Tópicos | pedágios

A promessa de tarifas de pedágio de 40% a 50% mais baratas do que as pagas até novembro do ano passado no Paraná foi abandonada pelo governador e candidato à reeleição, Ratinho Junior (PSD). No plano de governo registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consta que o foco de seu eventual segundo governo seria "o equilíbrio entre tarifa justa e obras necessárias". As novas concessões rodoviárias devem ter início em 2023 no Estado. No momento, as cancelas das praças de pedágio estão abertas e sem cobrança.

"O anúncio das tarifas com estes porcentuais foi feito em agosto de 2021, com a estimativa dos estudos da época. Desde então, os estudos passaram por atualizações na ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres)", afirmou a campanha, em nota.

##RECOMENDA##

Mesmo assim, Ratinho Jr., que lidera as pesquisas de intenção de voto para o governo, disse que a "expectativa é de diminuição dos valores em relação aos preços que eram praticados, com a garantia da realização de um grande pacote de obras". Segundo o plano de governo, o projeto de concessão prevê investimento de R$ 42 bilhões em 3,3 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais. Pela nova proposta, haverá aumento de tarifa em 15 praças de pedágio.

Nove meses após o fim das antigas concessões, que duraram 25 anos, os leilões para a exploração das rodovias ainda não têm data definida para ocorrer. Os contratos vencidos foram alvo de investigações do Ministério Público por suspeitas de corrupção. Até agora, a documentação para os editais dos dois primeiros dos seis lotes estão em avaliação pela ANTT e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A expectativa dos órgãos é a de que os contratos desses lotes sejam assinados no primeiro trimestre do ano que vem.

A não prorrogação dos contratos foi uma opção do governador, que ainda poderia ter criado pedágio com tarifa de manutenção até as novas concessões, proposta defendida pelo principal adversário na corrida ao Palácio Iguaçu, Roberto Requião (PT). A decisão de Ratinho Jr. foi pela abertura das cancelas até que fosses realizados os leilões dos novos lotes pelo Ministério da Infraestrutura, por 30 anos.

Com o fim da atuação das concessionárias, a manutenção das rodovias federais está com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Já as rodovias estaduais estão sob a administração do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR). Desde agosto de 2021, os preços das tarifas que vão a leilão do primeiro lote aumentaram em 29,7% pela ANTT, o que ocorreu em maio deste ano. Em julho, houve correção dos valores do segundo lote, que tiveram acréscimo de 23,3% nas tarifas. As correções podem deixar as tarifas ainda mais caras do que eram pagas.

Na praça de pedágio da BR-277 em Balsa Nova, na região de Curitiba, por exemplo, antes do fim da concessão a tarifa para carros era de R$ 9,60. O preço divulgado pelo governo para ir a leilão foi de R$ 8,01. Porém, com a atualização, subiu para R$ 10,33. Esse não é o valor final, pois ainda terá o desconto oferecido em leilão.

PROPOSTAS

Apesar de publicamente Requião defender uma tarifa de manutenção, a proposta não é citada no plano de governo. O candidato do PDT, Ricardo Gomyde, fala em promover "preço de tarifa justo e que possa ser arcado pela população e o setor produtivo". Professora Angela (PSOL) e Vivi Motta (PCB) prometem o fim do pedágio.

Joni Correia (DC) defende a criação de um "serviço social autônomo" para administrar a manutenção das rodovias por meio de concessões. Na mesma linha, Professor Ivan (PSTU) quer tirar a administração das estradas dos "grandes empresários" e garantir um plano de obras públicas para manutenção e melhorias das rodovias. Solange Bueno (PMN) diz que a prioridade número um é "abrir a caixa preta do pedágio" e ter preços honestos. Já Adriano Teixeira (PCO) não trata dos pedágios no plano de governo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (6), por 276 votos a 90, o Projeto de Lei (PL) 886/21 que autoriza a implantação de sistema eletrônico de livre passagem em pedágios, com identificação automática dos usuários, conhecido como free-flow. A proposta, que já havia sido aprovada pelo Senado em março, vai agora à sanção presidencial.

