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Maria 'Masha' Alyokhina, uma das integrantes da banda punk Pussy Riot, que passou dois anos presa na Rússia após uma performance crítica, aconselha os artistas brasileiros a não se deixarem abalar pelo conservadorismo do presidente Jair Bolsonaro.

"A prior prisão é a autocensura. Você pode passar alguns anos dentro de um presídio, mas na autocensura você pode permanecer preso a vida inteira", disse a artista russa, de 31 anos, antes de se apresentar em São Paulo na última quinta-feira à noite.

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Vestida toda de preto, com exceção do característico capuz amarelo que usava na cabeça, Alyokhina subiu ao palco durante o festival "Verão Sem Censura", organizado pela prefeitura paulistana com a proposta de exibir espetáculos que foram alvo de censura em 2019, no primeiro ano do governo Bolsonaro.

À frente da performance, a jovem usou o espaço para apresentar a causa que defende, além de mostrar a trajetória da Pussy Riot desde o conhecido protesto contra o presidente Vladimir Putin, em 2012, em uma igreja ortodoxa de Moscou.

"Acreditamos na história que nos contaram, mas, onde está a revolução?", cantou Alyokhina e as outras três integrantes do grupo no show em São Paulo, cujo cartaz era uma ilustração no qual desenhos de lixo e resíduos tóxicos formam o rosto de Bolsonaro.

"Tenho certeza de que o Estado, o governo, não deveria dizer aos artistas o que devem ou não fazer, porque isso não tem a ver com eles. E é por isso que estamos em um festival contra a censura", ressaltou Alyokhina.

A artista lamenta as recentes tentativas de censura contra artistas brasileiros, mas considera que "o mais difícil foi saber do assassinato de Marielle", disse.

A agenda de Alyokhina, que segue viagem pelo país com seu filho adolescente, terá passagens por Recife e pelo Rio de Janeiro, onde lançará a edição brasileira do seu livro "Riot Days" (Título sem tradução para o português). A obra traz reflexões pessoais e apresenta a sua experiência durante o tempo em que esteve na prisão.

"A cultura e a arte representam perigo porque são (voltadas) para as pessoas. Por isso os ditadores têm tanto medo da arte. Mas isso não é motivo para pararmos (de agir) porque temos a responsabilidade de continuar", argumenta a ativista, que se mostra otimista ao notar sinais de maior resistência em seu país.

"Na Rússia está cada vez pior. O que há de positivo é que começamos a nos reunir e a protestar. Somos diferentes, temos visões políticas que às vezes são distintas, mas todos estamos em consenso quanto a liberdade de expressão e de imprensa. Não apenas os cidadãos comuns, mas também os artistas famosos se arriscam à prisão ao protestar. Mas ninguém deixa de fazê-lo", acrescenta.

Ao dividir o palco com a cantora Linn da Quebrada, Alyokhina gritou: "Sei que no inferno serei uma personalidade emérita".

Na última sexta (19), o Abril pro Rock promoveu um momento inédito na história do festival. Em uma noite com atrações exclusivamente femininas, o evento recebeu a apresentação da banda russa Pussy Riot, vindo pela primeira vez ao país. Conhecidas pelo ativismo político, elas receberam Mônica Benício, viúva da ex-vereadora Marielle Franco, e questionaram sobre sua morte no palco.

Vestidas com uma camiseta com a pergunta "Who Killed Marielle Franco" (Quem matou Marielle Franco), as integrantes do Pussy Riot convidaram Mônica Benício para compartilhar uma fala durante seu show. Também com camiseta que perguntava sobre a morte de sua ex-companheira, Mônica disse: "Eles combinaram de nos matar, mas nós combinamos de não morrer". Ela também gritou o nome de Marielle ao que o público respondeu em coro: "Justiça".

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Após o show, Nadya Tolokonnikova, líder das Pussy Riot, falou sobre a presença de Mônica no show delas, no Recife e elogiou sua postura: "Monica é mais que maravilhosa. Como alguém não ia querer ser ativista quando você tem a chance de estar perto de pessoas como ela?".

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Uma irreverente 'oração punk' de 40 segundos contra o presidente Vladimir Putin levou à prisão as integrantes da banda russa Pussy Riot, mas também as lançou à fama mundial.

