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O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, reafirmou seu sólido apoio a Cuba nesta quinta-feira (3), quando a ilha sofre de problemas de combustível devido a sanções dos Estados Unidos, que ele denunciou como uma tentativa americana de aplicar um "bloqueio energético".

"Cuba sempre poderá contar com o apoio da Rússia", garantiu Medvedev, que chegou na quinta-feira à ilha para uma visita de dois dias.

O segundo homem mais poderoso da Rússia disse que Cuba tem neles "sócios e amigos confiáveis", reafirmando o apoio de Moscou à ilha que viveu com apoio soviético durante quase 30 anos, até o começo da década de 1990.

"Com o presidente Miguel Díaz-Canel reafirmamos o desejo de reforçar nossa cooperação estratégica", acrescentou Medvedev em uma declaração à imprensa, após apresentar uma série de acordos de cooperação científica, aduanas, setor ferroviário e de energia nuclear aplicada à medicina.

Já o presidente Díaz-Canel anunciou que irá a Moscou no fim do mês se encontrar com seu homólogo, Vladimir Putin.

O governante cubano recebeu Medvedev em um encontro no qual "destacaram o excelente estado dos vínculos bilaterais e os laços históricos que unem ambos os povos e governos", disse o chanceler cubano Bruno Rodríguez.

A visita de Medvedev ocorre em um momento crítico para o país, que enfrenta uma escassez significativa de combustível após as sanções de Washington contra navios que transportam petróleo da Venezuela, principal fornecedor de petróleo bruto de Cuba.

"É evidente o desejo (de Washington) de criar uma atmosfera tóxica ao redor da cooperação com a ilha, se assustar investidores e de criar uma forma de bloqueio energético", afirmou Medvedev.

Ele destacou que a "Rússia se opõe categoricamente ao bloqueio".

Os Estados Unidos, que aplicam um embargo contra a ilha desde 1962, acusam Havana de apoiar militarmente o governo venezuelano de Nicolás Maduro.

Nas últimas semanas, foram formadas filas de várias horas em frente aos postos de gasolina, enquanto a frequência de ônibus e trens foi reduzida, o ar condicionado é racionado em empresas estatais e muitos funcionários trabalham de casa.

A crise, "conjuntural" segundo o governo, força Cuba a viver em câmera lenta. Isso afeta o crescimento econômico, enquanto o turismo, uma das principais atividades, já está na metade.

Nessas circunstâncias, a solidariedade da Rússia - cujo ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, visitou Cuba em julho - e seu outro grande aliado, a China, é bem-vinda.

A Rússia parece já ter começado seu "retorno" ao solo cubano, com um aumento no comércio de 34% em 2018, para 388 milhões de dólares, e que deve chegar a 500 milhões de dólares em 2019, disse recentemente o vice-primeiro-ministro russo, Yury Borisov.

Mas "a longo prazo, Cuba deve resolver os desequilíbrios macroeconômicos e avançar com as reformas para reduzir sua vulnerabilidade", alerta o cientista político Carlos Alzugaray sobre um país que viveu três décadas sob a asa do irmão mais velho soviético antes substitua essa dependência econômica por outra: a Venezuela.

Em visita oficial à Rússia, o vice-presidente, Michel Temer, se reuniu nesta quarta-feira (16) com o primeiro-ministro Dmitri Medvedev para discutir a intensificação da cooperação econômica entre os países e ampliação do intercâmbio em áreas como educação e ciência e tecnologia.

Temer, que está acompanhado de uma comitiva de ministros e empresários, disse que, durante as reuniões com autoridades e empresários russos, foram identificados meios de expandir o comércio e investimentos. O vice-presidente reiterou o compromisso de elevar o intercâmbio comercial entre Brasil e Rússia ao patamar de US$ 10 bilhões anuais. Atualmente, o intercâmbio gira em torno de US$ 6 bilhões, segundo ele.

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Ao lado de Medvedev, o vice-presidente fez um balanço da viagem à Rússia, lembrando temas tratados em reuniões como o programa Ciência sem Fronteiras. “Tive a satisfação de receber apoio na Rússia, que abre um campo para mil bolsistas que queiram vir para o país.”

