A briga pela audiência na TV aberta não é novidade. Alcançar o status de "melhor programa do domingo" no ibope, no final da década de 90, tornou-se uma obrigatoriedade para os apresentadores. Quem não se lembra da guerra Globo x SBT? Hoje, sem dúvida alguma, as emissoras estão fazendo de tudo para a audiência ser conquistada com bom conteúdo, além de fidelizar cada vez mais a exigência do telespectador.
Sem Gugu Liberato na área para brigar pelo primeiro lugar, mas com Rodrigo Faro e Eliana no páreo, Faustão está tranquilo quando o assunto é programação. O quadro "Ding Dong", que era apenas uma vitrine para "ressuscitar" as músicas que fizeram sucesso, bem no início, despertou a vontade do público em querer ver uma mistura musical que não limite o sucesso do artista. A simplicidade da competição musical mostra que a diversidade sonora merece ser reverenciada.
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A ideia de misturar o passado com o presente deu super certo. As interpretações de sósias imitando os artistas ampliou, porém aos poucos, a certeza de que o quadro teria uma grande chance de vencer o tédio do domingo. E o tiro foi certeiro. O público, de diferentes idades, pode curtir uma colmeia de ídolos que reviraram a cabeça dos familiares lá atrás, sem contar também que o reinado da música moderna se faz presente - independente da nacionalidade.
Quem um dia imaginaria que o grupo Rouge, produto do SBT no começo dos anos 2000, estaria na Rede Globo de Televisão? E a suavidade da Dionne Warwick? A junção de diversos ritmos é um prato cheio para Fausto Silva. Ele continua falando por cima da opinião dos outros, mas isso não impede de quem está em casa segurar o controle remoto um pouco para ver a surpresa que irá surgir. Zapear os canais é uma função que merece ser esquecida na hora do "Ding Dong". A TV brasileira precisa urgente de provocar a volta da recordação, abrir espaço para o frescor da atualidade e costurar de vez a qualidade dos talentos de ontem com o hoje.