O grupo formado por Maria Alyokhina, Nadya Tolokonnikova e Yekaterina Samutsevich, que no início, em 2011, se apresentava em qualquer lugar e a qualquer hora, aterrissa agora na América Latina com um show profissional que inclui apresentações no Uruguai, Argentina, Chile e Brasil. No Recife, o show acontece no festival Abril pro Rock, próximo dia 19

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"Sempre quis realizar uma turnê na América Latina, é a primeira vez que recebemos esta oferta e disse sim imediatamente", comenta Tolokonnikova em uma entrevista por telefone à AFP, de Moscou. Neste sábado, a banda se apresentará em Montevidéu.

A artista critica a relação próxima que Putin mantém com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que se apoia no Kremlin, um dos poucos aliados internacionais que lhe restam.

"É ridículo que ofereça apoio a Maduro. Está investindo muito dinheiro russo para apoiar esse regime e não entendemos porque", afirma.

Pussy Riot busca em cada uma de suas viagens uma conexão mais clandestina com ativistas locais. Reúnem-se com eles a portas fechadas e dialogam sobre a situação de cada lugar onde tocam.

Às vezes os convidam a participar de seus shows. "Encorajamos eles a trazerem seus cartazes, a que seja um lugar para que as pessoas mostrem aquilo em que acreditam", diz.

"É muito fácil para mim me conectar com ativistas e mais ainda com ativistas que não são do primeiro mundo", acrescenta.

A dissidente russa considera especialmente "emocionante" visitar a região em um momento em que a América Latina vive uma onda feminista.

- Protesto e fama -

"Virgem Maria, mãe de Deus, tire o Putin do poder!", pediu o grupo feminista em 21 de fevereiro de 2012, quando invadiu o altar da Catedral de Cristo Salvador de Moscou para se manifestar contra o presidente e a Igreja ortodoxa russa.

A performance durou menos de um minuto, mas Maria Alyokhina, Nadya Tolokonnikova e Yekaterina Samutsevich foram presas e condenadas por "vandalismo motivado por ódio religioso". Duas delas cumpriram quase dois anos de prisão.

Tolokonnikova, de 29 anos, foi parar em um campo de trabalho na Sibéria, até que foi anistiada, em 2013. Mas ser uma das pedras no sapato de Putin custa caro, e a artista ainda vive com medo.

"Não me sinto nem um pouco segura. A situação de todos os ativistas políticos não está melhorando. Está muito pior", afirma na entrevista Tolokonnikova, que escolheu ficar em Moscou apesar das ameaças e tentativas de aplacar sua dissidência.

Ao sair e com um apoio internacional renovado, a banda continuou com seus protestos carregados de nus, música, máscaras e intervenções, como sua irrupção na final da Copa do Mundo de 2018 entre França e Croácia, onde conseguiram entrar no campo vestidas de policiais.

As artistas continuam cantando para Putin, que continuará no poder até 2024, mas de vez em quando também dedicam suas letras ao presidente americano, Donald Trump, cujas políticas migratórias criticam.

"Politicamente se tornou cada vez mais difícil. A razão pela qual o Pussy Riot começou foi para protestar contra o anúncio de que Putin ia ser presidente pela terceira vez. Mas Putin mudou a Constituição de um dia para o outro, o que o ajudou a governar por mais tempo", diz.

O festival Abril pro Rock anunciou mais uma atração para sua edição 2019. A banda russa Pussy Riot, conhecida por seus protestos contra o governo Vladmir Putin, além de sua música, vêm ao Recife para tocar no palco do evento. Elas se apresentam na noite extra da festa, 19 de abril.

A Pussy Riot é uma banda formada por meninas feministas que, além de fazer música também são muito engajadas na causa. Elas ficaram conhecidas pelos protestos contra Vladmir Putin, presidente da Rússia; e também chamaram atenção por terem invadido o campo na final da Copa do Mundo de 2018.

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Além das russas, também estão confirmadas para o Abril pro Rock deste ano, os finlandeses do Amorphis; os trashers americanos do Nuclear Assault; o The Mist, comemorando 30 anos do álbum Phantasmagoria; a Eskröta; e a baiana Malefactor.