O sistema free-flow funciona por meio de equipamentos de identificação e classificação veicular capazes de verificar, nos locais onde estejam instalados, quais são os veículos que por ali passam e quais as características. Com isso, não é necessário que o motorista tenha que parar na praça de pedágio para efetuar o pagamento da tarifa.

##RECOMENDA##

De acordo com o projeto a adoção desse sistema vai possibilitar o pagamentos de tarifas que “guardem maior proporcionalidade com o trecho da via efetivamente utilizado". Pela proposta, caberá ao Poder executivo regulamentar esse tipo de sistema.

“O Contran [Conselho Nacional de Trânsito] estabelecerá os meios técnicos, de uso obrigatório, para garantir a identificação dos veículos que transitarem por rodovias e vias urbanas com cobrança de uso pelo sistema de livre passagem”, diz o projeto.

O novo sistema valerá para os novos contratos de concessão de rodovias. Para os contratos de concessão em curso nos quais não seja possível implementar o sistema de livre passagem, a regulamentação deverá prever a possibilidade de celebração de termo aditivo para viabilizar a concessão de benefícios tarifários a usuários frequentes.

O projeto modifica ainda a Lei 10.233/01, que dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, para prever que o sistema de cobrança do pedágio seja proporcional ao trecho da via efetivamente utilizado.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a dizer que pediu ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para analisar a isenção de pedágio para motociclistas em novos contratos de concessão de rodovias. A fala foi uma resposta a um apoiador com quem conversou na manhã desta terça-feira (8), na saída do Palácio da Alvorada.

"Nós somos 7,5 milhões de motoboys, menos de 1,5 milhão contribui porque ninguém sabe para onde vai nosso recurso", argumentou o apoiador. "O que eu orientei o Tarcísio (de Freitas, ministro da Infraestrutura), nas novas concessões, vê se é possível moto não pagar pedágio", respondeu Bolsonaro.

##RECOMENDA##

O fim do pedágio para motociclistas já havia sido mencionado pelo mandatário antes. Em julho, logo após ter anunciado testar negativo para o novo coronavírus, o presidente quebrou o isolamento de 15 dias e fez um passeio de moto pela capital federal. Na ocasião, prometeu a um grupo de apoiadores que contratos futuros de concessões de rodovias não irão cobrar pedágio de motociclistas.

Ele disse ter dado essa diretriz ao ministro da Infraestrutura. "Já falei com o Tarcísio para em novos contratos isentarem motociclistas", afirmou no dia 25 de julho.

Como o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou, contudo, para bancar essa isenção para os motociclistas o pedágio subiria em média 5% para outros motoristas, de acordo com cálculos da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).

Nesta terça-feira, o apoiador que questionou Bolsonaro sobre a situação dos motociclistas ressaltou ainda que "muitos querem contribuir" e que "a solução do Renda Brasil está lá", em referência ao novo programa de transferência de renda que deve substituir o Bolsa Família. "Renda Brasil? Sabe quanto custa?", indagou o presidente, sem fazer mais comentários sobre o tema.

O Programa Renda Brasil, que ainda está sendo desenhado pelo governo, enfrenta desafios de fonte de financiamento.

O anúncio do benefício foi suspenso por Bolsonaro após discordar das alternativas apresentadas pela equipe econômica para bancar a proposta, entre elas o fim do programa de abono salarial.

O programa é dos fatores que tem pesado para o desgaste do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo. O primeiro escalão diverge sobre gastos públicos na retomada econômica.

O presidente Jair Bolsonaro negou nesta terça-feira (21) que serão criadas, na Rodovia Nova Dutra, praças de pedágio adicionais em Guarulhos (SP) e na região de Barra Mansa (RJ). A declaração contradiz frontalmente informações apresentadas na semana passada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em audiências públicas sobre o projeto de concessão da BR-116/101/RJ/SP do Sistema Rodoviário Rio de Janeiro-São Paulo, trecho que engloba a Nova Dutra.