Temer informou que, na área energética, o ministro da Minas e Energia, Eduardo Braga, convidou empresários russos a investirem na exploração do pré-sal e também em linhas de transmissão.

Entre os acordos firmados hoje entre os dois países, Michel Temer destacou o que prevê a utilização de um sistema russo de navegação por satélite e a cooperação firmada com a Agência Espacial Brasileira para detecção de detritos espaciais.

Dmitri Medvedev falou sobre a importância de fortalecer a cooperação político-econômica entre os dois países e lembrou a relação de colaboração que existe entre Brasil e Rússia no Brics, grupo de países que também reúne Índia, China e África do Sul.

No início do dia, Temer e Mdevedev participaram da 7ª Reunião da Comissão de Alto Nível de Cooperação Brasil-Rússia. Criada em 1997, a comissão é a mais alta instância de negociação entre os dois países.

Em comunicado conjunto divulgado após a reunião, Temer e Mdevedev ressaltaram as possibilidades de investimento na modernização da infraestrutura brasileira e incentivaram empresas russas e brasileiras a participar de projetos de desenvolvimento nos dois países, inclusive da segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL), recentemente lançado pelo governo brasileiro.

Também acertaram a realização de atividades para prestar informações sobre o ambiente de negócios e oportunidades de investimentos em ambos os países. No comunicado, recomendaram que autoridades dos bancos centrais brasileiro e russo prossigam o diálogo técnico para o estudo da viabilidade da realização de pagamentos em moedas nacionais.

Temer e Mdevedev encerraram a agenda com assinatura de acordos e declarações à imprensa. A viagem oficial do vice-presidente a Moscou foi iniciada segunda-feira (14). Hoje, ele seguiu para Varsóvia, na Polônia. A comitiva de ministros e empresários liderada por Temer quer aprofundar as relações de cooperação e comércio com os dois países.

* Foto: Romerio Cunha/Vice-Presidência


A presidente Dilma Rousseff recebeu o primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, no Palácio do Planalto, na manhã desta quarta-feira (20). No encontro, que durou cerca de uma hora, foram discutidos temas como energia, defesa e cooperação entre os dois países.

A proposta é fortalecer a relação entre os dois países e diminuir a burocracia em acordos de cooperação. De acordo com a Secretaria de Imprensa da Presidência da República, Dilma enfatizou a intenção de acordos nas áreas de energia, gás, petróleo, hidrelétricas, energia nuclear, área especial e defesa, além de convidar as empresas russas para participarem de licitações na área de infraestrutura.

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O político russo está em Brasília para participar também da VI Reunião da Comissão de Alto Nível de Cooperação Brasil-Rússia, no Itamaraty, onde será recebido pelo vice-presidente Michel Temer.

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, afirmou nesta sexta-feira que as duas jovens do grupo punk Pussy Riot, condenadas a dois anos de detenção por uma 'oração' irreverente contra o presidente Vladimir Putin, não deveriam estar na prisão, informaram as agências russas.

"Se eu tivesse sido o juiz, não as teria enviado para a prisão. Simplesmente porque considero que não é justo que estejam privadas da liberdade. Já passaram muito tempo na prisão, agora basta", disse.

Nadezhda Tolokonnikova, 22 anos, e Maria Alyokhina, 24, estão presas em uma colônia penal nas proximidades de Mosocu.

Ao mesmo tempo, Medvedev destacou que a questão não depende dele porque o caso está nas mãos da justiça e dos advogados das duas jovens.

"Elas têm o direito de apelar e penso que os advogados farão isto. E o tribunal tem o direito de examinar esta questão profundamente e tomar uma decisão", afirmou o chefe de Governo russo.

Medvedev repetiu que considera as integrantes do grupo punk Pussy Riot "extremamente desagradáveis". Em setembro, ele disse que o grupo provocava "náuseas", mas que considerava "inútil" mantê-las na prisão.

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