Serviço

Abril pro Rock

12, 19 e 20 de abril

Baile Perfumado (Rua Carlos Gomes, 390, Prado)

R$ 50

 

Piotr Verzilov, ativista do grupo russo Pussy Riot, foi "muito provavelmente vítima" de um envenenamento com uma substância desconhecida, mas está fora de perigo, afimaramm seus médicos em Berlim, onde está hospitalizado desde domingo.

Os exames médicos feitos em Berlim e em Moscou sugerem "muito provavelmente um caso de envenenamento", indicou Kai-Uwe Eckardt, um médico do Hospital Beneficente de Berlim.

A substância utilizada permanece desconhecida e o hospital se recusou a especular sobre as circunstâncias da intoxicação.

"Não podemos falar nada sobre a maneira como a substância entrou em seu corpo, este não é nosso trabalho", afirmou o diretor do hospital, Karl Max Einhäupl.

"Está fora de perigo", acrescentou Eckardt, embora continue em tratamento intensivo. O paciente está consciente e consegue falar.

O ativista de 30 anos, que também tem nacionalidade canadense, chegou a Berlim em um estado classificado de "grave", a bordo de um avião ambulância na madrugada de domingo. Estava acompanhado por membros de sua família, procedente de um hospital de Moscou.

Seu entorno denunciou uma tentativa de envenenamento por ter invadido o gramado durante a final da Copa do Mundo na Rússia.

A hospitalização de Verzilov acontece no momento em que o caso Skripal provoca um conflito entre os países ocidentais e a Rússia.

O governo britânico acusa duas pessoas, que apresenta como agentes do serviço de inteligência russo, pelo envenenamento em março do ex-espião russo Serguei Skripal e sua filha em Salisbury (Reino Unido). Moscou nega as acusações.

Segundo Eckardt, "os sintomas que sofre podem ter sido provocados por uma incrível diversidade de substâncias", entre elas plantas, ou diversos tipos de drogas.

A possibilidade de conseguir determinar a natureza dessas substâncias "não é muito elevada", admitiu, já que as análises foram realizadas seis dias depois do envenenamento.

O diretor do hospital descartou a possibilidade de uma overdose provocada pelo próprio paciente.

"Este tipo de substância é muito raro em ambientes de droga e não temos indícios de que (Verzilov) tivesse um problema com drogas", completou.

"Se alguém toma drogas em tais quantidades, seria unicamente com tendências suicidas. E não temos nenhum indicação de que este é o caso".

Piotr Verzilov ficou doente em Moscou, pouco depois de comparecer a uma audiência judicial após a recente detenção de dois simpatizantes do Pussy Riot.

Durante alguns dias ficou em coma e perdeu temporariamente a vista e não conseguia falar. Em Moscou foi internado em uma unidade Toxicologia.

Sua mulher, Nadeja Tolokónnikova, da qual está separado, denunciou uma tentativa de assassinato.

"Parto do princípio de que foi vítima de um ato de intimidação, incluindo uma tentativa de assassinato por envenenamento", declarou ao jornal "Bild".

A jovem é uma das figuras mais conhecidas do Pussy Riot, um grupo de punk rock feminista que se tornou um movimento de contestação na Rússia. Vários integrantes já foram condenados pela justiça russa.

O membro do grupo Pussy Riot Piotr Verzilov, que havia sido detido na Rússia após invadir o gramado durante a final da Copa do Mundo da Rússia, chegou à Alemanha, onde foi internado em um hospital de Berlim pela família, que denuncia uma tentativa de assassinato por envenenamento.

Verzilov, de 30 anos, que também tem nacionalidade canadense, chegou a Berlim a bordo de um avião-ambulância no sábado à noite, acompanhado por membros de sua família e proveniente do hospital de Moscou, onde deu entrada na terça-feira em estado grave.

"Era importante para a família que ele fosse internado o mais rápido possível fora da Rússia", indicou ao jornal alemão Bild Jaka Bizilj, responsável pela ONG alemã Cinema for Peace, que organizou a transferência de avião e que apoia há anos o movimento Pussy Riot.

"Essa é a razão pela qual enviamos um avião-ambulância a Moscou e esperamos que em Berlim possam ajudá-lo rapidamente, e possamos saber se foi envenenado na Rússia e como", acrescentou.