"Por ocasião da renovação da concessão da Rodovia, que vence em 2021, nosso Governo proporá não só a diminuição do valor do pedágio, bem como não permitirá a construção de novas praças para sua cobrança", acrescentou o presidente em sua conta no Twitter.

##RECOMENDA##

A atual concessão da BR-116/RJ/SP, administrada pela Concessionária Rodovia Presidente Dutra S/A - controlada pelo Grupo CCR -, se encerra no dia 28 de fevereiro de 2021. É a maior concessão rodoviária do País em termos de volume médio diário de tráfego, na casa dos 42 mil veículos.

Na última sexta-feira (17), durante uma sessão pública em São Paulo que seria a terceira e última da ANTT para tratar do novo leilão, o gerente de Regulação e Outorgas de Rodovias da agência, Marcelo Fonseca, apontou que dois novos encontros ocorrerão em São Paulo, contemplando a área do Vale do Paraíba, e um terceiro será na região BR-101, no Rio de Janeiro. Os locais e datas ainda não foram definidos, mas respeitarão o cronograma atual do projeto.

A Polícia Civil realizou perícia, na manhã desta segunda-feira, 28, na Linha Amarela, para avaliar os danos provocados pela ação de agentes da prefeitura que, durante a madrugada, destruíram a praça de pedágio da via expressa. A perícia foi feita a pedido do Ministério Público do Estado.

"A medida é necessária para instruir procedimento investigatório instaurado para apurar eventual conduta delituosa por parte do poder executivo municipal", informou o MPRJ em nota. A Justiça concedeu na manhã desta segunda-feira, 28, uma liminar suspendendo a decisão da prefeitura do Rio de cancelar unilateralmente o contrato de concessão coma Linha Amarela S/A (Lamsa). Com a decisão, a concessionária volta a ter o direito de cobrar pedágio nos dois sentidos.

##RECOMENDA##

De acordo com a decisão, caso a destruição já tenha sido integralmente consumada, será cobrada uma multa de R$ 100 mil por dia que a Lamsa ficar impedida de atuar. A Lamsa informou em nota que a cobrança do pedágio ficará suspensa "até o restabelecimento das condições mínimas de operação e de segurança da concessionária". A prefeitura informou que vai recorrer da decisão.

Por ordem do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), trabalhadores a serviço da prefeitura destruíram, na noite deste domingo (27) as cancelas de cobrança de pedágio na Linha Amarela, via expressa entre as zonas norte e oeste da capital fluminense operada pela concessionária privada Lamsa.

A medida é parte do rompimento unilateral do contrato de concessão, segundo ato publicado na última sexta-feira (25) no Diário Oficial do Município. Na operação da prefeitura foram também descaracterizadas as cabines de cobrança, com desligamento de energia pela RioLuz, e sensores e câmeras foram inutilizados.

##RECOMENDA##

Crivella afirma que a concessionária Lamsa já teria recebido muito mais dinheiro do devido por operar a concessão. Por isso, diz que não poderia mais cobrar pedágio. A empresa rebate. Argumenta que muitos veículos que transitam pela via não passam pela cobrança, porque usam apenas parte da Linha Amarela.

A concessionária também afirma ter custos, como o de ambulâncias que mantém para socorro a vítimas de acidentes. A Linha Amarela foi concedida durante o primeiro governo Cesar Maia (1993-1996). A iniciativa privada ganhou o direito de construir e operar a via, mediante a cobrança do pedágio. Agora,o município quer retomá-la.

"A administração da Linha Expressa passa para a Secretária Municipal de Transportes", informou a prefeitura por escrito.

Liminar

Na manhã desta segunda-feira, 28, a Lamsa anunciou ter obtido liminar contra a iniciativa da prefeitura, mas ainda não pode retomar a cobrança, porque os postos foram destruídos. Os veículos passam livremente.

A empresa também se manifestou por nota. "Num ato de abuso extremo de autoridade, sem precedentes na história e sem amparo jurídico, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, determinou a destruição da praça de pedágio da concessionária Lamsa, no final da noite deste domingo. Um ato que colocou em risco a segurança dos colaboradores e usuários da via expressa", afirmou.

