R$ 500 mil - a uma Santa Casa, a de Santos, sua cidade natal, para aquisição de equipamentos. Depois dessa, as de maior valor são cinco de R$ 150 mil, das quais três são para pavimento asfáltico.

Onze das emendas têm valor inferior a R$ 50 mil, três são desta exata quantia. Uma para aquisição de equipamentos para uma entidade assistencial, outra para a reforma do velório da cidade de Embaúba e a terceira destinada a reformar e ampliar o cemitério de Nova Castilho.

Em diversos registros feitos em seu site pessoal, Bruno disse ter participado, em 2010, das assinaturas de convênios oriundos de emendas de sua autoria que, somados, chegam a mais do que o dobro do total informado pelo governo do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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