Tentativa de assassinato

Segundo a esposa de Piotr Verzilov, de quem vive separado, não há dúvidas sobre o envenenamento.

"Parto do princípio de que foi vítima ou de um ato de intimidação ou, inclusive, de uma tentativa de assassinato" por envenenamento, declarou ao Bild Nadeja Tolokónnikova em sua chegada a Berlim junto com ele.

Tolokónnikova publicou imagens da aterrissagem em sua conta do Facebook.

"Três vivas a todos os que escreveram, ligaram, visitaram, choraram e cantaram. Estamos em Berlim, está tudo bem", escreveu em sua conta a parceira atual de Piotr Verzilov, Veronika Nikulshina.

Junto com Verzilov, esta última faz parte do grupo contestatório e feminista russo, cujos ativistas foram condenados em muitas ocasiões pela Justiça russa.

Piotr Verzilov ficou conhecido ao invadir, junto com outros três ativistas, o campo durante a final da Copa do Mundo da Rússia, em julho, usando uniformes de policiais.

Todos foram condenados por essa ação a 15 dias de prisão.

- Alucinações -

O ministro alemão das Relações Exteriores esteve em contato com os parentes de Verzilov para a sua transferência no avião-ambulância e sua internação em Berlim, organizada de maneira privada.

Verzilov foi hospitalizado primeiro em Moscou ao fim de uma visita judicial. Depois entrou em coma e durante um tempo também perdeu a visão.

Pouco depois, recobrou a consciência, mas continua tendo alucinações e delírios, segundo pessoas próximas.

Verzilov é o fundador do MediaZona, um site que informa sobre os julgamentos de defensores dos direitos humanos.

No Canadá, o primeiro-ministro Justin Trudeau disse nesta semana que estava preocupado pelas informações sobre Piotr Verzilov.

A sua internação e as acusações de seu entorno com relação ao poder russo chegam em meio ao caso Skripal.

O governo britânico acusa dois agentes da Inteligência militar russa (GRU), Ruslan Boshirov e Alexandre Petrov, de terem envenenado o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha na Inglaterra, em março, o que Moscou nega.

Em fevereiro de 2017, o opositor Vladimir Kara-Murza, que coordenava as atividades na Rússia do movimento Open Rusia, entrou em coma após ser intoxicado por uma "substância desconhecida", segundo seu advogado. Os médicos encontraram em seu sangue rastros de uma intoxicação com metais pesados.

A Polícia russa liberou, nesta quarta-feira (1°), quatro membros do grupo de ativistas Pussy Riot, dois dias depois de tê-los detido quando saíam da prisão.

Os quatro acabavam de cumprir uma pena de 15 dias de detenção por invadirem o estádio do final da Copa do Mundo de futebol.

Veronika Nikulshina, Olga Kuracheva, Olga Pakhtusova e Piotr Verzilov foram soltos pela manhã, indicou Verzilov no Twitter.

"Em liberdade após passar 16 dias detidos!", escreveu ele junto com uma foto na qual os quatro aparecem sorridentes, dançando na frente da delegacia, logo após sua soltura.

Os quatro ativistas ficaram presos por 15 dias por invadirem o gramado do estádio durante a final do Mundial de futebol, disputada entre França e Croácia, em 15 de julho, em Moscou.

Eles foram declarados culpados de "violar gravemente as regras de comportamento dos espectadores". Além da pena de detenção, também foram proibidos de assistir a eventos esportivos por três anos.

Nesta segunda, logo após serem soltos, foram novamente detidos pela Polícia, acusados de terem participado de um protesto não autorizado e de terem desobedecido as forças de segurança.

Isso poderia ter-lhes custado até 25 dias na prisão, mas um tribunal de Moscou rejeitou na terça à noite seu comparecimento e devolveu o caso dos quatro ativistas à Polícia, disse um porta-voz dessa corte à agência oficial de notícias TASS.

O grupo terá de se apresentar na sexta-feira à delegacia de Polícia.

A Corte da Cidade de Moscou rejeitou nesta segunda-feira um recurso das ativistas do grupo Pussy Riot que invadiram o gramado do Estádio Luzhniki na final da Copa do Mundo da Rússia, no dia 15 de julho. Elas haviam sido condenadas a 15 dias de prisão, além de serem proibidas a comparecerem a eventos esportivos por três anos.