"A concessionária, uma empresa do grupo Invepar, condena veementemente a decisão ilegal e abusiva do poder municipal, que só causará transtornos à sociedade carioca. A Lamsa tomará, junto à Justiça, todas as medidas cabíveis em defesa de seus direitos e de seus funcionários."

Multa

A liminar também determina que o município interrompa imediatamente a destruição da praça do pedágio da Linha Amarela, iniciada na noite de domingo. De acordo com a decisão, caso a destruição já tenha sido integralmente consumada, será cobrada uma multa de R$ 100 mil por dia que a Lamsa ficará impedida de atuar.

Em nota, a Lamsa informou que a cobrança do pedágio ficará suspensa "até o restabelecimento das condições mínimas de operação e de segurança da concessionária".

A partir da madrugada desta segunda-feira, 3, os preços dos pedágios praticados na Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio, serão reajustados para todos os tipos de veículos.

A concessionária da via, a CCR Nova Dutra, diz que o reajuste anual ocorre com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

##RECOMENDA##

Ao todo, são seis praças de pedágio em cada sentido da rodovia. Para viajar de carro entre as capitais, o custo total passou de R$ 56,5 para 59,7.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o aumento de R$ 4,10 para R$ 4,30 em tarifa de pedágio cobrada pela Concessionária Ecoponte na travessia da Ponte Rio-Niterói.

O reajuste vale para a categoria 1 de veículos e entrará em vigor nesta terça-feira, dia 5 de junho. A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (4).

##RECOMENDA##

O diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Paraná, Nelson Leal Júnior, adquiriu um apartamento de R$ 2,5 milhões em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Deste montante, o dirigente pagou cerca de R$ 500 mil em espécie "ou com recursos cuja origem não foi identificada". Nelson Leal Júnior foi preso na Operação Integração, 48.ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta quinta-feira, 22.

A investigação apontou "evidências" de que Nelson também "teve as despesas do aluguel de um iate de luxo custeadas por um empresário que prestava serviços de engenharia às concessionárias de pedágio".

##RECOMENDA##

A Integração investiga o pagamento de propina da concessionária Econorte, do grupo Triunfo, a agentes públicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do DER, do Paraná, e da Casa Civil do Governo do Estado. A empresa teria usado os operadores financeiros Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran para fazer os repasses.

O juiz federal Sérgio Moro mandou prender também o agente do DER, do Paraná, Oscar Alberto da Silva Gayer, o atual diretor-presidente da Econorte, Helio Ogama, o dirigente da empresa Rio Tibagi, Leonardo Guerra, o diretor financeiro da Triunfo Participações, Sandro Antônio de Lima, e do empresário Wellington de Melo Volpato. Todos foram capturados pela Polícia Federal.

Segundo o Ministério Público Federal, Nelson Leal Júnior adquiriu o apartamento 5 de dezembro de 2013 da Incorporadora Cechinel por R$ 2,58 milhões. Os investigadores apontam que em 23 de fevereiro de 2015, o diretor do DER-PR "cedeu seus direitos sobre o imóvel para a empresa Junqueira Leal Arquitetura Ltda, representada na ocasião pelo próprio Nelson Leal Júnior".

O apartamento, afirma a Procuradoria da República, não foi declarado no imposto de renda do diretor do DER-PR entre 2013 a 2015 e nem no de sua mulher. Segundo o 1º Registro de Imóveis de Balneário Camboriú, o apartamento continua registrado em nome da Incorporadora Cechinel.

Em relatório, o Ministério Público Federal apontou que do valor total do apartamento, R$ 200 mil foram pagos por depósito bancário em 17 de dezembro de 2013, em transferência que partiu da conta de Nelson Leal Júnior. Em 30 de janeiro do ano seguinte, foram pagos R$ 1,3 milhão por duas transações bancárias de R$ 650 mil. Um dos depósitos partiu da conta de Nelson Leal Júnior e outro da conta de sua mulher.

Do valor restante, R$ 80 mil foi quitado em 27 de janeiro de 2015 por boleto bancário. O pagamento foi feito por cheque da empresa Junqueira Leal Arquitetura.

Um saldo de R$ 1 milhão, segundo a investigação, "está sendo pago em parcelas mensais de R$ 14.285,71, corrigidas, a partir de 10 de janeiro de 2015". A Incorporadora Cechinel informou ao Ministério Público Federal que até 5 de agosto de 2016 foram pagos R$ 564.089,86.

"Mais de duas dezenas dos boletos foram pagos em espécie presencialmente por Nelson Leal Júnior diretamente no setor financeiro da Construtora, em Balneário Camboriú", relatou o juiz Sérgio Moro na decisão. "Chama a atenção que o investigado Nelson Leal Júnior preferia deslocar-se com quantidades vultosas em espécie até Balneário Camboríu/SC, endereço da Incorporadora Cequinel, para efetuar dezenas de pagamentos em espécie de parcelas do imóvel ao invés de realizar depósitos bancários a partir de Curitiba."

O Ministério Público Federal apontou que o diretor do DER-PR pagou R$ 36.358,38 de taxas de condomínio do apartamento para a empresa Fênix Condomínios. As informações foram prestadas pela própria empresa.

"As taxas foram pagas em boletos, não tendo sido possível identificar a origem dos recursos", narrou Moro.

Outro lado

Nota divulgada pela Secretaria de Estado da Comunicação Social do Paraná destacou que o governador Beto Richa determinou nesta quinta-feira a "pronta instauração de processo de investigação" para o esclarecimento de eventuais irregularidades apontadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal na Operação Integração. A investigação será conduzida pela Controladoria Geral do Estado.

"Tanto os contratos quanto os aditivos relacionados ao chamado Anel de Integração foram conduzidos pelo Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER), que é o poder concedente. E todos terminaram submetidos ao crivo da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná - Agepar, que homologou seus termos. Os contratos originais do Anel de Integração foram assinados em 1997", salientou o governo do Paraná na nota.

Em nota, enviada de Madri, Rodrigo Tacla Duran listou os seguintes pontos em sua defesa:

"1. No dia dia 25 de abril de 2017, após dez pedidos de prorrogação de uma investigação iniciada em 14 de julho de 2015, a Receita Federal encerrou o procedimento de fiscalização contra meu escritório de advocacia sem lavrar auto de infração. Ou seja: toda minha movimentação financeira foi corretamente declarada e os respectivos impostos recolhidos.

2. Conforme certidão emitida pela Receita Federal no dia 20 de fevereiro de 2018, anteontem, o escritório Tacla Duran Sociedade de Advogados tem situação fiscal regular.

3. Todos os trabalhos prestados para o Grupo Triunfo foram indevidamente apreendidos em novembro de 2016, durante busca e apreensão ilegal autorizada pelo juiz Sérgio Moro, desrespeitando o sigilo profissional e outras prerrogativas, conforme despacho da presidência da OAB-SP.

4. Sou espanhol, vivo em Madri com minha família, meu endereço é conhecido pelas autoridades espanholas e brasileiras. O juiz Sergio Moro tem meu endereço. A Justiça espanhola negou minha extradição e, no dia 19 de dezembro de 2017, a Receita Federal da Espanha encerrou fiscalização contra mim concluindo que eu não cometi qualquer irregularidade ou delito.

5. Nunca sofri qualquer condenação criminal e tenho colaborado com a Justiça Espanhola e de diversos países. Embora o procurador Douglas Fischer, da Secretaria de Cooperação Internacional do Ministério Público Federal, tenha recomendado o envio para a Espanha de supostas provas contra mim em poder do juiz Sérgio Moro e dos procuradores de Curitiba, conforme determinam acordos e tratados internacionais, até hoje isso não foi feito ao arrepio da lei.