"Esta corte decide apoiar a decisão. O recurso não será atendido", declarou o juiz da corte, Serguei Missiura, segundo informações da agência russa TASS. De acordo com o magistrado, Veronika Nikulchina, Olga Kuracheva, Olga Pajtussova e Piotr Versilov foram condenados por "terem violado as regras de comportamento dos espectadores".

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Os quatro invadiram o gramado no segundo tempo da final entre França e Croácia. O grupo conseguiu driblar a segurança e invadir o campo para manifestar contra a repressão do Kremlin. Mbappé, estrela da Copa, chegou a fazer uma saudação com uma das integrantes do grupo, antes que elas fossem arrastadas para fora.

As imagens das garotas vestidas com uniformes policiais foram cortadas pela transmissão oficial da Copa, enquanto o assunto desapareceu das agências de notícia em Moscou. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, elas afirmaram que a ação foi uma crítica ao governo russo.

"Tendo em vista que o estado de direito não existe na Rússia e que qualquer policial pode entrar em nossas vidas, a Copa do Mundo mostrou que os policiais sabem se comportar bem", ironizaram as mulheres, em referência ao tratamento que as forças de segurança prestaram aos turistas.

A invasão aconteceu diante do presidente russo, Vladimir Putin, presente nas tribunas do estádio, ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, e a presidente da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarovic.

A banda punk russa Pussy Riot lançou uma nova música nesta terça-feira (17) na qual imagina policiais amigáveis com os manifestantes, depois que quatro de seus integrantes foram presos por entrar em campo durante a final da Copa do Mundo.

"Track About a Good Cop" marca uma nova direção musical para as roqueiras feministas, que desta vez passam pelos ritmos e sintetizadores do house para fazer uma sátira sobre os policiais.

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No vídeo, quatro oficiais de polícia russos, três homens e uma mulher, experimentam uma transformação: de parados firmes na neve eles passam a dançar de forma insinuante como se estivessem em uma boate.

Em um comunicado, Pussy Riot disse que o single é "um sonho utópico sobre uma realidade política alternativa em que, em vez de deter ativistas e encarcerá-los, os policiais se unem aos ativistas".

A banda acrescentou que imagina um "mundo onde os policias deixaram a homofobia, pararam a guerra contra as drogas e entenderam que é muito melhor ser alegre e agradável com as pessoas".

Também publicou uma lista de demandas que incluem a liberdade de seus quatro integrantes presos por 15 dias por interromper a final de domingo em Moscou entre França e Croácia transmitida para o mundo todo.

As roqueiras também pediram a liberdade do cineasta ucraniano Oleg Sentsov, condenado a 20 anos por crime de terrorismo, e que a Rússia pare de dispersar manifestações e de agir contra o líder opositor Alexei Navalny.

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Duas das ativistas que invadiram o campo da final da Copa do Mundo entre França e Croácia, no último domingo, em Moscou, foram condenadas a 15 dias de prisão. Veronika Nikulshina ainda foi proibida de voltar a entrar em eventos esportivos.

Ela era uma das quatro ativistas do grupo Pussy Riot, que, mesmo com toda a segurança implementada para a Copa, conseguiu interromper o jogo para pedir maior liberdade de expressão e política na Rússia, diante de Vladimir Putin. Olga Kurachyova, outra ativista que entrou em campo, também foi condenada. Ela indicou que a meta do grupo também era de atacar a Fifa, por seu apoio ao governo.

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"A Fifa está envolvida em jogos injustos", disse. "A Fifa é amiga de líderes que promovem repressão e violam direitos humanos", completou. Elas teriam "violado os direitos dos espectadores" e ainda são acusadas de usar de forma ilegal roupas de policiais. O restante do grupo será julgado nos próximos dias.

No segundo tempo da final entre França e Croácia, o grupo conseguiu driblar a segurança e invadir o campo para manifestar contra a repressão do Kremlin. Mbappé, estrela da Copa, chegou a fazer uma saudação com uma das integrantes do grupo, antes que elas fossem arrastadas para fora. As imagens das garotas vestidas com uniformes policiais foram cortadas pela transmissão oficial da Copa, enquanto o assunto desapareceu das agências de notícia em Moscou.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, elas explicaram a ação. "Tendo em vista que o estado de direito não existe na Rússia e que qualquer policial pode entrar em nossas vidas, a Copa do Mundo mostrou que os policiais sabem se comportar bem", ironizaram as mulheres, em referência ao tratamento que as forças de segurança prestaram aos turistas.

"Mas o que vai ocorrer quando a Copa acabar?", questionaram. "Só há uma solução: lutar contra a fabricação de falsas acusações e de prisões arbitrárias", apontaram.

O grupo feminista Pussy Riot reivindicou a autoria da invasão de campo durante a final da Copa do Mundo de 2018, entre França e Croácia. A banda de punk é crítica do regime de Vladimir Putin na Rússia.

Em 2012, integrantes do Pussy Riot chegaram a ser presas após protestar contra o presidente em uma igreja ortodoxa de Moscou.

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Segundo uma nota divulgada pelo grupo, a invasão tinha como objetivo cobrar a libertação de presos políticos e criticar a opressão do governo Putin contra opositores.

A polícia diz que três mulheres e um homem foram presos por causa da invasão, que ocorrera no segundo tempo da partida.

Da Ansa

A banda punk feminista Pussy Riot repudiou a quarta reeleição à presidência russa de Vladimir Putin e levantou a voz contra a onda de feminicídios no México, onde realizou um show.

O grupo russo se apresentou no Festival Vive Latino, onde rejeitou o novo triunfo eleitoral de Putin, acusado pela oposição de irregularidades.

"Vladimir Putin acaba de vencer as eleições pela quarta vez. Nós criamos esse grupo porque não o queríamos como presidente, mas então se tornou um movimento internacional, e de fato, qualquer uma pode ser uma Pussy Riot", declarou em inglês a líder da formação, Nadya Tolokónnikova.

Em fevereiro de 2012, duas semanas antes de Putin ser eleito para um terceiro mandato, quatro integrantes da banda entraram na Catedral de Cristo Salvador de Moscou e entoaram sua "oração punk". Três foram presas.

No domingo, elas denunciaram ainda um "Estado feminicida", referindo-se à situação no México, e repudiando toda a violência contra as mulheres no país latino-americano, onde segundo a ONU uma média de 7,5 mulheres são mortas diariamente.

Uma integrante do grupo russo Pussy Riot, Maria Alekhina, foi condenada nesta quinta-feira a 40 horas de serviços comunitários por ter exibido uma faixa com a palavra "executores" em frente à sede dos serviços de segurança FSB.

Alekhina, de 29 anos, foi presa na quarta-feira depois de exibir a faixa em letras vermelhas na Praça Lubyanka, no centro de Moscou.

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A jovem foi acusada de "participação em uma manifestação não autorizada" pelas autoridades e poderia ser sentenciada até 15 dias de prisão.

A Rússia comemorou na quarta o "Dia dos membros das forças de segurança".

Este ano foi o centenário da criação da polícia política soviética, a Cheka, conhecida especialmente por execuções em massa durante a guerra civil russa. Seus sucessores, sob o nome de NKVD e depois KGB, aplicaram o terror estalinista e a repressão contra dissidentes.

Condenada em agosto de 2012, com duas outras jovens, a dois anos de prisão por ter cantado uma oração "anti-Putin" em uma catedral de Moscou, Maria Alekhina foi agraciada em dezembro de 2013, pouco antes do final da sentença, pelo presidente Vladimir Putin.

O vice-primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Kozak, afirmou que o cossaco que atacou as integrantes da banda de punk Pussy Riot com um chicote foi responsabilizado pela ação. No entanto, Kozak não especificou se o homem foi multado ou preso.

A banda Pussy Riot esteve por cinco dias em Sochi nesta semana, gravando imagens para seu novo vídeo. Um grupo de cossacos com chicotes as atacaram no centro de Sochi na quarta-feira, minutos depois de iniciarem uma apresentação.

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Hoje, Kozak insistiu na tese de que o grupo Pussy Riot "veio com o objetivo de provocar um conflito", e adicionou que o "conflito" que tiveram foi com "residentes locais". A mídia local informou ontem que o cossaco em questão foi multado, mas não o identificou. Fonte: Associated Press.

Duas ex-integrantes da banda de punk rock russa Pussy Riot, Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina, foram soltas nesta terça-feira (18) na cidade russa de Sochi depois de terem sido interrogadas pela polícia durante algumas horas. As duas foram presas junto com mais sete pessoas antes de um protesto durante os Jogos Olímpicos de Inverno, realizados na cidade.

Tolokonnikova disse por telefone de Sochi que ela e Alyokhina estavam numa van da polícia após terem sido detidas por policiais locais quando andavam por uma rua da cidade às margens do Mar Negro na tarde desta terça-feira. Segundo ela, os policiais disseram que a prisão estava relacionada a um suposto roubo no hotel onde estão hospedadas.

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A polícia confirmou o motivo do interrogatório. As duas foram liberadas sem acusações pendentes. "Nós, Maria Alyokhina e os integrantes anônimos da Pussy Riot, viemos a Sochi para organizar um protesto e expressar nossas posições políticas, mas na hora de nossa detenção estávamos apenas passeando e cuidando de nossos assuntos quando fomos abordadas pela polícia e jogadas numa van", disse Tolokonnikova.

"Fomos detidas como qualquer um que tenha feito uma tentativa de criticar as autoridades durante a Olimpíada. As autoridades tratam bem os convidados e os atletas, mas não aqueles que tentam organizar um protesto."

Depois da libertação, Tolokonnikova disse a jornalistas que a polícia de Sochi vinha assediando a dupla havia três dias. Um representante local do Ministério do Interior confirmou à agência de notícias Interfax que as mulheres eram interrogadas a respeito de um suposto roubo em seu hotel. Um homem que atendeu ao telefone no hotel Malakhit, onde as mulheres estão hospedadas em Sochi, disse que houve o roubo de uma bolsa, que não tinha pistas de quem seria o responsável e disse que mais perguntas deveriam ser feitas à polícia.

As duas mulheres saíram da prisão no final de dezembro, faltando apenas três meses para o final da sentença de dois anos por terem realizado um protestos numa catedral de Moscou contra a reeleição de Vladimir Putin em fevereiro de 2012.

Após serem libertadas, elas disseram que pretendiam se tornar ativistas pelos direitos humanos, com foco na reforma prisional na Rússia e que não estariam mais envolvidas em protestos envolvendo a banda punk. No mês passado, outras integrantes da Pussy Riot postaram uma carta no site da banda dizendo que Alyokhina e Tolokonnikova não deveriam mais ser consideradas membros do grupo. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.

Madonna dividirá o palco com as duas integrantes libertadas recentemente do grupo punk russo Pussy Riot em um show previsto para o próximo mês em Nova York, anunciou a cantora pop americana. A cantora aparecerá com Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina durante um show da Anistia Internacional no dia 5 de fevereiro, que também contará com várias estrelas, incluindo Bob Geldof, Blondie e Yoko Ono.

"Tenho a honra de apresentar minhas colegas lutadoras pela liberdade Nadya e Masha", afirmou Madonna em um comunicado divulgado na noite de quarta-feira, utilizando os diminutivos destas mulheres que até dezembro estiveram presas em colônias penitenciárias russas. "Admirei sua valentia e durante um longo tempo apoiei seu compromisso e os sacrifícios que fizeram em nome da liberdade de expressão e dos direitos humanos", acrescentou Madonna.

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O cartaz deste show afirma que as Pussy Riot aparecerão como convidadas especiais. Em uma mensagem no Twitter, Tolokonnikova confirmou que verá Madonna em Nova York. As duas mulheres foram libertadas em dezembro, com dois meses de antecedência, como parte de uma anistia anunciada pelo presidente russo Vladimir Putin antes dos Jogos Olímpicos de inverno, marcados para fevereiro. Também foram libertados militantes do Greenpeace, incluindo a brasileira Ana Paula Maciel, e o ex-magnata Mikhail Khodorkovsky.

As duas jovens, presas em março de 2012 por vandalismo e incitação ao ódio religioso, cumpriam uma pena de dois anos de detenção depois de cantar uma oração punk contra o presidente russo, Vladimir Putin, na catedral de Cristo Salvador de Moscou, acompanhadas por outra cantora do grupo, Ekaterina Samusevich.

Nadezhda Tolokonikova e Maria Alekhina, duas participantes do grupo Pussy Rioto, concorrem ao prêmio da Prudential Eye Awards após serem presas pelo protesto que realizaram na Rússia. A causa foi por uma apresentação onde cantaram uma oração no estilo musical punk em uma catedral em Moscou. No momento, as meninas estão em Singapura esperando a  premiação que será realizada nesse sábado (18).

"Vamos continuar com os nossos trabalhos, e agora estamos envolvidas em uma ONG para ajudar as pessoas por entidades políticas". E se o prêmio for para elas, prometeram fazer doação para a mesma. O prêmio é de 20 mil dólares para o melhor em cada categoria, mas quem levar a categoria geral do evento tem um acréscimo de 30 mil dólares.

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Duas integrantes do grupo punk russo Pussy Riot prometeram nesta sexta-feira (17) em Cingapura prosseguir a sua campanha em defesa dos direitos humanos na Rússia, em sua primeira viagem ao exterior desde a sua libertação da prisão. Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alekhina, anistiadas e libertadas no mês passado, estão em Cingapura para participar no sábado da premiação Prudential Eye Awards, que celebra a sua primeira edição.

O vídeo em que as ativistas russas realizam uma "oração punk" contra o presidente Vladimir Putin em uma catedral de Moscou, o que custou uma pena de dois anos de prisão para as três integrantes do grupo, foi selecionado para o prêmio na categoria vídeo digital. As duas jovens, presas em fevereiro de 2012 e anistiadas no mês passado depois de cumprir a maior parte de sua sentença, asseguraram que irão manter a sua campanha pelos direitos humanos na Rússia por meio de "vídeos e outras formas de criação".

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"Sem dúvida, vamos continuar nossas atividades políticas, e agora estamos concentradas em um projeto para apoiar os direitos dos presos", declarou Nadezhda Tolokonnikova durante uma coletiva de imprensa em Cingapura. As duas ressaltaram que vão levar a causa adiante individualmente, e não como membros do grupo Pussy Riot. "Temos de nos expressar em nosso próprio nome", disse Tolokonnikova.

O prêmio em jogo em Cingapura é de 20.000 dólares para o melhor em cada categoria. O grande vencedor levará um adicional de US$ 30.000 e ganhará uma exposição na Galeria Saatchi, em Londres, este ano. Tolokonnikova explicou que, se ganhar um prêmio, o dinheiro irá para "o projeto de defesa dos direitos dos presos".

Duas integrantes da banda punk russa Pussy Riot que passaram quase dois anos na cadeia por causa de um protesto contra o governo na principal catedral de Moscou disseram hoje que ainda querem derrubar o presidente Vladimir Putin.

Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alekhina reuniram-se hoje em Moscou e concederam uma entrevista coletiva que estendeu-se por cerca de duas horas.

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"Nós ainda queremos fazer o que dissemos em nossa última performance, pela qual passamos dois anos na cadeira: mandá-lo embora", disse Nadezhda. Elas não disseram, entretanto, como pretendiam derrubar Putin. Fonte: Associated Press.

Nadejda Tolokonnikova, uma das duas jovens do grupo contestador russo Pussy Riot que foram presas, foi transferida para um campo de trabalhos na Sibéria, depois de dizer que era ameaçada de morte na prisão em que se encontrava, anunciou seu marido nesta terça-feira. O novo campo de Nadejda Tolokonnikova, de 23 anos, fica na região de Krasnoyarsk (Sibéria Oriental), 4.400 km de Moscou, segundo escreveu Piotr Verzilov no Twitter.

"Ela está exilada no fundo da Sibéria. É um castigo pela repercussão de sua carta" que denunciava as ameaças de morte, segundo ele. A decisão da transferência fo tomada depois que ela retomou a greve de fome iniciada no princípio de setembro.

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O delegado russo para os direitos humanos, Vladimir Lukin, assegurou que Nadejda Tolokonnikova está bem de saúde e foi acompanhada por um médico até o novo campo. Nadezhda Tolokonnikova cumpre, com outra colega de grupo, uma pena de dois anos por ter cantado, no início 2012, uma "oração punk" contra o presidente Vladimir Putin na catedral de Cristo Salvador, em Moscou.

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