6. Há uma denúncia apresentada por parlamentares junto à Procuradoria Geral da República, requerendo investigação sobre irregularidades ocorridas durante negociações do meu acordo de colaboração com a Força Tarefa do Paraná em março de 2016, o que torna impedidos tanto os procuradores da Lava Jato, quanto o juiz Sergio Moro, de conduzirem processos e investigações contra mim, uma vez que todos têm interesse direto no desfecho de quaisquer causas envolvendo meu nome."

A reportagem fez contato com a concessionária Econorte e está tentando localizar a defesa do diretor do DER-PR, Nelson Leal Júnior, e dos outros citados, deixando espaço aberto para manifestação.

O Ministério da Fazenda autorizou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a realizar a revisão da tarifa básica de pedágio praticada pelas concessionárias Ecosul, Acciona Rodovia do Aço, Autopista Litoral Sul, Transbrasiliana e MGO Rodovias. A decisão consta de portaria no Diário Oficial da União (DOU).

De acordo com o texto, a ANTT deverá baixar ato específico fixando os novos valores, e a forma de sua implementação, paras as rodovias exploradas por essas empresas: BR-116/293/392/RS (Ecosul), BR-393/RJ (Acciona), BR-116/376/PR e BR-101/SC (Autopista Litoral Sul), BR-153/SP (Transbrasiliana) e BR-050/GO/MG (MGO Rodovias).

##RECOMENDA##

A portaria ressalta que, efetuadas as revisões, qualquer outra alteração tarifária prevista para ocorrer em prazo inferior a um ano dependerá de autorização do ministro da Fazenda.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou no Diário Oficial da União (DOU) as medidas técnicas e operacionais para viabilizar a isenção da cobrança de pedágio sobre os eixos suspensos de veículos de transporte de carga que circulam vazios.

Segundo a resolução, a condição de veículo vazio poderá ser verificada a partir de avaliação visual, da documentação fiscal associada à viagem, do Código Identificador da Operação de Transporte (Ciot) e do peso bruto total do veículo. Essa verificação poderá ser realizada em cabines específicas de pedágio, postos de pesagem ou por meio de fiscalização pela ANTT ou pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a rodovia.

##RECOMENDA##

"No prazo de 90 dias, cada concessionária de rodovia regulada pela ANTT deverá apresentar proposta operacional para a verificação da condição de vazio, que poderá prever a aplicação de qualquer das formas estabelecidas", avisa a agência na resolução.

O preço dos pedágios das rodovias estaduais de São Paulo concedidas à iniciativa privada ficará mais caro a partir de quarta-feira, dia 1.º de julho. O reajuste varia entre 4,11% e 8,47%, dependendo da rodovia e do trecho.

O reajuste acompanha variação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) ou do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado dos últimos 12 meses finalizados em junho. A vinculação a cada indicador é definida pelos contratos firmados em cada um dos dois lotes do Programa Estadual de Concessão de Rodovias de São Paulo.

##RECOMENDA##

Terão o maior reajuste, de 8,47% - atrelado ao IPCA acumulado -, os trechos Oeste e Sul do Rooanel Mario Covas e as Rodovias D. Pedro I, Raposo Tavares, Marechal Rondon (Oeste e Leste) e Ayrton Senna/Carvalho Pinto.

Já o reajuste de 4,11% - com relação ao IGP-M - será praticado nas rodovias e trechos ligados a 12 concessionárias: Autoban (Anhanguera-Bandeirantes), Tebe (SP-326, SP-351, SP-323), Vianorte (SP-325, Anel Viário de Ribeirão Preto), Intervias (Laércio Côrte), Centrovias (Washington Luís), Triângulo do Sol (SP-333, SP-310 e SP-326), Autovias (Antônio Machado Sant’Anna), Renovias (SP-215, SP-340), ViaOeste (Castelo Branco), Colinas (SP-075 e SP-127), SPVias (Francisco Alves Negrão) e Ecovias (Anchieta/ Imigrantes).

No Sistema Anchieta/Imigrantes, o mais caro do País, o valor cobrado passa de R$ 22 para R$ 22,90. O reajuste atrelado ao IGP-M nesses 12 lotes refere-se à primeira fase do programa, cujos contratos são antigos.

Decisão

Os reajustes valem para carros de passeio, ônibus e caminhões. A definição das novas tarifas foi publicada no sábado no Diário Oficial do Estado.

No ano passado, o reajuste autorizado havia sido de 5,29%, um pouco abaixo da inflação, e em 2013 o governo não autorizara aumentos. As concessionárias pressionaram o governo a repor a diferença perdida ao menos no ano passado.

De acordo com informações da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), o reajuste médio acumulado desde 2013 é de 11,09%. Sem as medidas tomadas pelo governo desde então, os valores cobrados teriam tido elevação média de 22,91%, defende a Artesp.

A malha concedida às empresas totaliza 6,5 mil quilômetros no Estado. Praticamente todas as rodovias importantes de São Paulo têm pedágios, a maioria nos dois sentidos. São 143 praças de cobrança.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) instalou nesta terça-feira a CPI dos Pedágios e elegeu o deputado Bruno Covas (PSDB) como presidente do colegiado. O parlamentar é neto do ex-governador Mario Covas, a quem a oposição atribui a privatização das rodovias paulistas.

Foi a primeira comissão proposta pela bancada de oposição ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) desde que ele tomou posse, em 2011. A CPI dos Pedágios foi articulada pelo PT e vai investigar eventuais irregularidades na cobrança de tarifas nas estradas estaduais. A reunião na qual se instaurou a CPI na Casa serviu também para eleger o deputado Antonio Mentor (PT) como vice presidente do colegiado e David Zaia (PPS) para ser o relator.

##RECOMENDA##

A oposição protestava pela presidência para evitar que integrantes da base aliada de Alckmin, ao assumir o cargo, blindassem o governo de eventuais investigações e, consequentemente, esvaziassem a comissão. Único representante da oposição no comando da CPI, Mentor afirmou que vai tentar evitar que a comissão naufrague. "É uma tradição da Casa. Mas vamos fazer a disputa no plenário para fazer as nossas convocações", disse o petista, quem propôs a CPI em 2011.

A CPI dos Pedágios foi subscrita por parlamentares da base do governador. Além dos 24 deputados da bancada do PT na Assembleia, da deputada Lecy Brandão (PCdoB) e do então deputado Pedro Bigardi (PCdoB), assinaram o pedido Afonso Lobato (PV), Rafael Silva (PDT), Rogério Nogueira (DEM), José Bittencourt (PSD), Olímpio Gomes (PDT) e Carlos Giannazi (PSOL). A tendência no histórico das CPIs instaladas na Assembleia é de que o próprio proponente assuma a presidência da comissão.

Manifestantes vão tentar ocupar os pedágios paulistas nesta segunda-feira (1º) para exigir a redução nas tarifas e mudanças no modelo de concessão. A convocação feita por meio eletrônico é assinada por nove grupos, entre eles o Movimento Passe Livre (MPL), que se mobilizou pela redução nas tarifas de ônibus. Entre os pontos de concentração divulgados pelos manifestantes estão o bairro de Moreira César, em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba; a SP-75, em Indaiatuba, região de Campinas, e a Praça da Moça, em Diadema, região metropolitana de São Paulo. Desses locais, os grupos se deslocam, a partir das 17h30, para pedágios próximos.

De acordo com nota distribuída pelos movimentos, além da redução nas tarifas, o objetivo é levar o governo estadual a mudar os contratos de concessão de outorga onerosa para o modelo de menor tarifa. Segundo a nota, as rodovias Fernão Dias e Régis Bittencourt foram transferidas à iniciativa privada pelo modelo de menor tarifa, pelo qual o governo federal não recebe repasses das concessionárias e a margem de lucro delas é de 8,5%. Em razão disso, o custo do pedágio nessas rodovias é quatro vezes menor que nas estaduais. O pedágio nas rodovias do Estado representa 24% do custo do frete.

##RECOMENDA##

Sindicatos de transportadores de cargas da região de Sorocaba manifestaram apoio à mobilização, mas até a tarde deste domingo não tinham confirmado participação nos protestos.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando